Violência em casa preocupa mais que câncer e a aids


É o que revela estudo com 2 mil pessoas em todo o País; 56% se dizem preocupadas com o problema

Por Naiana Oscar e Mônica Cardoso

Nem o câncer de mama nem a possibilidade de contrair o vírus da aids aflige mais a mulher brasileira do que o temor de ser agredida em casa pelo companheiro, pelos filhos ou pelos netos. A violência doméstica está no topo das preocupações da pesquisa divulgada ontem pelo Ibope em parceria com o Instituto Avon. "Doença a gente previne e, em muitos casos, consegue a cura, mas agressão foge do controle", disse a agente de saúde Josenilda dos Santos, de 37 anos, vítima da fúria do ex-marido, no mês passado. A pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil ouviu cerca de 2 mil pessoas em todas as Regiões do País, entre os dias 13 e 17 de fevereiro. Comentários como o de Josenilda foram feitos por mais da metade dos entrevistados (56%). A preocupação com o aumento dos casos de aids ocupa o segundo lugar (51%), seguida pela violência urbana (36%) e do câncer de mama e de útero (31%). Para a promotora de Justiça e professora de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Eliana Vendramini, a preocupação com a agressão em casa dá a dimensão de como a mulher sofre. "A violência doméstica dói mais do que uma doença física porque é uma surpresa diária e se manifesta de vários modos." Ela disse acreditar que, mesmo diante de uma enfermidade, a mulher pode ter "paz de espírito" para buscar ajuda, o que não ocorre com a vítima agredida. No caso de Josenilda, a ajuda foi até ela. Uma viatura policial passou bem na hora em que estava sendo estrangulada pelo ex-marido no meio da rua, na Vila Santa Catarina, na zona sul. Mesmo depois da separação, em 2007, os dois viviam na mesma casa com os filhos de 9 e 12 anos. Como houve flagrante, ela poderia ter pedido a prisão do ex-marido, mas decidiu apenas registrar o boletim de ocorrência para não atrapalhar a relação dele com os filhos. De acordo com a pesquisa, a criação dos filhos está entre os principais motivos que levam a mulher a continuar com o agressor. Cerca de 23% dos entrevistados apontaram essa justificativa, que só é superada pela falta de condições econômicas para se sustentar, com 24%. O que chama a atenção, no entanto, é que para 17% dos entrevistados a mulher continua com o parceiro por medo de ser assassinada caso ponha fim à relação. Esse número sobe para 24% na percepção de jovens, com até 24 anos. "Esse dado mostra que não podemos subestimar o relato da vítima. No dia seguinte, ela pode estar morta", disse a ministra Nilcéa Freira, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O levantamento mostra que 55% dos entrevistados conhecem pelo menos um caso de violência doméstica. Desses, 39% disseram já ter colaborado com a vítima de alguma forma, seja por meio de conversas e orientação para a busca de apoio jurídico ou policial; enquanto 17% preferiram se omitir. A maioria dos entrevistados (56%) não confia na proteção jurídica e policial à vítima. "Quando a mulher fala que é ameaçada, o policial acredita ser uma briguinha de casal. Mas para uma mulher denunciar o pai de seus filhos, ela tem que romper com uma série de barreiras", disse a ministra Nilcéa.

Nem o câncer de mama nem a possibilidade de contrair o vírus da aids aflige mais a mulher brasileira do que o temor de ser agredida em casa pelo companheiro, pelos filhos ou pelos netos. A violência doméstica está no topo das preocupações da pesquisa divulgada ontem pelo Ibope em parceria com o Instituto Avon. "Doença a gente previne e, em muitos casos, consegue a cura, mas agressão foge do controle", disse a agente de saúde Josenilda dos Santos, de 37 anos, vítima da fúria do ex-marido, no mês passado. A pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil ouviu cerca de 2 mil pessoas em todas as Regiões do País, entre os dias 13 e 17 de fevereiro. Comentários como o de Josenilda foram feitos por mais da metade dos entrevistados (56%). A preocupação com o aumento dos casos de aids ocupa o segundo lugar (51%), seguida pela violência urbana (36%) e do câncer de mama e de útero (31%). Para a promotora de Justiça e professora de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Eliana Vendramini, a preocupação com a agressão em casa dá a dimensão de como a mulher sofre. "A violência doméstica dói mais do que uma doença física porque é uma surpresa diária e se manifesta de vários modos." Ela disse acreditar que, mesmo diante de uma enfermidade, a mulher pode ter "paz de espírito" para buscar ajuda, o que não ocorre com a vítima agredida. No caso de Josenilda, a ajuda foi até ela. Uma viatura policial passou bem na hora em que estava sendo estrangulada pelo ex-marido no meio da rua, na Vila Santa Catarina, na zona sul. Mesmo depois da separação, em 2007, os dois viviam na mesma casa com os filhos de 9 e 12 anos. Como houve flagrante, ela poderia ter pedido a prisão do ex-marido, mas decidiu apenas registrar o boletim de ocorrência para não atrapalhar a relação dele com os filhos. De acordo com a pesquisa, a criação dos filhos está entre os principais motivos que levam a mulher a continuar com o agressor. Cerca de 23% dos entrevistados apontaram essa justificativa, que só é superada pela falta de condições econômicas para se sustentar, com 24%. O que chama a atenção, no entanto, é que para 17% dos entrevistados a mulher continua com o parceiro por medo de ser assassinada caso ponha fim à relação. Esse número sobe para 24% na percepção de jovens, com até 24 anos. "Esse dado mostra que não podemos subestimar o relato da vítima. No dia seguinte, ela pode estar morta", disse a ministra Nilcéa Freira, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O levantamento mostra que 55% dos entrevistados conhecem pelo menos um caso de violência doméstica. Desses, 39% disseram já ter colaborado com a vítima de alguma forma, seja por meio de conversas e orientação para a busca de apoio jurídico ou policial; enquanto 17% preferiram se omitir. A maioria dos entrevistados (56%) não confia na proteção jurídica e policial à vítima. "Quando a mulher fala que é ameaçada, o policial acredita ser uma briguinha de casal. Mas para uma mulher denunciar o pai de seus filhos, ela tem que romper com uma série de barreiras", disse a ministra Nilcéa.

Nem o câncer de mama nem a possibilidade de contrair o vírus da aids aflige mais a mulher brasileira do que o temor de ser agredida em casa pelo companheiro, pelos filhos ou pelos netos. A violência doméstica está no topo das preocupações da pesquisa divulgada ontem pelo Ibope em parceria com o Instituto Avon. "Doença a gente previne e, em muitos casos, consegue a cura, mas agressão foge do controle", disse a agente de saúde Josenilda dos Santos, de 37 anos, vítima da fúria do ex-marido, no mês passado. A pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil ouviu cerca de 2 mil pessoas em todas as Regiões do País, entre os dias 13 e 17 de fevereiro. Comentários como o de Josenilda foram feitos por mais da metade dos entrevistados (56%). A preocupação com o aumento dos casos de aids ocupa o segundo lugar (51%), seguida pela violência urbana (36%) e do câncer de mama e de útero (31%). Para a promotora de Justiça e professora de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Eliana Vendramini, a preocupação com a agressão em casa dá a dimensão de como a mulher sofre. "A violência doméstica dói mais do que uma doença física porque é uma surpresa diária e se manifesta de vários modos." Ela disse acreditar que, mesmo diante de uma enfermidade, a mulher pode ter "paz de espírito" para buscar ajuda, o que não ocorre com a vítima agredida. No caso de Josenilda, a ajuda foi até ela. Uma viatura policial passou bem na hora em que estava sendo estrangulada pelo ex-marido no meio da rua, na Vila Santa Catarina, na zona sul. Mesmo depois da separação, em 2007, os dois viviam na mesma casa com os filhos de 9 e 12 anos. Como houve flagrante, ela poderia ter pedido a prisão do ex-marido, mas decidiu apenas registrar o boletim de ocorrência para não atrapalhar a relação dele com os filhos. De acordo com a pesquisa, a criação dos filhos está entre os principais motivos que levam a mulher a continuar com o agressor. Cerca de 23% dos entrevistados apontaram essa justificativa, que só é superada pela falta de condições econômicas para se sustentar, com 24%. O que chama a atenção, no entanto, é que para 17% dos entrevistados a mulher continua com o parceiro por medo de ser assassinada caso ponha fim à relação. Esse número sobe para 24% na percepção de jovens, com até 24 anos. "Esse dado mostra que não podemos subestimar o relato da vítima. No dia seguinte, ela pode estar morta", disse a ministra Nilcéa Freira, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O levantamento mostra que 55% dos entrevistados conhecem pelo menos um caso de violência doméstica. Desses, 39% disseram já ter colaborado com a vítima de alguma forma, seja por meio de conversas e orientação para a busca de apoio jurídico ou policial; enquanto 17% preferiram se omitir. A maioria dos entrevistados (56%) não confia na proteção jurídica e policial à vítima. "Quando a mulher fala que é ameaçada, o policial acredita ser uma briguinha de casal. Mas para uma mulher denunciar o pai de seus filhos, ela tem que romper com uma série de barreiras", disse a ministra Nilcéa.

Nem o câncer de mama nem a possibilidade de contrair o vírus da aids aflige mais a mulher brasileira do que o temor de ser agredida em casa pelo companheiro, pelos filhos ou pelos netos. A violência doméstica está no topo das preocupações da pesquisa divulgada ontem pelo Ibope em parceria com o Instituto Avon. "Doença a gente previne e, em muitos casos, consegue a cura, mas agressão foge do controle", disse a agente de saúde Josenilda dos Santos, de 37 anos, vítima da fúria do ex-marido, no mês passado. A pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil ouviu cerca de 2 mil pessoas em todas as Regiões do País, entre os dias 13 e 17 de fevereiro. Comentários como o de Josenilda foram feitos por mais da metade dos entrevistados (56%). A preocupação com o aumento dos casos de aids ocupa o segundo lugar (51%), seguida pela violência urbana (36%) e do câncer de mama e de útero (31%). Para a promotora de Justiça e professora de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Eliana Vendramini, a preocupação com a agressão em casa dá a dimensão de como a mulher sofre. "A violência doméstica dói mais do que uma doença física porque é uma surpresa diária e se manifesta de vários modos." Ela disse acreditar que, mesmo diante de uma enfermidade, a mulher pode ter "paz de espírito" para buscar ajuda, o que não ocorre com a vítima agredida. No caso de Josenilda, a ajuda foi até ela. Uma viatura policial passou bem na hora em que estava sendo estrangulada pelo ex-marido no meio da rua, na Vila Santa Catarina, na zona sul. Mesmo depois da separação, em 2007, os dois viviam na mesma casa com os filhos de 9 e 12 anos. Como houve flagrante, ela poderia ter pedido a prisão do ex-marido, mas decidiu apenas registrar o boletim de ocorrência para não atrapalhar a relação dele com os filhos. De acordo com a pesquisa, a criação dos filhos está entre os principais motivos que levam a mulher a continuar com o agressor. Cerca de 23% dos entrevistados apontaram essa justificativa, que só é superada pela falta de condições econômicas para se sustentar, com 24%. O que chama a atenção, no entanto, é que para 17% dos entrevistados a mulher continua com o parceiro por medo de ser assassinada caso ponha fim à relação. Esse número sobe para 24% na percepção de jovens, com até 24 anos. "Esse dado mostra que não podemos subestimar o relato da vítima. No dia seguinte, ela pode estar morta", disse a ministra Nilcéa Freira, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O levantamento mostra que 55% dos entrevistados conhecem pelo menos um caso de violência doméstica. Desses, 39% disseram já ter colaborado com a vítima de alguma forma, seja por meio de conversas e orientação para a busca de apoio jurídico ou policial; enquanto 17% preferiram se omitir. A maioria dos entrevistados (56%) não confia na proteção jurídica e policial à vítima. "Quando a mulher fala que é ameaçada, o policial acredita ser uma briguinha de casal. Mas para uma mulher denunciar o pai de seus filhos, ela tem que romper com uma série de barreiras", disse a ministra Nilcéa.

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