Comando da Phoenix quer prorrogar missão até novembro


De 18 de novembro a 25 de dezembro, Marte esatrá atrás do Sol e a Nasa perderá contato com a sonda

Por Carlos Orsi

Correndo contra o tempo para aproveitar ao máximo o "sol da meia-noite" do ártico marciano, o comando da missão Phoenix já está requisitando uma segunda prorrogação do período de atividade da sonda. Prevista para durar três meses e com encerramento originalmente marcado para o final de agosto, a missão já ganhou mais cinco semanas, recebendo sinal verde para prosseguir até o fim de setembro. Agora, os cientistas aguardam decisão sobre uma nova ampliação, desta vez até 18 de novembro. A prorrogação de setembro terá um custo de US$ 2 milhões; a de novembro ainda não tem números definidos. Composto de cloro no solo de Marte surpreende a NasaImagens da missão PhoenixNasa confirma água em Marte e prorroga missão da Phoenix Marte tinha áreas habitáveis quando a vida começava na Terra "A partir de 1º de outubro, teremos cerca de 20 horas de sol por dia", explica o engenheiro Ramon De Paula, administrador da missão. "Atualmente, temos mais de 24 horas". O "dia" marciano dura cerca de 25 horas, e a proporção de horas de sol seguirá caindo à medida que o hemisfério norte do planeta, onde está a Phoenix, se encaminha para o inverno: em 1º de abril de 2009, o sol sequer nascerá na latitude da sonda, que depende da energia solar para recarregar suas baterias. Em 18 de novembro, quando termina a provável segunda prorrogação, o período de sol será de 16 horas, mas essa queda não foi o principal fator a determinar a terceira data final da missão: nesse dia, Marte entra em conjunção solar. "Na conjunção, o Sol fica entre a Terra e Marte, e ficaremos sem dados, controle ou comunicação com a sonda", diz De Paula. Nos três meses até a conjunção, a Phoenix terá cada vez menos energia disponível a cada dia, e precisará cada vez mais de suas baterias para manter os instrumentos científicos na temperatura adequada para operação. Já tendo confirmado a existência de água no planeta, a sonda agora se dedica a determinar a habitabilidade - se o planeta já foi, ou ainda é, capaz de sustentar formas de vida. Panorama de 360º ao redor da sonda, no ártico marciano. Imagem: Nasa A Nasa define habitabilidade como a presença periódica de água líquida, além de matéria orgânica, minerais e nutrientes que, na Terra, são associados a formas de vida. "Da forma como entendemos vida, a habitabilidade depende de haver nutrientes, energia e água. Um dos indicadores mais importantes seria achar materiais orgânicos, o que até agora não achamos", diz De Paula. "Mas já provamos que há água, ainda que congelada". A busca por matéria orgânica esbarra nos problemas enfrentados pelo analisador térmico de gás evoluído, ou Tega, instrumento composto por oito fornos - sendo que cada um só pode ser usado uma vez -, projetados para aquecer amostras de solo e determinar a composição dos vapores liberados. "Usamos dois dos fornos, ainda temos seis", diz o administrador. "Mas estamos levando quase dez dias para conseguir usar cada forno, então, nessa média, a menos que tenhamos muita sorte, precisaríamos de mais 60 dias para usar todos". Os problemas do Tega nascem de uma característica inesperada do solo marciano encontrado pela Phoenix: ele é grudento, adere aos instrumentos e não cai facilmente no interior dos fornos. "Provavelmente essa característica vem do gelo misturado ao solo, e também dos sais. Mas vamos precisar de mais estudos, porque esse tipo de solo foi uma surpresa para os cientistas". Além das dificuldades com a consistência do material, o Tega também sofreu com um curto-circuito que fez com que os cientistas temessem que o equipamento acabasse inutilizado. Embora o curto tenha parado de se manifestar nas últimas duas semanas, De Paula diz que "cada utilização do instrumento poderá ser a última". Além do Tega, a Phoenix tem outros instrumentos, como um laboratório de análises químicas e uma estação meteorológica. "O Tega vem ganhando mais destaque, talvez por causa dos problemas, e porque temos de usá-lo enquanto temos energia suficiente. Depois de outubro, se houver a extensão, instrumentos que consomem menos potência passarão a receber mais atenção, porque serão os que vão estar funcionando", descreve o administrador. A conjunção solar de Marte termina em 24 de dezembro, e a equipe da missão tem esperanças de conseguir uma terceira prorrogação, caso a sonda retome o contato com a Terra. "É o nosso sonho", diz De Paula. "Ela não poderá gerar a mesma quantidade de trabalho, por causa da pouca energia. Muito mais energia vai ser destinada apenas a manter os aquecedores. Mas a câmera e a estação meteorológica continuarão a funcionar". Ao contrário dos robôs Spirit e Opportunity, que operam em Marte há quatro anos e já viram suas missões renovadas seguidas vezes, a  Phoenix tem uma data de validade inescapável: em 1º de fevereiro, o gás carbônico, principal componente da atmosfera marciana, começará a congelar sobre o Ártico. Sem rodas para levá-la a latitudes mais quentes, a Phoenix inevitavelmente acabará sepultada em gelo seco. "Mas queremos estudar a noite polar e observar o congelamento da atmosfera, algo que nunca foi feito", diz De Paula. "Queremos fotos do gelo subindo pelas pernas da Phoenix".

Correndo contra o tempo para aproveitar ao máximo o "sol da meia-noite" do ártico marciano, o comando da missão Phoenix já está requisitando uma segunda prorrogação do período de atividade da sonda. Prevista para durar três meses e com encerramento originalmente marcado para o final de agosto, a missão já ganhou mais cinco semanas, recebendo sinal verde para prosseguir até o fim de setembro. Agora, os cientistas aguardam decisão sobre uma nova ampliação, desta vez até 18 de novembro. A prorrogação de setembro terá um custo de US$ 2 milhões; a de novembro ainda não tem números definidos. Composto de cloro no solo de Marte surpreende a NasaImagens da missão PhoenixNasa confirma água em Marte e prorroga missão da Phoenix Marte tinha áreas habitáveis quando a vida começava na Terra "A partir de 1º de outubro, teremos cerca de 20 horas de sol por dia", explica o engenheiro Ramon De Paula, administrador da missão. "Atualmente, temos mais de 24 horas". O "dia" marciano dura cerca de 25 horas, e a proporção de horas de sol seguirá caindo à medida que o hemisfério norte do planeta, onde está a Phoenix, se encaminha para o inverno: em 1º de abril de 2009, o sol sequer nascerá na latitude da sonda, que depende da energia solar para recarregar suas baterias. Em 18 de novembro, quando termina a provável segunda prorrogação, o período de sol será de 16 horas, mas essa queda não foi o principal fator a determinar a terceira data final da missão: nesse dia, Marte entra em conjunção solar. "Na conjunção, o Sol fica entre a Terra e Marte, e ficaremos sem dados, controle ou comunicação com a sonda", diz De Paula. Nos três meses até a conjunção, a Phoenix terá cada vez menos energia disponível a cada dia, e precisará cada vez mais de suas baterias para manter os instrumentos científicos na temperatura adequada para operação. Já tendo confirmado a existência de água no planeta, a sonda agora se dedica a determinar a habitabilidade - se o planeta já foi, ou ainda é, capaz de sustentar formas de vida. Panorama de 360º ao redor da sonda, no ártico marciano. Imagem: Nasa A Nasa define habitabilidade como a presença periódica de água líquida, além de matéria orgânica, minerais e nutrientes que, na Terra, são associados a formas de vida. "Da forma como entendemos vida, a habitabilidade depende de haver nutrientes, energia e água. Um dos indicadores mais importantes seria achar materiais orgânicos, o que até agora não achamos", diz De Paula. "Mas já provamos que há água, ainda que congelada". A busca por matéria orgânica esbarra nos problemas enfrentados pelo analisador térmico de gás evoluído, ou Tega, instrumento composto por oito fornos - sendo que cada um só pode ser usado uma vez -, projetados para aquecer amostras de solo e determinar a composição dos vapores liberados. "Usamos dois dos fornos, ainda temos seis", diz o administrador. "Mas estamos levando quase dez dias para conseguir usar cada forno, então, nessa média, a menos que tenhamos muita sorte, precisaríamos de mais 60 dias para usar todos". Os problemas do Tega nascem de uma característica inesperada do solo marciano encontrado pela Phoenix: ele é grudento, adere aos instrumentos e não cai facilmente no interior dos fornos. "Provavelmente essa característica vem do gelo misturado ao solo, e também dos sais. Mas vamos precisar de mais estudos, porque esse tipo de solo foi uma surpresa para os cientistas". Além das dificuldades com a consistência do material, o Tega também sofreu com um curto-circuito que fez com que os cientistas temessem que o equipamento acabasse inutilizado. Embora o curto tenha parado de se manifestar nas últimas duas semanas, De Paula diz que "cada utilização do instrumento poderá ser a última". Além do Tega, a Phoenix tem outros instrumentos, como um laboratório de análises químicas e uma estação meteorológica. "O Tega vem ganhando mais destaque, talvez por causa dos problemas, e porque temos de usá-lo enquanto temos energia suficiente. Depois de outubro, se houver a extensão, instrumentos que consomem menos potência passarão a receber mais atenção, porque serão os que vão estar funcionando", descreve o administrador. A conjunção solar de Marte termina em 24 de dezembro, e a equipe da missão tem esperanças de conseguir uma terceira prorrogação, caso a sonda retome o contato com a Terra. "É o nosso sonho", diz De Paula. "Ela não poderá gerar a mesma quantidade de trabalho, por causa da pouca energia. Muito mais energia vai ser destinada apenas a manter os aquecedores. Mas a câmera e a estação meteorológica continuarão a funcionar". Ao contrário dos robôs Spirit e Opportunity, que operam em Marte há quatro anos e já viram suas missões renovadas seguidas vezes, a  Phoenix tem uma data de validade inescapável: em 1º de fevereiro, o gás carbônico, principal componente da atmosfera marciana, começará a congelar sobre o Ártico. Sem rodas para levá-la a latitudes mais quentes, a Phoenix inevitavelmente acabará sepultada em gelo seco. "Mas queremos estudar a noite polar e observar o congelamento da atmosfera, algo que nunca foi feito", diz De Paula. "Queremos fotos do gelo subindo pelas pernas da Phoenix".

Correndo contra o tempo para aproveitar ao máximo o "sol da meia-noite" do ártico marciano, o comando da missão Phoenix já está requisitando uma segunda prorrogação do período de atividade da sonda. Prevista para durar três meses e com encerramento originalmente marcado para o final de agosto, a missão já ganhou mais cinco semanas, recebendo sinal verde para prosseguir até o fim de setembro. Agora, os cientistas aguardam decisão sobre uma nova ampliação, desta vez até 18 de novembro. A prorrogação de setembro terá um custo de US$ 2 milhões; a de novembro ainda não tem números definidos. Composto de cloro no solo de Marte surpreende a NasaImagens da missão PhoenixNasa confirma água em Marte e prorroga missão da Phoenix Marte tinha áreas habitáveis quando a vida começava na Terra "A partir de 1º de outubro, teremos cerca de 20 horas de sol por dia", explica o engenheiro Ramon De Paula, administrador da missão. "Atualmente, temos mais de 24 horas". O "dia" marciano dura cerca de 25 horas, e a proporção de horas de sol seguirá caindo à medida que o hemisfério norte do planeta, onde está a Phoenix, se encaminha para o inverno: em 1º de abril de 2009, o sol sequer nascerá na latitude da sonda, que depende da energia solar para recarregar suas baterias. Em 18 de novembro, quando termina a provável segunda prorrogação, o período de sol será de 16 horas, mas essa queda não foi o principal fator a determinar a terceira data final da missão: nesse dia, Marte entra em conjunção solar. "Na conjunção, o Sol fica entre a Terra e Marte, e ficaremos sem dados, controle ou comunicação com a sonda", diz De Paula. Nos três meses até a conjunção, a Phoenix terá cada vez menos energia disponível a cada dia, e precisará cada vez mais de suas baterias para manter os instrumentos científicos na temperatura adequada para operação. Já tendo confirmado a existência de água no planeta, a sonda agora se dedica a determinar a habitabilidade - se o planeta já foi, ou ainda é, capaz de sustentar formas de vida. Panorama de 360º ao redor da sonda, no ártico marciano. Imagem: Nasa A Nasa define habitabilidade como a presença periódica de água líquida, além de matéria orgânica, minerais e nutrientes que, na Terra, são associados a formas de vida. "Da forma como entendemos vida, a habitabilidade depende de haver nutrientes, energia e água. Um dos indicadores mais importantes seria achar materiais orgânicos, o que até agora não achamos", diz De Paula. "Mas já provamos que há água, ainda que congelada". A busca por matéria orgânica esbarra nos problemas enfrentados pelo analisador térmico de gás evoluído, ou Tega, instrumento composto por oito fornos - sendo que cada um só pode ser usado uma vez -, projetados para aquecer amostras de solo e determinar a composição dos vapores liberados. "Usamos dois dos fornos, ainda temos seis", diz o administrador. "Mas estamos levando quase dez dias para conseguir usar cada forno, então, nessa média, a menos que tenhamos muita sorte, precisaríamos de mais 60 dias para usar todos". Os problemas do Tega nascem de uma característica inesperada do solo marciano encontrado pela Phoenix: ele é grudento, adere aos instrumentos e não cai facilmente no interior dos fornos. "Provavelmente essa característica vem do gelo misturado ao solo, e também dos sais. Mas vamos precisar de mais estudos, porque esse tipo de solo foi uma surpresa para os cientistas". Além das dificuldades com a consistência do material, o Tega também sofreu com um curto-circuito que fez com que os cientistas temessem que o equipamento acabasse inutilizado. Embora o curto tenha parado de se manifestar nas últimas duas semanas, De Paula diz que "cada utilização do instrumento poderá ser a última". Além do Tega, a Phoenix tem outros instrumentos, como um laboratório de análises químicas e uma estação meteorológica. "O Tega vem ganhando mais destaque, talvez por causa dos problemas, e porque temos de usá-lo enquanto temos energia suficiente. Depois de outubro, se houver a extensão, instrumentos que consomem menos potência passarão a receber mais atenção, porque serão os que vão estar funcionando", descreve o administrador. A conjunção solar de Marte termina em 24 de dezembro, e a equipe da missão tem esperanças de conseguir uma terceira prorrogação, caso a sonda retome o contato com a Terra. "É o nosso sonho", diz De Paula. "Ela não poderá gerar a mesma quantidade de trabalho, por causa da pouca energia. Muito mais energia vai ser destinada apenas a manter os aquecedores. Mas a câmera e a estação meteorológica continuarão a funcionar". Ao contrário dos robôs Spirit e Opportunity, que operam em Marte há quatro anos e já viram suas missões renovadas seguidas vezes, a  Phoenix tem uma data de validade inescapável: em 1º de fevereiro, o gás carbônico, principal componente da atmosfera marciana, começará a congelar sobre o Ártico. Sem rodas para levá-la a latitudes mais quentes, a Phoenix inevitavelmente acabará sepultada em gelo seco. "Mas queremos estudar a noite polar e observar o congelamento da atmosfera, algo que nunca foi feito", diz De Paula. "Queremos fotos do gelo subindo pelas pernas da Phoenix".

Correndo contra o tempo para aproveitar ao máximo o "sol da meia-noite" do ártico marciano, o comando da missão Phoenix já está requisitando uma segunda prorrogação do período de atividade da sonda. Prevista para durar três meses e com encerramento originalmente marcado para o final de agosto, a missão já ganhou mais cinco semanas, recebendo sinal verde para prosseguir até o fim de setembro. Agora, os cientistas aguardam decisão sobre uma nova ampliação, desta vez até 18 de novembro. A prorrogação de setembro terá um custo de US$ 2 milhões; a de novembro ainda não tem números definidos. Composto de cloro no solo de Marte surpreende a NasaImagens da missão PhoenixNasa confirma água em Marte e prorroga missão da Phoenix Marte tinha áreas habitáveis quando a vida começava na Terra "A partir de 1º de outubro, teremos cerca de 20 horas de sol por dia", explica o engenheiro Ramon De Paula, administrador da missão. "Atualmente, temos mais de 24 horas". O "dia" marciano dura cerca de 25 horas, e a proporção de horas de sol seguirá caindo à medida que o hemisfério norte do planeta, onde está a Phoenix, se encaminha para o inverno: em 1º de abril de 2009, o sol sequer nascerá na latitude da sonda, que depende da energia solar para recarregar suas baterias. Em 18 de novembro, quando termina a provável segunda prorrogação, o período de sol será de 16 horas, mas essa queda não foi o principal fator a determinar a terceira data final da missão: nesse dia, Marte entra em conjunção solar. "Na conjunção, o Sol fica entre a Terra e Marte, e ficaremos sem dados, controle ou comunicação com a sonda", diz De Paula. Nos três meses até a conjunção, a Phoenix terá cada vez menos energia disponível a cada dia, e precisará cada vez mais de suas baterias para manter os instrumentos científicos na temperatura adequada para operação. Já tendo confirmado a existência de água no planeta, a sonda agora se dedica a determinar a habitabilidade - se o planeta já foi, ou ainda é, capaz de sustentar formas de vida. Panorama de 360º ao redor da sonda, no ártico marciano. Imagem: Nasa A Nasa define habitabilidade como a presença periódica de água líquida, além de matéria orgânica, minerais e nutrientes que, na Terra, são associados a formas de vida. "Da forma como entendemos vida, a habitabilidade depende de haver nutrientes, energia e água. Um dos indicadores mais importantes seria achar materiais orgânicos, o que até agora não achamos", diz De Paula. "Mas já provamos que há água, ainda que congelada". A busca por matéria orgânica esbarra nos problemas enfrentados pelo analisador térmico de gás evoluído, ou Tega, instrumento composto por oito fornos - sendo que cada um só pode ser usado uma vez -, projetados para aquecer amostras de solo e determinar a composição dos vapores liberados. "Usamos dois dos fornos, ainda temos seis", diz o administrador. "Mas estamos levando quase dez dias para conseguir usar cada forno, então, nessa média, a menos que tenhamos muita sorte, precisaríamos de mais 60 dias para usar todos". Os problemas do Tega nascem de uma característica inesperada do solo marciano encontrado pela Phoenix: ele é grudento, adere aos instrumentos e não cai facilmente no interior dos fornos. "Provavelmente essa característica vem do gelo misturado ao solo, e também dos sais. Mas vamos precisar de mais estudos, porque esse tipo de solo foi uma surpresa para os cientistas". Além das dificuldades com a consistência do material, o Tega também sofreu com um curto-circuito que fez com que os cientistas temessem que o equipamento acabasse inutilizado. Embora o curto tenha parado de se manifestar nas últimas duas semanas, De Paula diz que "cada utilização do instrumento poderá ser a última". Além do Tega, a Phoenix tem outros instrumentos, como um laboratório de análises químicas e uma estação meteorológica. "O Tega vem ganhando mais destaque, talvez por causa dos problemas, e porque temos de usá-lo enquanto temos energia suficiente. Depois de outubro, se houver a extensão, instrumentos que consomem menos potência passarão a receber mais atenção, porque serão os que vão estar funcionando", descreve o administrador. A conjunção solar de Marte termina em 24 de dezembro, e a equipe da missão tem esperanças de conseguir uma terceira prorrogação, caso a sonda retome o contato com a Terra. "É o nosso sonho", diz De Paula. "Ela não poderá gerar a mesma quantidade de trabalho, por causa da pouca energia. Muito mais energia vai ser destinada apenas a manter os aquecedores. Mas a câmera e a estação meteorológica continuarão a funcionar". Ao contrário dos robôs Spirit e Opportunity, que operam em Marte há quatro anos e já viram suas missões renovadas seguidas vezes, a  Phoenix tem uma data de validade inescapável: em 1º de fevereiro, o gás carbônico, principal componente da atmosfera marciana, começará a congelar sobre o Ártico. Sem rodas para levá-la a latitudes mais quentes, a Phoenix inevitavelmente acabará sepultada em gelo seco. "Mas queremos estudar a noite polar e observar o congelamento da atmosfera, algo que nunca foi feito", diz De Paula. "Queremos fotos do gelo subindo pelas pernas da Phoenix".

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