Estudo vê sinais de evolução de barbatanas para membros de animais


Pesquisadores identificaram gene importante na formação das barbatanas de peixes.

Por Victoria Gill

Um estudo da Universidade de Ottawa publicado na revista Nature nesta quinta-feira traz novas pistas sobre a evolução das barbatanas em peixes para membros em quadrúpedes, um passo crucial na evolução. Os pesquisadores identificaram dois novos genes que têm papel importante na formação de barbatanas, e acreditam que a perda desses genes pode ter sido um "passo importante" na transformação evolucionária de barbatanas em membros. A pesquisadora chefe, Marie-Andrée Akimenko, e sua equipe começaram o estudo analisando o desenvolvimento de embriões do peixe conhecido como Paulistinha ou peixe-zebra. Eles descobriram dois genes que seriam o código para a formação de proteínas importantes na estrutura das barbatanas. Essas proteínas são componentes de fibras presentes nas barbatanas. Elas são encontradas em embriões de peixe e mais tarde se desenvolvem nas fibras ósseas dos peixes adultos. "Concluímos que não há (genes) equivalentes nos membros dos animais (quadrúpedes), o que sugere que eles podem ter se perdido na evolução", explicou a cientista. Para confirmar a descoberta, os pesquisadores procuraram - e encontraram - a mesma família de genes no genoma de tubarões-elefante, uma espécie de peixe bastante primitiva. Isso sugere que "uma família antiga desses genes persiste (no tubarão-elefante e também em vários peixes ósseos) e foi perdida quando eles evoluíram" para animais de quatro patas, afirmou Akimenko. Recriando a evolução O desenvolvimento de embriões pode gerar importantes pistas genéticas e moleculares sobre a evolução. Acredita-se que muitas das mudanças encontradas no início do desenvolvimento espelhem mudanças evolutivas. Neste estudo, a equipe de cientistas conseguiu manipular o desenvolvimento do peixe-zebra para estudar essas mudanças mais detalhadamente. Os cientistas desativaram os genes recém descobertos em um embrião que estava se desenvolvendo. Ao fazer isso, descobriram que o peixe desenvolveu barbatanas mais curtas e "trucadas", sem qualquer fibra óssea. A perda dessas fibras, afirmam os cientistas, foi um momento chave na evolução da barbatana para membros. Os pesquisadores então compararam o desenvolvimento de embriões de peixes-zebra normais e embriões de camundongos. "Quando comparamos o desenvolvimento da barbatana e dos membros, os primeiros passos são muito semelhantes", disse Akimenko. "Mas a certa altura, há uma divergência, que está relacionada com o momento em que esses genes começam a se expressar." 'Pequena parte' O biólogo aposentado Jonathan Bard, especializado em desenvolvimento e atualmente trabalhando no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, afirmou que as conclusões do estudo são uma parte muito pequena da história evolutiva. Segundo ele, a descoberta ainda não traz pistas sobre a formação de dedos - "como as largas barbatanas, cheias de fibras ósseas, dos peixes, se transformaram nos oito dedos das mãos e na placa dos pés dos primeiros quadrúpedes?". "Falando em geral", disse ele, "centenas de milhões de anos separam a divisão evolutiva entre os peixes e os camundongos". "É um estudo interessante... e será interessante ver o que (os pesquisadores) vão fazer em seguida", acrescentou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Um estudo da Universidade de Ottawa publicado na revista Nature nesta quinta-feira traz novas pistas sobre a evolução das barbatanas em peixes para membros em quadrúpedes, um passo crucial na evolução. Os pesquisadores identificaram dois novos genes que têm papel importante na formação de barbatanas, e acreditam que a perda desses genes pode ter sido um "passo importante" na transformação evolucionária de barbatanas em membros. A pesquisadora chefe, Marie-Andrée Akimenko, e sua equipe começaram o estudo analisando o desenvolvimento de embriões do peixe conhecido como Paulistinha ou peixe-zebra. Eles descobriram dois genes que seriam o código para a formação de proteínas importantes na estrutura das barbatanas. Essas proteínas são componentes de fibras presentes nas barbatanas. Elas são encontradas em embriões de peixe e mais tarde se desenvolvem nas fibras ósseas dos peixes adultos. "Concluímos que não há (genes) equivalentes nos membros dos animais (quadrúpedes), o que sugere que eles podem ter se perdido na evolução", explicou a cientista. Para confirmar a descoberta, os pesquisadores procuraram - e encontraram - a mesma família de genes no genoma de tubarões-elefante, uma espécie de peixe bastante primitiva. Isso sugere que "uma família antiga desses genes persiste (no tubarão-elefante e também em vários peixes ósseos) e foi perdida quando eles evoluíram" para animais de quatro patas, afirmou Akimenko. Recriando a evolução O desenvolvimento de embriões pode gerar importantes pistas genéticas e moleculares sobre a evolução. Acredita-se que muitas das mudanças encontradas no início do desenvolvimento espelhem mudanças evolutivas. Neste estudo, a equipe de cientistas conseguiu manipular o desenvolvimento do peixe-zebra para estudar essas mudanças mais detalhadamente. Os cientistas desativaram os genes recém descobertos em um embrião que estava se desenvolvendo. Ao fazer isso, descobriram que o peixe desenvolveu barbatanas mais curtas e "trucadas", sem qualquer fibra óssea. A perda dessas fibras, afirmam os cientistas, foi um momento chave na evolução da barbatana para membros. Os pesquisadores então compararam o desenvolvimento de embriões de peixes-zebra normais e embriões de camundongos. "Quando comparamos o desenvolvimento da barbatana e dos membros, os primeiros passos são muito semelhantes", disse Akimenko. "Mas a certa altura, há uma divergência, que está relacionada com o momento em que esses genes começam a se expressar." 'Pequena parte' O biólogo aposentado Jonathan Bard, especializado em desenvolvimento e atualmente trabalhando no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, afirmou que as conclusões do estudo são uma parte muito pequena da história evolutiva. Segundo ele, a descoberta ainda não traz pistas sobre a formação de dedos - "como as largas barbatanas, cheias de fibras ósseas, dos peixes, se transformaram nos oito dedos das mãos e na placa dos pés dos primeiros quadrúpedes?". "Falando em geral", disse ele, "centenas de milhões de anos separam a divisão evolutiva entre os peixes e os camundongos". "É um estudo interessante... e será interessante ver o que (os pesquisadores) vão fazer em seguida", acrescentou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Um estudo da Universidade de Ottawa publicado na revista Nature nesta quinta-feira traz novas pistas sobre a evolução das barbatanas em peixes para membros em quadrúpedes, um passo crucial na evolução. Os pesquisadores identificaram dois novos genes que têm papel importante na formação de barbatanas, e acreditam que a perda desses genes pode ter sido um "passo importante" na transformação evolucionária de barbatanas em membros. A pesquisadora chefe, Marie-Andrée Akimenko, e sua equipe começaram o estudo analisando o desenvolvimento de embriões do peixe conhecido como Paulistinha ou peixe-zebra. Eles descobriram dois genes que seriam o código para a formação de proteínas importantes na estrutura das barbatanas. Essas proteínas são componentes de fibras presentes nas barbatanas. Elas são encontradas em embriões de peixe e mais tarde se desenvolvem nas fibras ósseas dos peixes adultos. "Concluímos que não há (genes) equivalentes nos membros dos animais (quadrúpedes), o que sugere que eles podem ter se perdido na evolução", explicou a cientista. Para confirmar a descoberta, os pesquisadores procuraram - e encontraram - a mesma família de genes no genoma de tubarões-elefante, uma espécie de peixe bastante primitiva. Isso sugere que "uma família antiga desses genes persiste (no tubarão-elefante e também em vários peixes ósseos) e foi perdida quando eles evoluíram" para animais de quatro patas, afirmou Akimenko. Recriando a evolução O desenvolvimento de embriões pode gerar importantes pistas genéticas e moleculares sobre a evolução. Acredita-se que muitas das mudanças encontradas no início do desenvolvimento espelhem mudanças evolutivas. Neste estudo, a equipe de cientistas conseguiu manipular o desenvolvimento do peixe-zebra para estudar essas mudanças mais detalhadamente. Os cientistas desativaram os genes recém descobertos em um embrião que estava se desenvolvendo. Ao fazer isso, descobriram que o peixe desenvolveu barbatanas mais curtas e "trucadas", sem qualquer fibra óssea. A perda dessas fibras, afirmam os cientistas, foi um momento chave na evolução da barbatana para membros. Os pesquisadores então compararam o desenvolvimento de embriões de peixes-zebra normais e embriões de camundongos. "Quando comparamos o desenvolvimento da barbatana e dos membros, os primeiros passos são muito semelhantes", disse Akimenko. "Mas a certa altura, há uma divergência, que está relacionada com o momento em que esses genes começam a se expressar." 'Pequena parte' O biólogo aposentado Jonathan Bard, especializado em desenvolvimento e atualmente trabalhando no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, afirmou que as conclusões do estudo são uma parte muito pequena da história evolutiva. Segundo ele, a descoberta ainda não traz pistas sobre a formação de dedos - "como as largas barbatanas, cheias de fibras ósseas, dos peixes, se transformaram nos oito dedos das mãos e na placa dos pés dos primeiros quadrúpedes?". "Falando em geral", disse ele, "centenas de milhões de anos separam a divisão evolutiva entre os peixes e os camundongos". "É um estudo interessante... e será interessante ver o que (os pesquisadores) vão fazer em seguida", acrescentou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Um estudo da Universidade de Ottawa publicado na revista Nature nesta quinta-feira traz novas pistas sobre a evolução das barbatanas em peixes para membros em quadrúpedes, um passo crucial na evolução. Os pesquisadores identificaram dois novos genes que têm papel importante na formação de barbatanas, e acreditam que a perda desses genes pode ter sido um "passo importante" na transformação evolucionária de barbatanas em membros. A pesquisadora chefe, Marie-Andrée Akimenko, e sua equipe começaram o estudo analisando o desenvolvimento de embriões do peixe conhecido como Paulistinha ou peixe-zebra. Eles descobriram dois genes que seriam o código para a formação de proteínas importantes na estrutura das barbatanas. Essas proteínas são componentes de fibras presentes nas barbatanas. Elas são encontradas em embriões de peixe e mais tarde se desenvolvem nas fibras ósseas dos peixes adultos. "Concluímos que não há (genes) equivalentes nos membros dos animais (quadrúpedes), o que sugere que eles podem ter se perdido na evolução", explicou a cientista. Para confirmar a descoberta, os pesquisadores procuraram - e encontraram - a mesma família de genes no genoma de tubarões-elefante, uma espécie de peixe bastante primitiva. Isso sugere que "uma família antiga desses genes persiste (no tubarão-elefante e também em vários peixes ósseos) e foi perdida quando eles evoluíram" para animais de quatro patas, afirmou Akimenko. Recriando a evolução O desenvolvimento de embriões pode gerar importantes pistas genéticas e moleculares sobre a evolução. Acredita-se que muitas das mudanças encontradas no início do desenvolvimento espelhem mudanças evolutivas. Neste estudo, a equipe de cientistas conseguiu manipular o desenvolvimento do peixe-zebra para estudar essas mudanças mais detalhadamente. Os cientistas desativaram os genes recém descobertos em um embrião que estava se desenvolvendo. Ao fazer isso, descobriram que o peixe desenvolveu barbatanas mais curtas e "trucadas", sem qualquer fibra óssea. A perda dessas fibras, afirmam os cientistas, foi um momento chave na evolução da barbatana para membros. Os pesquisadores então compararam o desenvolvimento de embriões de peixes-zebra normais e embriões de camundongos. "Quando comparamos o desenvolvimento da barbatana e dos membros, os primeiros passos são muito semelhantes", disse Akimenko. "Mas a certa altura, há uma divergência, que está relacionada com o momento em que esses genes começam a se expressar." 'Pequena parte' O biólogo aposentado Jonathan Bard, especializado em desenvolvimento e atualmente trabalhando no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford, afirmou que as conclusões do estudo são uma parte muito pequena da história evolutiva. Segundo ele, a descoberta ainda não traz pistas sobre a formação de dedos - "como as largas barbatanas, cheias de fibras ósseas, dos peixes, se transformaram nos oito dedos das mãos e na placa dos pés dos primeiros quadrúpedes?". "Falando em geral", disse ele, "centenas de milhões de anos separam a divisão evolutiva entre os peixes e os camundongos". "É um estudo interessante... e será interessante ver o que (os pesquisadores) vão fazer em seguida", acrescentou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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