Estudos identificam o mais antigo crânio achado em SP


População pré-histórica viveu pelo menos mil anos antes na região onde hoje é o Estado de SP

Por Agencia Estado

Os primeiros habitantes pré-históricos da região hoje conhecida como o Estado de São Paulo estavam aqui 1 ou 2 mil anos antes do que se imaginava - aproximadamente 10 mil anos atrás - e eram um povo singular, com uma identidade ainda em construção. Estas descobertas foram possíveis a partir de novos estudos de arqueólogos, geofísicos e biólogos da Universidade de São Paulo (USP), que definiram a datação do mais antigo crânio humano encontrado até hoje em território paulista, com 9 mil anos ou talvez um pouco mais, pelo método do carbono 14. Os dados estão na última edição da revista Pesquisa Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. ?A ossada estava num sepultamento situado numa camada geológica bem superficial?, lembra o arqueólogo Levy Figuti, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, coordenador do projeto. "Não pensávamos que ela fosse tão antiga." Conchas próximas ao crânio também foram datadas e deram idade semelhante à da ossada. O trabalho usou inclusive técnicas geofísicas para localizar e caracterizar as concentrações de caramujos no interior dos sítios arqueológicos. Projeto temático Este novo olhar sobre o povo pré-histórico no Estado de São Paulo começa a ganhar forma com os estudos feitos nos últimos anos através de um projeto temático financiado pela Fapesp. Segundo estes estudos, os primeiros habitantes desta região estavam a meio caminho entre o homem do mar e o homem do mato. A rigor, não eram uma coisa nem outra, provavelmente um híbrido dos dois. Viviam geralmente próximos às margens dos cursos de água de uma zona de transição ambiental entre o planalto e a costa, o vale do Rio Ribeira do Iguape, no sul do Estado de São Paulo, perto do Paraná. Sua vida social emulava certos comportamentos de moradores do litoral, mas seus traços físicos lembravam, em alguns casos, os de habitantes do interior do Brasil. Sambaquis fluviais Os membros dessa cultura, que estavam distantes do mar algumas dezenas de quilômetros, enterravam seus mortos e os cobriam com uma grossa camada de conchas. Eles deixavam para a posteridade um tipo de vestígio arqueológico conhecido como sambaqui, típico das populações da costa. Ao longo de todo o litoral brasileiro, em especial em Santa Catarina, há grandes sambaquis costeiros, que, às vezes, despontam terra afora como colinas de até 30 metros de altura formadas a partir do acúmulo de mariscos, ostras e berbigões. Apenas no Vale do Ribeira existe uma quantidade significativa de sambaquis fluviais, embora em menor número e de dimensões bem mais modestas que os da beira-mar. A altura dos concheiros de rios fica entre 80 centímetros e 1 metro e meio. acesse:   Pesquisa Fapesp Nota do Editor: Este texto foi alterado em 08/06/05 para correção no primeiro parágrafo e na sinopse. Agradecemos aos leitores pelo alerta sobre uso incorredo de "milhões" em lugar de "mil"

Os primeiros habitantes pré-históricos da região hoje conhecida como o Estado de São Paulo estavam aqui 1 ou 2 mil anos antes do que se imaginava - aproximadamente 10 mil anos atrás - e eram um povo singular, com uma identidade ainda em construção. Estas descobertas foram possíveis a partir de novos estudos de arqueólogos, geofísicos e biólogos da Universidade de São Paulo (USP), que definiram a datação do mais antigo crânio humano encontrado até hoje em território paulista, com 9 mil anos ou talvez um pouco mais, pelo método do carbono 14. Os dados estão na última edição da revista Pesquisa Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. ?A ossada estava num sepultamento situado numa camada geológica bem superficial?, lembra o arqueólogo Levy Figuti, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, coordenador do projeto. "Não pensávamos que ela fosse tão antiga." Conchas próximas ao crânio também foram datadas e deram idade semelhante à da ossada. O trabalho usou inclusive técnicas geofísicas para localizar e caracterizar as concentrações de caramujos no interior dos sítios arqueológicos. Projeto temático Este novo olhar sobre o povo pré-histórico no Estado de São Paulo começa a ganhar forma com os estudos feitos nos últimos anos através de um projeto temático financiado pela Fapesp. Segundo estes estudos, os primeiros habitantes desta região estavam a meio caminho entre o homem do mar e o homem do mato. A rigor, não eram uma coisa nem outra, provavelmente um híbrido dos dois. Viviam geralmente próximos às margens dos cursos de água de uma zona de transição ambiental entre o planalto e a costa, o vale do Rio Ribeira do Iguape, no sul do Estado de São Paulo, perto do Paraná. Sua vida social emulava certos comportamentos de moradores do litoral, mas seus traços físicos lembravam, em alguns casos, os de habitantes do interior do Brasil. Sambaquis fluviais Os membros dessa cultura, que estavam distantes do mar algumas dezenas de quilômetros, enterravam seus mortos e os cobriam com uma grossa camada de conchas. Eles deixavam para a posteridade um tipo de vestígio arqueológico conhecido como sambaqui, típico das populações da costa. Ao longo de todo o litoral brasileiro, em especial em Santa Catarina, há grandes sambaquis costeiros, que, às vezes, despontam terra afora como colinas de até 30 metros de altura formadas a partir do acúmulo de mariscos, ostras e berbigões. Apenas no Vale do Ribeira existe uma quantidade significativa de sambaquis fluviais, embora em menor número e de dimensões bem mais modestas que os da beira-mar. A altura dos concheiros de rios fica entre 80 centímetros e 1 metro e meio. acesse:   Pesquisa Fapesp Nota do Editor: Este texto foi alterado em 08/06/05 para correção no primeiro parágrafo e na sinopse. Agradecemos aos leitores pelo alerta sobre uso incorredo de "milhões" em lugar de "mil"

Os primeiros habitantes pré-históricos da região hoje conhecida como o Estado de São Paulo estavam aqui 1 ou 2 mil anos antes do que se imaginava - aproximadamente 10 mil anos atrás - e eram um povo singular, com uma identidade ainda em construção. Estas descobertas foram possíveis a partir de novos estudos de arqueólogos, geofísicos e biólogos da Universidade de São Paulo (USP), que definiram a datação do mais antigo crânio humano encontrado até hoje em território paulista, com 9 mil anos ou talvez um pouco mais, pelo método do carbono 14. Os dados estão na última edição da revista Pesquisa Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. ?A ossada estava num sepultamento situado numa camada geológica bem superficial?, lembra o arqueólogo Levy Figuti, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, coordenador do projeto. "Não pensávamos que ela fosse tão antiga." Conchas próximas ao crânio também foram datadas e deram idade semelhante à da ossada. O trabalho usou inclusive técnicas geofísicas para localizar e caracterizar as concentrações de caramujos no interior dos sítios arqueológicos. Projeto temático Este novo olhar sobre o povo pré-histórico no Estado de São Paulo começa a ganhar forma com os estudos feitos nos últimos anos através de um projeto temático financiado pela Fapesp. Segundo estes estudos, os primeiros habitantes desta região estavam a meio caminho entre o homem do mar e o homem do mato. A rigor, não eram uma coisa nem outra, provavelmente um híbrido dos dois. Viviam geralmente próximos às margens dos cursos de água de uma zona de transição ambiental entre o planalto e a costa, o vale do Rio Ribeira do Iguape, no sul do Estado de São Paulo, perto do Paraná. Sua vida social emulava certos comportamentos de moradores do litoral, mas seus traços físicos lembravam, em alguns casos, os de habitantes do interior do Brasil. Sambaquis fluviais Os membros dessa cultura, que estavam distantes do mar algumas dezenas de quilômetros, enterravam seus mortos e os cobriam com uma grossa camada de conchas. Eles deixavam para a posteridade um tipo de vestígio arqueológico conhecido como sambaqui, típico das populações da costa. Ao longo de todo o litoral brasileiro, em especial em Santa Catarina, há grandes sambaquis costeiros, que, às vezes, despontam terra afora como colinas de até 30 metros de altura formadas a partir do acúmulo de mariscos, ostras e berbigões. Apenas no Vale do Ribeira existe uma quantidade significativa de sambaquis fluviais, embora em menor número e de dimensões bem mais modestas que os da beira-mar. A altura dos concheiros de rios fica entre 80 centímetros e 1 metro e meio. acesse:   Pesquisa Fapesp Nota do Editor: Este texto foi alterado em 08/06/05 para correção no primeiro parágrafo e na sinopse. Agradecemos aos leitores pelo alerta sobre uso incorredo de "milhões" em lugar de "mil"

Os primeiros habitantes pré-históricos da região hoje conhecida como o Estado de São Paulo estavam aqui 1 ou 2 mil anos antes do que se imaginava - aproximadamente 10 mil anos atrás - e eram um povo singular, com uma identidade ainda em construção. Estas descobertas foram possíveis a partir de novos estudos de arqueólogos, geofísicos e biólogos da Universidade de São Paulo (USP), que definiram a datação do mais antigo crânio humano encontrado até hoje em território paulista, com 9 mil anos ou talvez um pouco mais, pelo método do carbono 14. Os dados estão na última edição da revista Pesquisa Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. ?A ossada estava num sepultamento situado numa camada geológica bem superficial?, lembra o arqueólogo Levy Figuti, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, coordenador do projeto. "Não pensávamos que ela fosse tão antiga." Conchas próximas ao crânio também foram datadas e deram idade semelhante à da ossada. O trabalho usou inclusive técnicas geofísicas para localizar e caracterizar as concentrações de caramujos no interior dos sítios arqueológicos. Projeto temático Este novo olhar sobre o povo pré-histórico no Estado de São Paulo começa a ganhar forma com os estudos feitos nos últimos anos através de um projeto temático financiado pela Fapesp. Segundo estes estudos, os primeiros habitantes desta região estavam a meio caminho entre o homem do mar e o homem do mato. A rigor, não eram uma coisa nem outra, provavelmente um híbrido dos dois. Viviam geralmente próximos às margens dos cursos de água de uma zona de transição ambiental entre o planalto e a costa, o vale do Rio Ribeira do Iguape, no sul do Estado de São Paulo, perto do Paraná. Sua vida social emulava certos comportamentos de moradores do litoral, mas seus traços físicos lembravam, em alguns casos, os de habitantes do interior do Brasil. Sambaquis fluviais Os membros dessa cultura, que estavam distantes do mar algumas dezenas de quilômetros, enterravam seus mortos e os cobriam com uma grossa camada de conchas. Eles deixavam para a posteridade um tipo de vestígio arqueológico conhecido como sambaqui, típico das populações da costa. Ao longo de todo o litoral brasileiro, em especial em Santa Catarina, há grandes sambaquis costeiros, que, às vezes, despontam terra afora como colinas de até 30 metros de altura formadas a partir do acúmulo de mariscos, ostras e berbigões. Apenas no Vale do Ribeira existe uma quantidade significativa de sambaquis fluviais, embora em menor número e de dimensões bem mais modestas que os da beira-mar. A altura dos concheiros de rios fica entre 80 centímetros e 1 metro e meio. acesse:   Pesquisa Fapesp Nota do Editor: Este texto foi alterado em 08/06/05 para correção no primeiro parágrafo e na sinopse. Agradecemos aos leitores pelo alerta sobre uso incorredo de "milhões" em lugar de "mil"

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