Cientistas que desejarem dinheiro público para realizar pesquisas com células-tronco embrionárias deverão utilizar células removidas originalmente de embriões que, de outra forma, seriam descartados por clínicas de fertilidade.
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Esta é a decisão dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), que emitiu nesta sexta-feira, 17, as normas que os pesquisadores deverão seguir.
As normas vetam as pesquisas de natureza mais controversa - que se valem de células de embriões produzidos apenas para serem objeto de estudo - em favor de um limite que terá amplo apoio no Congresso.
As regras ficarão um mês abertas para comentários do público, antes de entrar em vigor.
Sob o governo Bush, as pesquisas com células extraídas de embriões humanos estavam proibidas de receber verbas federais. O então presidente vetou atos do Congresso que pretendiam liberar recursos para esses estudos.
"Acreditamos que haverá um grande impulso para a ciência", disse o diretor em exercício do NIH, Raynard Kington. "Essa é a política correta para a agência neste momento".
Mas a limitação vai desapontar alguns pesquisadores, que esperavam usar uma variedade maior de células.
Cientistas tentam dominar as células-tronco embrionárias - capazes de se transformar em qualquer outro tipo de célula do corpo - para, um dia, criar tecidos para transplantes e tratar melhor, ou talvez curar, doenças que não de diabete a ferimentos graves da espinha e mal de Parkinson.
Essas células podem se reproduzir indefinidamente em um ambiente de pesquisa, mas para obter uma população original é preciso destruir um embrião de poucos dias, algo que recebe forte oposição moral de alguns setores da sociedade.