Mudança climática leva árvores a picos do Himalaia


Mudança na cobertura vegetal ameaça o estilo de vida de pastores que dependem de pradarias

Por Redação

prados que cobriam os topos das montanhas do sudoeste chinês estão com um estranho invasor, as árvores, que estimuladas pelo aquecimento global, ameaçam a forma de vida dos pastores tibetanos.   Após quatro anos de estudo, Berry Baker, especialista em mudança climática da Universidade Estadual do Colorado, e Robert Moseley, da organização The Nature Conservancy, comprovaram que o limite das árvores na Montanha Nevada de Baima, na província de Yunnan e fronteira com o Tibete, subiu 67 metros em menos de um século.  O avanço das árvores ameaça a subsistência dos pastores tibetanos, a biodiversidade e as condições meteorológicas numa região onde convergem as águas de quatro rios, dos quais 10% da população mundial dependem: Yang Tse, Mekong, Nu e Irrawaddy.  Uma das principais causas deste avanço é o aumento das temperaturas na região, que nas últimas duas décadas do século 20 subiram 0,06 grau ao anuo - o dobro da média nacional - frente à alta de 0,04 grau nos 60 anos anteriores. Outro fator, segundo o estudo, são as mudanças nos métodos tradicionais de utilização da terra, com a proibição, em 1988, dos incêndios provocados para controlar o avanço das espécies arbóreas. "Alterações baixas ou moderadas como o pastoreio ou o fogo para manter a produção de erva promovem o aumento do número de espécies, ou seja, contribuem para a biodiversidade. Por isso essas duas atividades deveriam ser incluídas numa estratégia para conservar os gramados alpinos", afirmou Baker.  Ao mesmo tempo, disse que é preciso realizar programas mais globais pois, à medida que o clima mudar, "as espécies vão tentar se adaptar transferindo-se a novas áreas onde tenham o hábitat que permita que sobrevivam". "As estratégias para reduzir a fragmentação do hábitat, promover e manter os processos ecológicos básicos e diminuir outras pressões como a exploração excessiva dos recursos naturais serão chaves para permitir que as espécies se adaptem à mudança climática", afirmou o especialista.  O fenômeno da invasão arbórea, segundo Baker, não é exclusivo da China e já foi observado nas montanhas de Europa, Sibéria, América do Norte e inclusive no Ártico, onde a densidade e a altura dos arbustos está mudando. Além da montanha de Baima, a pesquisa também analisou o monte Khawa Karpo, localizado na cordilheira de Hengduan, ao leste do Himalaia. Trata-se de um dos ecossistemas temperados com a maior diversidade biológica do planeta. Além disso, no local há cerca de 1.680 geleiras, as mais baixas de toda a China e extremamente sensíveis às mudanças climáticas.  Essas geleiras também estão sofrendo os efeitos do aquecimento. A de Mingyong, por exemplo, diminuiu quase 110 metros entre 2002 e 2004, num dos "ritmos mais rápidos no mundo".

prados que cobriam os topos das montanhas do sudoeste chinês estão com um estranho invasor, as árvores, que estimuladas pelo aquecimento global, ameaçam a forma de vida dos pastores tibetanos.   Após quatro anos de estudo, Berry Baker, especialista em mudança climática da Universidade Estadual do Colorado, e Robert Moseley, da organização The Nature Conservancy, comprovaram que o limite das árvores na Montanha Nevada de Baima, na província de Yunnan e fronteira com o Tibete, subiu 67 metros em menos de um século.  O avanço das árvores ameaça a subsistência dos pastores tibetanos, a biodiversidade e as condições meteorológicas numa região onde convergem as águas de quatro rios, dos quais 10% da população mundial dependem: Yang Tse, Mekong, Nu e Irrawaddy.  Uma das principais causas deste avanço é o aumento das temperaturas na região, que nas últimas duas décadas do século 20 subiram 0,06 grau ao anuo - o dobro da média nacional - frente à alta de 0,04 grau nos 60 anos anteriores. Outro fator, segundo o estudo, são as mudanças nos métodos tradicionais de utilização da terra, com a proibição, em 1988, dos incêndios provocados para controlar o avanço das espécies arbóreas. "Alterações baixas ou moderadas como o pastoreio ou o fogo para manter a produção de erva promovem o aumento do número de espécies, ou seja, contribuem para a biodiversidade. Por isso essas duas atividades deveriam ser incluídas numa estratégia para conservar os gramados alpinos", afirmou Baker.  Ao mesmo tempo, disse que é preciso realizar programas mais globais pois, à medida que o clima mudar, "as espécies vão tentar se adaptar transferindo-se a novas áreas onde tenham o hábitat que permita que sobrevivam". "As estratégias para reduzir a fragmentação do hábitat, promover e manter os processos ecológicos básicos e diminuir outras pressões como a exploração excessiva dos recursos naturais serão chaves para permitir que as espécies se adaptem à mudança climática", afirmou o especialista.  O fenômeno da invasão arbórea, segundo Baker, não é exclusivo da China e já foi observado nas montanhas de Europa, Sibéria, América do Norte e inclusive no Ártico, onde a densidade e a altura dos arbustos está mudando. Além da montanha de Baima, a pesquisa também analisou o monte Khawa Karpo, localizado na cordilheira de Hengduan, ao leste do Himalaia. Trata-se de um dos ecossistemas temperados com a maior diversidade biológica do planeta. Além disso, no local há cerca de 1.680 geleiras, as mais baixas de toda a China e extremamente sensíveis às mudanças climáticas.  Essas geleiras também estão sofrendo os efeitos do aquecimento. A de Mingyong, por exemplo, diminuiu quase 110 metros entre 2002 e 2004, num dos "ritmos mais rápidos no mundo".

prados que cobriam os topos das montanhas do sudoeste chinês estão com um estranho invasor, as árvores, que estimuladas pelo aquecimento global, ameaçam a forma de vida dos pastores tibetanos.   Após quatro anos de estudo, Berry Baker, especialista em mudança climática da Universidade Estadual do Colorado, e Robert Moseley, da organização The Nature Conservancy, comprovaram que o limite das árvores na Montanha Nevada de Baima, na província de Yunnan e fronteira com o Tibete, subiu 67 metros em menos de um século.  O avanço das árvores ameaça a subsistência dos pastores tibetanos, a biodiversidade e as condições meteorológicas numa região onde convergem as águas de quatro rios, dos quais 10% da população mundial dependem: Yang Tse, Mekong, Nu e Irrawaddy.  Uma das principais causas deste avanço é o aumento das temperaturas na região, que nas últimas duas décadas do século 20 subiram 0,06 grau ao anuo - o dobro da média nacional - frente à alta de 0,04 grau nos 60 anos anteriores. Outro fator, segundo o estudo, são as mudanças nos métodos tradicionais de utilização da terra, com a proibição, em 1988, dos incêndios provocados para controlar o avanço das espécies arbóreas. "Alterações baixas ou moderadas como o pastoreio ou o fogo para manter a produção de erva promovem o aumento do número de espécies, ou seja, contribuem para a biodiversidade. Por isso essas duas atividades deveriam ser incluídas numa estratégia para conservar os gramados alpinos", afirmou Baker.  Ao mesmo tempo, disse que é preciso realizar programas mais globais pois, à medida que o clima mudar, "as espécies vão tentar se adaptar transferindo-se a novas áreas onde tenham o hábitat que permita que sobrevivam". "As estratégias para reduzir a fragmentação do hábitat, promover e manter os processos ecológicos básicos e diminuir outras pressões como a exploração excessiva dos recursos naturais serão chaves para permitir que as espécies se adaptem à mudança climática", afirmou o especialista.  O fenômeno da invasão arbórea, segundo Baker, não é exclusivo da China e já foi observado nas montanhas de Europa, Sibéria, América do Norte e inclusive no Ártico, onde a densidade e a altura dos arbustos está mudando. Além da montanha de Baima, a pesquisa também analisou o monte Khawa Karpo, localizado na cordilheira de Hengduan, ao leste do Himalaia. Trata-se de um dos ecossistemas temperados com a maior diversidade biológica do planeta. Além disso, no local há cerca de 1.680 geleiras, as mais baixas de toda a China e extremamente sensíveis às mudanças climáticas.  Essas geleiras também estão sofrendo os efeitos do aquecimento. A de Mingyong, por exemplo, diminuiu quase 110 metros entre 2002 e 2004, num dos "ritmos mais rápidos no mundo".

prados que cobriam os topos das montanhas do sudoeste chinês estão com um estranho invasor, as árvores, que estimuladas pelo aquecimento global, ameaçam a forma de vida dos pastores tibetanos.   Após quatro anos de estudo, Berry Baker, especialista em mudança climática da Universidade Estadual do Colorado, e Robert Moseley, da organização The Nature Conservancy, comprovaram que o limite das árvores na Montanha Nevada de Baima, na província de Yunnan e fronteira com o Tibete, subiu 67 metros em menos de um século.  O avanço das árvores ameaça a subsistência dos pastores tibetanos, a biodiversidade e as condições meteorológicas numa região onde convergem as águas de quatro rios, dos quais 10% da população mundial dependem: Yang Tse, Mekong, Nu e Irrawaddy.  Uma das principais causas deste avanço é o aumento das temperaturas na região, que nas últimas duas décadas do século 20 subiram 0,06 grau ao anuo - o dobro da média nacional - frente à alta de 0,04 grau nos 60 anos anteriores. Outro fator, segundo o estudo, são as mudanças nos métodos tradicionais de utilização da terra, com a proibição, em 1988, dos incêndios provocados para controlar o avanço das espécies arbóreas. "Alterações baixas ou moderadas como o pastoreio ou o fogo para manter a produção de erva promovem o aumento do número de espécies, ou seja, contribuem para a biodiversidade. Por isso essas duas atividades deveriam ser incluídas numa estratégia para conservar os gramados alpinos", afirmou Baker.  Ao mesmo tempo, disse que é preciso realizar programas mais globais pois, à medida que o clima mudar, "as espécies vão tentar se adaptar transferindo-se a novas áreas onde tenham o hábitat que permita que sobrevivam". "As estratégias para reduzir a fragmentação do hábitat, promover e manter os processos ecológicos básicos e diminuir outras pressões como a exploração excessiva dos recursos naturais serão chaves para permitir que as espécies se adaptem à mudança climática", afirmou o especialista.  O fenômeno da invasão arbórea, segundo Baker, não é exclusivo da China e já foi observado nas montanhas de Europa, Sibéria, América do Norte e inclusive no Ártico, onde a densidade e a altura dos arbustos está mudando. Além da montanha de Baima, a pesquisa também analisou o monte Khawa Karpo, localizado na cordilheira de Hengduan, ao leste do Himalaia. Trata-se de um dos ecossistemas temperados com a maior diversidade biológica do planeta. Além disso, no local há cerca de 1.680 geleiras, as mais baixas de toda a China e extremamente sensíveis às mudanças climáticas.  Essas geleiras também estão sofrendo os efeitos do aquecimento. A de Mingyong, por exemplo, diminuiu quase 110 metros entre 2002 e 2004, num dos "ritmos mais rápidos no mundo".

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