Superlua coincidirá com eclipse lunar total na noite de domingo


Combinação dos dois fenômenos ocorreu pela última vez em 1982 e só se repetirá em 2033; Lua cheia aparecerá maior e mais brilhante

Por Fabio de Castro

Na noite de domingo, 27, um eclipse total da Lua coincidirá com o fenômeno denominado superlua - quando máxima aproximação do satélite com a Terra ocorre durante a Lua cheia, fazendo com que ela pareça 14% maior e 30% mais brilhante que o normal.

Embora os dois fenômenos sejam relativamente comuns, a combinação de uma superlua e um eclipse total da Lua ocorreu pela última vez em 1982 e só se repetirá novamente em 2033. O efeito promete ser impressionante.

Confira imagens de superluas e eclipses lunares

1 | 11

Brasília

Foto: Dida Sampaio/Estadão
2 | 11

São Paulo

Foto: JF Diorio/Estadão
3 | 11

Rio

Foto: Wilton Júnior/Estadão
4 | 11

Salgotarjan

Foto: Peter Komka/MTI via AP
5 | 11

Nova Iorque

Foto: Michael Heiman/Getty Images/AFP
6 | 11

Los Angeles

Foto: YANG LEI/XINHUA
7 | 11

Port of Spain

Foto: Andrea de Silva
8 | 11

Kuwait

Foto: Stephanie McGehee/Reuters
9 | 11

Sydney

Foto: David Gray/Reuters
10 | 11

Lua Azul em Washington

Foto: NASA/Bill Ingalls
11 | 11

Eclipse na Flórida

Foto: NASA/Kim Shiflett
continua após a publicidade

O eclipse poderá ser observado a partir das 22h. Cerca de uma hora depois, a superlua ficará inteiramente encoberta pela sombra da Terra, ganhando uma cor avermelhada, durante uma hora e 12 minutos. O fenômeno será visível nas Américas, na Europa, na África, no leste do Oceano Pacífico e no Oeste da Ásia.

De acordo com Paulo Bretones, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenador da Comissão de Ensino e Divulgação da Sociedade Astronômica Brasileira, os eclipsese lunares ocorrem quando a Lua penetra na sombra projetada pela Terra ao receber a luz solar. 

O plano da órbita da Lua fica inclinado um pouco mais de 5 graus em relação ao plano em que a Terra gira ao redor do Sol, segundo ele, o que gera um movimento complexo.

continua após a publicidade

"A Terra sempre está projetando sua sombra no céu, mas não a percebemos porque a Lua passa acima ou abaixo dessa sombra. Mas, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra durante um alinhamento dos três astros, ocorre um eclipse lunar", explicou Bretones.

Segundo ele, no domingo a Lua cheia nascerá às 17h45 em São Paulo e começará a "mergulhar" na sombra da Terra às 22h07. "Uma linha divisória surgirá como um entalhe no bordo lunar, penetrando cada vez mais, até que às 23h11 a Lua estará toda coberta pela sombra do nosso planeta. Às 00h23, ela começará a sair da sombra até reaparecer totalmente iluminada às 1h27 de segunda-feira", disse.

Em 2015 já ocorreram dois eclipses totais da Lua e dois eclipses do Sol, segundo Bretones. Mas apenas o eclipse lunar de domingo será visível no Brasil. "Contudo, este eclipse é especial, pois é o último de uma tétrade, um conjunto de quatro eclipses totais da Lua consecutivos. No século 20, ocorreram cinco tétrades e, no século 21, haverá oito. Os três primeiros eclipses da tétrade atual ocorreram em abril e outubro de 2014 e abril de 2015", disse.

continua após a publicidade

Durante o eclipse total, a Lua não vai desaparecer completamente do céu, sob a sombra da Terra, mas ganhará um tom vermelho escuro. Embora a luz do Sol não caia diretamente sobre a Lua durante o eclipse, sua superfície é iluminada por raios mais fracos que são refratados pela atomsfera da Terra. 

"Quando a luz solar passa na atmosfera da Terra, os componentes da luz branca, que produzem as cores vermelha e laranja, espalham-se pelo ar cobrindo o céu com as cores do Sol no alvorecer e no crepúsculo. A refração transforma essas cores em sombra, por isso a Lua pode ficar avermelhada", afirmou Bretones.

Seu navegador não suporta esse video.

Descubra em um minuto como o fenômeno acontece.

continua após a publicidade

Superlua. A Lua tem uma órbita elíptica e sua distância da Terra varia de 405 mil quilômetros a 360 mil quilômetros, aproximadamente. A Lua pode chegar ao ponto mais próximo da Terra, o perigeu, em qualquer uma de suas fases. Mas, quando isso ocorre durante a Lua cheia, ela aparece ligeiramente maior, resultando em uma superlua.

As últimas superluas ocorreram nos dias 12 de julho, 10 de agosto e 9 de setembro de 2014 e no dia 29 de agosto de 2015. Depois deste domingo, a próxima superlua ocorrerá no dia 27 de outubro.

Para Bretones, no entanto, embora a coincidência de eclipse e superlua seja interessante, o aumento do brilho e tamanho da Lua no céu durante a superlua não é algo de perceptível a olho nu.

continua após a publicidade

"É mínima a diferença do tamanho visível da Lua cheia no perigeu - que é o que caracteriza a superlua - e no apogeu, quando ela está em sua máxima distância da Terra. Não dá para perceber a diferença. Mas teremos uma bela Lua cheia."

Segundo Bretones, quem esperar pelo eclipse da superlua, na virada de domingo para segunda-feira, será gratificado com um belo espetáculo. "Vale a pena ficar acordado e reunir a turma para observar esse raro fenômeno que é muito bonito de ser visto a olho nu. É um lindo espetáculo cujo único esforço necessário, se o céu não estiver nublado, é o de levantar a cabeça e deixar-se maravilhar pela sua beleza", disse.

Na noite de domingo, 27, um eclipse total da Lua coincidirá com o fenômeno denominado superlua - quando máxima aproximação do satélite com a Terra ocorre durante a Lua cheia, fazendo com que ela pareça 14% maior e 30% mais brilhante que o normal.

Embora os dois fenômenos sejam relativamente comuns, a combinação de uma superlua e um eclipse total da Lua ocorreu pela última vez em 1982 e só se repetirá novamente em 2033. O efeito promete ser impressionante.

Confira imagens de superluas e eclipses lunares

1 | 11

Brasília

Foto: Dida Sampaio/Estadão
2 | 11

São Paulo

Foto: JF Diorio/Estadão
3 | 11

Rio

Foto: Wilton Júnior/Estadão
4 | 11

Salgotarjan

Foto: Peter Komka/MTI via AP
5 | 11

Nova Iorque

Foto: Michael Heiman/Getty Images/AFP
6 | 11

Los Angeles

Foto: YANG LEI/XINHUA
7 | 11

Port of Spain

Foto: Andrea de Silva
8 | 11

Kuwait

Foto: Stephanie McGehee/Reuters
9 | 11

Sydney

Foto: David Gray/Reuters
10 | 11

Lua Azul em Washington

Foto: NASA/Bill Ingalls
11 | 11

Eclipse na Flórida

Foto: NASA/Kim Shiflett

O eclipse poderá ser observado a partir das 22h. Cerca de uma hora depois, a superlua ficará inteiramente encoberta pela sombra da Terra, ganhando uma cor avermelhada, durante uma hora e 12 minutos. O fenômeno será visível nas Américas, na Europa, na África, no leste do Oceano Pacífico e no Oeste da Ásia.

De acordo com Paulo Bretones, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenador da Comissão de Ensino e Divulgação da Sociedade Astronômica Brasileira, os eclipsese lunares ocorrem quando a Lua penetra na sombra projetada pela Terra ao receber a luz solar. 

O plano da órbita da Lua fica inclinado um pouco mais de 5 graus em relação ao plano em que a Terra gira ao redor do Sol, segundo ele, o que gera um movimento complexo.

"A Terra sempre está projetando sua sombra no céu, mas não a percebemos porque a Lua passa acima ou abaixo dessa sombra. Mas, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra durante um alinhamento dos três astros, ocorre um eclipse lunar", explicou Bretones.

Segundo ele, no domingo a Lua cheia nascerá às 17h45 em São Paulo e começará a "mergulhar" na sombra da Terra às 22h07. "Uma linha divisória surgirá como um entalhe no bordo lunar, penetrando cada vez mais, até que às 23h11 a Lua estará toda coberta pela sombra do nosso planeta. Às 00h23, ela começará a sair da sombra até reaparecer totalmente iluminada às 1h27 de segunda-feira", disse.

Em 2015 já ocorreram dois eclipses totais da Lua e dois eclipses do Sol, segundo Bretones. Mas apenas o eclipse lunar de domingo será visível no Brasil. "Contudo, este eclipse é especial, pois é o último de uma tétrade, um conjunto de quatro eclipses totais da Lua consecutivos. No século 20, ocorreram cinco tétrades e, no século 21, haverá oito. Os três primeiros eclipses da tétrade atual ocorreram em abril e outubro de 2014 e abril de 2015", disse.

Durante o eclipse total, a Lua não vai desaparecer completamente do céu, sob a sombra da Terra, mas ganhará um tom vermelho escuro. Embora a luz do Sol não caia diretamente sobre a Lua durante o eclipse, sua superfície é iluminada por raios mais fracos que são refratados pela atomsfera da Terra. 

"Quando a luz solar passa na atmosfera da Terra, os componentes da luz branca, que produzem as cores vermelha e laranja, espalham-se pelo ar cobrindo o céu com as cores do Sol no alvorecer e no crepúsculo. A refração transforma essas cores em sombra, por isso a Lua pode ficar avermelhada", afirmou Bretones.

Seu navegador não suporta esse video.

Descubra em um minuto como o fenômeno acontece.

Superlua. A Lua tem uma órbita elíptica e sua distância da Terra varia de 405 mil quilômetros a 360 mil quilômetros, aproximadamente. A Lua pode chegar ao ponto mais próximo da Terra, o perigeu, em qualquer uma de suas fases. Mas, quando isso ocorre durante a Lua cheia, ela aparece ligeiramente maior, resultando em uma superlua.

As últimas superluas ocorreram nos dias 12 de julho, 10 de agosto e 9 de setembro de 2014 e no dia 29 de agosto de 2015. Depois deste domingo, a próxima superlua ocorrerá no dia 27 de outubro.

Para Bretones, no entanto, embora a coincidência de eclipse e superlua seja interessante, o aumento do brilho e tamanho da Lua no céu durante a superlua não é algo de perceptível a olho nu.

"É mínima a diferença do tamanho visível da Lua cheia no perigeu - que é o que caracteriza a superlua - e no apogeu, quando ela está em sua máxima distância da Terra. Não dá para perceber a diferença. Mas teremos uma bela Lua cheia."

Segundo Bretones, quem esperar pelo eclipse da superlua, na virada de domingo para segunda-feira, será gratificado com um belo espetáculo. "Vale a pena ficar acordado e reunir a turma para observar esse raro fenômeno que é muito bonito de ser visto a olho nu. É um lindo espetáculo cujo único esforço necessário, se o céu não estiver nublado, é o de levantar a cabeça e deixar-se maravilhar pela sua beleza", disse.

Na noite de domingo, 27, um eclipse total da Lua coincidirá com o fenômeno denominado superlua - quando máxima aproximação do satélite com a Terra ocorre durante a Lua cheia, fazendo com que ela pareça 14% maior e 30% mais brilhante que o normal.

Embora os dois fenômenos sejam relativamente comuns, a combinação de uma superlua e um eclipse total da Lua ocorreu pela última vez em 1982 e só se repetirá novamente em 2033. O efeito promete ser impressionante.

Confira imagens de superluas e eclipses lunares

1 | 11

Brasília

Foto: Dida Sampaio/Estadão
2 | 11

São Paulo

Foto: JF Diorio/Estadão
3 | 11

Rio

Foto: Wilton Júnior/Estadão
4 | 11

Salgotarjan

Foto: Peter Komka/MTI via AP
5 | 11

Nova Iorque

Foto: Michael Heiman/Getty Images/AFP
6 | 11

Los Angeles

Foto: YANG LEI/XINHUA
7 | 11

Port of Spain

Foto: Andrea de Silva
8 | 11

Kuwait

Foto: Stephanie McGehee/Reuters
9 | 11

Sydney

Foto: David Gray/Reuters
10 | 11

Lua Azul em Washington

Foto: NASA/Bill Ingalls
11 | 11

Eclipse na Flórida

Foto: NASA/Kim Shiflett

O eclipse poderá ser observado a partir das 22h. Cerca de uma hora depois, a superlua ficará inteiramente encoberta pela sombra da Terra, ganhando uma cor avermelhada, durante uma hora e 12 minutos. O fenômeno será visível nas Américas, na Europa, na África, no leste do Oceano Pacífico e no Oeste da Ásia.

De acordo com Paulo Bretones, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenador da Comissão de Ensino e Divulgação da Sociedade Astronômica Brasileira, os eclipsese lunares ocorrem quando a Lua penetra na sombra projetada pela Terra ao receber a luz solar. 

O plano da órbita da Lua fica inclinado um pouco mais de 5 graus em relação ao plano em que a Terra gira ao redor do Sol, segundo ele, o que gera um movimento complexo.

"A Terra sempre está projetando sua sombra no céu, mas não a percebemos porque a Lua passa acima ou abaixo dessa sombra. Mas, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra durante um alinhamento dos três astros, ocorre um eclipse lunar", explicou Bretones.

Segundo ele, no domingo a Lua cheia nascerá às 17h45 em São Paulo e começará a "mergulhar" na sombra da Terra às 22h07. "Uma linha divisória surgirá como um entalhe no bordo lunar, penetrando cada vez mais, até que às 23h11 a Lua estará toda coberta pela sombra do nosso planeta. Às 00h23, ela começará a sair da sombra até reaparecer totalmente iluminada às 1h27 de segunda-feira", disse.

Em 2015 já ocorreram dois eclipses totais da Lua e dois eclipses do Sol, segundo Bretones. Mas apenas o eclipse lunar de domingo será visível no Brasil. "Contudo, este eclipse é especial, pois é o último de uma tétrade, um conjunto de quatro eclipses totais da Lua consecutivos. No século 20, ocorreram cinco tétrades e, no século 21, haverá oito. Os três primeiros eclipses da tétrade atual ocorreram em abril e outubro de 2014 e abril de 2015", disse.

Durante o eclipse total, a Lua não vai desaparecer completamente do céu, sob a sombra da Terra, mas ganhará um tom vermelho escuro. Embora a luz do Sol não caia diretamente sobre a Lua durante o eclipse, sua superfície é iluminada por raios mais fracos que são refratados pela atomsfera da Terra. 

"Quando a luz solar passa na atmosfera da Terra, os componentes da luz branca, que produzem as cores vermelha e laranja, espalham-se pelo ar cobrindo o céu com as cores do Sol no alvorecer e no crepúsculo. A refração transforma essas cores em sombra, por isso a Lua pode ficar avermelhada", afirmou Bretones.

Seu navegador não suporta esse video.

Descubra em um minuto como o fenômeno acontece.

Superlua. A Lua tem uma órbita elíptica e sua distância da Terra varia de 405 mil quilômetros a 360 mil quilômetros, aproximadamente. A Lua pode chegar ao ponto mais próximo da Terra, o perigeu, em qualquer uma de suas fases. Mas, quando isso ocorre durante a Lua cheia, ela aparece ligeiramente maior, resultando em uma superlua.

As últimas superluas ocorreram nos dias 12 de julho, 10 de agosto e 9 de setembro de 2014 e no dia 29 de agosto de 2015. Depois deste domingo, a próxima superlua ocorrerá no dia 27 de outubro.

Para Bretones, no entanto, embora a coincidência de eclipse e superlua seja interessante, o aumento do brilho e tamanho da Lua no céu durante a superlua não é algo de perceptível a olho nu.

"É mínima a diferença do tamanho visível da Lua cheia no perigeu - que é o que caracteriza a superlua - e no apogeu, quando ela está em sua máxima distância da Terra. Não dá para perceber a diferença. Mas teremos uma bela Lua cheia."

Segundo Bretones, quem esperar pelo eclipse da superlua, na virada de domingo para segunda-feira, será gratificado com um belo espetáculo. "Vale a pena ficar acordado e reunir a turma para observar esse raro fenômeno que é muito bonito de ser visto a olho nu. É um lindo espetáculo cujo único esforço necessário, se o céu não estiver nublado, é o de levantar a cabeça e deixar-se maravilhar pela sua beleza", disse.

Na noite de domingo, 27, um eclipse total da Lua coincidirá com o fenômeno denominado superlua - quando máxima aproximação do satélite com a Terra ocorre durante a Lua cheia, fazendo com que ela pareça 14% maior e 30% mais brilhante que o normal.

Embora os dois fenômenos sejam relativamente comuns, a combinação de uma superlua e um eclipse total da Lua ocorreu pela última vez em 1982 e só se repetirá novamente em 2033. O efeito promete ser impressionante.

Confira imagens de superluas e eclipses lunares

1 | 11

Brasília

Foto: Dida Sampaio/Estadão
2 | 11

São Paulo

Foto: JF Diorio/Estadão
3 | 11

Rio

Foto: Wilton Júnior/Estadão
4 | 11

Salgotarjan

Foto: Peter Komka/MTI via AP
5 | 11

Nova Iorque

Foto: Michael Heiman/Getty Images/AFP
6 | 11

Los Angeles

Foto: YANG LEI/XINHUA
7 | 11

Port of Spain

Foto: Andrea de Silva
8 | 11

Kuwait

Foto: Stephanie McGehee/Reuters
9 | 11

Sydney

Foto: David Gray/Reuters
10 | 11

Lua Azul em Washington

Foto: NASA/Bill Ingalls
11 | 11

Eclipse na Flórida

Foto: NASA/Kim Shiflett

O eclipse poderá ser observado a partir das 22h. Cerca de uma hora depois, a superlua ficará inteiramente encoberta pela sombra da Terra, ganhando uma cor avermelhada, durante uma hora e 12 minutos. O fenômeno será visível nas Américas, na Europa, na África, no leste do Oceano Pacífico e no Oeste da Ásia.

De acordo com Paulo Bretones, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e coordenador da Comissão de Ensino e Divulgação da Sociedade Astronômica Brasileira, os eclipsese lunares ocorrem quando a Lua penetra na sombra projetada pela Terra ao receber a luz solar. 

O plano da órbita da Lua fica inclinado um pouco mais de 5 graus em relação ao plano em que a Terra gira ao redor do Sol, segundo ele, o que gera um movimento complexo.

"A Terra sempre está projetando sua sombra no céu, mas não a percebemos porque a Lua passa acima ou abaixo dessa sombra. Mas, quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra durante um alinhamento dos três astros, ocorre um eclipse lunar", explicou Bretones.

Segundo ele, no domingo a Lua cheia nascerá às 17h45 em São Paulo e começará a "mergulhar" na sombra da Terra às 22h07. "Uma linha divisória surgirá como um entalhe no bordo lunar, penetrando cada vez mais, até que às 23h11 a Lua estará toda coberta pela sombra do nosso planeta. Às 00h23, ela começará a sair da sombra até reaparecer totalmente iluminada às 1h27 de segunda-feira", disse.

Em 2015 já ocorreram dois eclipses totais da Lua e dois eclipses do Sol, segundo Bretones. Mas apenas o eclipse lunar de domingo será visível no Brasil. "Contudo, este eclipse é especial, pois é o último de uma tétrade, um conjunto de quatro eclipses totais da Lua consecutivos. No século 20, ocorreram cinco tétrades e, no século 21, haverá oito. Os três primeiros eclipses da tétrade atual ocorreram em abril e outubro de 2014 e abril de 2015", disse.

Durante o eclipse total, a Lua não vai desaparecer completamente do céu, sob a sombra da Terra, mas ganhará um tom vermelho escuro. Embora a luz do Sol não caia diretamente sobre a Lua durante o eclipse, sua superfície é iluminada por raios mais fracos que são refratados pela atomsfera da Terra. 

"Quando a luz solar passa na atmosfera da Terra, os componentes da luz branca, que produzem as cores vermelha e laranja, espalham-se pelo ar cobrindo o céu com as cores do Sol no alvorecer e no crepúsculo. A refração transforma essas cores em sombra, por isso a Lua pode ficar avermelhada", afirmou Bretones.

Seu navegador não suporta esse video.

Descubra em um minuto como o fenômeno acontece.

Superlua. A Lua tem uma órbita elíptica e sua distância da Terra varia de 405 mil quilômetros a 360 mil quilômetros, aproximadamente. A Lua pode chegar ao ponto mais próximo da Terra, o perigeu, em qualquer uma de suas fases. Mas, quando isso ocorre durante a Lua cheia, ela aparece ligeiramente maior, resultando em uma superlua.

As últimas superluas ocorreram nos dias 12 de julho, 10 de agosto e 9 de setembro de 2014 e no dia 29 de agosto de 2015. Depois deste domingo, a próxima superlua ocorrerá no dia 27 de outubro.

Para Bretones, no entanto, embora a coincidência de eclipse e superlua seja interessante, o aumento do brilho e tamanho da Lua no céu durante a superlua não é algo de perceptível a olho nu.

"É mínima a diferença do tamanho visível da Lua cheia no perigeu - que é o que caracteriza a superlua - e no apogeu, quando ela está em sua máxima distância da Terra. Não dá para perceber a diferença. Mas teremos uma bela Lua cheia."

Segundo Bretones, quem esperar pelo eclipse da superlua, na virada de domingo para segunda-feira, será gratificado com um belo espetáculo. "Vale a pena ficar acordado e reunir a turma para observar esse raro fenômeno que é muito bonito de ser visto a olho nu. É um lindo espetáculo cujo único esforço necessário, se o céu não estiver nublado, é o de levantar a cabeça e deixar-se maravilhar pela sua beleza", disse.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.