Música clássica decodificada

E sai o vencedor do Concurso Chopin 2015, em Varsóvia.


Por Alvaro Siviero

É assim que funciona. Qualquer reconhecimento artístico verdadeiro se apóia em 3 ingredientes: talento, dedicação e visibilidade. Nesta ordem. Não há outra saída.

Sem talento nada ocorre. Nada. Várias vezes nos deparamos com "artistas" que tentam ser catapultados às alturas por canais de TV, por anúncios pagos em jornais ou até por mecenas que desembolsam uma grana razoável para que seu protegido encontre um lugar ao sol. Tudo isso é válido. Mas sem talento, é o mesmo que nada. Sem o dom artístico não existe fogo, brilho. Não existe criação ou inovação. Existe repetição sofrível. Isso não é arte.

A dedicação é outro diferencial. Desnivela os abençoados pelo dom. É trabalho e suor sobre a inspiração. O artista é aquele que une sua alma de poeta com a disciplina de um atleta. Confiar no talento, sem o devido empenho, equivale a andar de bicicleta com os olhos fechados. Um perigo. E é nesse quesito onde muitos de nós brasileiros tropeçamos, talvez por acreditar no "jeitinho". Não é maldade, é despreparo profissional. E humano.

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Visibilidade, no entanto, é a cobertura do bolo. É o embrulho do presente (insisto, novamente, que papel de embrulho bonito não esconde a pobreza do "presente"). Quem não é visto não é lembrado. É nesse momento que os grandes e consagrados concursos apresentam-se como plataforma para esse salto. Não que seja necessário - o exímio e mundialmente aclamado pianista russo Yevgeny Kissin e o chinês comercial Lang Lang nunca participaram de uma competição que os consagrasse - mas ajuda muito. Os vencedores ganham grana, talvez algum contrato de gravação e uma quantidade de apresentações. Um empurrão. É início, não uma consumação.

Um desses concursos é o Chopin. Realizado a cada 5 anos em Varsóvia, foi responsável pela ignição de diversos artistas como Vladimir Ashkenazy, Maurizio Pollini, Martha Argerich, Mitsuko Uchida, Krystian Zimerman, Yundi Li, Daniil Trifonov, entre outros. Vencer esse concurso é abrir portas para o mundo. É estar na vitrine da arte musical mundial.

Iniciada em 1927, a Grand Finale da 17º Competição Chopin, iniciada no último dia 03 de outubro, ocorreu na Filarmonia de Varsóvia, nos últimos dias 18, 19 e 20 de outubro. O júri foi composto por vencedores de competições anteriores - Adam Harasiewicz, Martha Argerich, Janusz Olejniczak, Dina Yoffe, Dang Thai Son e Yundi Li - além de professores, pedagogos e especialistas na música de Chopin.

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O grande vencedor foi o sul-coreano Seong-Jing Cho que, com uma interpretação emocionante do Concerto n.1 para piano e orquestra em mi menor do mestre polonês, demonstrando maestria e técnica impecáveis, arrebatou o público e liderou os 84 participantes inscritos. Para hoje, dia 21 de outubro, está previsto o concerto dos pianistas premiados, que poderá ser assistido, ao vivo, pelo site http://chopin2015.medici.tv a partir das 19h (horário de Varsóvia).

Assista à apresentação do Concerto n.1 para piano e orquestra da etapa final da competição.

É assim que funciona. Qualquer reconhecimento artístico verdadeiro se apóia em 3 ingredientes: talento, dedicação e visibilidade. Nesta ordem. Não há outra saída.

Sem talento nada ocorre. Nada. Várias vezes nos deparamos com "artistas" que tentam ser catapultados às alturas por canais de TV, por anúncios pagos em jornais ou até por mecenas que desembolsam uma grana razoável para que seu protegido encontre um lugar ao sol. Tudo isso é válido. Mas sem talento, é o mesmo que nada. Sem o dom artístico não existe fogo, brilho. Não existe criação ou inovação. Existe repetição sofrível. Isso não é arte.

A dedicação é outro diferencial. Desnivela os abençoados pelo dom. É trabalho e suor sobre a inspiração. O artista é aquele que une sua alma de poeta com a disciplina de um atleta. Confiar no talento, sem o devido empenho, equivale a andar de bicicleta com os olhos fechados. Um perigo. E é nesse quesito onde muitos de nós brasileiros tropeçamos, talvez por acreditar no "jeitinho". Não é maldade, é despreparo profissional. E humano.

Visibilidade, no entanto, é a cobertura do bolo. É o embrulho do presente (insisto, novamente, que papel de embrulho bonito não esconde a pobreza do "presente"). Quem não é visto não é lembrado. É nesse momento que os grandes e consagrados concursos apresentam-se como plataforma para esse salto. Não que seja necessário - o exímio e mundialmente aclamado pianista russo Yevgeny Kissin e o chinês comercial Lang Lang nunca participaram de uma competição que os consagrasse - mas ajuda muito. Os vencedores ganham grana, talvez algum contrato de gravação e uma quantidade de apresentações. Um empurrão. É início, não uma consumação.

Um desses concursos é o Chopin. Realizado a cada 5 anos em Varsóvia, foi responsável pela ignição de diversos artistas como Vladimir Ashkenazy, Maurizio Pollini, Martha Argerich, Mitsuko Uchida, Krystian Zimerman, Yundi Li, Daniil Trifonov, entre outros. Vencer esse concurso é abrir portas para o mundo. É estar na vitrine da arte musical mundial.

Iniciada em 1927, a Grand Finale da 17º Competição Chopin, iniciada no último dia 03 de outubro, ocorreu na Filarmonia de Varsóvia, nos últimos dias 18, 19 e 20 de outubro. O júri foi composto por vencedores de competições anteriores - Adam Harasiewicz, Martha Argerich, Janusz Olejniczak, Dina Yoffe, Dang Thai Son e Yundi Li - além de professores, pedagogos e especialistas na música de Chopin.

O grande vencedor foi o sul-coreano Seong-Jing Cho que, com uma interpretação emocionante do Concerto n.1 para piano e orquestra em mi menor do mestre polonês, demonstrando maestria e técnica impecáveis, arrebatou o público e liderou os 84 participantes inscritos. Para hoje, dia 21 de outubro, está previsto o concerto dos pianistas premiados, que poderá ser assistido, ao vivo, pelo site http://chopin2015.medici.tv a partir das 19h (horário de Varsóvia).

Assista à apresentação do Concerto n.1 para piano e orquestra da etapa final da competição.

É assim que funciona. Qualquer reconhecimento artístico verdadeiro se apóia em 3 ingredientes: talento, dedicação e visibilidade. Nesta ordem. Não há outra saída.

Sem talento nada ocorre. Nada. Várias vezes nos deparamos com "artistas" que tentam ser catapultados às alturas por canais de TV, por anúncios pagos em jornais ou até por mecenas que desembolsam uma grana razoável para que seu protegido encontre um lugar ao sol. Tudo isso é válido. Mas sem talento, é o mesmo que nada. Sem o dom artístico não existe fogo, brilho. Não existe criação ou inovação. Existe repetição sofrível. Isso não é arte.

A dedicação é outro diferencial. Desnivela os abençoados pelo dom. É trabalho e suor sobre a inspiração. O artista é aquele que une sua alma de poeta com a disciplina de um atleta. Confiar no talento, sem o devido empenho, equivale a andar de bicicleta com os olhos fechados. Um perigo. E é nesse quesito onde muitos de nós brasileiros tropeçamos, talvez por acreditar no "jeitinho". Não é maldade, é despreparo profissional. E humano.

Visibilidade, no entanto, é a cobertura do bolo. É o embrulho do presente (insisto, novamente, que papel de embrulho bonito não esconde a pobreza do "presente"). Quem não é visto não é lembrado. É nesse momento que os grandes e consagrados concursos apresentam-se como plataforma para esse salto. Não que seja necessário - o exímio e mundialmente aclamado pianista russo Yevgeny Kissin e o chinês comercial Lang Lang nunca participaram de uma competição que os consagrasse - mas ajuda muito. Os vencedores ganham grana, talvez algum contrato de gravação e uma quantidade de apresentações. Um empurrão. É início, não uma consumação.

Um desses concursos é o Chopin. Realizado a cada 5 anos em Varsóvia, foi responsável pela ignição de diversos artistas como Vladimir Ashkenazy, Maurizio Pollini, Martha Argerich, Mitsuko Uchida, Krystian Zimerman, Yundi Li, Daniil Trifonov, entre outros. Vencer esse concurso é abrir portas para o mundo. É estar na vitrine da arte musical mundial.

Iniciada em 1927, a Grand Finale da 17º Competição Chopin, iniciada no último dia 03 de outubro, ocorreu na Filarmonia de Varsóvia, nos últimos dias 18, 19 e 20 de outubro. O júri foi composto por vencedores de competições anteriores - Adam Harasiewicz, Martha Argerich, Janusz Olejniczak, Dina Yoffe, Dang Thai Son e Yundi Li - além de professores, pedagogos e especialistas na música de Chopin.

O grande vencedor foi o sul-coreano Seong-Jing Cho que, com uma interpretação emocionante do Concerto n.1 para piano e orquestra em mi menor do mestre polonês, demonstrando maestria e técnica impecáveis, arrebatou o público e liderou os 84 participantes inscritos. Para hoje, dia 21 de outubro, está previsto o concerto dos pianistas premiados, que poderá ser assistido, ao vivo, pelo site http://chopin2015.medici.tv a partir das 19h (horário de Varsóvia).

Assista à apresentação do Concerto n.1 para piano e orquestra da etapa final da competição.

É assim que funciona. Qualquer reconhecimento artístico verdadeiro se apóia em 3 ingredientes: talento, dedicação e visibilidade. Nesta ordem. Não há outra saída.

Sem talento nada ocorre. Nada. Várias vezes nos deparamos com "artistas" que tentam ser catapultados às alturas por canais de TV, por anúncios pagos em jornais ou até por mecenas que desembolsam uma grana razoável para que seu protegido encontre um lugar ao sol. Tudo isso é válido. Mas sem talento, é o mesmo que nada. Sem o dom artístico não existe fogo, brilho. Não existe criação ou inovação. Existe repetição sofrível. Isso não é arte.

A dedicação é outro diferencial. Desnivela os abençoados pelo dom. É trabalho e suor sobre a inspiração. O artista é aquele que une sua alma de poeta com a disciplina de um atleta. Confiar no talento, sem o devido empenho, equivale a andar de bicicleta com os olhos fechados. Um perigo. E é nesse quesito onde muitos de nós brasileiros tropeçamos, talvez por acreditar no "jeitinho". Não é maldade, é despreparo profissional. E humano.

Visibilidade, no entanto, é a cobertura do bolo. É o embrulho do presente (insisto, novamente, que papel de embrulho bonito não esconde a pobreza do "presente"). Quem não é visto não é lembrado. É nesse momento que os grandes e consagrados concursos apresentam-se como plataforma para esse salto. Não que seja necessário - o exímio e mundialmente aclamado pianista russo Yevgeny Kissin e o chinês comercial Lang Lang nunca participaram de uma competição que os consagrasse - mas ajuda muito. Os vencedores ganham grana, talvez algum contrato de gravação e uma quantidade de apresentações. Um empurrão. É início, não uma consumação.

Um desses concursos é o Chopin. Realizado a cada 5 anos em Varsóvia, foi responsável pela ignição de diversos artistas como Vladimir Ashkenazy, Maurizio Pollini, Martha Argerich, Mitsuko Uchida, Krystian Zimerman, Yundi Li, Daniil Trifonov, entre outros. Vencer esse concurso é abrir portas para o mundo. É estar na vitrine da arte musical mundial.

Iniciada em 1927, a Grand Finale da 17º Competição Chopin, iniciada no último dia 03 de outubro, ocorreu na Filarmonia de Varsóvia, nos últimos dias 18, 19 e 20 de outubro. O júri foi composto por vencedores de competições anteriores - Adam Harasiewicz, Martha Argerich, Janusz Olejniczak, Dina Yoffe, Dang Thai Son e Yundi Li - além de professores, pedagogos e especialistas na música de Chopin.

O grande vencedor foi o sul-coreano Seong-Jing Cho que, com uma interpretação emocionante do Concerto n.1 para piano e orquestra em mi menor do mestre polonês, demonstrando maestria e técnica impecáveis, arrebatou o público e liderou os 84 participantes inscritos. Para hoje, dia 21 de outubro, está previsto o concerto dos pianistas premiados, que poderá ser assistido, ao vivo, pelo site http://chopin2015.medici.tv a partir das 19h (horário de Varsóvia).

Assista à apresentação do Concerto n.1 para piano e orquestra da etapa final da competição.

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