Arte e esporte em mostra no Sesc


The Overexcited Body foi desenvolvida pela Art for the World, organização internacional que fomenta a arte contemporânea, com sedes em Genebra e Nova York, e será apresentada no Sesc Pompéia

Por Agencia Estado

A história da relação entre arte e esporte sempre foi carregada de desconfianças, apesar de notáveis exceções - o escritor Norman Mailer, por exemplo, lutou boxe como amador para desvendar a rica personalidade de Muhammad Ali, enquanto a diretora alemã Leni Riefenstahl documentou a Olimpíada de 1936, em Berlim, com uma estética única, associando a cultura do esporte à promoção da ideologia fascista. Com o tempo, porém, o esporte provou ter um importante papel na moldagem de identidades culturais, o que se pode comprovar com a exposição The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea, que será aberta terça-feira, às 19 horas, no Sesc Pompéia, para o público em geral. "O esporte pode ser considerado hoje um posto de observação privilegiado da evolução da civilização", acredita Adelina von Fürstenberg, curadora da exposição, que se encantou com a diversidade de opções culturais abrigadas pelo Sesc Pompéia. "Trata-se do local ideal para esse tipo de mostra, pois há uma congregação de vários tipos de pessoas." The Overexcited Body foi desenvolvida pela Art for the World, organização internacional que fomenta a arte contemporânea, com sedes em Genebra e Nova York. Com a colaboração de Yorgos Tzirtzilakis, Adelina reuniu trabalhos de artistas de vanguarda realizados especialmente para o evento ou vindos de importantes coleções internacionais - são pinturas, vídeos, fotografias, esculturas, instalações, performances e animações digitais. A abertura será marcada por uma série de performances. O artista espanhol Domingo Sanchez Blanco, por exemplo, vai mostrar, pela primeira vez, o projeto multimídia Juegos ExtraÏos em que homenageia um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Mané Garrincha. Ele esteve no Brasil há seis meses, quando fez uma pesquisa popular para descobrir quem seria o nome do esporte que fosse mais lembrado com simpatia. Para sua surpresa, o resultado não apontou Pelé, mas sim Garrincha. O atleta será evocado pela voz da cantora Elza Soares, com quem Garrincha foi casado e que vai apresentar um show com uma homenagem especial: 130 crianças vão usar máscaras do jogador e o próprio Sanchez Blanco vai aparecer como um dos músicos da banda. Outra atividade será a apresentação de três lutadores profissionais mexicanos, que vão focalizar o mundo da luta livre tema do trabalho de Carlos Amorales. Com a ajuda do criador de máscaras Ray Rosas, ele criou um alter ego, Amorales, que será interpretado por diversos atores, para explorar temas como identidade, convenções sociais e erotismo. O artista desenvolveu uma técnica delicada, em que a face de cada lutador vai ser pintada com diversas expressões, como terror e felicidade, criando situações cômicas, mas que estimulam a reflexão. Na mesma noite, o italiano Marcello Maloberti pretende revelar a fragilidade emocional que se esconde sob a força invencível exibida pelos atletas, com o trabalho O Perfil da Mandíbula, que será realizado por um lutador de boxe e uma bailarina, numa sutil combinação de força e leveza. Luz acesa - Durante a temporada da exposição, ocorrerão outras duas performances - o brasileiro Michel Groisman vai apresentar o trabalho Criaturas ao lado de Marcela Levi. Diversos acessórios como rodas, couro, cobre e lâmpadas serão anexados aos seus corpos. Os dois estarão conectados também a pólos diferentes da corrente elétrica, para que o encontro de ambos permita que os circuitos elétricos se fechem e acendam as lâmpadas. Já Lenora de Barros e Cid Campos apresentarão ao vivo uma oralização do texto (Des)Encorpa - O Corpo não Mente, acompanhados por oito músicos instrumentistas e um vídeo, que vai apresentar imagens de esportes. O texto promove um jogo em que oferece uma viagem poético-sonora por meio de fotos de atletas em alta performance competitiva. A importante participação do esporte como função cultural, aliás, é uma das principais marcas da exposição. Armin Linke, por exemplo, possui um vasto arquivo com mais de 70 mil fotografias, em que busca uma percepção ampla das transformações do conceito comum de corpo. A brasileira Regina Silveira preocupou-se o aspecto político do esporte. Na série Dilatáveis, pequenas imagens de militares, políticos, executivos e jogadores de futebol possuem grandes sombras projetadas e distorcidas pela ação da perspectiva. Segundo a artista, as silhuetas negras expandidas funcionam para discutir, em termos visuais, a idéia do poder masculino. E a agressividade promovida pelo esporte é mostrada pela australiana Tracey Moffatt que, com a série fotográfica Guapa, explora a imagem violenta de uma participante de Roller Derby. A percepção renovada do corpo humano por meio do esporte é um dos objetivos da exposição de Adelina von Fürstenberg, que contará com a presença do suíço Adolf Ogi, ex-presidente e atual conselheiro especial da ONU para o esporte, na abertura de amanhã. Uma prova de que, pela cultura esportiva, os indivíduos aprendem os valores da vida. Como dizia Albert Camus, apaixonado por futebol: "O estádio é o último lugar onde me sinto inocente." Serviço - The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea. De terça a domingo, das 10 às 18 horas. Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93, tel. 3871-7700. Até 2/12. Abertura terça, 19 horas

A história da relação entre arte e esporte sempre foi carregada de desconfianças, apesar de notáveis exceções - o escritor Norman Mailer, por exemplo, lutou boxe como amador para desvendar a rica personalidade de Muhammad Ali, enquanto a diretora alemã Leni Riefenstahl documentou a Olimpíada de 1936, em Berlim, com uma estética única, associando a cultura do esporte à promoção da ideologia fascista. Com o tempo, porém, o esporte provou ter um importante papel na moldagem de identidades culturais, o que se pode comprovar com a exposição The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea, que será aberta terça-feira, às 19 horas, no Sesc Pompéia, para o público em geral. "O esporte pode ser considerado hoje um posto de observação privilegiado da evolução da civilização", acredita Adelina von Fürstenberg, curadora da exposição, que se encantou com a diversidade de opções culturais abrigadas pelo Sesc Pompéia. "Trata-se do local ideal para esse tipo de mostra, pois há uma congregação de vários tipos de pessoas." The Overexcited Body foi desenvolvida pela Art for the World, organização internacional que fomenta a arte contemporânea, com sedes em Genebra e Nova York. Com a colaboração de Yorgos Tzirtzilakis, Adelina reuniu trabalhos de artistas de vanguarda realizados especialmente para o evento ou vindos de importantes coleções internacionais - são pinturas, vídeos, fotografias, esculturas, instalações, performances e animações digitais. A abertura será marcada por uma série de performances. O artista espanhol Domingo Sanchez Blanco, por exemplo, vai mostrar, pela primeira vez, o projeto multimídia Juegos ExtraÏos em que homenageia um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Mané Garrincha. Ele esteve no Brasil há seis meses, quando fez uma pesquisa popular para descobrir quem seria o nome do esporte que fosse mais lembrado com simpatia. Para sua surpresa, o resultado não apontou Pelé, mas sim Garrincha. O atleta será evocado pela voz da cantora Elza Soares, com quem Garrincha foi casado e que vai apresentar um show com uma homenagem especial: 130 crianças vão usar máscaras do jogador e o próprio Sanchez Blanco vai aparecer como um dos músicos da banda. Outra atividade será a apresentação de três lutadores profissionais mexicanos, que vão focalizar o mundo da luta livre tema do trabalho de Carlos Amorales. Com a ajuda do criador de máscaras Ray Rosas, ele criou um alter ego, Amorales, que será interpretado por diversos atores, para explorar temas como identidade, convenções sociais e erotismo. O artista desenvolveu uma técnica delicada, em que a face de cada lutador vai ser pintada com diversas expressões, como terror e felicidade, criando situações cômicas, mas que estimulam a reflexão. Na mesma noite, o italiano Marcello Maloberti pretende revelar a fragilidade emocional que se esconde sob a força invencível exibida pelos atletas, com o trabalho O Perfil da Mandíbula, que será realizado por um lutador de boxe e uma bailarina, numa sutil combinação de força e leveza. Luz acesa - Durante a temporada da exposição, ocorrerão outras duas performances - o brasileiro Michel Groisman vai apresentar o trabalho Criaturas ao lado de Marcela Levi. Diversos acessórios como rodas, couro, cobre e lâmpadas serão anexados aos seus corpos. Os dois estarão conectados também a pólos diferentes da corrente elétrica, para que o encontro de ambos permita que os circuitos elétricos se fechem e acendam as lâmpadas. Já Lenora de Barros e Cid Campos apresentarão ao vivo uma oralização do texto (Des)Encorpa - O Corpo não Mente, acompanhados por oito músicos instrumentistas e um vídeo, que vai apresentar imagens de esportes. O texto promove um jogo em que oferece uma viagem poético-sonora por meio de fotos de atletas em alta performance competitiva. A importante participação do esporte como função cultural, aliás, é uma das principais marcas da exposição. Armin Linke, por exemplo, possui um vasto arquivo com mais de 70 mil fotografias, em que busca uma percepção ampla das transformações do conceito comum de corpo. A brasileira Regina Silveira preocupou-se o aspecto político do esporte. Na série Dilatáveis, pequenas imagens de militares, políticos, executivos e jogadores de futebol possuem grandes sombras projetadas e distorcidas pela ação da perspectiva. Segundo a artista, as silhuetas negras expandidas funcionam para discutir, em termos visuais, a idéia do poder masculino. E a agressividade promovida pelo esporte é mostrada pela australiana Tracey Moffatt que, com a série fotográfica Guapa, explora a imagem violenta de uma participante de Roller Derby. A percepção renovada do corpo humano por meio do esporte é um dos objetivos da exposição de Adelina von Fürstenberg, que contará com a presença do suíço Adolf Ogi, ex-presidente e atual conselheiro especial da ONU para o esporte, na abertura de amanhã. Uma prova de que, pela cultura esportiva, os indivíduos aprendem os valores da vida. Como dizia Albert Camus, apaixonado por futebol: "O estádio é o último lugar onde me sinto inocente." Serviço - The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea. De terça a domingo, das 10 às 18 horas. Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93, tel. 3871-7700. Até 2/12. Abertura terça, 19 horas

A história da relação entre arte e esporte sempre foi carregada de desconfianças, apesar de notáveis exceções - o escritor Norman Mailer, por exemplo, lutou boxe como amador para desvendar a rica personalidade de Muhammad Ali, enquanto a diretora alemã Leni Riefenstahl documentou a Olimpíada de 1936, em Berlim, com uma estética única, associando a cultura do esporte à promoção da ideologia fascista. Com o tempo, porém, o esporte provou ter um importante papel na moldagem de identidades culturais, o que se pode comprovar com a exposição The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea, que será aberta terça-feira, às 19 horas, no Sesc Pompéia, para o público em geral. "O esporte pode ser considerado hoje um posto de observação privilegiado da evolução da civilização", acredita Adelina von Fürstenberg, curadora da exposição, que se encantou com a diversidade de opções culturais abrigadas pelo Sesc Pompéia. "Trata-se do local ideal para esse tipo de mostra, pois há uma congregação de vários tipos de pessoas." The Overexcited Body foi desenvolvida pela Art for the World, organização internacional que fomenta a arte contemporânea, com sedes em Genebra e Nova York. Com a colaboração de Yorgos Tzirtzilakis, Adelina reuniu trabalhos de artistas de vanguarda realizados especialmente para o evento ou vindos de importantes coleções internacionais - são pinturas, vídeos, fotografias, esculturas, instalações, performances e animações digitais. A abertura será marcada por uma série de performances. O artista espanhol Domingo Sanchez Blanco, por exemplo, vai mostrar, pela primeira vez, o projeto multimídia Juegos ExtraÏos em que homenageia um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Mané Garrincha. Ele esteve no Brasil há seis meses, quando fez uma pesquisa popular para descobrir quem seria o nome do esporte que fosse mais lembrado com simpatia. Para sua surpresa, o resultado não apontou Pelé, mas sim Garrincha. O atleta será evocado pela voz da cantora Elza Soares, com quem Garrincha foi casado e que vai apresentar um show com uma homenagem especial: 130 crianças vão usar máscaras do jogador e o próprio Sanchez Blanco vai aparecer como um dos músicos da banda. Outra atividade será a apresentação de três lutadores profissionais mexicanos, que vão focalizar o mundo da luta livre tema do trabalho de Carlos Amorales. Com a ajuda do criador de máscaras Ray Rosas, ele criou um alter ego, Amorales, que será interpretado por diversos atores, para explorar temas como identidade, convenções sociais e erotismo. O artista desenvolveu uma técnica delicada, em que a face de cada lutador vai ser pintada com diversas expressões, como terror e felicidade, criando situações cômicas, mas que estimulam a reflexão. Na mesma noite, o italiano Marcello Maloberti pretende revelar a fragilidade emocional que se esconde sob a força invencível exibida pelos atletas, com o trabalho O Perfil da Mandíbula, que será realizado por um lutador de boxe e uma bailarina, numa sutil combinação de força e leveza. Luz acesa - Durante a temporada da exposição, ocorrerão outras duas performances - o brasileiro Michel Groisman vai apresentar o trabalho Criaturas ao lado de Marcela Levi. Diversos acessórios como rodas, couro, cobre e lâmpadas serão anexados aos seus corpos. Os dois estarão conectados também a pólos diferentes da corrente elétrica, para que o encontro de ambos permita que os circuitos elétricos se fechem e acendam as lâmpadas. Já Lenora de Barros e Cid Campos apresentarão ao vivo uma oralização do texto (Des)Encorpa - O Corpo não Mente, acompanhados por oito músicos instrumentistas e um vídeo, que vai apresentar imagens de esportes. O texto promove um jogo em que oferece uma viagem poético-sonora por meio de fotos de atletas em alta performance competitiva. A importante participação do esporte como função cultural, aliás, é uma das principais marcas da exposição. Armin Linke, por exemplo, possui um vasto arquivo com mais de 70 mil fotografias, em que busca uma percepção ampla das transformações do conceito comum de corpo. A brasileira Regina Silveira preocupou-se o aspecto político do esporte. Na série Dilatáveis, pequenas imagens de militares, políticos, executivos e jogadores de futebol possuem grandes sombras projetadas e distorcidas pela ação da perspectiva. Segundo a artista, as silhuetas negras expandidas funcionam para discutir, em termos visuais, a idéia do poder masculino. E a agressividade promovida pelo esporte é mostrada pela australiana Tracey Moffatt que, com a série fotográfica Guapa, explora a imagem violenta de uma participante de Roller Derby. A percepção renovada do corpo humano por meio do esporte é um dos objetivos da exposição de Adelina von Fürstenberg, que contará com a presença do suíço Adolf Ogi, ex-presidente e atual conselheiro especial da ONU para o esporte, na abertura de amanhã. Uma prova de que, pela cultura esportiva, os indivíduos aprendem os valores da vida. Como dizia Albert Camus, apaixonado por futebol: "O estádio é o último lugar onde me sinto inocente." Serviço - The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea. De terça a domingo, das 10 às 18 horas. Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93, tel. 3871-7700. Até 2/12. Abertura terça, 19 horas

A história da relação entre arte e esporte sempre foi carregada de desconfianças, apesar de notáveis exceções - o escritor Norman Mailer, por exemplo, lutou boxe como amador para desvendar a rica personalidade de Muhammad Ali, enquanto a diretora alemã Leni Riefenstahl documentou a Olimpíada de 1936, em Berlim, com uma estética única, associando a cultura do esporte à promoção da ideologia fascista. Com o tempo, porém, o esporte provou ter um importante papel na moldagem de identidades culturais, o que se pode comprovar com a exposição The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea, que será aberta terça-feira, às 19 horas, no Sesc Pompéia, para o público em geral. "O esporte pode ser considerado hoje um posto de observação privilegiado da evolução da civilização", acredita Adelina von Fürstenberg, curadora da exposição, que se encantou com a diversidade de opções culturais abrigadas pelo Sesc Pompéia. "Trata-se do local ideal para esse tipo de mostra, pois há uma congregação de vários tipos de pessoas." The Overexcited Body foi desenvolvida pela Art for the World, organização internacional que fomenta a arte contemporânea, com sedes em Genebra e Nova York. Com a colaboração de Yorgos Tzirtzilakis, Adelina reuniu trabalhos de artistas de vanguarda realizados especialmente para o evento ou vindos de importantes coleções internacionais - são pinturas, vídeos, fotografias, esculturas, instalações, performances e animações digitais. A abertura será marcada por uma série de performances. O artista espanhol Domingo Sanchez Blanco, por exemplo, vai mostrar, pela primeira vez, o projeto multimídia Juegos ExtraÏos em que homenageia um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Mané Garrincha. Ele esteve no Brasil há seis meses, quando fez uma pesquisa popular para descobrir quem seria o nome do esporte que fosse mais lembrado com simpatia. Para sua surpresa, o resultado não apontou Pelé, mas sim Garrincha. O atleta será evocado pela voz da cantora Elza Soares, com quem Garrincha foi casado e que vai apresentar um show com uma homenagem especial: 130 crianças vão usar máscaras do jogador e o próprio Sanchez Blanco vai aparecer como um dos músicos da banda. Outra atividade será a apresentação de três lutadores profissionais mexicanos, que vão focalizar o mundo da luta livre tema do trabalho de Carlos Amorales. Com a ajuda do criador de máscaras Ray Rosas, ele criou um alter ego, Amorales, que será interpretado por diversos atores, para explorar temas como identidade, convenções sociais e erotismo. O artista desenvolveu uma técnica delicada, em que a face de cada lutador vai ser pintada com diversas expressões, como terror e felicidade, criando situações cômicas, mas que estimulam a reflexão. Na mesma noite, o italiano Marcello Maloberti pretende revelar a fragilidade emocional que se esconde sob a força invencível exibida pelos atletas, com o trabalho O Perfil da Mandíbula, que será realizado por um lutador de boxe e uma bailarina, numa sutil combinação de força e leveza. Luz acesa - Durante a temporada da exposição, ocorrerão outras duas performances - o brasileiro Michel Groisman vai apresentar o trabalho Criaturas ao lado de Marcela Levi. Diversos acessórios como rodas, couro, cobre e lâmpadas serão anexados aos seus corpos. Os dois estarão conectados também a pólos diferentes da corrente elétrica, para que o encontro de ambos permita que os circuitos elétricos se fechem e acendam as lâmpadas. Já Lenora de Barros e Cid Campos apresentarão ao vivo uma oralização do texto (Des)Encorpa - O Corpo não Mente, acompanhados por oito músicos instrumentistas e um vídeo, que vai apresentar imagens de esportes. O texto promove um jogo em que oferece uma viagem poético-sonora por meio de fotos de atletas em alta performance competitiva. A importante participação do esporte como função cultural, aliás, é uma das principais marcas da exposição. Armin Linke, por exemplo, possui um vasto arquivo com mais de 70 mil fotografias, em que busca uma percepção ampla das transformações do conceito comum de corpo. A brasileira Regina Silveira preocupou-se o aspecto político do esporte. Na série Dilatáveis, pequenas imagens de militares, políticos, executivos e jogadores de futebol possuem grandes sombras projetadas e distorcidas pela ação da perspectiva. Segundo a artista, as silhuetas negras expandidas funcionam para discutir, em termos visuais, a idéia do poder masculino. E a agressividade promovida pelo esporte é mostrada pela australiana Tracey Moffatt que, com a série fotográfica Guapa, explora a imagem violenta de uma participante de Roller Derby. A percepção renovada do corpo humano por meio do esporte é um dos objetivos da exposição de Adelina von Fürstenberg, que contará com a presença do suíço Adolf Ogi, ex-presidente e atual conselheiro especial da ONU para o esporte, na abertura de amanhã. Uma prova de que, pela cultura esportiva, os indivíduos aprendem os valores da vida. Como dizia Albert Camus, apaixonado por futebol: "O estádio é o último lugar onde me sinto inocente." Serviço - The Overexcited Body - Arte e Esporte na Sociedade Contemporânea. De terça a domingo, das 10 às 18 horas. Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93, tel. 3871-7700. Até 2/12. Abertura terça, 19 horas

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