A canção brasileira em Paraitinga


Com shows, oficinas e outras atividades, evento começa hoje e vai até domingo

Por Lauro Lisboa Garcia

São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, com seu casario histórico, cachoeiras, vocação festeira e culinária caipira apetitosa, é também uma cidade musical por excelência. Por isso a terra de Elpídio dos Santos (1909-1070), o célebre compositor das trilhas dos filmes de Mazzaropi, foi escolhida para abrigar, de hoje a domingo, a 1ª Semana da Canção Brasileira. A curadoria e idealização do projeto - que tem patrocínio da Natura e da Secretaria de Estado da Cultura - é da cantora Suzana Salles, uma entusiasta do potencial cultural da cidade. ''''Pensei na semana diretamente para São Luiz, que é um berço de criatividade e de musicalidade bacana no interior de São Paulo, é um reduto instigante, provocante, divertido'''', diz Suzana. ''''Então, acho que seria um bom lugar para que os compositores contemporâneos comparecessem e também tomassem contato com o que se faz lá. Vai ser uma troca muito rica.'''' No Coreto Elpídio dos Santos e no Mercado Municipal vão se apresentar Arnaldo Antunes, Luiz Tatit, Chico César, Palavra Cantada, entre outros (veja destaques no quadro), incluindo músicos ''''paranguenses''''. Definida por três eixos específicos - história da música popular brasileira, poesia na canção e educação de música popular no Brasil -, a semana terá diversas atividades. Tudo com entrada franca. Além dos shows, haverá palestras, debates, aulas-shows, oficinas cantadas e um festival de canções inéditas, que recebeu mais de 300 inscrições. Uma delas é de Joana Egito, neta de Elpídio. Nas oficinas cantadas, compositores e cantores como Paulo Padilha, José Miguel Wisnik, Alzira E. e Fabiana Cozza vão interpretar seu repertório e falar do processo criativo. ''''A semana tem o pensamento voltado para a composição da música popular brasileira'''', diz Suzana. A melodia e a harmonia serão tema da aula-show do violonista e compositor Chico Saraiva, na quarta. Na quinta, o violeiro Ivan Villela expõe seu profundo conhecimento da música caipira. Para falar da poesia na canção, ninguém melhor do que o compositor e acadêmico Luiz Tatit, autor do importante livro O Século da Canção. Para Suzana, Tatit ''''é uma figura bem emblemática'''' no evento. ''''Pensei muito nele para realizar esta semana. A tese dele é muito rica, como também é a de Ricardo Breim, que vai fazer debate sobre educação musical no Brasil'''', compara. ''''E ele me disse que usa muito a teoria de Tatit na prática, para compor música.'''' Outros debatedores são Teca Alencar e Regina Machado. ''''Pedi a eles que não falassem de políticas públicas ou sobre problemas do ensino. Quero é que falem de suas experiências como educadores. Porque esses três chegaram onde estão por caminhos muito próprios dentro do que seria ensinar canção popular brasileira. É muito bacana.'''' Regina, por exemplo, criou uma escola voltada exclusivamente para o ensino de canto popular, algo raro no País. Suzana Salles já conhece Paraitinga de outros carnavais - e isso não é força de expressão. Seu encanto pela cidade começou em 1989, quando foi convidada para integrar o júri do festival de marchinhas carnavalescas. Realizado em Paraitinga há mais de 20 anos, é o mais antigo de que se tem notícia no País. ''''O que eu acho bacana é que desde o dono da farmácia, da padaria, ou o chefe do gabinete do prefeito, todos os cidadãos comuns da cidade participam do festival'''', diz. ''''Isso cria uma rede poderosa de criatividade, de brincadeira, vale para todas as direções.'''' O filho mais célebre da cidade, Elpídio dos Santos, compôs diversas dessas adoráveis marchinhas. Seu legado foi levado adiante pelos filhos com o Grupo Paranga, revelado na efervescência do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, nos anos 80. Um dos ex-integrantes do Paranga, o compositor Galvão Frade, tornou-se secretário de Cultura local, mantendo a tradição de promover um dos melhores carnavais do País, animado com músicas de seus habitantes. Três deles - João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco - vão dar palestra sobre o tema na quarta-feira, na Casa Oswaldo Cruz, um dos patrimônios da cidade. A programação completa do evento está no site www.semanadacancao.com.br. Destaques da programação SHOWS Quarta, 21 h - Arnaldo Antunes (Coreto Elpídio dos Santos) Quinta, 21 h - Luiz Tatit e convidados (idem) Sexta, 23 h - Chico César (idem) Sábado, 23 h - Renato Braz (idem) Domingo - Palavra Cantada (10 h, Mercado Municipal) e Banda Glória (21 h, Coreto) AULAS-SHOWS Quarta - Chico Saraiva Quinta - Ivan Vilela Sexta - Arthur Nestrovski e Celso Sim. Às 14 h, Capela das Mercês OFICINAS CANTADAS Quarta - Elaine Marin (16 h, Coretinho) e Alzira E (18 h, Mercado) Quinta - Paulo Padilha (16 h, Coretinho) e Dante Ozzetti (18 h, Mercado Municipal) Sexta - Caipira (16 h, Coretinho) e Zé Miguel Wisnik (18 h, Mercado Municipal) Sábado - Paranga (16 h, Coretinho) e Fabiana Cozza (18 h, Mercado Municipal) Domingo - Quinteto em Branco e Preto (14 h) e Estrambelhados e Galvão (17 h), Mercado Municipal PALESTRAS Quarta - Marchinhas carnavalescas, com João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco Quinta - A Canção no Século XX, com Luiz Tatit Sexta - Retratos do Brasil na Canção Popular, com Walter Garcia. Todas às 11 h, Casa Oswaldo Cruz

São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, com seu casario histórico, cachoeiras, vocação festeira e culinária caipira apetitosa, é também uma cidade musical por excelência. Por isso a terra de Elpídio dos Santos (1909-1070), o célebre compositor das trilhas dos filmes de Mazzaropi, foi escolhida para abrigar, de hoje a domingo, a 1ª Semana da Canção Brasileira. A curadoria e idealização do projeto - que tem patrocínio da Natura e da Secretaria de Estado da Cultura - é da cantora Suzana Salles, uma entusiasta do potencial cultural da cidade. ''''Pensei na semana diretamente para São Luiz, que é um berço de criatividade e de musicalidade bacana no interior de São Paulo, é um reduto instigante, provocante, divertido'''', diz Suzana. ''''Então, acho que seria um bom lugar para que os compositores contemporâneos comparecessem e também tomassem contato com o que se faz lá. Vai ser uma troca muito rica.'''' No Coreto Elpídio dos Santos e no Mercado Municipal vão se apresentar Arnaldo Antunes, Luiz Tatit, Chico César, Palavra Cantada, entre outros (veja destaques no quadro), incluindo músicos ''''paranguenses''''. Definida por três eixos específicos - história da música popular brasileira, poesia na canção e educação de música popular no Brasil -, a semana terá diversas atividades. Tudo com entrada franca. Além dos shows, haverá palestras, debates, aulas-shows, oficinas cantadas e um festival de canções inéditas, que recebeu mais de 300 inscrições. Uma delas é de Joana Egito, neta de Elpídio. Nas oficinas cantadas, compositores e cantores como Paulo Padilha, José Miguel Wisnik, Alzira E. e Fabiana Cozza vão interpretar seu repertório e falar do processo criativo. ''''A semana tem o pensamento voltado para a composição da música popular brasileira'''', diz Suzana. A melodia e a harmonia serão tema da aula-show do violonista e compositor Chico Saraiva, na quarta. Na quinta, o violeiro Ivan Villela expõe seu profundo conhecimento da música caipira. Para falar da poesia na canção, ninguém melhor do que o compositor e acadêmico Luiz Tatit, autor do importante livro O Século da Canção. Para Suzana, Tatit ''''é uma figura bem emblemática'''' no evento. ''''Pensei muito nele para realizar esta semana. A tese dele é muito rica, como também é a de Ricardo Breim, que vai fazer debate sobre educação musical no Brasil'''', compara. ''''E ele me disse que usa muito a teoria de Tatit na prática, para compor música.'''' Outros debatedores são Teca Alencar e Regina Machado. ''''Pedi a eles que não falassem de políticas públicas ou sobre problemas do ensino. Quero é que falem de suas experiências como educadores. Porque esses três chegaram onde estão por caminhos muito próprios dentro do que seria ensinar canção popular brasileira. É muito bacana.'''' Regina, por exemplo, criou uma escola voltada exclusivamente para o ensino de canto popular, algo raro no País. Suzana Salles já conhece Paraitinga de outros carnavais - e isso não é força de expressão. Seu encanto pela cidade começou em 1989, quando foi convidada para integrar o júri do festival de marchinhas carnavalescas. Realizado em Paraitinga há mais de 20 anos, é o mais antigo de que se tem notícia no País. ''''O que eu acho bacana é que desde o dono da farmácia, da padaria, ou o chefe do gabinete do prefeito, todos os cidadãos comuns da cidade participam do festival'''', diz. ''''Isso cria uma rede poderosa de criatividade, de brincadeira, vale para todas as direções.'''' O filho mais célebre da cidade, Elpídio dos Santos, compôs diversas dessas adoráveis marchinhas. Seu legado foi levado adiante pelos filhos com o Grupo Paranga, revelado na efervescência do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, nos anos 80. Um dos ex-integrantes do Paranga, o compositor Galvão Frade, tornou-se secretário de Cultura local, mantendo a tradição de promover um dos melhores carnavais do País, animado com músicas de seus habitantes. Três deles - João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco - vão dar palestra sobre o tema na quarta-feira, na Casa Oswaldo Cruz, um dos patrimônios da cidade. A programação completa do evento está no site www.semanadacancao.com.br. Destaques da programação SHOWS Quarta, 21 h - Arnaldo Antunes (Coreto Elpídio dos Santos) Quinta, 21 h - Luiz Tatit e convidados (idem) Sexta, 23 h - Chico César (idem) Sábado, 23 h - Renato Braz (idem) Domingo - Palavra Cantada (10 h, Mercado Municipal) e Banda Glória (21 h, Coreto) AULAS-SHOWS Quarta - Chico Saraiva Quinta - Ivan Vilela Sexta - Arthur Nestrovski e Celso Sim. Às 14 h, Capela das Mercês OFICINAS CANTADAS Quarta - Elaine Marin (16 h, Coretinho) e Alzira E (18 h, Mercado) Quinta - Paulo Padilha (16 h, Coretinho) e Dante Ozzetti (18 h, Mercado Municipal) Sexta - Caipira (16 h, Coretinho) e Zé Miguel Wisnik (18 h, Mercado Municipal) Sábado - Paranga (16 h, Coretinho) e Fabiana Cozza (18 h, Mercado Municipal) Domingo - Quinteto em Branco e Preto (14 h) e Estrambelhados e Galvão (17 h), Mercado Municipal PALESTRAS Quarta - Marchinhas carnavalescas, com João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco Quinta - A Canção no Século XX, com Luiz Tatit Sexta - Retratos do Brasil na Canção Popular, com Walter Garcia. Todas às 11 h, Casa Oswaldo Cruz

São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, com seu casario histórico, cachoeiras, vocação festeira e culinária caipira apetitosa, é também uma cidade musical por excelência. Por isso a terra de Elpídio dos Santos (1909-1070), o célebre compositor das trilhas dos filmes de Mazzaropi, foi escolhida para abrigar, de hoje a domingo, a 1ª Semana da Canção Brasileira. A curadoria e idealização do projeto - que tem patrocínio da Natura e da Secretaria de Estado da Cultura - é da cantora Suzana Salles, uma entusiasta do potencial cultural da cidade. ''''Pensei na semana diretamente para São Luiz, que é um berço de criatividade e de musicalidade bacana no interior de São Paulo, é um reduto instigante, provocante, divertido'''', diz Suzana. ''''Então, acho que seria um bom lugar para que os compositores contemporâneos comparecessem e também tomassem contato com o que se faz lá. Vai ser uma troca muito rica.'''' No Coreto Elpídio dos Santos e no Mercado Municipal vão se apresentar Arnaldo Antunes, Luiz Tatit, Chico César, Palavra Cantada, entre outros (veja destaques no quadro), incluindo músicos ''''paranguenses''''. Definida por três eixos específicos - história da música popular brasileira, poesia na canção e educação de música popular no Brasil -, a semana terá diversas atividades. Tudo com entrada franca. Além dos shows, haverá palestras, debates, aulas-shows, oficinas cantadas e um festival de canções inéditas, que recebeu mais de 300 inscrições. Uma delas é de Joana Egito, neta de Elpídio. Nas oficinas cantadas, compositores e cantores como Paulo Padilha, José Miguel Wisnik, Alzira E. e Fabiana Cozza vão interpretar seu repertório e falar do processo criativo. ''''A semana tem o pensamento voltado para a composição da música popular brasileira'''', diz Suzana. A melodia e a harmonia serão tema da aula-show do violonista e compositor Chico Saraiva, na quarta. Na quinta, o violeiro Ivan Villela expõe seu profundo conhecimento da música caipira. Para falar da poesia na canção, ninguém melhor do que o compositor e acadêmico Luiz Tatit, autor do importante livro O Século da Canção. Para Suzana, Tatit ''''é uma figura bem emblemática'''' no evento. ''''Pensei muito nele para realizar esta semana. A tese dele é muito rica, como também é a de Ricardo Breim, que vai fazer debate sobre educação musical no Brasil'''', compara. ''''E ele me disse que usa muito a teoria de Tatit na prática, para compor música.'''' Outros debatedores são Teca Alencar e Regina Machado. ''''Pedi a eles que não falassem de políticas públicas ou sobre problemas do ensino. Quero é que falem de suas experiências como educadores. Porque esses três chegaram onde estão por caminhos muito próprios dentro do que seria ensinar canção popular brasileira. É muito bacana.'''' Regina, por exemplo, criou uma escola voltada exclusivamente para o ensino de canto popular, algo raro no País. Suzana Salles já conhece Paraitinga de outros carnavais - e isso não é força de expressão. Seu encanto pela cidade começou em 1989, quando foi convidada para integrar o júri do festival de marchinhas carnavalescas. Realizado em Paraitinga há mais de 20 anos, é o mais antigo de que se tem notícia no País. ''''O que eu acho bacana é que desde o dono da farmácia, da padaria, ou o chefe do gabinete do prefeito, todos os cidadãos comuns da cidade participam do festival'''', diz. ''''Isso cria uma rede poderosa de criatividade, de brincadeira, vale para todas as direções.'''' O filho mais célebre da cidade, Elpídio dos Santos, compôs diversas dessas adoráveis marchinhas. Seu legado foi levado adiante pelos filhos com o Grupo Paranga, revelado na efervescência do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, nos anos 80. Um dos ex-integrantes do Paranga, o compositor Galvão Frade, tornou-se secretário de Cultura local, mantendo a tradição de promover um dos melhores carnavais do País, animado com músicas de seus habitantes. Três deles - João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco - vão dar palestra sobre o tema na quarta-feira, na Casa Oswaldo Cruz, um dos patrimônios da cidade. A programação completa do evento está no site www.semanadacancao.com.br. Destaques da programação SHOWS Quarta, 21 h - Arnaldo Antunes (Coreto Elpídio dos Santos) Quinta, 21 h - Luiz Tatit e convidados (idem) Sexta, 23 h - Chico César (idem) Sábado, 23 h - Renato Braz (idem) Domingo - Palavra Cantada (10 h, Mercado Municipal) e Banda Glória (21 h, Coreto) AULAS-SHOWS Quarta - Chico Saraiva Quinta - Ivan Vilela Sexta - Arthur Nestrovski e Celso Sim. Às 14 h, Capela das Mercês OFICINAS CANTADAS Quarta - Elaine Marin (16 h, Coretinho) e Alzira E (18 h, Mercado) Quinta - Paulo Padilha (16 h, Coretinho) e Dante Ozzetti (18 h, Mercado Municipal) Sexta - Caipira (16 h, Coretinho) e Zé Miguel Wisnik (18 h, Mercado Municipal) Sábado - Paranga (16 h, Coretinho) e Fabiana Cozza (18 h, Mercado Municipal) Domingo - Quinteto em Branco e Preto (14 h) e Estrambelhados e Galvão (17 h), Mercado Municipal PALESTRAS Quarta - Marchinhas carnavalescas, com João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco Quinta - A Canção no Século XX, com Luiz Tatit Sexta - Retratos do Brasil na Canção Popular, com Walter Garcia. Todas às 11 h, Casa Oswaldo Cruz

São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, com seu casario histórico, cachoeiras, vocação festeira e culinária caipira apetitosa, é também uma cidade musical por excelência. Por isso a terra de Elpídio dos Santos (1909-1070), o célebre compositor das trilhas dos filmes de Mazzaropi, foi escolhida para abrigar, de hoje a domingo, a 1ª Semana da Canção Brasileira. A curadoria e idealização do projeto - que tem patrocínio da Natura e da Secretaria de Estado da Cultura - é da cantora Suzana Salles, uma entusiasta do potencial cultural da cidade. ''''Pensei na semana diretamente para São Luiz, que é um berço de criatividade e de musicalidade bacana no interior de São Paulo, é um reduto instigante, provocante, divertido'''', diz Suzana. ''''Então, acho que seria um bom lugar para que os compositores contemporâneos comparecessem e também tomassem contato com o que se faz lá. Vai ser uma troca muito rica.'''' No Coreto Elpídio dos Santos e no Mercado Municipal vão se apresentar Arnaldo Antunes, Luiz Tatit, Chico César, Palavra Cantada, entre outros (veja destaques no quadro), incluindo músicos ''''paranguenses''''. Definida por três eixos específicos - história da música popular brasileira, poesia na canção e educação de música popular no Brasil -, a semana terá diversas atividades. Tudo com entrada franca. Além dos shows, haverá palestras, debates, aulas-shows, oficinas cantadas e um festival de canções inéditas, que recebeu mais de 300 inscrições. Uma delas é de Joana Egito, neta de Elpídio. Nas oficinas cantadas, compositores e cantores como Paulo Padilha, José Miguel Wisnik, Alzira E. e Fabiana Cozza vão interpretar seu repertório e falar do processo criativo. ''''A semana tem o pensamento voltado para a composição da música popular brasileira'''', diz Suzana. A melodia e a harmonia serão tema da aula-show do violonista e compositor Chico Saraiva, na quarta. Na quinta, o violeiro Ivan Villela expõe seu profundo conhecimento da música caipira. Para falar da poesia na canção, ninguém melhor do que o compositor e acadêmico Luiz Tatit, autor do importante livro O Século da Canção. Para Suzana, Tatit ''''é uma figura bem emblemática'''' no evento. ''''Pensei muito nele para realizar esta semana. A tese dele é muito rica, como também é a de Ricardo Breim, que vai fazer debate sobre educação musical no Brasil'''', compara. ''''E ele me disse que usa muito a teoria de Tatit na prática, para compor música.'''' Outros debatedores são Teca Alencar e Regina Machado. ''''Pedi a eles que não falassem de políticas públicas ou sobre problemas do ensino. Quero é que falem de suas experiências como educadores. Porque esses três chegaram onde estão por caminhos muito próprios dentro do que seria ensinar canção popular brasileira. É muito bacana.'''' Regina, por exemplo, criou uma escola voltada exclusivamente para o ensino de canto popular, algo raro no País. Suzana Salles já conhece Paraitinga de outros carnavais - e isso não é força de expressão. Seu encanto pela cidade começou em 1989, quando foi convidada para integrar o júri do festival de marchinhas carnavalescas. Realizado em Paraitinga há mais de 20 anos, é o mais antigo de que se tem notícia no País. ''''O que eu acho bacana é que desde o dono da farmácia, da padaria, ou o chefe do gabinete do prefeito, todos os cidadãos comuns da cidade participam do festival'''', diz. ''''Isso cria uma rede poderosa de criatividade, de brincadeira, vale para todas as direções.'''' O filho mais célebre da cidade, Elpídio dos Santos, compôs diversas dessas adoráveis marchinhas. Seu legado foi levado adiante pelos filhos com o Grupo Paranga, revelado na efervescência do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, nos anos 80. Um dos ex-integrantes do Paranga, o compositor Galvão Frade, tornou-se secretário de Cultura local, mantendo a tradição de promover um dos melhores carnavais do País, animado com músicas de seus habitantes. Três deles - João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco - vão dar palestra sobre o tema na quarta-feira, na Casa Oswaldo Cruz, um dos patrimônios da cidade. A programação completa do evento está no site www.semanadacancao.com.br. Destaques da programação SHOWS Quarta, 21 h - Arnaldo Antunes (Coreto Elpídio dos Santos) Quinta, 21 h - Luiz Tatit e convidados (idem) Sexta, 23 h - Chico César (idem) Sábado, 23 h - Renato Braz (idem) Domingo - Palavra Cantada (10 h, Mercado Municipal) e Banda Glória (21 h, Coreto) AULAS-SHOWS Quarta - Chico Saraiva Quinta - Ivan Vilela Sexta - Arthur Nestrovski e Celso Sim. Às 14 h, Capela das Mercês OFICINAS CANTADAS Quarta - Elaine Marin (16 h, Coretinho) e Alzira E (18 h, Mercado) Quinta - Paulo Padilha (16 h, Coretinho) e Dante Ozzetti (18 h, Mercado Municipal) Sexta - Caipira (16 h, Coretinho) e Zé Miguel Wisnik (18 h, Mercado Municipal) Sábado - Paranga (16 h, Coretinho) e Fabiana Cozza (18 h, Mercado Municipal) Domingo - Quinteto em Branco e Preto (14 h) e Estrambelhados e Galvão (17 h), Mercado Municipal PALESTRAS Quarta - Marchinhas carnavalescas, com João Rafael Cursino, Thar Ferreira e Marco Rio Branco Quinta - A Canção no Século XX, com Luiz Tatit Sexta - Retratos do Brasil na Canção Popular, com Walter Garcia. Todas às 11 h, Casa Oswaldo Cruz

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