Exposição 'Nós Entre Extremos' explora a fronteira entre a intuição e a razão


Mostra será inaugurada nesta quarta, 25, no Instituto Tomie Ohtake

Por Antonio Gonçalves Filho

Artistas são um pouco como cientistas. Estão sempre experimentando, testando materiais, investigando novos universos. Uma exposição que o Instituto Tomie Ohtake inaugura nesta quarta, 25, concebida pelo curador Paulo Miyada, Arte e Ciência – Nós entre os Extremos, propõe laços mais estreitos entre arte e ciência, duas palavras que, na Grécia antiga, tinham o mesmo significado, ‘téchne’, do qual deriva o termo tecnologia. Pintores holandeses do século 17 já mostravam interesse em se apropriar do conhecimento advindo de invenções como o microscópio e o telescópio. No século 20, os exemplos desse diálogo são incontáveis. Agora, no século 21, com a nanotecnologia, novas relações se estabelecem. A arte, enfim, não ignora o que se passa no território científico.

Há, na mostra, 35 exemplos desse interesse. São obras concebidas por 16 artistas de diferentes gerações, de veteranos como as pintoras Tomie Ohtake (1913-2015) e Amélia Toledo, 89 anos, a jovens, como o paulistano Tiago Tebet, de 29 anos. A visão científica da mostra pode ser compartilhada num vídeo com depoimentos do biólogo Fernando Reinach, colunista do Estado e uma autoridade em biologia molecular, e do físico astronômico Jorge Vieira.

A ciência vista pelos artistas

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olhar de cientista

Foto: Divulgação
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“Imagens científicas determinam, hoje, o modo pelo qual nós vemos a paisagem”, resume o curador Miyada, apontando para dois vídeos que, realizados num intervalo de 38 anos, revelam de modo semelhante um desejo de explorar tanto o macrocosmo como o microcosmo. No mais antigo, Powers of Ten (1977), a dupla formada pelo casal Charles Eames (1907-1978) e Ray Eames (1912-1988), designers norte-americanos, empregam o sistema de potências exponenciais para visualizar a importância da escala, de um simples piquenique registrado em close à Terra vista da Lua.

Expandindo a ideia do casal Eames, os artistas Gisela Motta e Leandro Lima realizaram este ano um vídeo semelhante para a mostra, que comemora os 50 anos do Laboratório Aché, principal parceiro do Instituto Tomie Ohtake. A obra, chamada Duplo Singular, opera com novos recursos tecnológicos, recorrendo a um drone para captar a imagem de duas crianças num piquenique. Em duas telas, a simetria é absoluta, como nos filmes de Peter Greenaway, até que, ao se afastar, o drone leva consigo a ilusão de que os dois estão juntos.

Essa poética da distância vertiginosa entre as pessoas e o mundo e os equívocos de percepção provocados pela relação espaço-tempo está presente não só no vídeo Duplo Singular. A artista Marina Camargo, de Maceió, com uma ideia simples, consegue resumir um dia em dez segundos, ao instalar um abajur rotatório que ilumina a imagem reproduzida do planeta nesse intervalo. Em outro módulo, destacam-se obras de Marcius Galan, Milton Machado e Marcelo Moschetta. De Galan, o Monumento de um Dia ele resume a questão da escala ao fotografar um fio de barba ampliado, que assume a dimensão de uma escultura. Já Machado vai na direção contrária: recorta e reduz obras de arte a uma dimensão ínfima, que só podem ser vistas com uma lupa.

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Artista veterana que sempre explorou a fronteira entre ciência e arte, Amélia Toledo realizou um projeto original há 44 anos, Caixinha do Sem Fim (1971), com cubos de acrílico de diversos tamanhos que remetem à sequência de Fibonacci. “Na época, Amélia chegou ao quase infinitesimal, mas a tecnologia de hoje certamente iria garantir cubos ainda menores”, comenta o curador.

Entre os veteranos, um trabalho curioso é o do escultor de origem austríaca Franz Weissmann (1911-2005), que, em 1963, fez desenhos em nanquim que lembram vagamente os desenhos de Michaux, por ensaiar um diálogo entre espaço interno e externo (saturado). Entre os artistas mais jovens, Marcelo Moschetta, de 39 anos, explora a questão de maneira mais radical, usando imagens do deserto do Atacama (com distorções cromáticas) como se fossem de outro planeta.

Finalmente, num módulo que explora a complexidade de estruturas aparentemente simples, o curador reuniu artistas como o paulistano Arthur Lescher e o carioca Pontogor. Lescher cria esculturas com um torno eletrônico. Pontogor leva ao limite a experiência sonora de Cage, apresentando uma composição que incorpora o silêncio. Silêncio que, no caso de On Kawara, obcecado pela passagem do tempo, foi encarado como morte, a ponto de enviar ao diretor de um museu sueco um telegrama com a mensagem singela: “Ainda estou vivo”.

Artistas são um pouco como cientistas. Estão sempre experimentando, testando materiais, investigando novos universos. Uma exposição que o Instituto Tomie Ohtake inaugura nesta quarta, 25, concebida pelo curador Paulo Miyada, Arte e Ciência – Nós entre os Extremos, propõe laços mais estreitos entre arte e ciência, duas palavras que, na Grécia antiga, tinham o mesmo significado, ‘téchne’, do qual deriva o termo tecnologia. Pintores holandeses do século 17 já mostravam interesse em se apropriar do conhecimento advindo de invenções como o microscópio e o telescópio. No século 20, os exemplos desse diálogo são incontáveis. Agora, no século 21, com a nanotecnologia, novas relações se estabelecem. A arte, enfim, não ignora o que se passa no território científico.

Há, na mostra, 35 exemplos desse interesse. São obras concebidas por 16 artistas de diferentes gerações, de veteranos como as pintoras Tomie Ohtake (1913-2015) e Amélia Toledo, 89 anos, a jovens, como o paulistano Tiago Tebet, de 29 anos. A visão científica da mostra pode ser compartilhada num vídeo com depoimentos do biólogo Fernando Reinach, colunista do Estado e uma autoridade em biologia molecular, e do físico astronômico Jorge Vieira.

A ciência vista pelos artistas

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“Imagens científicas determinam, hoje, o modo pelo qual nós vemos a paisagem”, resume o curador Miyada, apontando para dois vídeos que, realizados num intervalo de 38 anos, revelam de modo semelhante um desejo de explorar tanto o macrocosmo como o microcosmo. No mais antigo, Powers of Ten (1977), a dupla formada pelo casal Charles Eames (1907-1978) e Ray Eames (1912-1988), designers norte-americanos, empregam o sistema de potências exponenciais para visualizar a importância da escala, de um simples piquenique registrado em close à Terra vista da Lua.

Expandindo a ideia do casal Eames, os artistas Gisela Motta e Leandro Lima realizaram este ano um vídeo semelhante para a mostra, que comemora os 50 anos do Laboratório Aché, principal parceiro do Instituto Tomie Ohtake. A obra, chamada Duplo Singular, opera com novos recursos tecnológicos, recorrendo a um drone para captar a imagem de duas crianças num piquenique. Em duas telas, a simetria é absoluta, como nos filmes de Peter Greenaway, até que, ao se afastar, o drone leva consigo a ilusão de que os dois estão juntos.

Essa poética da distância vertiginosa entre as pessoas e o mundo e os equívocos de percepção provocados pela relação espaço-tempo está presente não só no vídeo Duplo Singular. A artista Marina Camargo, de Maceió, com uma ideia simples, consegue resumir um dia em dez segundos, ao instalar um abajur rotatório que ilumina a imagem reproduzida do planeta nesse intervalo. Em outro módulo, destacam-se obras de Marcius Galan, Milton Machado e Marcelo Moschetta. De Galan, o Monumento de um Dia ele resume a questão da escala ao fotografar um fio de barba ampliado, que assume a dimensão de uma escultura. Já Machado vai na direção contrária: recorta e reduz obras de arte a uma dimensão ínfima, que só podem ser vistas com uma lupa.

Artista veterana que sempre explorou a fronteira entre ciência e arte, Amélia Toledo realizou um projeto original há 44 anos, Caixinha do Sem Fim (1971), com cubos de acrílico de diversos tamanhos que remetem à sequência de Fibonacci. “Na época, Amélia chegou ao quase infinitesimal, mas a tecnologia de hoje certamente iria garantir cubos ainda menores”, comenta o curador.

Entre os veteranos, um trabalho curioso é o do escultor de origem austríaca Franz Weissmann (1911-2005), que, em 1963, fez desenhos em nanquim que lembram vagamente os desenhos de Michaux, por ensaiar um diálogo entre espaço interno e externo (saturado). Entre os artistas mais jovens, Marcelo Moschetta, de 39 anos, explora a questão de maneira mais radical, usando imagens do deserto do Atacama (com distorções cromáticas) como se fossem de outro planeta.

Finalmente, num módulo que explora a complexidade de estruturas aparentemente simples, o curador reuniu artistas como o paulistano Arthur Lescher e o carioca Pontogor. Lescher cria esculturas com um torno eletrônico. Pontogor leva ao limite a experiência sonora de Cage, apresentando uma composição que incorpora o silêncio. Silêncio que, no caso de On Kawara, obcecado pela passagem do tempo, foi encarado como morte, a ponto de enviar ao diretor de um museu sueco um telegrama com a mensagem singela: “Ainda estou vivo”.

Artistas são um pouco como cientistas. Estão sempre experimentando, testando materiais, investigando novos universos. Uma exposição que o Instituto Tomie Ohtake inaugura nesta quarta, 25, concebida pelo curador Paulo Miyada, Arte e Ciência – Nós entre os Extremos, propõe laços mais estreitos entre arte e ciência, duas palavras que, na Grécia antiga, tinham o mesmo significado, ‘téchne’, do qual deriva o termo tecnologia. Pintores holandeses do século 17 já mostravam interesse em se apropriar do conhecimento advindo de invenções como o microscópio e o telescópio. No século 20, os exemplos desse diálogo são incontáveis. Agora, no século 21, com a nanotecnologia, novas relações se estabelecem. A arte, enfim, não ignora o que se passa no território científico.

Há, na mostra, 35 exemplos desse interesse. São obras concebidas por 16 artistas de diferentes gerações, de veteranos como as pintoras Tomie Ohtake (1913-2015) e Amélia Toledo, 89 anos, a jovens, como o paulistano Tiago Tebet, de 29 anos. A visão científica da mostra pode ser compartilhada num vídeo com depoimentos do biólogo Fernando Reinach, colunista do Estado e uma autoridade em biologia molecular, e do físico astronômico Jorge Vieira.

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“Imagens científicas determinam, hoje, o modo pelo qual nós vemos a paisagem”, resume o curador Miyada, apontando para dois vídeos que, realizados num intervalo de 38 anos, revelam de modo semelhante um desejo de explorar tanto o macrocosmo como o microcosmo. No mais antigo, Powers of Ten (1977), a dupla formada pelo casal Charles Eames (1907-1978) e Ray Eames (1912-1988), designers norte-americanos, empregam o sistema de potências exponenciais para visualizar a importância da escala, de um simples piquenique registrado em close à Terra vista da Lua.

Expandindo a ideia do casal Eames, os artistas Gisela Motta e Leandro Lima realizaram este ano um vídeo semelhante para a mostra, que comemora os 50 anos do Laboratório Aché, principal parceiro do Instituto Tomie Ohtake. A obra, chamada Duplo Singular, opera com novos recursos tecnológicos, recorrendo a um drone para captar a imagem de duas crianças num piquenique. Em duas telas, a simetria é absoluta, como nos filmes de Peter Greenaway, até que, ao se afastar, o drone leva consigo a ilusão de que os dois estão juntos.

Essa poética da distância vertiginosa entre as pessoas e o mundo e os equívocos de percepção provocados pela relação espaço-tempo está presente não só no vídeo Duplo Singular. A artista Marina Camargo, de Maceió, com uma ideia simples, consegue resumir um dia em dez segundos, ao instalar um abajur rotatório que ilumina a imagem reproduzida do planeta nesse intervalo. Em outro módulo, destacam-se obras de Marcius Galan, Milton Machado e Marcelo Moschetta. De Galan, o Monumento de um Dia ele resume a questão da escala ao fotografar um fio de barba ampliado, que assume a dimensão de uma escultura. Já Machado vai na direção contrária: recorta e reduz obras de arte a uma dimensão ínfima, que só podem ser vistas com uma lupa.

Artista veterana que sempre explorou a fronteira entre ciência e arte, Amélia Toledo realizou um projeto original há 44 anos, Caixinha do Sem Fim (1971), com cubos de acrílico de diversos tamanhos que remetem à sequência de Fibonacci. “Na época, Amélia chegou ao quase infinitesimal, mas a tecnologia de hoje certamente iria garantir cubos ainda menores”, comenta o curador.

Entre os veteranos, um trabalho curioso é o do escultor de origem austríaca Franz Weissmann (1911-2005), que, em 1963, fez desenhos em nanquim que lembram vagamente os desenhos de Michaux, por ensaiar um diálogo entre espaço interno e externo (saturado). Entre os artistas mais jovens, Marcelo Moschetta, de 39 anos, explora a questão de maneira mais radical, usando imagens do deserto do Atacama (com distorções cromáticas) como se fossem de outro planeta.

Finalmente, num módulo que explora a complexidade de estruturas aparentemente simples, o curador reuniu artistas como o paulistano Arthur Lescher e o carioca Pontogor. Lescher cria esculturas com um torno eletrônico. Pontogor leva ao limite a experiência sonora de Cage, apresentando uma composição que incorpora o silêncio. Silêncio que, no caso de On Kawara, obcecado pela passagem do tempo, foi encarado como morte, a ponto de enviar ao diretor de um museu sueco um telegrama com a mensagem singela: “Ainda estou vivo”.

Artistas são um pouco como cientistas. Estão sempre experimentando, testando materiais, investigando novos universos. Uma exposição que o Instituto Tomie Ohtake inaugura nesta quarta, 25, concebida pelo curador Paulo Miyada, Arte e Ciência – Nós entre os Extremos, propõe laços mais estreitos entre arte e ciência, duas palavras que, na Grécia antiga, tinham o mesmo significado, ‘téchne’, do qual deriva o termo tecnologia. Pintores holandeses do século 17 já mostravam interesse em se apropriar do conhecimento advindo de invenções como o microscópio e o telescópio. No século 20, os exemplos desse diálogo são incontáveis. Agora, no século 21, com a nanotecnologia, novas relações se estabelecem. A arte, enfim, não ignora o que se passa no território científico.

Há, na mostra, 35 exemplos desse interesse. São obras concebidas por 16 artistas de diferentes gerações, de veteranos como as pintoras Tomie Ohtake (1913-2015) e Amélia Toledo, 89 anos, a jovens, como o paulistano Tiago Tebet, de 29 anos. A visão científica da mostra pode ser compartilhada num vídeo com depoimentos do biólogo Fernando Reinach, colunista do Estado e uma autoridade em biologia molecular, e do físico astronômico Jorge Vieira.

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“Imagens científicas determinam, hoje, o modo pelo qual nós vemos a paisagem”, resume o curador Miyada, apontando para dois vídeos que, realizados num intervalo de 38 anos, revelam de modo semelhante um desejo de explorar tanto o macrocosmo como o microcosmo. No mais antigo, Powers of Ten (1977), a dupla formada pelo casal Charles Eames (1907-1978) e Ray Eames (1912-1988), designers norte-americanos, empregam o sistema de potências exponenciais para visualizar a importância da escala, de um simples piquenique registrado em close à Terra vista da Lua.

Expandindo a ideia do casal Eames, os artistas Gisela Motta e Leandro Lima realizaram este ano um vídeo semelhante para a mostra, que comemora os 50 anos do Laboratório Aché, principal parceiro do Instituto Tomie Ohtake. A obra, chamada Duplo Singular, opera com novos recursos tecnológicos, recorrendo a um drone para captar a imagem de duas crianças num piquenique. Em duas telas, a simetria é absoluta, como nos filmes de Peter Greenaway, até que, ao se afastar, o drone leva consigo a ilusão de que os dois estão juntos.

Essa poética da distância vertiginosa entre as pessoas e o mundo e os equívocos de percepção provocados pela relação espaço-tempo está presente não só no vídeo Duplo Singular. A artista Marina Camargo, de Maceió, com uma ideia simples, consegue resumir um dia em dez segundos, ao instalar um abajur rotatório que ilumina a imagem reproduzida do planeta nesse intervalo. Em outro módulo, destacam-se obras de Marcius Galan, Milton Machado e Marcelo Moschetta. De Galan, o Monumento de um Dia ele resume a questão da escala ao fotografar um fio de barba ampliado, que assume a dimensão de uma escultura. Já Machado vai na direção contrária: recorta e reduz obras de arte a uma dimensão ínfima, que só podem ser vistas com uma lupa.

Artista veterana que sempre explorou a fronteira entre ciência e arte, Amélia Toledo realizou um projeto original há 44 anos, Caixinha do Sem Fim (1971), com cubos de acrílico de diversos tamanhos que remetem à sequência de Fibonacci. “Na época, Amélia chegou ao quase infinitesimal, mas a tecnologia de hoje certamente iria garantir cubos ainda menores”, comenta o curador.

Entre os veteranos, um trabalho curioso é o do escultor de origem austríaca Franz Weissmann (1911-2005), que, em 1963, fez desenhos em nanquim que lembram vagamente os desenhos de Michaux, por ensaiar um diálogo entre espaço interno e externo (saturado). Entre os artistas mais jovens, Marcelo Moschetta, de 39 anos, explora a questão de maneira mais radical, usando imagens do deserto do Atacama (com distorções cromáticas) como se fossem de outro planeta.

Finalmente, num módulo que explora a complexidade de estruturas aparentemente simples, o curador reuniu artistas como o paulistano Arthur Lescher e o carioca Pontogor. Lescher cria esculturas com um torno eletrônico. Pontogor leva ao limite a experiência sonora de Cage, apresentando uma composição que incorpora o silêncio. Silêncio que, no caso de On Kawara, obcecado pela passagem do tempo, foi encarado como morte, a ponto de enviar ao diretor de um museu sueco um telegrama com a mensagem singela: “Ainda estou vivo”.

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