O amor em duelo com o destino


Outra Vida, do carioca Rodrigo Lacerda, mostra casal paralisado por impasses

Por Francisco Quinteiro Pires

A violência de uma ruptura amorosa tem um lado positivo insuspeito: é a oportunidade de o indivíduo descobrir o que é realmente e viver daquilo que lhe é essencial. O escritor carioca Rodrigo Lacerda, de 40 anos, acredita nessa possibilidade, dada também por outros traumas, como uma doença, a morte e o fracasso profissional. "Mas o amor é o centro das nossas vidas", afirma. O ficcionista carioca vê as pessoas como espelhos do meio social. Não à toa, ao discutir os dilemas de um casal em Outra Vida, seu novo romance, ele expõe os problemas contemporâneos. A aposta num relacionamento amoroso é uma forma de desafiar a força real das amarras que as circunstâncias impõem a um destino. "O segredo é esse: quanto conseguimos nos despojar das marcas sociais para entrar em contato com o outro?", pergunta. Esse é um dos assuntos que ele debate com o cineasta Domingos Oliveira numa das mesas da Flip - Separações - programada para as 11h45 de 2 de julho. Outra Vida (Alfaguara) apresenta personagens sem nomes - sem identidades - que a todo tempo estão projetando para si a possibilidade de ser e fazer outra coisa. O começo da mudança sempre vem da insatisfação. O romance de Rodrigo Lacerda, que será lançado na Livraria da Vila às 18h30 de hoje, estrutura-se sobre essa tensão. Um homem e uma mulher, de origens sociais diferentes, começam a viver impasses terríveis, quando se mudam da cidade litorânea onde se conheceram para uma metrópole. Ela é materialmente ambiciosa e gosta da intensa agitação da cidade grande. Ele suspira pelo passado idealizado na cidade litorânea e vive sob um cotidiano burocrático. Ao revelar o ponto de vista de cada um - uma de suas maiores dificuldades na escrita do romance -, Lacerda evitou a construção de personagens maniqueístas. "Em vez de julgar, gostaria que o leitor se espelhasse neles." Assim, à medida que o livro avança, intercalando cenas no presente, passadas numa rodoviária, com lembranças pessoais, a narrativa impossibilita um julgamento definitivo. "O marido é mais doce que a mulher, embora mais traiçoeiro", diz Lacerda. "Ela é mais ambiciosa e põe toda a culpa nele, mas joga bem mais limpo." Ela se relacionou com esse homem tímido e mais pobre, porque foi o primeiro a lhe dar uma segurança afetiva inédita. "Ele sente adoração por ela, que por isso cria uma grande confiança em si mesma." Relacionam-se por meio de projeções que cegam os dois. Com o tempo, perdem a clareza sobre o que desejam, carregando um peso duplo, feito de culpa e insatisfação. A harmonia dura pouco: a gravidez e os primeiros tempos na cidade grande. "Passado o encanto inicial, as diferenças passam a atuar." Mesmo se amando, têm projetos incompatíveis. Para elevar o padrão de vida, a mulher vai trabalhar como vendedora. Descobre outros mundos, que o companheiro rejeita. Arruma um amante. O marido, indicado pela sogra para um cargo numa estatal, sucumbe a um esquema de corrupção, sendo execrado pelos colegas e pela sociedade. Asfixiado com a descoberta do ato ilícito, decide voltar ao litoral, apesar da rejeição da mulher à ideia. O enredo de Outra Vida inicia-se numa rodoviária, às 7h15. O marido, a mulher e a filha, já com 5 anos, estão à espera do embarque. Lugar de partidas e chegadas, a rodoviária é uma metáfora: "Ela é uma usina de destinos, de onde as pessoas se deslocam das suas zonas de conforto para conhecer outras realidades." Resta saber se os personagens conseguem romper com o passado, um ditador de garras afiadas que podem asfixiar a possibilidade de um novo destino.

A violência de uma ruptura amorosa tem um lado positivo insuspeito: é a oportunidade de o indivíduo descobrir o que é realmente e viver daquilo que lhe é essencial. O escritor carioca Rodrigo Lacerda, de 40 anos, acredita nessa possibilidade, dada também por outros traumas, como uma doença, a morte e o fracasso profissional. "Mas o amor é o centro das nossas vidas", afirma. O ficcionista carioca vê as pessoas como espelhos do meio social. Não à toa, ao discutir os dilemas de um casal em Outra Vida, seu novo romance, ele expõe os problemas contemporâneos. A aposta num relacionamento amoroso é uma forma de desafiar a força real das amarras que as circunstâncias impõem a um destino. "O segredo é esse: quanto conseguimos nos despojar das marcas sociais para entrar em contato com o outro?", pergunta. Esse é um dos assuntos que ele debate com o cineasta Domingos Oliveira numa das mesas da Flip - Separações - programada para as 11h45 de 2 de julho. Outra Vida (Alfaguara) apresenta personagens sem nomes - sem identidades - que a todo tempo estão projetando para si a possibilidade de ser e fazer outra coisa. O começo da mudança sempre vem da insatisfação. O romance de Rodrigo Lacerda, que será lançado na Livraria da Vila às 18h30 de hoje, estrutura-se sobre essa tensão. Um homem e uma mulher, de origens sociais diferentes, começam a viver impasses terríveis, quando se mudam da cidade litorânea onde se conheceram para uma metrópole. Ela é materialmente ambiciosa e gosta da intensa agitação da cidade grande. Ele suspira pelo passado idealizado na cidade litorânea e vive sob um cotidiano burocrático. Ao revelar o ponto de vista de cada um - uma de suas maiores dificuldades na escrita do romance -, Lacerda evitou a construção de personagens maniqueístas. "Em vez de julgar, gostaria que o leitor se espelhasse neles." Assim, à medida que o livro avança, intercalando cenas no presente, passadas numa rodoviária, com lembranças pessoais, a narrativa impossibilita um julgamento definitivo. "O marido é mais doce que a mulher, embora mais traiçoeiro", diz Lacerda. "Ela é mais ambiciosa e põe toda a culpa nele, mas joga bem mais limpo." Ela se relacionou com esse homem tímido e mais pobre, porque foi o primeiro a lhe dar uma segurança afetiva inédita. "Ele sente adoração por ela, que por isso cria uma grande confiança em si mesma." Relacionam-se por meio de projeções que cegam os dois. Com o tempo, perdem a clareza sobre o que desejam, carregando um peso duplo, feito de culpa e insatisfação. A harmonia dura pouco: a gravidez e os primeiros tempos na cidade grande. "Passado o encanto inicial, as diferenças passam a atuar." Mesmo se amando, têm projetos incompatíveis. Para elevar o padrão de vida, a mulher vai trabalhar como vendedora. Descobre outros mundos, que o companheiro rejeita. Arruma um amante. O marido, indicado pela sogra para um cargo numa estatal, sucumbe a um esquema de corrupção, sendo execrado pelos colegas e pela sociedade. Asfixiado com a descoberta do ato ilícito, decide voltar ao litoral, apesar da rejeição da mulher à ideia. O enredo de Outra Vida inicia-se numa rodoviária, às 7h15. O marido, a mulher e a filha, já com 5 anos, estão à espera do embarque. Lugar de partidas e chegadas, a rodoviária é uma metáfora: "Ela é uma usina de destinos, de onde as pessoas se deslocam das suas zonas de conforto para conhecer outras realidades." Resta saber se os personagens conseguem romper com o passado, um ditador de garras afiadas que podem asfixiar a possibilidade de um novo destino.

A violência de uma ruptura amorosa tem um lado positivo insuspeito: é a oportunidade de o indivíduo descobrir o que é realmente e viver daquilo que lhe é essencial. O escritor carioca Rodrigo Lacerda, de 40 anos, acredita nessa possibilidade, dada também por outros traumas, como uma doença, a morte e o fracasso profissional. "Mas o amor é o centro das nossas vidas", afirma. O ficcionista carioca vê as pessoas como espelhos do meio social. Não à toa, ao discutir os dilemas de um casal em Outra Vida, seu novo romance, ele expõe os problemas contemporâneos. A aposta num relacionamento amoroso é uma forma de desafiar a força real das amarras que as circunstâncias impõem a um destino. "O segredo é esse: quanto conseguimos nos despojar das marcas sociais para entrar em contato com o outro?", pergunta. Esse é um dos assuntos que ele debate com o cineasta Domingos Oliveira numa das mesas da Flip - Separações - programada para as 11h45 de 2 de julho. Outra Vida (Alfaguara) apresenta personagens sem nomes - sem identidades - que a todo tempo estão projetando para si a possibilidade de ser e fazer outra coisa. O começo da mudança sempre vem da insatisfação. O romance de Rodrigo Lacerda, que será lançado na Livraria da Vila às 18h30 de hoje, estrutura-se sobre essa tensão. Um homem e uma mulher, de origens sociais diferentes, começam a viver impasses terríveis, quando se mudam da cidade litorânea onde se conheceram para uma metrópole. Ela é materialmente ambiciosa e gosta da intensa agitação da cidade grande. Ele suspira pelo passado idealizado na cidade litorânea e vive sob um cotidiano burocrático. Ao revelar o ponto de vista de cada um - uma de suas maiores dificuldades na escrita do romance -, Lacerda evitou a construção de personagens maniqueístas. "Em vez de julgar, gostaria que o leitor se espelhasse neles." Assim, à medida que o livro avança, intercalando cenas no presente, passadas numa rodoviária, com lembranças pessoais, a narrativa impossibilita um julgamento definitivo. "O marido é mais doce que a mulher, embora mais traiçoeiro", diz Lacerda. "Ela é mais ambiciosa e põe toda a culpa nele, mas joga bem mais limpo." Ela se relacionou com esse homem tímido e mais pobre, porque foi o primeiro a lhe dar uma segurança afetiva inédita. "Ele sente adoração por ela, que por isso cria uma grande confiança em si mesma." Relacionam-se por meio de projeções que cegam os dois. Com o tempo, perdem a clareza sobre o que desejam, carregando um peso duplo, feito de culpa e insatisfação. A harmonia dura pouco: a gravidez e os primeiros tempos na cidade grande. "Passado o encanto inicial, as diferenças passam a atuar." Mesmo se amando, têm projetos incompatíveis. Para elevar o padrão de vida, a mulher vai trabalhar como vendedora. Descobre outros mundos, que o companheiro rejeita. Arruma um amante. O marido, indicado pela sogra para um cargo numa estatal, sucumbe a um esquema de corrupção, sendo execrado pelos colegas e pela sociedade. Asfixiado com a descoberta do ato ilícito, decide voltar ao litoral, apesar da rejeição da mulher à ideia. O enredo de Outra Vida inicia-se numa rodoviária, às 7h15. O marido, a mulher e a filha, já com 5 anos, estão à espera do embarque. Lugar de partidas e chegadas, a rodoviária é uma metáfora: "Ela é uma usina de destinos, de onde as pessoas se deslocam das suas zonas de conforto para conhecer outras realidades." Resta saber se os personagens conseguem romper com o passado, um ditador de garras afiadas que podem asfixiar a possibilidade de um novo destino.

A violência de uma ruptura amorosa tem um lado positivo insuspeito: é a oportunidade de o indivíduo descobrir o que é realmente e viver daquilo que lhe é essencial. O escritor carioca Rodrigo Lacerda, de 40 anos, acredita nessa possibilidade, dada também por outros traumas, como uma doença, a morte e o fracasso profissional. "Mas o amor é o centro das nossas vidas", afirma. O ficcionista carioca vê as pessoas como espelhos do meio social. Não à toa, ao discutir os dilemas de um casal em Outra Vida, seu novo romance, ele expõe os problemas contemporâneos. A aposta num relacionamento amoroso é uma forma de desafiar a força real das amarras que as circunstâncias impõem a um destino. "O segredo é esse: quanto conseguimos nos despojar das marcas sociais para entrar em contato com o outro?", pergunta. Esse é um dos assuntos que ele debate com o cineasta Domingos Oliveira numa das mesas da Flip - Separações - programada para as 11h45 de 2 de julho. Outra Vida (Alfaguara) apresenta personagens sem nomes - sem identidades - que a todo tempo estão projetando para si a possibilidade de ser e fazer outra coisa. O começo da mudança sempre vem da insatisfação. O romance de Rodrigo Lacerda, que será lançado na Livraria da Vila às 18h30 de hoje, estrutura-se sobre essa tensão. Um homem e uma mulher, de origens sociais diferentes, começam a viver impasses terríveis, quando se mudam da cidade litorânea onde se conheceram para uma metrópole. Ela é materialmente ambiciosa e gosta da intensa agitação da cidade grande. Ele suspira pelo passado idealizado na cidade litorânea e vive sob um cotidiano burocrático. Ao revelar o ponto de vista de cada um - uma de suas maiores dificuldades na escrita do romance -, Lacerda evitou a construção de personagens maniqueístas. "Em vez de julgar, gostaria que o leitor se espelhasse neles." Assim, à medida que o livro avança, intercalando cenas no presente, passadas numa rodoviária, com lembranças pessoais, a narrativa impossibilita um julgamento definitivo. "O marido é mais doce que a mulher, embora mais traiçoeiro", diz Lacerda. "Ela é mais ambiciosa e põe toda a culpa nele, mas joga bem mais limpo." Ela se relacionou com esse homem tímido e mais pobre, porque foi o primeiro a lhe dar uma segurança afetiva inédita. "Ele sente adoração por ela, que por isso cria uma grande confiança em si mesma." Relacionam-se por meio de projeções que cegam os dois. Com o tempo, perdem a clareza sobre o que desejam, carregando um peso duplo, feito de culpa e insatisfação. A harmonia dura pouco: a gravidez e os primeiros tempos na cidade grande. "Passado o encanto inicial, as diferenças passam a atuar." Mesmo se amando, têm projetos incompatíveis. Para elevar o padrão de vida, a mulher vai trabalhar como vendedora. Descobre outros mundos, que o companheiro rejeita. Arruma um amante. O marido, indicado pela sogra para um cargo numa estatal, sucumbe a um esquema de corrupção, sendo execrado pelos colegas e pela sociedade. Asfixiado com a descoberta do ato ilícito, decide voltar ao litoral, apesar da rejeição da mulher à ideia. O enredo de Outra Vida inicia-se numa rodoviária, às 7h15. O marido, a mulher e a filha, já com 5 anos, estão à espera do embarque. Lugar de partidas e chegadas, a rodoviária é uma metáfora: "Ela é uma usina de destinos, de onde as pessoas se deslocam das suas zonas de conforto para conhecer outras realidades." Resta saber se os personagens conseguem romper com o passado, um ditador de garras afiadas que podem asfixiar a possibilidade de um novo destino.

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