Oito vezes Bollywood


Confirmando o quanto a Índia está na moda, Academia de Hollywood concede oito estatuetas para o filme Quem Quer Ser um Milionário?, de Danny Boyle

Por Luiz Carlos Merten

Foi uma noite de vitórias anunciadas no Oscar. Por volta de 0h30, ainda havia um equilíbrio entre os prêmios técnico-artísticos de O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher, e a consagração mais estética - e dramática - de Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire), de Danny Boyle. Benjamin Button já recebera os Oscars de direção de arte, maquiagem e efeitos especiais. Milionário ganhara fotografia, roteiro adaptado e, a partir daí, somou mais e mais prêmios - mixagem de som, uma estatueta inusitada, pois em geral é atribuída a filmes de ação ou de grande espetáculo; montagem; trilha; canção; direção e, finalmente, filme. E o primeiro Oscar foi para... Penélope Cruz, como melhor atriz coadjuvante, por Vicky Cristina Barcelona. A atriz de Pedro Almodóvar era a favorita da categoria e sua vitória confirmou a preferência da Academia de Hollywood pelas atrizes de Woody Allen. Mas se a vitória de Penélope já era esperada, a forma como ela recebeu seu prêmio foi inusitada e quebrou o protocolo da premiação. Normalmente, é o ator vencedor no ano anterior quem entrega o prêmio. O natural seria que Javier Bardem, espanhol - e almodovariano - como Penélope, entregasse o prêmio à sua compatriota (e namorada), mas desta vez foi um colegiado de cinco atrizes vencedoras da categoria, Eva Marie Saint, Whoopi Goldberg, Goldie Hawn, Anjelica Huston e Tilda Swinton, premiada no ano passado, quem anunciou a estatueta de Penélope. Mais tarde, outro colegiado masculino - Christopher Walken, Joel Grey, Kevin Kline, Cuba Gooding e Alan Arkin, o vitorioso do ano passado - anunciou o prêmio póstumo para o melhor coadjuvante, Heath Ledger, o Coringa de Batman - Cavaleiro das Trevas. Um Oscar sem novidades? Logo de cara, o âncora Hugh Jackman anunciou que a recessão chegara à academia e não havia dinheiro para produzir o número de abertura. Para tentar resolver o problema, ele exibiu suas qualidades de cantor, celebrando os cinco indicados para melhor filme - chamando Anne Hathaway, indicada para melhor atriz (O Casamento de Rachel) para ajudá-lo na tarefa. A criatividade prosseguiu com o anúncio dos prêmios de roteiro adaptado (Quem Quer Ser Um Milionário?) e original (Milk) - um recorte na tela mostrava não apenas os indicados como trechos dos próprios scripts indicados e a sua transformação em imagem. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Blocos clipados destacaram os filmes românticos do ano, os de ação e as comédias, com destaque para as musicais, o que permitiu a que o homem mais sexy do mundo - o apresentador Hugh Jackman - usasse cartola e bengala para ter seu momento de elegância e sofisticação, à Fred Astaire. Jackman foi um bom apresentador, e divertido, mas é no mínimo interessante que ele tenha cantado e dançado na noite em que Bollywood invadiu Hollywood - com a encenação da canção vencedora, a de Quem Quer Ser Um Milionário, o número final na estação de trens. Com Jackman, a festa ganhou em pique. Um verdadeiro rei da comédia recebeu um Oscar especial por seu trabalho humanitário. De um professor aloprado para outro, Eddie Murphy entregou o prêmio a Jerry Lewis, artista de gênio, mas que não parecia muito confortável recebendo esse Oscar tão enviesado. Ao longo da festa, os prêmios foram se sucedendo - com raras exceções, só para os favoritos. Assim, Wall-E, de Andrew Stanton, venceu como melhor animação, garantindo mais um Oscar para a Pixar. Uma rara surpresa foi a vitória do ótimo filme japonês Departures, de Yojiro Takida, derrotando o favorito Valsa com Bashir, do israelense Ari Folman. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Nunca o encaminhamento da cerimônia foi tão didático, mas o novo formato atropelou o que seria natural e o prêmio de direção - para Danny Boyle - foi anunciado antes dos de ator e atriz, no que não deixa de ser, conceitualmente, um retorno à Hollywood dos anos de ouro, quando o cinemão celebrava astros e estrelas e não ?autores?. Ao som da trilha de ...E o Vento Levou, o colegiado de vitoriosas históricas entrou no palco do Kodak Theatre. Foram aplaudidas de pé - Shirley MacLaine, Sophia Loren, Halle Berry, Nicole Kidman e Marion Cotillard, que fizeram as apresentações das indicadas. E a vencedora foi... Kate Winslet, por O Leitor, como já era esperado. Outro colegiado de atores - Robert De Niro, Ben Kingsley, Anthony Hopkins, Adrien Brody e Michael Douglas - também foi aplaudido de pé ao anunciar a melhor performance masculina. Era o Oscar mais disputado da noite. Mickey Rourke ou Sean Penn? Qualquer um dos dois poderia ter vencido. Deu Sean Penn, por Milk, e foi uma bela vitória, coroada por um discurso veemente em defesa do casamento gay. Finalmente, o melhor filme - alguma dúvida de que seria Quem Quer Ser Um Milionário? Com oito estatuetas, Bollywood se instalou em Hollywood. Não por acaso, o prêmio foi entregue por Steven Spielberg, que está se aliando aos indianos para uma série de filmes.

Foi uma noite de vitórias anunciadas no Oscar. Por volta de 0h30, ainda havia um equilíbrio entre os prêmios técnico-artísticos de O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher, e a consagração mais estética - e dramática - de Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire), de Danny Boyle. Benjamin Button já recebera os Oscars de direção de arte, maquiagem e efeitos especiais. Milionário ganhara fotografia, roteiro adaptado e, a partir daí, somou mais e mais prêmios - mixagem de som, uma estatueta inusitada, pois em geral é atribuída a filmes de ação ou de grande espetáculo; montagem; trilha; canção; direção e, finalmente, filme. E o primeiro Oscar foi para... Penélope Cruz, como melhor atriz coadjuvante, por Vicky Cristina Barcelona. A atriz de Pedro Almodóvar era a favorita da categoria e sua vitória confirmou a preferência da Academia de Hollywood pelas atrizes de Woody Allen. Mas se a vitória de Penélope já era esperada, a forma como ela recebeu seu prêmio foi inusitada e quebrou o protocolo da premiação. Normalmente, é o ator vencedor no ano anterior quem entrega o prêmio. O natural seria que Javier Bardem, espanhol - e almodovariano - como Penélope, entregasse o prêmio à sua compatriota (e namorada), mas desta vez foi um colegiado de cinco atrizes vencedoras da categoria, Eva Marie Saint, Whoopi Goldberg, Goldie Hawn, Anjelica Huston e Tilda Swinton, premiada no ano passado, quem anunciou a estatueta de Penélope. Mais tarde, outro colegiado masculino - Christopher Walken, Joel Grey, Kevin Kline, Cuba Gooding e Alan Arkin, o vitorioso do ano passado - anunciou o prêmio póstumo para o melhor coadjuvante, Heath Ledger, o Coringa de Batman - Cavaleiro das Trevas. Um Oscar sem novidades? Logo de cara, o âncora Hugh Jackman anunciou que a recessão chegara à academia e não havia dinheiro para produzir o número de abertura. Para tentar resolver o problema, ele exibiu suas qualidades de cantor, celebrando os cinco indicados para melhor filme - chamando Anne Hathaway, indicada para melhor atriz (O Casamento de Rachel) para ajudá-lo na tarefa. A criatividade prosseguiu com o anúncio dos prêmios de roteiro adaptado (Quem Quer Ser Um Milionário?) e original (Milk) - um recorte na tela mostrava não apenas os indicados como trechos dos próprios scripts indicados e a sua transformação em imagem. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Blocos clipados destacaram os filmes românticos do ano, os de ação e as comédias, com destaque para as musicais, o que permitiu a que o homem mais sexy do mundo - o apresentador Hugh Jackman - usasse cartola e bengala para ter seu momento de elegância e sofisticação, à Fred Astaire. Jackman foi um bom apresentador, e divertido, mas é no mínimo interessante que ele tenha cantado e dançado na noite em que Bollywood invadiu Hollywood - com a encenação da canção vencedora, a de Quem Quer Ser Um Milionário, o número final na estação de trens. Com Jackman, a festa ganhou em pique. Um verdadeiro rei da comédia recebeu um Oscar especial por seu trabalho humanitário. De um professor aloprado para outro, Eddie Murphy entregou o prêmio a Jerry Lewis, artista de gênio, mas que não parecia muito confortável recebendo esse Oscar tão enviesado. Ao longo da festa, os prêmios foram se sucedendo - com raras exceções, só para os favoritos. Assim, Wall-E, de Andrew Stanton, venceu como melhor animação, garantindo mais um Oscar para a Pixar. Uma rara surpresa foi a vitória do ótimo filme japonês Departures, de Yojiro Takida, derrotando o favorito Valsa com Bashir, do israelense Ari Folman. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Nunca o encaminhamento da cerimônia foi tão didático, mas o novo formato atropelou o que seria natural e o prêmio de direção - para Danny Boyle - foi anunciado antes dos de ator e atriz, no que não deixa de ser, conceitualmente, um retorno à Hollywood dos anos de ouro, quando o cinemão celebrava astros e estrelas e não ?autores?. Ao som da trilha de ...E o Vento Levou, o colegiado de vitoriosas históricas entrou no palco do Kodak Theatre. Foram aplaudidas de pé - Shirley MacLaine, Sophia Loren, Halle Berry, Nicole Kidman e Marion Cotillard, que fizeram as apresentações das indicadas. E a vencedora foi... Kate Winslet, por O Leitor, como já era esperado. Outro colegiado de atores - Robert De Niro, Ben Kingsley, Anthony Hopkins, Adrien Brody e Michael Douglas - também foi aplaudido de pé ao anunciar a melhor performance masculina. Era o Oscar mais disputado da noite. Mickey Rourke ou Sean Penn? Qualquer um dos dois poderia ter vencido. Deu Sean Penn, por Milk, e foi uma bela vitória, coroada por um discurso veemente em defesa do casamento gay. Finalmente, o melhor filme - alguma dúvida de que seria Quem Quer Ser Um Milionário? Com oito estatuetas, Bollywood se instalou em Hollywood. Não por acaso, o prêmio foi entregue por Steven Spielberg, que está se aliando aos indianos para uma série de filmes.

Foi uma noite de vitórias anunciadas no Oscar. Por volta de 0h30, ainda havia um equilíbrio entre os prêmios técnico-artísticos de O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher, e a consagração mais estética - e dramática - de Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire), de Danny Boyle. Benjamin Button já recebera os Oscars de direção de arte, maquiagem e efeitos especiais. Milionário ganhara fotografia, roteiro adaptado e, a partir daí, somou mais e mais prêmios - mixagem de som, uma estatueta inusitada, pois em geral é atribuída a filmes de ação ou de grande espetáculo; montagem; trilha; canção; direção e, finalmente, filme. E o primeiro Oscar foi para... Penélope Cruz, como melhor atriz coadjuvante, por Vicky Cristina Barcelona. A atriz de Pedro Almodóvar era a favorita da categoria e sua vitória confirmou a preferência da Academia de Hollywood pelas atrizes de Woody Allen. Mas se a vitória de Penélope já era esperada, a forma como ela recebeu seu prêmio foi inusitada e quebrou o protocolo da premiação. Normalmente, é o ator vencedor no ano anterior quem entrega o prêmio. O natural seria que Javier Bardem, espanhol - e almodovariano - como Penélope, entregasse o prêmio à sua compatriota (e namorada), mas desta vez foi um colegiado de cinco atrizes vencedoras da categoria, Eva Marie Saint, Whoopi Goldberg, Goldie Hawn, Anjelica Huston e Tilda Swinton, premiada no ano passado, quem anunciou a estatueta de Penélope. Mais tarde, outro colegiado masculino - Christopher Walken, Joel Grey, Kevin Kline, Cuba Gooding e Alan Arkin, o vitorioso do ano passado - anunciou o prêmio póstumo para o melhor coadjuvante, Heath Ledger, o Coringa de Batman - Cavaleiro das Trevas. Um Oscar sem novidades? Logo de cara, o âncora Hugh Jackman anunciou que a recessão chegara à academia e não havia dinheiro para produzir o número de abertura. Para tentar resolver o problema, ele exibiu suas qualidades de cantor, celebrando os cinco indicados para melhor filme - chamando Anne Hathaway, indicada para melhor atriz (O Casamento de Rachel) para ajudá-lo na tarefa. A criatividade prosseguiu com o anúncio dos prêmios de roteiro adaptado (Quem Quer Ser Um Milionário?) e original (Milk) - um recorte na tela mostrava não apenas os indicados como trechos dos próprios scripts indicados e a sua transformação em imagem. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Blocos clipados destacaram os filmes românticos do ano, os de ação e as comédias, com destaque para as musicais, o que permitiu a que o homem mais sexy do mundo - o apresentador Hugh Jackman - usasse cartola e bengala para ter seu momento de elegância e sofisticação, à Fred Astaire. Jackman foi um bom apresentador, e divertido, mas é no mínimo interessante que ele tenha cantado e dançado na noite em que Bollywood invadiu Hollywood - com a encenação da canção vencedora, a de Quem Quer Ser Um Milionário, o número final na estação de trens. Com Jackman, a festa ganhou em pique. Um verdadeiro rei da comédia recebeu um Oscar especial por seu trabalho humanitário. De um professor aloprado para outro, Eddie Murphy entregou o prêmio a Jerry Lewis, artista de gênio, mas que não parecia muito confortável recebendo esse Oscar tão enviesado. Ao longo da festa, os prêmios foram se sucedendo - com raras exceções, só para os favoritos. Assim, Wall-E, de Andrew Stanton, venceu como melhor animação, garantindo mais um Oscar para a Pixar. Uma rara surpresa foi a vitória do ótimo filme japonês Departures, de Yojiro Takida, derrotando o favorito Valsa com Bashir, do israelense Ari Folman. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Nunca o encaminhamento da cerimônia foi tão didático, mas o novo formato atropelou o que seria natural e o prêmio de direção - para Danny Boyle - foi anunciado antes dos de ator e atriz, no que não deixa de ser, conceitualmente, um retorno à Hollywood dos anos de ouro, quando o cinemão celebrava astros e estrelas e não ?autores?. Ao som da trilha de ...E o Vento Levou, o colegiado de vitoriosas históricas entrou no palco do Kodak Theatre. Foram aplaudidas de pé - Shirley MacLaine, Sophia Loren, Halle Berry, Nicole Kidman e Marion Cotillard, que fizeram as apresentações das indicadas. E a vencedora foi... Kate Winslet, por O Leitor, como já era esperado. Outro colegiado de atores - Robert De Niro, Ben Kingsley, Anthony Hopkins, Adrien Brody e Michael Douglas - também foi aplaudido de pé ao anunciar a melhor performance masculina. Era o Oscar mais disputado da noite. Mickey Rourke ou Sean Penn? Qualquer um dos dois poderia ter vencido. Deu Sean Penn, por Milk, e foi uma bela vitória, coroada por um discurso veemente em defesa do casamento gay. Finalmente, o melhor filme - alguma dúvida de que seria Quem Quer Ser Um Milionário? Com oito estatuetas, Bollywood se instalou em Hollywood. Não por acaso, o prêmio foi entregue por Steven Spielberg, que está se aliando aos indianos para uma série de filmes.

Foi uma noite de vitórias anunciadas no Oscar. Por volta de 0h30, ainda havia um equilíbrio entre os prêmios técnico-artísticos de O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher, e a consagração mais estética - e dramática - de Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire), de Danny Boyle. Benjamin Button já recebera os Oscars de direção de arte, maquiagem e efeitos especiais. Milionário ganhara fotografia, roteiro adaptado e, a partir daí, somou mais e mais prêmios - mixagem de som, uma estatueta inusitada, pois em geral é atribuída a filmes de ação ou de grande espetáculo; montagem; trilha; canção; direção e, finalmente, filme. E o primeiro Oscar foi para... Penélope Cruz, como melhor atriz coadjuvante, por Vicky Cristina Barcelona. A atriz de Pedro Almodóvar era a favorita da categoria e sua vitória confirmou a preferência da Academia de Hollywood pelas atrizes de Woody Allen. Mas se a vitória de Penélope já era esperada, a forma como ela recebeu seu prêmio foi inusitada e quebrou o protocolo da premiação. Normalmente, é o ator vencedor no ano anterior quem entrega o prêmio. O natural seria que Javier Bardem, espanhol - e almodovariano - como Penélope, entregasse o prêmio à sua compatriota (e namorada), mas desta vez foi um colegiado de cinco atrizes vencedoras da categoria, Eva Marie Saint, Whoopi Goldberg, Goldie Hawn, Anjelica Huston e Tilda Swinton, premiada no ano passado, quem anunciou a estatueta de Penélope. Mais tarde, outro colegiado masculino - Christopher Walken, Joel Grey, Kevin Kline, Cuba Gooding e Alan Arkin, o vitorioso do ano passado - anunciou o prêmio póstumo para o melhor coadjuvante, Heath Ledger, o Coringa de Batman - Cavaleiro das Trevas. Um Oscar sem novidades? Logo de cara, o âncora Hugh Jackman anunciou que a recessão chegara à academia e não havia dinheiro para produzir o número de abertura. Para tentar resolver o problema, ele exibiu suas qualidades de cantor, celebrando os cinco indicados para melhor filme - chamando Anne Hathaway, indicada para melhor atriz (O Casamento de Rachel) para ajudá-lo na tarefa. A criatividade prosseguiu com o anúncio dos prêmios de roteiro adaptado (Quem Quer Ser Um Milionário?) e original (Milk) - um recorte na tela mostrava não apenas os indicados como trechos dos próprios scripts indicados e a sua transformação em imagem. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Blocos clipados destacaram os filmes românticos do ano, os de ação e as comédias, com destaque para as musicais, o que permitiu a que o homem mais sexy do mundo - o apresentador Hugh Jackman - usasse cartola e bengala para ter seu momento de elegância e sofisticação, à Fred Astaire. Jackman foi um bom apresentador, e divertido, mas é no mínimo interessante que ele tenha cantado e dançado na noite em que Bollywood invadiu Hollywood - com a encenação da canção vencedora, a de Quem Quer Ser Um Milionário, o número final na estação de trens. Com Jackman, a festa ganhou em pique. Um verdadeiro rei da comédia recebeu um Oscar especial por seu trabalho humanitário. De um professor aloprado para outro, Eddie Murphy entregou o prêmio a Jerry Lewis, artista de gênio, mas que não parecia muito confortável recebendo esse Oscar tão enviesado. Ao longo da festa, os prêmios foram se sucedendo - com raras exceções, só para os favoritos. Assim, Wall-E, de Andrew Stanton, venceu como melhor animação, garantindo mais um Oscar para a Pixar. Uma rara surpresa foi a vitória do ótimo filme japonês Departures, de Yojiro Takida, derrotando o favorito Valsa com Bashir, do israelense Ari Folman. Para dinamizar a cerimônia, o roteiro da festa estabeleceu um cronograma de produção, desde que o filme começa a surgir na cabeça do roteirista e, depois, através de todas as etapas da realização. Nunca o encaminhamento da cerimônia foi tão didático, mas o novo formato atropelou o que seria natural e o prêmio de direção - para Danny Boyle - foi anunciado antes dos de ator e atriz, no que não deixa de ser, conceitualmente, um retorno à Hollywood dos anos de ouro, quando o cinemão celebrava astros e estrelas e não ?autores?. Ao som da trilha de ...E o Vento Levou, o colegiado de vitoriosas históricas entrou no palco do Kodak Theatre. Foram aplaudidas de pé - Shirley MacLaine, Sophia Loren, Halle Berry, Nicole Kidman e Marion Cotillard, que fizeram as apresentações das indicadas. E a vencedora foi... Kate Winslet, por O Leitor, como já era esperado. Outro colegiado de atores - Robert De Niro, Ben Kingsley, Anthony Hopkins, Adrien Brody e Michael Douglas - também foi aplaudido de pé ao anunciar a melhor performance masculina. Era o Oscar mais disputado da noite. Mickey Rourke ou Sean Penn? Qualquer um dos dois poderia ter vencido. Deu Sean Penn, por Milk, e foi uma bela vitória, coroada por um discurso veemente em defesa do casamento gay. Finalmente, o melhor filme - alguma dúvida de que seria Quem Quer Ser Um Milionário? Com oito estatuetas, Bollywood se instalou em Hollywood. Não por acaso, o prêmio foi entregue por Steven Spielberg, que está se aliando aos indianos para uma série de filmes.

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