Redemoinho de polêmicas e planos


Grupos de 11 Estados reunidos em Porto Alegre prometem atos públicos por lei de fomento em todo o Brasil no Dia do Teatro

Por Beth Néspoli

Se não arrefecer o ânimo dos artistas reunidos no início da semana em Porto Alegre no 4º Encontro Nacional do Redemoinho - Movimento Brasileiro de Espaços de Criação, Compartilhamento e Pesquisa Teatral - será agitado o 27 de março de 2008. A data foi escolhida por seu caráter simbólico, é o dia do teatro, mas também para dar tempo de preparar uma série de manifestações públicas, entre elas a leitura de um manifesto, que devem culminar com a entrega oficial ao presidente Lula do anteprojeto de uma lei federal de fomento ao teatro. Foram três dias inteiros, segunda, terça e quarta, de intensas e por vezes acirradas discussões envolvendo representantes de 37 grupos teatrais de 11 Estados em torno de temas diversos, desde conceitos como ''''a dimensão pública do teatro de grupo'''' (leia frases ao lado), passando por duras críticas e autocríticas à ''''inércia'''' que ainda toma conta do movimento até o planejamento de estratégias de articulação e mobilização. Surpreendeu o calor das discussões e as decisões tiradas no encontro - algumas polêmicas, como a devolução da verba de apoio da Funarte; outras ousadas, como o planejamento de atos públicos que transcorram no mesmo dia em todo o Brasil. Tudo indicava que seria ''''de crise'''' ou no mínimo esvaziado o encontro deste ano, na Terreira da Tribo, sede do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. O primeiro problema que pesava sobre o Redemoinho era interno: criado em 2004, na sede do Grupo Galpão em Belo Horizonte, para ser uma rede - espaço de troca de experiências e cooperação mútua -, se transmutou em movimento a partir do 3º Encontro, ocorrido no fim do ano passado, em Campinas, onde se reuniram 56 coletivos. Ali se decidiu que a rede passaria a ter caráter de um movimento atuante em prol de políticas públicas para o teatro e a cultura. Ocorre que a prometida ação política no Redemoinho (www.redemoinho.org) não existiu ou pelo menos não ganhou visibilidade, ainda que os grupos participantes tenham mantido intensa atividade artística durante todo o ano. ''''Pode ter resultado pouco, mas trabalhamos muito'''', argumentou Gordo Neto, um dos diretores do Teatro Vila Velha de Salvador, que irá sediar o próximo encontro do movimento, em 2008. ''''A gente se articula mal. Precisamos ampliar capilaridade, fortalecer os encontros regionais'''', insistiu o ator e diretor Chico Pelúcio, do grupo Galpão. Verdade que o encontro também deixou claro que em Minas isso têm sido feito. O Marcelo Bones, diretor do Teatro Andante, participou como representante de 14 grupos do braço mineiro do Redemoinho. Outro problema dizia respeito à organização do evento. ''''É um alento realizar esse encontro num momento em que estamos ameaçados de despejo. Queremos dividir nossa dificuldade de organização'''', diz na abertura Tânia Farias, atriz do grupo gaúcho Ói Nóis Aqui Traveiz, de 30 anos de existência, que abrigou o 4º encontro em sua sede, a Terreira da Tribo. Ela fez um relato dos entraves enfrentados para se firmar o convênio com a Funarte. ''''Começamos a tratar disso em julho. A cada dia a área técnica apontava um problema diferente na documentação'''', relatou. ''''Só tivemos a confirmação do apoio hoje. As passagens aéreas já foram pagas pelos participantes, muitos deixaram de vir.'''' Decidiu-se pelo cancelamento do convênio e pelo envio de uma carta ao presidente da Funarte, Celso Frateschi. ''''Não queremos privilégios, mas sim relação respeitosa entre a instituição pública Funarte e os que fazem cultura'''', afirmou Tânia. ''''O convênio só não foi feito antes por problemas de organização deles, do Redemoinho'''', afirmou Frateschi ao Estado. Segundo ele, havia pendências na prestação de contas do convênio anterior - a Funarte apoiou os três primeiros - o que impedia a assinatura de um novo. ''''E havia problemas no registro das atas da associação que assinava o novo convênio. Fiquei chocado com o cancelamento unilateral do contrato. Estive no encontro inaugural em Belo Horizonte. Faço parte disso. E continuo aberto à conversa. Basta agendar.''''

Se não arrefecer o ânimo dos artistas reunidos no início da semana em Porto Alegre no 4º Encontro Nacional do Redemoinho - Movimento Brasileiro de Espaços de Criação, Compartilhamento e Pesquisa Teatral - será agitado o 27 de março de 2008. A data foi escolhida por seu caráter simbólico, é o dia do teatro, mas também para dar tempo de preparar uma série de manifestações públicas, entre elas a leitura de um manifesto, que devem culminar com a entrega oficial ao presidente Lula do anteprojeto de uma lei federal de fomento ao teatro. Foram três dias inteiros, segunda, terça e quarta, de intensas e por vezes acirradas discussões envolvendo representantes de 37 grupos teatrais de 11 Estados em torno de temas diversos, desde conceitos como ''''a dimensão pública do teatro de grupo'''' (leia frases ao lado), passando por duras críticas e autocríticas à ''''inércia'''' que ainda toma conta do movimento até o planejamento de estratégias de articulação e mobilização. Surpreendeu o calor das discussões e as decisões tiradas no encontro - algumas polêmicas, como a devolução da verba de apoio da Funarte; outras ousadas, como o planejamento de atos públicos que transcorram no mesmo dia em todo o Brasil. Tudo indicava que seria ''''de crise'''' ou no mínimo esvaziado o encontro deste ano, na Terreira da Tribo, sede do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. O primeiro problema que pesava sobre o Redemoinho era interno: criado em 2004, na sede do Grupo Galpão em Belo Horizonte, para ser uma rede - espaço de troca de experiências e cooperação mútua -, se transmutou em movimento a partir do 3º Encontro, ocorrido no fim do ano passado, em Campinas, onde se reuniram 56 coletivos. Ali se decidiu que a rede passaria a ter caráter de um movimento atuante em prol de políticas públicas para o teatro e a cultura. Ocorre que a prometida ação política no Redemoinho (www.redemoinho.org) não existiu ou pelo menos não ganhou visibilidade, ainda que os grupos participantes tenham mantido intensa atividade artística durante todo o ano. ''''Pode ter resultado pouco, mas trabalhamos muito'''', argumentou Gordo Neto, um dos diretores do Teatro Vila Velha de Salvador, que irá sediar o próximo encontro do movimento, em 2008. ''''A gente se articula mal. Precisamos ampliar capilaridade, fortalecer os encontros regionais'''', insistiu o ator e diretor Chico Pelúcio, do grupo Galpão. Verdade que o encontro também deixou claro que em Minas isso têm sido feito. O Marcelo Bones, diretor do Teatro Andante, participou como representante de 14 grupos do braço mineiro do Redemoinho. Outro problema dizia respeito à organização do evento. ''''É um alento realizar esse encontro num momento em que estamos ameaçados de despejo. Queremos dividir nossa dificuldade de organização'''', diz na abertura Tânia Farias, atriz do grupo gaúcho Ói Nóis Aqui Traveiz, de 30 anos de existência, que abrigou o 4º encontro em sua sede, a Terreira da Tribo. Ela fez um relato dos entraves enfrentados para se firmar o convênio com a Funarte. ''''Começamos a tratar disso em julho. A cada dia a área técnica apontava um problema diferente na documentação'''', relatou. ''''Só tivemos a confirmação do apoio hoje. As passagens aéreas já foram pagas pelos participantes, muitos deixaram de vir.'''' Decidiu-se pelo cancelamento do convênio e pelo envio de uma carta ao presidente da Funarte, Celso Frateschi. ''''Não queremos privilégios, mas sim relação respeitosa entre a instituição pública Funarte e os que fazem cultura'''', afirmou Tânia. ''''O convênio só não foi feito antes por problemas de organização deles, do Redemoinho'''', afirmou Frateschi ao Estado. Segundo ele, havia pendências na prestação de contas do convênio anterior - a Funarte apoiou os três primeiros - o que impedia a assinatura de um novo. ''''E havia problemas no registro das atas da associação que assinava o novo convênio. Fiquei chocado com o cancelamento unilateral do contrato. Estive no encontro inaugural em Belo Horizonte. Faço parte disso. E continuo aberto à conversa. Basta agendar.''''

Se não arrefecer o ânimo dos artistas reunidos no início da semana em Porto Alegre no 4º Encontro Nacional do Redemoinho - Movimento Brasileiro de Espaços de Criação, Compartilhamento e Pesquisa Teatral - será agitado o 27 de março de 2008. A data foi escolhida por seu caráter simbólico, é o dia do teatro, mas também para dar tempo de preparar uma série de manifestações públicas, entre elas a leitura de um manifesto, que devem culminar com a entrega oficial ao presidente Lula do anteprojeto de uma lei federal de fomento ao teatro. Foram três dias inteiros, segunda, terça e quarta, de intensas e por vezes acirradas discussões envolvendo representantes de 37 grupos teatrais de 11 Estados em torno de temas diversos, desde conceitos como ''''a dimensão pública do teatro de grupo'''' (leia frases ao lado), passando por duras críticas e autocríticas à ''''inércia'''' que ainda toma conta do movimento até o planejamento de estratégias de articulação e mobilização. Surpreendeu o calor das discussões e as decisões tiradas no encontro - algumas polêmicas, como a devolução da verba de apoio da Funarte; outras ousadas, como o planejamento de atos públicos que transcorram no mesmo dia em todo o Brasil. Tudo indicava que seria ''''de crise'''' ou no mínimo esvaziado o encontro deste ano, na Terreira da Tribo, sede do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. O primeiro problema que pesava sobre o Redemoinho era interno: criado em 2004, na sede do Grupo Galpão em Belo Horizonte, para ser uma rede - espaço de troca de experiências e cooperação mútua -, se transmutou em movimento a partir do 3º Encontro, ocorrido no fim do ano passado, em Campinas, onde se reuniram 56 coletivos. Ali se decidiu que a rede passaria a ter caráter de um movimento atuante em prol de políticas públicas para o teatro e a cultura. Ocorre que a prometida ação política no Redemoinho (www.redemoinho.org) não existiu ou pelo menos não ganhou visibilidade, ainda que os grupos participantes tenham mantido intensa atividade artística durante todo o ano. ''''Pode ter resultado pouco, mas trabalhamos muito'''', argumentou Gordo Neto, um dos diretores do Teatro Vila Velha de Salvador, que irá sediar o próximo encontro do movimento, em 2008. ''''A gente se articula mal. Precisamos ampliar capilaridade, fortalecer os encontros regionais'''', insistiu o ator e diretor Chico Pelúcio, do grupo Galpão. Verdade que o encontro também deixou claro que em Minas isso têm sido feito. O Marcelo Bones, diretor do Teatro Andante, participou como representante de 14 grupos do braço mineiro do Redemoinho. Outro problema dizia respeito à organização do evento. ''''É um alento realizar esse encontro num momento em que estamos ameaçados de despejo. Queremos dividir nossa dificuldade de organização'''', diz na abertura Tânia Farias, atriz do grupo gaúcho Ói Nóis Aqui Traveiz, de 30 anos de existência, que abrigou o 4º encontro em sua sede, a Terreira da Tribo. Ela fez um relato dos entraves enfrentados para se firmar o convênio com a Funarte. ''''Começamos a tratar disso em julho. A cada dia a área técnica apontava um problema diferente na documentação'''', relatou. ''''Só tivemos a confirmação do apoio hoje. As passagens aéreas já foram pagas pelos participantes, muitos deixaram de vir.'''' Decidiu-se pelo cancelamento do convênio e pelo envio de uma carta ao presidente da Funarte, Celso Frateschi. ''''Não queremos privilégios, mas sim relação respeitosa entre a instituição pública Funarte e os que fazem cultura'''', afirmou Tânia. ''''O convênio só não foi feito antes por problemas de organização deles, do Redemoinho'''', afirmou Frateschi ao Estado. Segundo ele, havia pendências na prestação de contas do convênio anterior - a Funarte apoiou os três primeiros - o que impedia a assinatura de um novo. ''''E havia problemas no registro das atas da associação que assinava o novo convênio. Fiquei chocado com o cancelamento unilateral do contrato. Estive no encontro inaugural em Belo Horizonte. Faço parte disso. E continuo aberto à conversa. Basta agendar.''''

Se não arrefecer o ânimo dos artistas reunidos no início da semana em Porto Alegre no 4º Encontro Nacional do Redemoinho - Movimento Brasileiro de Espaços de Criação, Compartilhamento e Pesquisa Teatral - será agitado o 27 de março de 2008. A data foi escolhida por seu caráter simbólico, é o dia do teatro, mas também para dar tempo de preparar uma série de manifestações públicas, entre elas a leitura de um manifesto, que devem culminar com a entrega oficial ao presidente Lula do anteprojeto de uma lei federal de fomento ao teatro. Foram três dias inteiros, segunda, terça e quarta, de intensas e por vezes acirradas discussões envolvendo representantes de 37 grupos teatrais de 11 Estados em torno de temas diversos, desde conceitos como ''''a dimensão pública do teatro de grupo'''' (leia frases ao lado), passando por duras críticas e autocríticas à ''''inércia'''' que ainda toma conta do movimento até o planejamento de estratégias de articulação e mobilização. Surpreendeu o calor das discussões e as decisões tiradas no encontro - algumas polêmicas, como a devolução da verba de apoio da Funarte; outras ousadas, como o planejamento de atos públicos que transcorram no mesmo dia em todo o Brasil. Tudo indicava que seria ''''de crise'''' ou no mínimo esvaziado o encontro deste ano, na Terreira da Tribo, sede do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. O primeiro problema que pesava sobre o Redemoinho era interno: criado em 2004, na sede do Grupo Galpão em Belo Horizonte, para ser uma rede - espaço de troca de experiências e cooperação mútua -, se transmutou em movimento a partir do 3º Encontro, ocorrido no fim do ano passado, em Campinas, onde se reuniram 56 coletivos. Ali se decidiu que a rede passaria a ter caráter de um movimento atuante em prol de políticas públicas para o teatro e a cultura. Ocorre que a prometida ação política no Redemoinho (www.redemoinho.org) não existiu ou pelo menos não ganhou visibilidade, ainda que os grupos participantes tenham mantido intensa atividade artística durante todo o ano. ''''Pode ter resultado pouco, mas trabalhamos muito'''', argumentou Gordo Neto, um dos diretores do Teatro Vila Velha de Salvador, que irá sediar o próximo encontro do movimento, em 2008. ''''A gente se articula mal. Precisamos ampliar capilaridade, fortalecer os encontros regionais'''', insistiu o ator e diretor Chico Pelúcio, do grupo Galpão. Verdade que o encontro também deixou claro que em Minas isso têm sido feito. O Marcelo Bones, diretor do Teatro Andante, participou como representante de 14 grupos do braço mineiro do Redemoinho. Outro problema dizia respeito à organização do evento. ''''É um alento realizar esse encontro num momento em que estamos ameaçados de despejo. Queremos dividir nossa dificuldade de organização'''', diz na abertura Tânia Farias, atriz do grupo gaúcho Ói Nóis Aqui Traveiz, de 30 anos de existência, que abrigou o 4º encontro em sua sede, a Terreira da Tribo. Ela fez um relato dos entraves enfrentados para se firmar o convênio com a Funarte. ''''Começamos a tratar disso em julho. A cada dia a área técnica apontava um problema diferente na documentação'''', relatou. ''''Só tivemos a confirmação do apoio hoje. As passagens aéreas já foram pagas pelos participantes, muitos deixaram de vir.'''' Decidiu-se pelo cancelamento do convênio e pelo envio de uma carta ao presidente da Funarte, Celso Frateschi. ''''Não queremos privilégios, mas sim relação respeitosa entre a instituição pública Funarte e os que fazem cultura'''', afirmou Tânia. ''''O convênio só não foi feito antes por problemas de organização deles, do Redemoinho'''', afirmou Frateschi ao Estado. Segundo ele, havia pendências na prestação de contas do convênio anterior - a Funarte apoiou os três primeiros - o que impedia a assinatura de um novo. ''''E havia problemas no registro das atas da associação que assinava o novo convênio. Fiquei chocado com o cancelamento unilateral do contrato. Estive no encontro inaugural em Belo Horizonte. Faço parte disso. E continuo aberto à conversa. Basta agendar.''''

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