Robert Holl em bem trabalhada apresentação


Baixo holandês mostrou-se intérprete de bom senso, ao optar por uma leitura mais pessoal

Por Redação

Para um recital de lied, um auditório com as dimensões da Sala São Paulo está longe de ser adequado. Mas, com o volume e a facilidade de projeção que tem, as dimensões da sala não foram um problema para o baixo holandês Robert Holl, em sua apresentação. No Dichterliebe, o ciclo de Robert Schumann sobre poemas de Heinrich Heine, que executou na primeira parte, a voz, de timbre rico e sonoro, não só se mostrou flexível, capaz de pianíssimos muito bem definidos e de plasmar com elegância os contornos melódicos, como também abrangeu desenvoltamente os extremos da tessitura - até mesmo nos agudos de uma canção como Ich Grolle Nicht, que levou Holl aos limites de seu registro. Mas no domínio da canção poética, boa voz é apenas metade do caminho. Holl mostrou-se bom intérprete na expressividade com que constrói os diversos climas, ora líricos, ora irônicos, da poesia de Heine. E num campo em que os cantores se vêem muitas vezes tentados a medir-se com o modelo onipresente de Dietrich Fischer-Dieskau, teve o bom senso de buscar parâmetros próprios - e os encontrou nos momento freqüentes em que a sua leitura soou muito pessoal. Num ciclo como o Dichterliebe, em que alguns dos poemas têm elaborados poslúdios, é muito importante o papel do pianista. E o americano David Lutz esteve à altura de Holl, não só nesse ciclo como nas peças de Schumann cantadas no início da segunda parte. Mas principalmente nas canções de Rachmáninov e Tchaikóvski, interpretadas na parte final do programa. E aqui, a uma dicção claríssima, capaz de dominar as inflexões muito peculiares da declamação russa, Holl aliou o senso de estilo, que fez diferir nitidamente a empostação conferida ao melodismo de Schumann e o tratamento dado ao romantismo crepuscular de Rachmáninov e, sobretudo, de Tchaikóvski. Numa canção como Sried Shúmnovo Bála (Em meio ao ruidoso baile), ele equilibrou com habilidade os elementos operísticos e mais introspectivos da linha de canto. E deu à mística Blagosloviáiu Vas, Liesá (Eu vos abençôo, florestas) o tom apaixonado, enfatizando a sua celebração da solidariedade entre os homens, muito adequada para colocar um ponto final numa bem trabalhada apresentação.

Para um recital de lied, um auditório com as dimensões da Sala São Paulo está longe de ser adequado. Mas, com o volume e a facilidade de projeção que tem, as dimensões da sala não foram um problema para o baixo holandês Robert Holl, em sua apresentação. No Dichterliebe, o ciclo de Robert Schumann sobre poemas de Heinrich Heine, que executou na primeira parte, a voz, de timbre rico e sonoro, não só se mostrou flexível, capaz de pianíssimos muito bem definidos e de plasmar com elegância os contornos melódicos, como também abrangeu desenvoltamente os extremos da tessitura - até mesmo nos agudos de uma canção como Ich Grolle Nicht, que levou Holl aos limites de seu registro. Mas no domínio da canção poética, boa voz é apenas metade do caminho. Holl mostrou-se bom intérprete na expressividade com que constrói os diversos climas, ora líricos, ora irônicos, da poesia de Heine. E num campo em que os cantores se vêem muitas vezes tentados a medir-se com o modelo onipresente de Dietrich Fischer-Dieskau, teve o bom senso de buscar parâmetros próprios - e os encontrou nos momento freqüentes em que a sua leitura soou muito pessoal. Num ciclo como o Dichterliebe, em que alguns dos poemas têm elaborados poslúdios, é muito importante o papel do pianista. E o americano David Lutz esteve à altura de Holl, não só nesse ciclo como nas peças de Schumann cantadas no início da segunda parte. Mas principalmente nas canções de Rachmáninov e Tchaikóvski, interpretadas na parte final do programa. E aqui, a uma dicção claríssima, capaz de dominar as inflexões muito peculiares da declamação russa, Holl aliou o senso de estilo, que fez diferir nitidamente a empostação conferida ao melodismo de Schumann e o tratamento dado ao romantismo crepuscular de Rachmáninov e, sobretudo, de Tchaikóvski. Numa canção como Sried Shúmnovo Bála (Em meio ao ruidoso baile), ele equilibrou com habilidade os elementos operísticos e mais introspectivos da linha de canto. E deu à mística Blagosloviáiu Vas, Liesá (Eu vos abençôo, florestas) o tom apaixonado, enfatizando a sua celebração da solidariedade entre os homens, muito adequada para colocar um ponto final numa bem trabalhada apresentação.

Para um recital de lied, um auditório com as dimensões da Sala São Paulo está longe de ser adequado. Mas, com o volume e a facilidade de projeção que tem, as dimensões da sala não foram um problema para o baixo holandês Robert Holl, em sua apresentação. No Dichterliebe, o ciclo de Robert Schumann sobre poemas de Heinrich Heine, que executou na primeira parte, a voz, de timbre rico e sonoro, não só se mostrou flexível, capaz de pianíssimos muito bem definidos e de plasmar com elegância os contornos melódicos, como também abrangeu desenvoltamente os extremos da tessitura - até mesmo nos agudos de uma canção como Ich Grolle Nicht, que levou Holl aos limites de seu registro. Mas no domínio da canção poética, boa voz é apenas metade do caminho. Holl mostrou-se bom intérprete na expressividade com que constrói os diversos climas, ora líricos, ora irônicos, da poesia de Heine. E num campo em que os cantores se vêem muitas vezes tentados a medir-se com o modelo onipresente de Dietrich Fischer-Dieskau, teve o bom senso de buscar parâmetros próprios - e os encontrou nos momento freqüentes em que a sua leitura soou muito pessoal. Num ciclo como o Dichterliebe, em que alguns dos poemas têm elaborados poslúdios, é muito importante o papel do pianista. E o americano David Lutz esteve à altura de Holl, não só nesse ciclo como nas peças de Schumann cantadas no início da segunda parte. Mas principalmente nas canções de Rachmáninov e Tchaikóvski, interpretadas na parte final do programa. E aqui, a uma dicção claríssima, capaz de dominar as inflexões muito peculiares da declamação russa, Holl aliou o senso de estilo, que fez diferir nitidamente a empostação conferida ao melodismo de Schumann e o tratamento dado ao romantismo crepuscular de Rachmáninov e, sobretudo, de Tchaikóvski. Numa canção como Sried Shúmnovo Bála (Em meio ao ruidoso baile), ele equilibrou com habilidade os elementos operísticos e mais introspectivos da linha de canto. E deu à mística Blagosloviáiu Vas, Liesá (Eu vos abençôo, florestas) o tom apaixonado, enfatizando a sua celebração da solidariedade entre os homens, muito adequada para colocar um ponto final numa bem trabalhada apresentação.

Para um recital de lied, um auditório com as dimensões da Sala São Paulo está longe de ser adequado. Mas, com o volume e a facilidade de projeção que tem, as dimensões da sala não foram um problema para o baixo holandês Robert Holl, em sua apresentação. No Dichterliebe, o ciclo de Robert Schumann sobre poemas de Heinrich Heine, que executou na primeira parte, a voz, de timbre rico e sonoro, não só se mostrou flexível, capaz de pianíssimos muito bem definidos e de plasmar com elegância os contornos melódicos, como também abrangeu desenvoltamente os extremos da tessitura - até mesmo nos agudos de uma canção como Ich Grolle Nicht, que levou Holl aos limites de seu registro. Mas no domínio da canção poética, boa voz é apenas metade do caminho. Holl mostrou-se bom intérprete na expressividade com que constrói os diversos climas, ora líricos, ora irônicos, da poesia de Heine. E num campo em que os cantores se vêem muitas vezes tentados a medir-se com o modelo onipresente de Dietrich Fischer-Dieskau, teve o bom senso de buscar parâmetros próprios - e os encontrou nos momento freqüentes em que a sua leitura soou muito pessoal. Num ciclo como o Dichterliebe, em que alguns dos poemas têm elaborados poslúdios, é muito importante o papel do pianista. E o americano David Lutz esteve à altura de Holl, não só nesse ciclo como nas peças de Schumann cantadas no início da segunda parte. Mas principalmente nas canções de Rachmáninov e Tchaikóvski, interpretadas na parte final do programa. E aqui, a uma dicção claríssima, capaz de dominar as inflexões muito peculiares da declamação russa, Holl aliou o senso de estilo, que fez diferir nitidamente a empostação conferida ao melodismo de Schumann e o tratamento dado ao romantismo crepuscular de Rachmáninov e, sobretudo, de Tchaikóvski. Numa canção como Sried Shúmnovo Bála (Em meio ao ruidoso baile), ele equilibrou com habilidade os elementos operísticos e mais introspectivos da linha de canto. E deu à mística Blagosloviáiu Vas, Liesá (Eu vos abençôo, florestas) o tom apaixonado, enfatizando a sua celebração da solidariedade entre os homens, muito adequada para colocar um ponto final numa bem trabalhada apresentação.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.