As memórias de Barack Obama reveladas em 'Uma Terra Prometida'


Chega às livrarias, nesta terça, 17, o primeiro volume das memórias do ex-presidente norte-americano, ‘Uma Terra Prometida’, do qual o ‘Aliás’ reproduz trecho sobre os ataques que ele sofreu como político

Por Antonio Gonçalves Filho

Aguardado com ansiedade num momento em que republicanos declaram guerra aos democratas nos Estados Unidos, não reconhecendo a vitória de Joe Biden, o primeiro volume das memórias do ex-presidente norte-americano Barack Obama, Uma Terra Prometida, chega às livrarias brasileiras nesta terça-feira, 17, pela editora Companhia das Letras. O lançamento é simultâneo ao da edição americana (Random House), que sai com mais de 3 milhões de cópias nos EUA. É um ‘tour de force’ sincero. Nele, Obama expõe detalhes de sua campanha presidencial, os ataques violentos que recebeu da mídia conservadora, a campanha de difamação da qual foi vítima nas redes sociais - em que foi acusado desde tráfico de drogas à prostituição quando jovem - e as manifestações de racismo contra ele e sua mulher Michelle, que chegou a cogitar não aparecer ao lado do marido na campanha presidencial de 2008 para não prejudicar a imagem de Obama. Tudo isso o ex-presidente, que teve como vice o agora vitorioso Joe Biden, conta aqui, em trecho cedido com exclusividade pela editora ao Aliás.

Fidelidade. O então presidente americano Barack Obama corre ao lado de seu cão Bo, em março de 2009, na Casa Branca Foto: Pete Souza/The White House

O livro chega num momento difícil para a nação americana, dividida pela raivosa recusa de Trump em aceitar a vitória do oponente Biden. Obama sugere no livro estratégias que podem aproximar democratas e republicanos. Seus livros autobiográficos anteriormente lançados insistiam na necessidade de conciliação entre os partidos. Ambos foram estrondosos sucessos. O primeiro livro, A Origem dos Meus Sonhos (1995) vendeu 3,3 milhões de cópias. O segundo, A Audácia da Esperança (2006), mais de 4 milhões. Ambos serão republicados em janeiro pela Companhia das Letras.

continua após a publicidade

O primeiro (agora com o título Sonhos do Meu Pai) é um acerto de contas com o pai ausente e uma tentativa de entender sua infância marcada pelo multiculturalismo. Obama, um homem culto, conheceu dois mundos totalmente diversos e parecia destinado a não se integrar a nenhum deles - nem ao do pai, morto num acidente de carro no Quênia, em 1982, nem ao que escolheu para viver, os EUA, vindo de Honolulu, onde nasceu, em 1961. O livro foi elogiado por nomes como Toni Morrison e Philip Roth.

O segundo livro, A Audácia da Esperança, escrito quando Obama ainda era senador, traduz seu credo político, espiritual e pessoal, o de que todos os americanos são unidos por duas crenças, a liberdade e a comunidade. Nele, Obama critica o sistema eleitoral americano, dizendo que os políticos acabam mimetizando seus patrocinadores, deixando-se influenciar por forças sociais poderosas e ficando vulneráveis à força do dinheiro dos ricos. Para o ex-presidente, o que conta hoje são as batalhas de ideias, não de armas, citando o belicismo e a irracionalidade americana que explodiram após os atos terroristas do 11 de setembro de 2001.

Capa do livro 'Uma Terra Prometida', de Barack Obama. Foto: Comapnhia das Letras
continua após a publicidade

UMA TERRA PROMETIDA

Autor: Barack Obama Tradução: Berilo Vargas, Cássio de Arantes Leite, Denise Bottmann e Jorio Dauster Editora: Cia. das Letras (764 págs., R$ 79,90)

Aguardado com ansiedade num momento em que republicanos declaram guerra aos democratas nos Estados Unidos, não reconhecendo a vitória de Joe Biden, o primeiro volume das memórias do ex-presidente norte-americano Barack Obama, Uma Terra Prometida, chega às livrarias brasileiras nesta terça-feira, 17, pela editora Companhia das Letras. O lançamento é simultâneo ao da edição americana (Random House), que sai com mais de 3 milhões de cópias nos EUA. É um ‘tour de force’ sincero. Nele, Obama expõe detalhes de sua campanha presidencial, os ataques violentos que recebeu da mídia conservadora, a campanha de difamação da qual foi vítima nas redes sociais - em que foi acusado desde tráfico de drogas à prostituição quando jovem - e as manifestações de racismo contra ele e sua mulher Michelle, que chegou a cogitar não aparecer ao lado do marido na campanha presidencial de 2008 para não prejudicar a imagem de Obama. Tudo isso o ex-presidente, que teve como vice o agora vitorioso Joe Biden, conta aqui, em trecho cedido com exclusividade pela editora ao Aliás.

Fidelidade. O então presidente americano Barack Obama corre ao lado de seu cão Bo, em março de 2009, na Casa Branca Foto: Pete Souza/The White House

O livro chega num momento difícil para a nação americana, dividida pela raivosa recusa de Trump em aceitar a vitória do oponente Biden. Obama sugere no livro estratégias que podem aproximar democratas e republicanos. Seus livros autobiográficos anteriormente lançados insistiam na necessidade de conciliação entre os partidos. Ambos foram estrondosos sucessos. O primeiro livro, A Origem dos Meus Sonhos (1995) vendeu 3,3 milhões de cópias. O segundo, A Audácia da Esperança (2006), mais de 4 milhões. Ambos serão republicados em janeiro pela Companhia das Letras.

O primeiro (agora com o título Sonhos do Meu Pai) é um acerto de contas com o pai ausente e uma tentativa de entender sua infância marcada pelo multiculturalismo. Obama, um homem culto, conheceu dois mundos totalmente diversos e parecia destinado a não se integrar a nenhum deles - nem ao do pai, morto num acidente de carro no Quênia, em 1982, nem ao que escolheu para viver, os EUA, vindo de Honolulu, onde nasceu, em 1961. O livro foi elogiado por nomes como Toni Morrison e Philip Roth.

O segundo livro, A Audácia da Esperança, escrito quando Obama ainda era senador, traduz seu credo político, espiritual e pessoal, o de que todos os americanos são unidos por duas crenças, a liberdade e a comunidade. Nele, Obama critica o sistema eleitoral americano, dizendo que os políticos acabam mimetizando seus patrocinadores, deixando-se influenciar por forças sociais poderosas e ficando vulneráveis à força do dinheiro dos ricos. Para o ex-presidente, o que conta hoje são as batalhas de ideias, não de armas, citando o belicismo e a irracionalidade americana que explodiram após os atos terroristas do 11 de setembro de 2001.

Capa do livro 'Uma Terra Prometida', de Barack Obama. Foto: Comapnhia das Letras

UMA TERRA PROMETIDA

Autor: Barack Obama Tradução: Berilo Vargas, Cássio de Arantes Leite, Denise Bottmann e Jorio Dauster Editora: Cia. das Letras (764 págs., R$ 79,90)

Aguardado com ansiedade num momento em que republicanos declaram guerra aos democratas nos Estados Unidos, não reconhecendo a vitória de Joe Biden, o primeiro volume das memórias do ex-presidente norte-americano Barack Obama, Uma Terra Prometida, chega às livrarias brasileiras nesta terça-feira, 17, pela editora Companhia das Letras. O lançamento é simultâneo ao da edição americana (Random House), que sai com mais de 3 milhões de cópias nos EUA. É um ‘tour de force’ sincero. Nele, Obama expõe detalhes de sua campanha presidencial, os ataques violentos que recebeu da mídia conservadora, a campanha de difamação da qual foi vítima nas redes sociais - em que foi acusado desde tráfico de drogas à prostituição quando jovem - e as manifestações de racismo contra ele e sua mulher Michelle, que chegou a cogitar não aparecer ao lado do marido na campanha presidencial de 2008 para não prejudicar a imagem de Obama. Tudo isso o ex-presidente, que teve como vice o agora vitorioso Joe Biden, conta aqui, em trecho cedido com exclusividade pela editora ao Aliás.

Fidelidade. O então presidente americano Barack Obama corre ao lado de seu cão Bo, em março de 2009, na Casa Branca Foto: Pete Souza/The White House

O livro chega num momento difícil para a nação americana, dividida pela raivosa recusa de Trump em aceitar a vitória do oponente Biden. Obama sugere no livro estratégias que podem aproximar democratas e republicanos. Seus livros autobiográficos anteriormente lançados insistiam na necessidade de conciliação entre os partidos. Ambos foram estrondosos sucessos. O primeiro livro, A Origem dos Meus Sonhos (1995) vendeu 3,3 milhões de cópias. O segundo, A Audácia da Esperança (2006), mais de 4 milhões. Ambos serão republicados em janeiro pela Companhia das Letras.

O primeiro (agora com o título Sonhos do Meu Pai) é um acerto de contas com o pai ausente e uma tentativa de entender sua infância marcada pelo multiculturalismo. Obama, um homem culto, conheceu dois mundos totalmente diversos e parecia destinado a não se integrar a nenhum deles - nem ao do pai, morto num acidente de carro no Quênia, em 1982, nem ao que escolheu para viver, os EUA, vindo de Honolulu, onde nasceu, em 1961. O livro foi elogiado por nomes como Toni Morrison e Philip Roth.

O segundo livro, A Audácia da Esperança, escrito quando Obama ainda era senador, traduz seu credo político, espiritual e pessoal, o de que todos os americanos são unidos por duas crenças, a liberdade e a comunidade. Nele, Obama critica o sistema eleitoral americano, dizendo que os políticos acabam mimetizando seus patrocinadores, deixando-se influenciar por forças sociais poderosas e ficando vulneráveis à força do dinheiro dos ricos. Para o ex-presidente, o que conta hoje são as batalhas de ideias, não de armas, citando o belicismo e a irracionalidade americana que explodiram após os atos terroristas do 11 de setembro de 2001.

Capa do livro 'Uma Terra Prometida', de Barack Obama. Foto: Comapnhia das Letras

UMA TERRA PROMETIDA

Autor: Barack Obama Tradução: Berilo Vargas, Cássio de Arantes Leite, Denise Bottmann e Jorio Dauster Editora: Cia. das Letras (764 págs., R$ 79,90)

Aguardado com ansiedade num momento em que republicanos declaram guerra aos democratas nos Estados Unidos, não reconhecendo a vitória de Joe Biden, o primeiro volume das memórias do ex-presidente norte-americano Barack Obama, Uma Terra Prometida, chega às livrarias brasileiras nesta terça-feira, 17, pela editora Companhia das Letras. O lançamento é simultâneo ao da edição americana (Random House), que sai com mais de 3 milhões de cópias nos EUA. É um ‘tour de force’ sincero. Nele, Obama expõe detalhes de sua campanha presidencial, os ataques violentos que recebeu da mídia conservadora, a campanha de difamação da qual foi vítima nas redes sociais - em que foi acusado desde tráfico de drogas à prostituição quando jovem - e as manifestações de racismo contra ele e sua mulher Michelle, que chegou a cogitar não aparecer ao lado do marido na campanha presidencial de 2008 para não prejudicar a imagem de Obama. Tudo isso o ex-presidente, que teve como vice o agora vitorioso Joe Biden, conta aqui, em trecho cedido com exclusividade pela editora ao Aliás.

Fidelidade. O então presidente americano Barack Obama corre ao lado de seu cão Bo, em março de 2009, na Casa Branca Foto: Pete Souza/The White House

O livro chega num momento difícil para a nação americana, dividida pela raivosa recusa de Trump em aceitar a vitória do oponente Biden. Obama sugere no livro estratégias que podem aproximar democratas e republicanos. Seus livros autobiográficos anteriormente lançados insistiam na necessidade de conciliação entre os partidos. Ambos foram estrondosos sucessos. O primeiro livro, A Origem dos Meus Sonhos (1995) vendeu 3,3 milhões de cópias. O segundo, A Audácia da Esperança (2006), mais de 4 milhões. Ambos serão republicados em janeiro pela Companhia das Letras.

O primeiro (agora com o título Sonhos do Meu Pai) é um acerto de contas com o pai ausente e uma tentativa de entender sua infância marcada pelo multiculturalismo. Obama, um homem culto, conheceu dois mundos totalmente diversos e parecia destinado a não se integrar a nenhum deles - nem ao do pai, morto num acidente de carro no Quênia, em 1982, nem ao que escolheu para viver, os EUA, vindo de Honolulu, onde nasceu, em 1961. O livro foi elogiado por nomes como Toni Morrison e Philip Roth.

O segundo livro, A Audácia da Esperança, escrito quando Obama ainda era senador, traduz seu credo político, espiritual e pessoal, o de que todos os americanos são unidos por duas crenças, a liberdade e a comunidade. Nele, Obama critica o sistema eleitoral americano, dizendo que os políticos acabam mimetizando seus patrocinadores, deixando-se influenciar por forças sociais poderosas e ficando vulneráveis à força do dinheiro dos ricos. Para o ex-presidente, o que conta hoje são as batalhas de ideias, não de armas, citando o belicismo e a irracionalidade americana que explodiram após os atos terroristas do 11 de setembro de 2001.

Capa do livro 'Uma Terra Prometida', de Barack Obama. Foto: Comapnhia das Letras

UMA TERRA PROMETIDA

Autor: Barack Obama Tradução: Berilo Vargas, Cássio de Arantes Leite, Denise Bottmann e Jorio Dauster Editora: Cia. das Letras (764 págs., R$ 79,90)

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.