Animação 'Madagascar' mostra embate entre instinto e civilização


Com diálogos sofisticados, filme desperta a curiosidade de quem o assiste por não apresentar um vilão evidente

Por Ubiratan Brasil

Quando estreou, em 2005, a animação Madagascar dividiu opiniões – apesar da simpatia despertada pelos quatro animais que fogem do zoológico onde vivem em busca de sua terra natural, críticos reclamaram: depois do sucesso de animações como Procurando Nemo e Os Incríveis, ambos da Pixar, não bastavam desenhos de computador ou astros dublando bichinhos para ganhar as plateias.

Perdidos, os amigos precisam partir em uma longa aventura atrás de Marty, que nunca quis ficar no zoológico Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Mesmo assim, Madagascar oferecia, na época, uma certa sofisticação no roteiro que só seria mais rotineiro anos depois, em filmes como Divertida Mente (2015). Exemplo? Um diálogo travado entre dois macacos, em que um deles diz que Tom Wolfe, o autor do livro A Fogueira das Vaidades (que não é identificado como tal, nem por qualquer outra obra) vai se apresentar num teatro e o outro retruca “Oba, vamos jogar cocô nele”.

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Outro detalhe que diferencia o desenho dirigido por Tom McGrath e Eric Darnell (de Formiguinhaz), entre outros, é a ausência de um vilão evidente: não há um humano ou um bicho que assuma tal papel. Os mais próximos dessa função são os pinguins, cuja ironia e falta de escrúpulo são tão cativantes que acaba aliviando a raiva que vilões normalmente despertariam no público.

Em outros momentos, até mesmo o protagonista, o leão Alex, ameaça assumir a função de personagem do mal – basta lembrar da cena (presente também no musical) que mostra o rei dos animais descansando quando seu instinto começa a se impor, ou seja, surge uma imensa vontade de comer carne. A situação complica quando Alex é atormentado por uma alucinação que o faz ver bifes apetitosos voarem ao redor de sua cabeça (divertido momento também presente no musical brasileiro, que utiliza uma grande tela de LED).

O grupo passa por todos os tipos de situação até finalmenteparar em Madagascar, na África Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout
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Tomado pelo desejo, ele quase ataca um amigo, a zebra Marty. “No momento em que percebe que vai atacar alguém que ele gosta, Alex recua e evita a tragédia. Esse é um dos grandes momentos da animação – e também do musical –, pois revela como aquele grupo de animais privilegia a amizade”, observa Renata Borges, produtora do espetáculo brasileiro, referindo-se ao apelo selvagem que marca a história, o embate entre instinto e civilização.

“Madagascar fala da busca de um sonho, da importância da amizade e da família e, principalmente, do respeito ao próximo e sobre aceitar as diferenças. São temas que devem sempre ser pauta de uma sociedade”, explica o diretor Marllos Silva

Quando estreou, em 2005, a animação Madagascar dividiu opiniões – apesar da simpatia despertada pelos quatro animais que fogem do zoológico onde vivem em busca de sua terra natural, críticos reclamaram: depois do sucesso de animações como Procurando Nemo e Os Incríveis, ambos da Pixar, não bastavam desenhos de computador ou astros dublando bichinhos para ganhar as plateias.

Perdidos, os amigos precisam partir em uma longa aventura atrás de Marty, que nunca quis ficar no zoológico Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Mesmo assim, Madagascar oferecia, na época, uma certa sofisticação no roteiro que só seria mais rotineiro anos depois, em filmes como Divertida Mente (2015). Exemplo? Um diálogo travado entre dois macacos, em que um deles diz que Tom Wolfe, o autor do livro A Fogueira das Vaidades (que não é identificado como tal, nem por qualquer outra obra) vai se apresentar num teatro e o outro retruca “Oba, vamos jogar cocô nele”.

Outro detalhe que diferencia o desenho dirigido por Tom McGrath e Eric Darnell (de Formiguinhaz), entre outros, é a ausência de um vilão evidente: não há um humano ou um bicho que assuma tal papel. Os mais próximos dessa função são os pinguins, cuja ironia e falta de escrúpulo são tão cativantes que acaba aliviando a raiva que vilões normalmente despertariam no público.

Em outros momentos, até mesmo o protagonista, o leão Alex, ameaça assumir a função de personagem do mal – basta lembrar da cena (presente também no musical) que mostra o rei dos animais descansando quando seu instinto começa a se impor, ou seja, surge uma imensa vontade de comer carne. A situação complica quando Alex é atormentado por uma alucinação que o faz ver bifes apetitosos voarem ao redor de sua cabeça (divertido momento também presente no musical brasileiro, que utiliza uma grande tela de LED).

O grupo passa por todos os tipos de situação até finalmenteparar em Madagascar, na África Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Tomado pelo desejo, ele quase ataca um amigo, a zebra Marty. “No momento em que percebe que vai atacar alguém que ele gosta, Alex recua e evita a tragédia. Esse é um dos grandes momentos da animação – e também do musical –, pois revela como aquele grupo de animais privilegia a amizade”, observa Renata Borges, produtora do espetáculo brasileiro, referindo-se ao apelo selvagem que marca a história, o embate entre instinto e civilização.

“Madagascar fala da busca de um sonho, da importância da amizade e da família e, principalmente, do respeito ao próximo e sobre aceitar as diferenças. São temas que devem sempre ser pauta de uma sociedade”, explica o diretor Marllos Silva

Quando estreou, em 2005, a animação Madagascar dividiu opiniões – apesar da simpatia despertada pelos quatro animais que fogem do zoológico onde vivem em busca de sua terra natural, críticos reclamaram: depois do sucesso de animações como Procurando Nemo e Os Incríveis, ambos da Pixar, não bastavam desenhos de computador ou astros dublando bichinhos para ganhar as plateias.

Perdidos, os amigos precisam partir em uma longa aventura atrás de Marty, que nunca quis ficar no zoológico Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Mesmo assim, Madagascar oferecia, na época, uma certa sofisticação no roteiro que só seria mais rotineiro anos depois, em filmes como Divertida Mente (2015). Exemplo? Um diálogo travado entre dois macacos, em que um deles diz que Tom Wolfe, o autor do livro A Fogueira das Vaidades (que não é identificado como tal, nem por qualquer outra obra) vai se apresentar num teatro e o outro retruca “Oba, vamos jogar cocô nele”.

Outro detalhe que diferencia o desenho dirigido por Tom McGrath e Eric Darnell (de Formiguinhaz), entre outros, é a ausência de um vilão evidente: não há um humano ou um bicho que assuma tal papel. Os mais próximos dessa função são os pinguins, cuja ironia e falta de escrúpulo são tão cativantes que acaba aliviando a raiva que vilões normalmente despertariam no público.

Em outros momentos, até mesmo o protagonista, o leão Alex, ameaça assumir a função de personagem do mal – basta lembrar da cena (presente também no musical) que mostra o rei dos animais descansando quando seu instinto começa a se impor, ou seja, surge uma imensa vontade de comer carne. A situação complica quando Alex é atormentado por uma alucinação que o faz ver bifes apetitosos voarem ao redor de sua cabeça (divertido momento também presente no musical brasileiro, que utiliza uma grande tela de LED).

O grupo passa por todos os tipos de situação até finalmenteparar em Madagascar, na África Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Tomado pelo desejo, ele quase ataca um amigo, a zebra Marty. “No momento em que percebe que vai atacar alguém que ele gosta, Alex recua e evita a tragédia. Esse é um dos grandes momentos da animação – e também do musical –, pois revela como aquele grupo de animais privilegia a amizade”, observa Renata Borges, produtora do espetáculo brasileiro, referindo-se ao apelo selvagem que marca a história, o embate entre instinto e civilização.

“Madagascar fala da busca de um sonho, da importância da amizade e da família e, principalmente, do respeito ao próximo e sobre aceitar as diferenças. São temas que devem sempre ser pauta de uma sociedade”, explica o diretor Marllos Silva

Quando estreou, em 2005, a animação Madagascar dividiu opiniões – apesar da simpatia despertada pelos quatro animais que fogem do zoológico onde vivem em busca de sua terra natural, críticos reclamaram: depois do sucesso de animações como Procurando Nemo e Os Incríveis, ambos da Pixar, não bastavam desenhos de computador ou astros dublando bichinhos para ganhar as plateias.

Perdidos, os amigos precisam partir em uma longa aventura atrás de Marty, que nunca quis ficar no zoológico Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Mesmo assim, Madagascar oferecia, na época, uma certa sofisticação no roteiro que só seria mais rotineiro anos depois, em filmes como Divertida Mente (2015). Exemplo? Um diálogo travado entre dois macacos, em que um deles diz que Tom Wolfe, o autor do livro A Fogueira das Vaidades (que não é identificado como tal, nem por qualquer outra obra) vai se apresentar num teatro e o outro retruca “Oba, vamos jogar cocô nele”.

Outro detalhe que diferencia o desenho dirigido por Tom McGrath e Eric Darnell (de Formiguinhaz), entre outros, é a ausência de um vilão evidente: não há um humano ou um bicho que assuma tal papel. Os mais próximos dessa função são os pinguins, cuja ironia e falta de escrúpulo são tão cativantes que acaba aliviando a raiva que vilões normalmente despertariam no público.

Em outros momentos, até mesmo o protagonista, o leão Alex, ameaça assumir a função de personagem do mal – basta lembrar da cena (presente também no musical) que mostra o rei dos animais descansando quando seu instinto começa a se impor, ou seja, surge uma imensa vontade de comer carne. A situação complica quando Alex é atormentado por uma alucinação que o faz ver bifes apetitosos voarem ao redor de sua cabeça (divertido momento também presente no musical brasileiro, que utiliza uma grande tela de LED).

O grupo passa por todos os tipos de situação até finalmenteparar em Madagascar, na África Foto: REUTERS/Dreamworks/Handout

Tomado pelo desejo, ele quase ataca um amigo, a zebra Marty. “No momento em que percebe que vai atacar alguém que ele gosta, Alex recua e evita a tragédia. Esse é um dos grandes momentos da animação – e também do musical –, pois revela como aquele grupo de animais privilegia a amizade”, observa Renata Borges, produtora do espetáculo brasileiro, referindo-se ao apelo selvagem que marca a história, o embate entre instinto e civilização.

“Madagascar fala da busca de um sonho, da importância da amizade e da família e, principalmente, do respeito ao próximo e sobre aceitar as diferenças. São temas que devem sempre ser pauta de uma sociedade”, explica o diretor Marllos Silva

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