Com polêmico Bug, Friedkin vira sensação em Cannes


Filme foi aplaudido por quase cinco minutos após apresentação na noite de sexta-feira; no Croisette, outdoors anunciavam volta de ´Rambo´ e ´Duro de Matar´

Por Agencia Estado

Outdoors espalhados ao longo da Croisette, o calçadão à beira-mar de Cannes, anunciam que, desta vez, sim. Bruce Willis assinou contrato para fazer o quarto filme da serie Duro de Matar, voltando à pele do policial John McClane. O primeiro filme, dirigido por John McTiernan, foi uma das obras definidoras, com outro trabalho do diretor (O Predador), o modelo de cinema de ação que se tornou dominante em Hollywood, nos anos 1980 e 90. Uma outra informação colhida nos bastidores do festival não é tão auspiciosa. Sylvester Stallone, valha-nos Deus, vai fazer Rambo 4. O primeiro filme, que Ted Kotcheff realizou há mais de 20 anos era bom e tratava de maneira honesta o tema dos veteranos da Guerra do Vietnã. O problema é que Stallone transformou o personagem num emblema da era Ronald Reagan. Em Rambo 2 - A Missão, Rambo venceu na ficção a guerra do Vietnã, que os EUA perderam na realidade. Em Rambo 3, expulsou sozinho os soviéticos do Afeganistão. Claro que, se Rambo está voltando agora, você sabe porquê. Vai dar uma mãozinha para o presidente George W. Bush vencer a guerra no Iraque. Sensações Pedro Almodóvar foi a sensação da manhã de sexta, com seu belíssimo Viver, historia de fantasmas no sentido figurado, que ele usa para voltar a temas como o abuso sexual e a infância. À noite, o impacto ficou por conta do americano William Friedkin, com seu filme Bug, que integra a programação da Quinzena dos Realizadores. Friedkin ganhou o Oscar por Operação França, foi um dos responsáveis pela (r)evolução do terror gore (sanguinolento e repulsivo) que se tornou dominante a partir de O Exorcista. Sempre atraído pelos aspectos maléficos da vida social, ele se desiludiu com o cinema, ao qual volta só ocasionalmente. Na maior parte do tempo, dedica-se, agora, à opera. Bug conta a historia da ligação terminal de uma mulher que apanha do marido, perde o filho num supermercado e vira uma ruína humana, com um veterano da guerra do Iraque que acha que está sendo devorado por vermes. Todo ano Cannes produz seu escândalo. Em geral, são filmes associados a sexo. Este ano, Friedkin trouxe um coquetel de sexo e violência para aturdir o festival. Há uma cena de cama com Ashley Judd que você não acredita e outra de tortura que deixou a platéia estarrecida. Quatro dentes são arrancados com alicate de um sujeito que berra de dor. A cena eh tao real que você fica convencido que arrancaram mesmo os dentes do cara. Por mais chocante que seja, o objetivo não é o sensacionalismo, mas discutir os problemas de uma sociedade (a americana), que como sempre ensinou o grande (hoje esquecido) Arthur Penn, só consegue resolver seus conflitos, internos e externos, por meio da violência. Ao apresentar seu filme, Friedkin disse que se ele não fosse bom, a culpa era da nouvelle vague. Ele se considera cria do movimento de renovação do cinema francês, por volta de 1960. No fim da sessão, foi aplaudido por quase cinco minutos. Cinema político Outro filme que está provocando polêmica por aqui é An Inconvenient Truth, de Davis Gughenheim, que integra a seleção oficial, passando fora de concurso. A verdade inconveniente a que se refere o titulo gira em torno do Al Gore, que, além de estar presente no filme, veio pessoalmente falar dos podres da política americana e ataca o presidente George W. Bush. Pirataria à fracesa Para quem se interessa por informações de economia sobre cinema - a França está em polvorosa. O fortíssimo mercado de DVD desse pais de cinéfilos registrou uma queda de 22,5% em relação ao ano passado. O povo do cinema francês culpa a pirataria e pede medidas enérgicas, cerrando fileiras com os colegas americanos, que também se sentem ameaçados pela pirataria. Para compensar o numero negativo, outro positivo. Os 25 países que integram a União Européia assinaram acordo para investir, até 2015, 755 milhões de euros à produção de filmes. Isso representa mais de R$ 2 bilhões, um número para ninguém botar defeito e despertar inveja até em Hollywood. Sexo selvagem De volta ao sexo, Iklimler (Climas), de Nuri Bilge Ceylan, da Turquia, tem uma cena de sexo selvagem que dura quase dez minutos. Sadomasoquismo puro, com um casal que se cobre de pancadas sem interromper a relação. O filme conta a historia de um casal que se separa no começo. Na segunda metade, ele procura a ex-mulher, mas a aproximação, ao estilo de Michelangelo Antonioni, é dificultada pela impossibilidade de comunicação entre a dupla. O filme todo não deve ter duas paginas de diálogos. Como o tempo eh uma experiência relativa, sua duração de 1h40 bate na tela como se fosse o dobro. Iklimler recebeu aplausos protocolares e muitas vaias no desfecho, mas uma coisa é certa - os atores, o próprio Nuri e sua mulher Ebrun Ceylan, são excepcionais.

Outdoors espalhados ao longo da Croisette, o calçadão à beira-mar de Cannes, anunciam que, desta vez, sim. Bruce Willis assinou contrato para fazer o quarto filme da serie Duro de Matar, voltando à pele do policial John McClane. O primeiro filme, dirigido por John McTiernan, foi uma das obras definidoras, com outro trabalho do diretor (O Predador), o modelo de cinema de ação que se tornou dominante em Hollywood, nos anos 1980 e 90. Uma outra informação colhida nos bastidores do festival não é tão auspiciosa. Sylvester Stallone, valha-nos Deus, vai fazer Rambo 4. O primeiro filme, que Ted Kotcheff realizou há mais de 20 anos era bom e tratava de maneira honesta o tema dos veteranos da Guerra do Vietnã. O problema é que Stallone transformou o personagem num emblema da era Ronald Reagan. Em Rambo 2 - A Missão, Rambo venceu na ficção a guerra do Vietnã, que os EUA perderam na realidade. Em Rambo 3, expulsou sozinho os soviéticos do Afeganistão. Claro que, se Rambo está voltando agora, você sabe porquê. Vai dar uma mãozinha para o presidente George W. Bush vencer a guerra no Iraque. Sensações Pedro Almodóvar foi a sensação da manhã de sexta, com seu belíssimo Viver, historia de fantasmas no sentido figurado, que ele usa para voltar a temas como o abuso sexual e a infância. À noite, o impacto ficou por conta do americano William Friedkin, com seu filme Bug, que integra a programação da Quinzena dos Realizadores. Friedkin ganhou o Oscar por Operação França, foi um dos responsáveis pela (r)evolução do terror gore (sanguinolento e repulsivo) que se tornou dominante a partir de O Exorcista. Sempre atraído pelos aspectos maléficos da vida social, ele se desiludiu com o cinema, ao qual volta só ocasionalmente. Na maior parte do tempo, dedica-se, agora, à opera. Bug conta a historia da ligação terminal de uma mulher que apanha do marido, perde o filho num supermercado e vira uma ruína humana, com um veterano da guerra do Iraque que acha que está sendo devorado por vermes. Todo ano Cannes produz seu escândalo. Em geral, são filmes associados a sexo. Este ano, Friedkin trouxe um coquetel de sexo e violência para aturdir o festival. Há uma cena de cama com Ashley Judd que você não acredita e outra de tortura que deixou a platéia estarrecida. Quatro dentes são arrancados com alicate de um sujeito que berra de dor. A cena eh tao real que você fica convencido que arrancaram mesmo os dentes do cara. Por mais chocante que seja, o objetivo não é o sensacionalismo, mas discutir os problemas de uma sociedade (a americana), que como sempre ensinou o grande (hoje esquecido) Arthur Penn, só consegue resolver seus conflitos, internos e externos, por meio da violência. Ao apresentar seu filme, Friedkin disse que se ele não fosse bom, a culpa era da nouvelle vague. Ele se considera cria do movimento de renovação do cinema francês, por volta de 1960. No fim da sessão, foi aplaudido por quase cinco minutos. Cinema político Outro filme que está provocando polêmica por aqui é An Inconvenient Truth, de Davis Gughenheim, que integra a seleção oficial, passando fora de concurso. A verdade inconveniente a que se refere o titulo gira em torno do Al Gore, que, além de estar presente no filme, veio pessoalmente falar dos podres da política americana e ataca o presidente George W. Bush. Pirataria à fracesa Para quem se interessa por informações de economia sobre cinema - a França está em polvorosa. O fortíssimo mercado de DVD desse pais de cinéfilos registrou uma queda de 22,5% em relação ao ano passado. O povo do cinema francês culpa a pirataria e pede medidas enérgicas, cerrando fileiras com os colegas americanos, que também se sentem ameaçados pela pirataria. Para compensar o numero negativo, outro positivo. Os 25 países que integram a União Européia assinaram acordo para investir, até 2015, 755 milhões de euros à produção de filmes. Isso representa mais de R$ 2 bilhões, um número para ninguém botar defeito e despertar inveja até em Hollywood. Sexo selvagem De volta ao sexo, Iklimler (Climas), de Nuri Bilge Ceylan, da Turquia, tem uma cena de sexo selvagem que dura quase dez minutos. Sadomasoquismo puro, com um casal que se cobre de pancadas sem interromper a relação. O filme conta a historia de um casal que se separa no começo. Na segunda metade, ele procura a ex-mulher, mas a aproximação, ao estilo de Michelangelo Antonioni, é dificultada pela impossibilidade de comunicação entre a dupla. O filme todo não deve ter duas paginas de diálogos. Como o tempo eh uma experiência relativa, sua duração de 1h40 bate na tela como se fosse o dobro. Iklimler recebeu aplausos protocolares e muitas vaias no desfecho, mas uma coisa é certa - os atores, o próprio Nuri e sua mulher Ebrun Ceylan, são excepcionais.

Outdoors espalhados ao longo da Croisette, o calçadão à beira-mar de Cannes, anunciam que, desta vez, sim. Bruce Willis assinou contrato para fazer o quarto filme da serie Duro de Matar, voltando à pele do policial John McClane. O primeiro filme, dirigido por John McTiernan, foi uma das obras definidoras, com outro trabalho do diretor (O Predador), o modelo de cinema de ação que se tornou dominante em Hollywood, nos anos 1980 e 90. Uma outra informação colhida nos bastidores do festival não é tão auspiciosa. Sylvester Stallone, valha-nos Deus, vai fazer Rambo 4. O primeiro filme, que Ted Kotcheff realizou há mais de 20 anos era bom e tratava de maneira honesta o tema dos veteranos da Guerra do Vietnã. O problema é que Stallone transformou o personagem num emblema da era Ronald Reagan. Em Rambo 2 - A Missão, Rambo venceu na ficção a guerra do Vietnã, que os EUA perderam na realidade. Em Rambo 3, expulsou sozinho os soviéticos do Afeganistão. Claro que, se Rambo está voltando agora, você sabe porquê. Vai dar uma mãozinha para o presidente George W. Bush vencer a guerra no Iraque. Sensações Pedro Almodóvar foi a sensação da manhã de sexta, com seu belíssimo Viver, historia de fantasmas no sentido figurado, que ele usa para voltar a temas como o abuso sexual e a infância. À noite, o impacto ficou por conta do americano William Friedkin, com seu filme Bug, que integra a programação da Quinzena dos Realizadores. Friedkin ganhou o Oscar por Operação França, foi um dos responsáveis pela (r)evolução do terror gore (sanguinolento e repulsivo) que se tornou dominante a partir de O Exorcista. Sempre atraído pelos aspectos maléficos da vida social, ele se desiludiu com o cinema, ao qual volta só ocasionalmente. Na maior parte do tempo, dedica-se, agora, à opera. Bug conta a historia da ligação terminal de uma mulher que apanha do marido, perde o filho num supermercado e vira uma ruína humana, com um veterano da guerra do Iraque que acha que está sendo devorado por vermes. Todo ano Cannes produz seu escândalo. Em geral, são filmes associados a sexo. Este ano, Friedkin trouxe um coquetel de sexo e violência para aturdir o festival. Há uma cena de cama com Ashley Judd que você não acredita e outra de tortura que deixou a platéia estarrecida. Quatro dentes são arrancados com alicate de um sujeito que berra de dor. A cena eh tao real que você fica convencido que arrancaram mesmo os dentes do cara. Por mais chocante que seja, o objetivo não é o sensacionalismo, mas discutir os problemas de uma sociedade (a americana), que como sempre ensinou o grande (hoje esquecido) Arthur Penn, só consegue resolver seus conflitos, internos e externos, por meio da violência. Ao apresentar seu filme, Friedkin disse que se ele não fosse bom, a culpa era da nouvelle vague. Ele se considera cria do movimento de renovação do cinema francês, por volta de 1960. No fim da sessão, foi aplaudido por quase cinco minutos. Cinema político Outro filme que está provocando polêmica por aqui é An Inconvenient Truth, de Davis Gughenheim, que integra a seleção oficial, passando fora de concurso. A verdade inconveniente a que se refere o titulo gira em torno do Al Gore, que, além de estar presente no filme, veio pessoalmente falar dos podres da política americana e ataca o presidente George W. Bush. Pirataria à fracesa Para quem se interessa por informações de economia sobre cinema - a França está em polvorosa. O fortíssimo mercado de DVD desse pais de cinéfilos registrou uma queda de 22,5% em relação ao ano passado. O povo do cinema francês culpa a pirataria e pede medidas enérgicas, cerrando fileiras com os colegas americanos, que também se sentem ameaçados pela pirataria. Para compensar o numero negativo, outro positivo. Os 25 países que integram a União Européia assinaram acordo para investir, até 2015, 755 milhões de euros à produção de filmes. Isso representa mais de R$ 2 bilhões, um número para ninguém botar defeito e despertar inveja até em Hollywood. Sexo selvagem De volta ao sexo, Iklimler (Climas), de Nuri Bilge Ceylan, da Turquia, tem uma cena de sexo selvagem que dura quase dez minutos. Sadomasoquismo puro, com um casal que se cobre de pancadas sem interromper a relação. O filme conta a historia de um casal que se separa no começo. Na segunda metade, ele procura a ex-mulher, mas a aproximação, ao estilo de Michelangelo Antonioni, é dificultada pela impossibilidade de comunicação entre a dupla. O filme todo não deve ter duas paginas de diálogos. Como o tempo eh uma experiência relativa, sua duração de 1h40 bate na tela como se fosse o dobro. Iklimler recebeu aplausos protocolares e muitas vaias no desfecho, mas uma coisa é certa - os atores, o próprio Nuri e sua mulher Ebrun Ceylan, são excepcionais.

Outdoors espalhados ao longo da Croisette, o calçadão à beira-mar de Cannes, anunciam que, desta vez, sim. Bruce Willis assinou contrato para fazer o quarto filme da serie Duro de Matar, voltando à pele do policial John McClane. O primeiro filme, dirigido por John McTiernan, foi uma das obras definidoras, com outro trabalho do diretor (O Predador), o modelo de cinema de ação que se tornou dominante em Hollywood, nos anos 1980 e 90. Uma outra informação colhida nos bastidores do festival não é tão auspiciosa. Sylvester Stallone, valha-nos Deus, vai fazer Rambo 4. O primeiro filme, que Ted Kotcheff realizou há mais de 20 anos era bom e tratava de maneira honesta o tema dos veteranos da Guerra do Vietnã. O problema é que Stallone transformou o personagem num emblema da era Ronald Reagan. Em Rambo 2 - A Missão, Rambo venceu na ficção a guerra do Vietnã, que os EUA perderam na realidade. Em Rambo 3, expulsou sozinho os soviéticos do Afeganistão. Claro que, se Rambo está voltando agora, você sabe porquê. Vai dar uma mãozinha para o presidente George W. Bush vencer a guerra no Iraque. Sensações Pedro Almodóvar foi a sensação da manhã de sexta, com seu belíssimo Viver, historia de fantasmas no sentido figurado, que ele usa para voltar a temas como o abuso sexual e a infância. À noite, o impacto ficou por conta do americano William Friedkin, com seu filme Bug, que integra a programação da Quinzena dos Realizadores. Friedkin ganhou o Oscar por Operação França, foi um dos responsáveis pela (r)evolução do terror gore (sanguinolento e repulsivo) que se tornou dominante a partir de O Exorcista. Sempre atraído pelos aspectos maléficos da vida social, ele se desiludiu com o cinema, ao qual volta só ocasionalmente. Na maior parte do tempo, dedica-se, agora, à opera. Bug conta a historia da ligação terminal de uma mulher que apanha do marido, perde o filho num supermercado e vira uma ruína humana, com um veterano da guerra do Iraque que acha que está sendo devorado por vermes. Todo ano Cannes produz seu escândalo. Em geral, são filmes associados a sexo. Este ano, Friedkin trouxe um coquetel de sexo e violência para aturdir o festival. Há uma cena de cama com Ashley Judd que você não acredita e outra de tortura que deixou a platéia estarrecida. Quatro dentes são arrancados com alicate de um sujeito que berra de dor. A cena eh tao real que você fica convencido que arrancaram mesmo os dentes do cara. Por mais chocante que seja, o objetivo não é o sensacionalismo, mas discutir os problemas de uma sociedade (a americana), que como sempre ensinou o grande (hoje esquecido) Arthur Penn, só consegue resolver seus conflitos, internos e externos, por meio da violência. Ao apresentar seu filme, Friedkin disse que se ele não fosse bom, a culpa era da nouvelle vague. Ele se considera cria do movimento de renovação do cinema francês, por volta de 1960. No fim da sessão, foi aplaudido por quase cinco minutos. Cinema político Outro filme que está provocando polêmica por aqui é An Inconvenient Truth, de Davis Gughenheim, que integra a seleção oficial, passando fora de concurso. A verdade inconveniente a que se refere o titulo gira em torno do Al Gore, que, além de estar presente no filme, veio pessoalmente falar dos podres da política americana e ataca o presidente George W. Bush. Pirataria à fracesa Para quem se interessa por informações de economia sobre cinema - a França está em polvorosa. O fortíssimo mercado de DVD desse pais de cinéfilos registrou uma queda de 22,5% em relação ao ano passado. O povo do cinema francês culpa a pirataria e pede medidas enérgicas, cerrando fileiras com os colegas americanos, que também se sentem ameaçados pela pirataria. Para compensar o numero negativo, outro positivo. Os 25 países que integram a União Européia assinaram acordo para investir, até 2015, 755 milhões de euros à produção de filmes. Isso representa mais de R$ 2 bilhões, um número para ninguém botar defeito e despertar inveja até em Hollywood. Sexo selvagem De volta ao sexo, Iklimler (Climas), de Nuri Bilge Ceylan, da Turquia, tem uma cena de sexo selvagem que dura quase dez minutos. Sadomasoquismo puro, com um casal que se cobre de pancadas sem interromper a relação. O filme conta a historia de um casal que se separa no começo. Na segunda metade, ele procura a ex-mulher, mas a aproximação, ao estilo de Michelangelo Antonioni, é dificultada pela impossibilidade de comunicação entre a dupla. O filme todo não deve ter duas paginas de diálogos. Como o tempo eh uma experiência relativa, sua duração de 1h40 bate na tela como se fosse o dobro. Iklimler recebeu aplausos protocolares e muitas vaias no desfecho, mas uma coisa é certa - os atores, o próprio Nuri e sua mulher Ebrun Ceylan, são excepcionais.

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