Ditadura na Argentina inspira "Crônica de uma Fuga"


O diretor Adrián Caetano diz que foi atraído pelas imagens dos quatro jovens, vítimas do horror, correndo nus, na noite

Por Agencia Estado

Pode ser mera coincidência, mas "Pintar ou Fazer Amor" concorreu em Cannes, em 2005, e "Crônica de Uma Fuga" representou a Argentina este ano. Os dois filmes diferem, em técnica e estilo, mas em ambos o cenário é muito importante - a casa-estúdio no filme dos irmãos Larrieu e o centro de tortura, a Casa Sére, no de Israel Adrián Caetano, que estreou hoje. A verdadeira Casa Sére foi demolida pelos militares argentinos, pouco antes da Copa do Mundo realizada no país. A cobrança por direitos humanos era muito grande. Os presos políticos da Casa Sére foram transferidos para diferentes prisões. "Procuramos e tivemos a sorte de encontrar uma casa que lembra os filmes de terror, uma casa como a de Psicose (o clássico do cineasta Alfred Hitchcock). Era necessário que, ao olhá-la de fora, o espectador pudesse temer face à possibilidade de coisas violentas ocorridas em seu interior." Caetano, que conversou pelo telefone, de Buenos Aires, havia co-realizado, com Bruno Stagnaro, "Pizza, Birra y Faso", que venceu o Festival de Gramado, anos atrás. Atraído por uma temática jovem - o testemunho geracional sobre um punhado de garotos que vivem de trambiques, no filme anterior -, ele não resistiu quando foi sondado pelo produtor Oscar Kramer para fazer "Crônica de Uma Fuga". Como o título indica, o filme conta como quatro presos políticos fugiram dessa casa que funcionava como um centro de detenção e tortura, durante a ditadura. "Não conhecia muito os eventos retratados no filme, porque era menino, na época. Mas a imagem dos quatro jovens entre 18 e 20, correndo nus, na noite, teve um efeito muito forte no meu imaginário. Percebi que podia falar de muita coisa por meio de um só filme." Para o diretor, "Crônica de Uma Fuga" não é, caracteristicamente, um filme político, exceto pelo fato de defender os direitos humanos mais básicos. "Aquilo que se fazia na Casa Sére, o que se fez com aqueles jovens, é um crime injustificável contra o ser humano. Eu queria tratar da relação entre carrascos e vítimas." Foi importante para o diretor encontrar dois dos autênticos detentos, cuja história é contada em "Crônica de Uma Fuga" - Claudio Tamburrini e Guillermo Fernandez foram a Cannes para a exibição. "Encontrei Guillermo só depois de haver escrito o primeiro roteiro, mas ele foi fundamental para que eu compreendesse o que ocorria na Casa Sére. Os militares não queriam só torturar e matar. Queriam enlouquecer os presos." Rodrigo de la Serna, que trabalhou em "Diários de Motocicleta", havia dito, em Cannes, que foi uma grande responsabilidade interpretar o papel. Foi necessário muito equilíbrio emocional para transmitir a dor, física e emocional. Para Caetano, a responsabilidade era outra. Envolvia escolhas estéticas. Em Cannes, houve gente que achou o filme fascista. Ele diz que filmou com a câmera no ombro para tornar mais urgente o caráter de testemunho que imprimiu a "Crônica". Ele valorizou muito o que ocorre fora do quadro, o som, como se fosse um filme de horror. "Quando a janela se abre e eles fogem, eu queria que o espectador também recuperasse sua liberdade." Crônica de uma Fuga - Argentina/2006, 103 min.) - Drama. Dir. Israel Adrián Caetano. 14 anos. Cotação: Bom

Pode ser mera coincidência, mas "Pintar ou Fazer Amor" concorreu em Cannes, em 2005, e "Crônica de Uma Fuga" representou a Argentina este ano. Os dois filmes diferem, em técnica e estilo, mas em ambos o cenário é muito importante - a casa-estúdio no filme dos irmãos Larrieu e o centro de tortura, a Casa Sére, no de Israel Adrián Caetano, que estreou hoje. A verdadeira Casa Sére foi demolida pelos militares argentinos, pouco antes da Copa do Mundo realizada no país. A cobrança por direitos humanos era muito grande. Os presos políticos da Casa Sére foram transferidos para diferentes prisões. "Procuramos e tivemos a sorte de encontrar uma casa que lembra os filmes de terror, uma casa como a de Psicose (o clássico do cineasta Alfred Hitchcock). Era necessário que, ao olhá-la de fora, o espectador pudesse temer face à possibilidade de coisas violentas ocorridas em seu interior." Caetano, que conversou pelo telefone, de Buenos Aires, havia co-realizado, com Bruno Stagnaro, "Pizza, Birra y Faso", que venceu o Festival de Gramado, anos atrás. Atraído por uma temática jovem - o testemunho geracional sobre um punhado de garotos que vivem de trambiques, no filme anterior -, ele não resistiu quando foi sondado pelo produtor Oscar Kramer para fazer "Crônica de Uma Fuga". Como o título indica, o filme conta como quatro presos políticos fugiram dessa casa que funcionava como um centro de detenção e tortura, durante a ditadura. "Não conhecia muito os eventos retratados no filme, porque era menino, na época. Mas a imagem dos quatro jovens entre 18 e 20, correndo nus, na noite, teve um efeito muito forte no meu imaginário. Percebi que podia falar de muita coisa por meio de um só filme." Para o diretor, "Crônica de Uma Fuga" não é, caracteristicamente, um filme político, exceto pelo fato de defender os direitos humanos mais básicos. "Aquilo que se fazia na Casa Sére, o que se fez com aqueles jovens, é um crime injustificável contra o ser humano. Eu queria tratar da relação entre carrascos e vítimas." Foi importante para o diretor encontrar dois dos autênticos detentos, cuja história é contada em "Crônica de Uma Fuga" - Claudio Tamburrini e Guillermo Fernandez foram a Cannes para a exibição. "Encontrei Guillermo só depois de haver escrito o primeiro roteiro, mas ele foi fundamental para que eu compreendesse o que ocorria na Casa Sére. Os militares não queriam só torturar e matar. Queriam enlouquecer os presos." Rodrigo de la Serna, que trabalhou em "Diários de Motocicleta", havia dito, em Cannes, que foi uma grande responsabilidade interpretar o papel. Foi necessário muito equilíbrio emocional para transmitir a dor, física e emocional. Para Caetano, a responsabilidade era outra. Envolvia escolhas estéticas. Em Cannes, houve gente que achou o filme fascista. Ele diz que filmou com a câmera no ombro para tornar mais urgente o caráter de testemunho que imprimiu a "Crônica". Ele valorizou muito o que ocorre fora do quadro, o som, como se fosse um filme de horror. "Quando a janela se abre e eles fogem, eu queria que o espectador também recuperasse sua liberdade." Crônica de uma Fuga - Argentina/2006, 103 min.) - Drama. Dir. Israel Adrián Caetano. 14 anos. Cotação: Bom

Pode ser mera coincidência, mas "Pintar ou Fazer Amor" concorreu em Cannes, em 2005, e "Crônica de Uma Fuga" representou a Argentina este ano. Os dois filmes diferem, em técnica e estilo, mas em ambos o cenário é muito importante - a casa-estúdio no filme dos irmãos Larrieu e o centro de tortura, a Casa Sére, no de Israel Adrián Caetano, que estreou hoje. A verdadeira Casa Sére foi demolida pelos militares argentinos, pouco antes da Copa do Mundo realizada no país. A cobrança por direitos humanos era muito grande. Os presos políticos da Casa Sére foram transferidos para diferentes prisões. "Procuramos e tivemos a sorte de encontrar uma casa que lembra os filmes de terror, uma casa como a de Psicose (o clássico do cineasta Alfred Hitchcock). Era necessário que, ao olhá-la de fora, o espectador pudesse temer face à possibilidade de coisas violentas ocorridas em seu interior." Caetano, que conversou pelo telefone, de Buenos Aires, havia co-realizado, com Bruno Stagnaro, "Pizza, Birra y Faso", que venceu o Festival de Gramado, anos atrás. Atraído por uma temática jovem - o testemunho geracional sobre um punhado de garotos que vivem de trambiques, no filme anterior -, ele não resistiu quando foi sondado pelo produtor Oscar Kramer para fazer "Crônica de Uma Fuga". Como o título indica, o filme conta como quatro presos políticos fugiram dessa casa que funcionava como um centro de detenção e tortura, durante a ditadura. "Não conhecia muito os eventos retratados no filme, porque era menino, na época. Mas a imagem dos quatro jovens entre 18 e 20, correndo nus, na noite, teve um efeito muito forte no meu imaginário. Percebi que podia falar de muita coisa por meio de um só filme." Para o diretor, "Crônica de Uma Fuga" não é, caracteristicamente, um filme político, exceto pelo fato de defender os direitos humanos mais básicos. "Aquilo que se fazia na Casa Sére, o que se fez com aqueles jovens, é um crime injustificável contra o ser humano. Eu queria tratar da relação entre carrascos e vítimas." Foi importante para o diretor encontrar dois dos autênticos detentos, cuja história é contada em "Crônica de Uma Fuga" - Claudio Tamburrini e Guillermo Fernandez foram a Cannes para a exibição. "Encontrei Guillermo só depois de haver escrito o primeiro roteiro, mas ele foi fundamental para que eu compreendesse o que ocorria na Casa Sére. Os militares não queriam só torturar e matar. Queriam enlouquecer os presos." Rodrigo de la Serna, que trabalhou em "Diários de Motocicleta", havia dito, em Cannes, que foi uma grande responsabilidade interpretar o papel. Foi necessário muito equilíbrio emocional para transmitir a dor, física e emocional. Para Caetano, a responsabilidade era outra. Envolvia escolhas estéticas. Em Cannes, houve gente que achou o filme fascista. Ele diz que filmou com a câmera no ombro para tornar mais urgente o caráter de testemunho que imprimiu a "Crônica". Ele valorizou muito o que ocorre fora do quadro, o som, como se fosse um filme de horror. "Quando a janela se abre e eles fogem, eu queria que o espectador também recuperasse sua liberdade." Crônica de uma Fuga - Argentina/2006, 103 min.) - Drama. Dir. Israel Adrián Caetano. 14 anos. Cotação: Bom

Pode ser mera coincidência, mas "Pintar ou Fazer Amor" concorreu em Cannes, em 2005, e "Crônica de Uma Fuga" representou a Argentina este ano. Os dois filmes diferem, em técnica e estilo, mas em ambos o cenário é muito importante - a casa-estúdio no filme dos irmãos Larrieu e o centro de tortura, a Casa Sére, no de Israel Adrián Caetano, que estreou hoje. A verdadeira Casa Sére foi demolida pelos militares argentinos, pouco antes da Copa do Mundo realizada no país. A cobrança por direitos humanos era muito grande. Os presos políticos da Casa Sére foram transferidos para diferentes prisões. "Procuramos e tivemos a sorte de encontrar uma casa que lembra os filmes de terror, uma casa como a de Psicose (o clássico do cineasta Alfred Hitchcock). Era necessário que, ao olhá-la de fora, o espectador pudesse temer face à possibilidade de coisas violentas ocorridas em seu interior." Caetano, que conversou pelo telefone, de Buenos Aires, havia co-realizado, com Bruno Stagnaro, "Pizza, Birra y Faso", que venceu o Festival de Gramado, anos atrás. Atraído por uma temática jovem - o testemunho geracional sobre um punhado de garotos que vivem de trambiques, no filme anterior -, ele não resistiu quando foi sondado pelo produtor Oscar Kramer para fazer "Crônica de Uma Fuga". Como o título indica, o filme conta como quatro presos políticos fugiram dessa casa que funcionava como um centro de detenção e tortura, durante a ditadura. "Não conhecia muito os eventos retratados no filme, porque era menino, na época. Mas a imagem dos quatro jovens entre 18 e 20, correndo nus, na noite, teve um efeito muito forte no meu imaginário. Percebi que podia falar de muita coisa por meio de um só filme." Para o diretor, "Crônica de Uma Fuga" não é, caracteristicamente, um filme político, exceto pelo fato de defender os direitos humanos mais básicos. "Aquilo que se fazia na Casa Sére, o que se fez com aqueles jovens, é um crime injustificável contra o ser humano. Eu queria tratar da relação entre carrascos e vítimas." Foi importante para o diretor encontrar dois dos autênticos detentos, cuja história é contada em "Crônica de Uma Fuga" - Claudio Tamburrini e Guillermo Fernandez foram a Cannes para a exibição. "Encontrei Guillermo só depois de haver escrito o primeiro roteiro, mas ele foi fundamental para que eu compreendesse o que ocorria na Casa Sére. Os militares não queriam só torturar e matar. Queriam enlouquecer os presos." Rodrigo de la Serna, que trabalhou em "Diários de Motocicleta", havia dito, em Cannes, que foi uma grande responsabilidade interpretar o papel. Foi necessário muito equilíbrio emocional para transmitir a dor, física e emocional. Para Caetano, a responsabilidade era outra. Envolvia escolhas estéticas. Em Cannes, houve gente que achou o filme fascista. Ele diz que filmou com a câmera no ombro para tornar mais urgente o caráter de testemunho que imprimiu a "Crônica". Ele valorizou muito o que ocorre fora do quadro, o som, como se fosse um filme de horror. "Quando a janela se abre e eles fogem, eu queria que o espectador também recuperasse sua liberdade." Crônica de uma Fuga - Argentina/2006, 103 min.) - Drama. Dir. Israel Adrián Caetano. 14 anos. Cotação: Bom

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.