Documentário 'Segredos do Putumayo' relata violência contra comunidades indígenas


Filme de Aurélio Michiles é baseado no diário do ativista irlandês Roger Casement, que denunciou uso de trabalho escravo indígena na Amazônia no início do século 20

Por Luiz Carlos Merten

Houve momentos da mais pura emoção na pré-estreia de Segredos do Putumayo, na quinta-feira, 1, à noite, no Cinesesc, a par do próprio documentário de Aurélio Michiles baseado no diário do ativista irlandês Roger Casement. No início do século passado, por volta de 1910, ele veio ao Brasil, mais exatamente à Amazônia, na fronteira com a Colômbia e o Peru, para investigar as atividades da Peruvian Amazon Company. A empresa que operava na Bolsa de Londres utilizava trabalho escravo de indígenas na extração da borracha. Provocou um verdadeiro genocídio. 

O ator irlandês Stephen Rea participa, no Cinesesc, do lançamento do filme 'Segredos do Putumayo', de Aurélio Michiles. Foto: Laís Lima

Casement já havia denunciado as violações de direitos humanos pelo rei Leopoldo, da Bélgica, no Congo. Depois do Brasil, escancarou a fome na Irlanda como uma vergonha do capitalismo britânico. Foi julgado como traidor da pátria e condenado à morte na forca. Em 1965, foi reabilitado e seu esquife voltou, com pompa e circunstância, à Irlanda, onde é considerado herói. Ator de Neil Jordan, Stephen Rea fornece a voz a Casement no filme de Michiles. Recitou um poema, The Ghost of Roger Casement. “O fantasma de Roger Casement bate à porta.” Na sequência de Rea, a ativista Vanda Witoto disse que o genocídio dos povos originários continua no atual governo, e a floresta está ameaçada. Evocou nomes de lideranças que foram massacradas, entoou um cântico ritual. 

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Em 1997, Aurélio Michiles já havia feito outro documentário sobre o pioneiro Silvino Santos, O Cineasta da Selva. Por meio do historiador Angus Mitchell, descobriu que Silvino havia feito um doc chapa branca para minimizar as atrocidades cometidas contra os indígenas, limpando a barra dos exploradores estrangeiros. Exumar os diários de Casement, desvendando os segredos do Putumayo, virou uma necessidade. Havia autoridades, representantes do corpo consular, na plateia. Havia o historiador Mitchell, e Vanda, e Rea. O diretor do Sesc/SP, Danilo Santos de Miranda, enumerou projetos da instituição engajados na luta pela preservação da floresta. A própria estreia de Segredos do Putumayo está sendo no quadro da programação do mês Amazônia – Passado, Presente e Futuro

O produtor Patrick Leblanc foi ao ponto. Na hora de agradecer aos patrocinadores, agradeceu ao diretor. “Um filme como esse que você me deu é um presente.” Com um corte do filme, Michiles foi à Europa gravar com Rea. Existem momentos da mais pura indignação de Casement que o ator expressa só com a voz. Rea foi indicado para o Oscar de melhor ator de 1992 por Crying Game (Traídos pelo Desejo), de Neil Jordan. O que sentiu ao emprestar a voz a um tão grande homem? “Fiz com agradecimento. Não sou um herói. Herói era ele.”

Houve momentos da mais pura emoção na pré-estreia de Segredos do Putumayo, na quinta-feira, 1, à noite, no Cinesesc, a par do próprio documentário de Aurélio Michiles baseado no diário do ativista irlandês Roger Casement. No início do século passado, por volta de 1910, ele veio ao Brasil, mais exatamente à Amazônia, na fronteira com a Colômbia e o Peru, para investigar as atividades da Peruvian Amazon Company. A empresa que operava na Bolsa de Londres utilizava trabalho escravo de indígenas na extração da borracha. Provocou um verdadeiro genocídio. 

O ator irlandês Stephen Rea participa, no Cinesesc, do lançamento do filme 'Segredos do Putumayo', de Aurélio Michiles. Foto: Laís Lima

Casement já havia denunciado as violações de direitos humanos pelo rei Leopoldo, da Bélgica, no Congo. Depois do Brasil, escancarou a fome na Irlanda como uma vergonha do capitalismo britânico. Foi julgado como traidor da pátria e condenado à morte na forca. Em 1965, foi reabilitado e seu esquife voltou, com pompa e circunstância, à Irlanda, onde é considerado herói. Ator de Neil Jordan, Stephen Rea fornece a voz a Casement no filme de Michiles. Recitou um poema, The Ghost of Roger Casement. “O fantasma de Roger Casement bate à porta.” Na sequência de Rea, a ativista Vanda Witoto disse que o genocídio dos povos originários continua no atual governo, e a floresta está ameaçada. Evocou nomes de lideranças que foram massacradas, entoou um cântico ritual. 

Em 1997, Aurélio Michiles já havia feito outro documentário sobre o pioneiro Silvino Santos, O Cineasta da Selva. Por meio do historiador Angus Mitchell, descobriu que Silvino havia feito um doc chapa branca para minimizar as atrocidades cometidas contra os indígenas, limpando a barra dos exploradores estrangeiros. Exumar os diários de Casement, desvendando os segredos do Putumayo, virou uma necessidade. Havia autoridades, representantes do corpo consular, na plateia. Havia o historiador Mitchell, e Vanda, e Rea. O diretor do Sesc/SP, Danilo Santos de Miranda, enumerou projetos da instituição engajados na luta pela preservação da floresta. A própria estreia de Segredos do Putumayo está sendo no quadro da programação do mês Amazônia – Passado, Presente e Futuro

O produtor Patrick Leblanc foi ao ponto. Na hora de agradecer aos patrocinadores, agradeceu ao diretor. “Um filme como esse que você me deu é um presente.” Com um corte do filme, Michiles foi à Europa gravar com Rea. Existem momentos da mais pura indignação de Casement que o ator expressa só com a voz. Rea foi indicado para o Oscar de melhor ator de 1992 por Crying Game (Traídos pelo Desejo), de Neil Jordan. O que sentiu ao emprestar a voz a um tão grande homem? “Fiz com agradecimento. Não sou um herói. Herói era ele.”

Houve momentos da mais pura emoção na pré-estreia de Segredos do Putumayo, na quinta-feira, 1, à noite, no Cinesesc, a par do próprio documentário de Aurélio Michiles baseado no diário do ativista irlandês Roger Casement. No início do século passado, por volta de 1910, ele veio ao Brasil, mais exatamente à Amazônia, na fronteira com a Colômbia e o Peru, para investigar as atividades da Peruvian Amazon Company. A empresa que operava na Bolsa de Londres utilizava trabalho escravo de indígenas na extração da borracha. Provocou um verdadeiro genocídio. 

O ator irlandês Stephen Rea participa, no Cinesesc, do lançamento do filme 'Segredos do Putumayo', de Aurélio Michiles. Foto: Laís Lima

Casement já havia denunciado as violações de direitos humanos pelo rei Leopoldo, da Bélgica, no Congo. Depois do Brasil, escancarou a fome na Irlanda como uma vergonha do capitalismo britânico. Foi julgado como traidor da pátria e condenado à morte na forca. Em 1965, foi reabilitado e seu esquife voltou, com pompa e circunstância, à Irlanda, onde é considerado herói. Ator de Neil Jordan, Stephen Rea fornece a voz a Casement no filme de Michiles. Recitou um poema, The Ghost of Roger Casement. “O fantasma de Roger Casement bate à porta.” Na sequência de Rea, a ativista Vanda Witoto disse que o genocídio dos povos originários continua no atual governo, e a floresta está ameaçada. Evocou nomes de lideranças que foram massacradas, entoou um cântico ritual. 

Em 1997, Aurélio Michiles já havia feito outro documentário sobre o pioneiro Silvino Santos, O Cineasta da Selva. Por meio do historiador Angus Mitchell, descobriu que Silvino havia feito um doc chapa branca para minimizar as atrocidades cometidas contra os indígenas, limpando a barra dos exploradores estrangeiros. Exumar os diários de Casement, desvendando os segredos do Putumayo, virou uma necessidade. Havia autoridades, representantes do corpo consular, na plateia. Havia o historiador Mitchell, e Vanda, e Rea. O diretor do Sesc/SP, Danilo Santos de Miranda, enumerou projetos da instituição engajados na luta pela preservação da floresta. A própria estreia de Segredos do Putumayo está sendo no quadro da programação do mês Amazônia – Passado, Presente e Futuro

O produtor Patrick Leblanc foi ao ponto. Na hora de agradecer aos patrocinadores, agradeceu ao diretor. “Um filme como esse que você me deu é um presente.” Com um corte do filme, Michiles foi à Europa gravar com Rea. Existem momentos da mais pura indignação de Casement que o ator expressa só com a voz. Rea foi indicado para o Oscar de melhor ator de 1992 por Crying Game (Traídos pelo Desejo), de Neil Jordan. O que sentiu ao emprestar a voz a um tão grande homem? “Fiz com agradecimento. Não sou um herói. Herói era ele.”

Houve momentos da mais pura emoção na pré-estreia de Segredos do Putumayo, na quinta-feira, 1, à noite, no Cinesesc, a par do próprio documentário de Aurélio Michiles baseado no diário do ativista irlandês Roger Casement. No início do século passado, por volta de 1910, ele veio ao Brasil, mais exatamente à Amazônia, na fronteira com a Colômbia e o Peru, para investigar as atividades da Peruvian Amazon Company. A empresa que operava na Bolsa de Londres utilizava trabalho escravo de indígenas na extração da borracha. Provocou um verdadeiro genocídio. 

O ator irlandês Stephen Rea participa, no Cinesesc, do lançamento do filme 'Segredos do Putumayo', de Aurélio Michiles. Foto: Laís Lima

Casement já havia denunciado as violações de direitos humanos pelo rei Leopoldo, da Bélgica, no Congo. Depois do Brasil, escancarou a fome na Irlanda como uma vergonha do capitalismo britânico. Foi julgado como traidor da pátria e condenado à morte na forca. Em 1965, foi reabilitado e seu esquife voltou, com pompa e circunstância, à Irlanda, onde é considerado herói. Ator de Neil Jordan, Stephen Rea fornece a voz a Casement no filme de Michiles. Recitou um poema, The Ghost of Roger Casement. “O fantasma de Roger Casement bate à porta.” Na sequência de Rea, a ativista Vanda Witoto disse que o genocídio dos povos originários continua no atual governo, e a floresta está ameaçada. Evocou nomes de lideranças que foram massacradas, entoou um cântico ritual. 

Em 1997, Aurélio Michiles já havia feito outro documentário sobre o pioneiro Silvino Santos, O Cineasta da Selva. Por meio do historiador Angus Mitchell, descobriu que Silvino havia feito um doc chapa branca para minimizar as atrocidades cometidas contra os indígenas, limpando a barra dos exploradores estrangeiros. Exumar os diários de Casement, desvendando os segredos do Putumayo, virou uma necessidade. Havia autoridades, representantes do corpo consular, na plateia. Havia o historiador Mitchell, e Vanda, e Rea. O diretor do Sesc/SP, Danilo Santos de Miranda, enumerou projetos da instituição engajados na luta pela preservação da floresta. A própria estreia de Segredos do Putumayo está sendo no quadro da programação do mês Amazônia – Passado, Presente e Futuro

O produtor Patrick Leblanc foi ao ponto. Na hora de agradecer aos patrocinadores, agradeceu ao diretor. “Um filme como esse que você me deu é um presente.” Com um corte do filme, Michiles foi à Europa gravar com Rea. Existem momentos da mais pura indignação de Casement que o ator expressa só com a voz. Rea foi indicado para o Oscar de melhor ator de 1992 por Crying Game (Traídos pelo Desejo), de Neil Jordan. O que sentiu ao emprestar a voz a um tão grande homem? “Fiz com agradecimento. Não sou um herói. Herói era ele.”

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