'Estado' apoia sessão especial do filme tunisiano 'A Amante'


Longa, que será exibido hoje no cine Caixa Belas Artes, com ingresso gratuito, ganhou prêmio no Festival de Berlim

Por Luiz Carlos Merten

Há dois anos, em Berlim, o diretor Mohamed Ben Attia disse para o repórter que seu belo longa Hedi tinha a cara da revolução que, anos antes, sacudira a Tunísia. Como ocorrera em todo o mundo árabe – a primavera árabe –, os jovens haviam ido às ruas pedindo liberdade. O filme era o testemunho dessa transformação.

O sucesso foi grande e Hedi terminou duplamente premiado. Ben Attia recebeu o prêmio para o melhor filme de diretor estreante e Majd Mastoura, que faz Hedi, foi melhor ator. Dois Ursos de Prata. Esta noite, o filme, agora intitulado A Amante, terá uma sessão gratuita no cine Caixa Belas Artes, com promoção do Estado, da distribuidora Pandora e da sala de cinema. Será às 20h (ingressos distribuídos a partir das 19h) e, após a sessão, haverá um debate do crítico Luiz Zanin Oricchio com o professor da FGV Salem Nasser. 

Longa. Majd Mastoura ganhou prêmio de melhor ator no festival alemão, em 2016 Foto: PANDORA FILMES
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Passados dois anos, Ben Attia estava de novo, neste mês de maio, em outro grande evento internacional de cinema. Seu novo longa, Dear Son, integrou a seleção da mostra Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Ambos os filmes são bastante representativos do novo fôlego do cinema tunisiano e também do que tem ocorrido com o país. A Amante é sobre a “velha” Tunísia. Hedi trabalha na representação comercial da indústria automotora. Comercializa carros. Seria um bom emprego, se a crise não estivesse paralisando o país.

Hedi é o típico bom moço. É dominado pela mãe, que decide sobre a vida dele. Hedi está às vésperas do casamento e tudo – a festa, a noiva – foi decidido pela mãe. Nesse quadro, ele vai fazer uma última viagem de trabalho e ocorre o improvável. Hedi encontra uma mulher de temperamento libertário – a “amante” – e ela bagunça a vida dele. A amante metaforiza a própria revolução. Nada será como antes. O rapaz fica dividido.

A família está de novo em discussão em Dear Son, mas o quadro agora é outro. Uma família de classe média e o filho enfrenta a tensão do “bac”, o vestibular. Vomita, sofre de dores de cabeça, desmaia. Os pais entendem os sinais como uma reação do filho ao vestibular. Não é.

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Na véspera do exame – como Hedi na véspera do casamento –, o filho querido some. A verdade brutal. Foi cooptado pelo terror. Some no mundo árabe. O pai vai atrás. A família implode. A ênfase no pai constrói um personagem de outra geração, outra atuação memorável merecedora de prêmio. Os dois filmes mostram que Ben Attia está engajado nas grandes questões humanas, sociais e políticas de seu tempo. O debate desta noite no Belas Artes é importantíssimo. O filme deve estrear já nesta quinta, 31. Depois, será esperar por Dear Son.

Há dois anos, em Berlim, o diretor Mohamed Ben Attia disse para o repórter que seu belo longa Hedi tinha a cara da revolução que, anos antes, sacudira a Tunísia. Como ocorrera em todo o mundo árabe – a primavera árabe –, os jovens haviam ido às ruas pedindo liberdade. O filme era o testemunho dessa transformação.

O sucesso foi grande e Hedi terminou duplamente premiado. Ben Attia recebeu o prêmio para o melhor filme de diretor estreante e Majd Mastoura, que faz Hedi, foi melhor ator. Dois Ursos de Prata. Esta noite, o filme, agora intitulado A Amante, terá uma sessão gratuita no cine Caixa Belas Artes, com promoção do Estado, da distribuidora Pandora e da sala de cinema. Será às 20h (ingressos distribuídos a partir das 19h) e, após a sessão, haverá um debate do crítico Luiz Zanin Oricchio com o professor da FGV Salem Nasser. 

Longa. Majd Mastoura ganhou prêmio de melhor ator no festival alemão, em 2016 Foto: PANDORA FILMES

Passados dois anos, Ben Attia estava de novo, neste mês de maio, em outro grande evento internacional de cinema. Seu novo longa, Dear Son, integrou a seleção da mostra Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Ambos os filmes são bastante representativos do novo fôlego do cinema tunisiano e também do que tem ocorrido com o país. A Amante é sobre a “velha” Tunísia. Hedi trabalha na representação comercial da indústria automotora. Comercializa carros. Seria um bom emprego, se a crise não estivesse paralisando o país.

Hedi é o típico bom moço. É dominado pela mãe, que decide sobre a vida dele. Hedi está às vésperas do casamento e tudo – a festa, a noiva – foi decidido pela mãe. Nesse quadro, ele vai fazer uma última viagem de trabalho e ocorre o improvável. Hedi encontra uma mulher de temperamento libertário – a “amante” – e ela bagunça a vida dele. A amante metaforiza a própria revolução. Nada será como antes. O rapaz fica dividido.

A família está de novo em discussão em Dear Son, mas o quadro agora é outro. Uma família de classe média e o filho enfrenta a tensão do “bac”, o vestibular. Vomita, sofre de dores de cabeça, desmaia. Os pais entendem os sinais como uma reação do filho ao vestibular. Não é.

Na véspera do exame – como Hedi na véspera do casamento –, o filho querido some. A verdade brutal. Foi cooptado pelo terror. Some no mundo árabe. O pai vai atrás. A família implode. A ênfase no pai constrói um personagem de outra geração, outra atuação memorável merecedora de prêmio. Os dois filmes mostram que Ben Attia está engajado nas grandes questões humanas, sociais e políticas de seu tempo. O debate desta noite no Belas Artes é importantíssimo. O filme deve estrear já nesta quinta, 31. Depois, será esperar por Dear Son.

Há dois anos, em Berlim, o diretor Mohamed Ben Attia disse para o repórter que seu belo longa Hedi tinha a cara da revolução que, anos antes, sacudira a Tunísia. Como ocorrera em todo o mundo árabe – a primavera árabe –, os jovens haviam ido às ruas pedindo liberdade. O filme era o testemunho dessa transformação.

O sucesso foi grande e Hedi terminou duplamente premiado. Ben Attia recebeu o prêmio para o melhor filme de diretor estreante e Majd Mastoura, que faz Hedi, foi melhor ator. Dois Ursos de Prata. Esta noite, o filme, agora intitulado A Amante, terá uma sessão gratuita no cine Caixa Belas Artes, com promoção do Estado, da distribuidora Pandora e da sala de cinema. Será às 20h (ingressos distribuídos a partir das 19h) e, após a sessão, haverá um debate do crítico Luiz Zanin Oricchio com o professor da FGV Salem Nasser. 

Longa. Majd Mastoura ganhou prêmio de melhor ator no festival alemão, em 2016 Foto: PANDORA FILMES

Passados dois anos, Ben Attia estava de novo, neste mês de maio, em outro grande evento internacional de cinema. Seu novo longa, Dear Son, integrou a seleção da mostra Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Ambos os filmes são bastante representativos do novo fôlego do cinema tunisiano e também do que tem ocorrido com o país. A Amante é sobre a “velha” Tunísia. Hedi trabalha na representação comercial da indústria automotora. Comercializa carros. Seria um bom emprego, se a crise não estivesse paralisando o país.

Hedi é o típico bom moço. É dominado pela mãe, que decide sobre a vida dele. Hedi está às vésperas do casamento e tudo – a festa, a noiva – foi decidido pela mãe. Nesse quadro, ele vai fazer uma última viagem de trabalho e ocorre o improvável. Hedi encontra uma mulher de temperamento libertário – a “amante” – e ela bagunça a vida dele. A amante metaforiza a própria revolução. Nada será como antes. O rapaz fica dividido.

A família está de novo em discussão em Dear Son, mas o quadro agora é outro. Uma família de classe média e o filho enfrenta a tensão do “bac”, o vestibular. Vomita, sofre de dores de cabeça, desmaia. Os pais entendem os sinais como uma reação do filho ao vestibular. Não é.

Na véspera do exame – como Hedi na véspera do casamento –, o filho querido some. A verdade brutal. Foi cooptado pelo terror. Some no mundo árabe. O pai vai atrás. A família implode. A ênfase no pai constrói um personagem de outra geração, outra atuação memorável merecedora de prêmio. Os dois filmes mostram que Ben Attia está engajado nas grandes questões humanas, sociais e políticas de seu tempo. O debate desta noite no Belas Artes é importantíssimo. O filme deve estrear já nesta quinta, 31. Depois, será esperar por Dear Son.

Há dois anos, em Berlim, o diretor Mohamed Ben Attia disse para o repórter que seu belo longa Hedi tinha a cara da revolução que, anos antes, sacudira a Tunísia. Como ocorrera em todo o mundo árabe – a primavera árabe –, os jovens haviam ido às ruas pedindo liberdade. O filme era o testemunho dessa transformação.

O sucesso foi grande e Hedi terminou duplamente premiado. Ben Attia recebeu o prêmio para o melhor filme de diretor estreante e Majd Mastoura, que faz Hedi, foi melhor ator. Dois Ursos de Prata. Esta noite, o filme, agora intitulado A Amante, terá uma sessão gratuita no cine Caixa Belas Artes, com promoção do Estado, da distribuidora Pandora e da sala de cinema. Será às 20h (ingressos distribuídos a partir das 19h) e, após a sessão, haverá um debate do crítico Luiz Zanin Oricchio com o professor da FGV Salem Nasser. 

Longa. Majd Mastoura ganhou prêmio de melhor ator no festival alemão, em 2016 Foto: PANDORA FILMES

Passados dois anos, Ben Attia estava de novo, neste mês de maio, em outro grande evento internacional de cinema. Seu novo longa, Dear Son, integrou a seleção da mostra Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Ambos os filmes são bastante representativos do novo fôlego do cinema tunisiano e também do que tem ocorrido com o país. A Amante é sobre a “velha” Tunísia. Hedi trabalha na representação comercial da indústria automotora. Comercializa carros. Seria um bom emprego, se a crise não estivesse paralisando o país.

Hedi é o típico bom moço. É dominado pela mãe, que decide sobre a vida dele. Hedi está às vésperas do casamento e tudo – a festa, a noiva – foi decidido pela mãe. Nesse quadro, ele vai fazer uma última viagem de trabalho e ocorre o improvável. Hedi encontra uma mulher de temperamento libertário – a “amante” – e ela bagunça a vida dele. A amante metaforiza a própria revolução. Nada será como antes. O rapaz fica dividido.

A família está de novo em discussão em Dear Son, mas o quadro agora é outro. Uma família de classe média e o filho enfrenta a tensão do “bac”, o vestibular. Vomita, sofre de dores de cabeça, desmaia. Os pais entendem os sinais como uma reação do filho ao vestibular. Não é.

Na véspera do exame – como Hedi na véspera do casamento –, o filho querido some. A verdade brutal. Foi cooptado pelo terror. Some no mundo árabe. O pai vai atrás. A família implode. A ênfase no pai constrói um personagem de outra geração, outra atuação memorável merecedora de prêmio. Os dois filmes mostram que Ben Attia está engajado nas grandes questões humanas, sociais e políticas de seu tempo. O debate desta noite no Belas Artes é importantíssimo. O filme deve estrear já nesta quinta, 31. Depois, será esperar por Dear Son.

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