ESTREIA-Premiado 'Castanha' trabalha encontro entre documentário e ficção


Por Redação

O longa de estreia do gaúcho Davi Pretto, "Castanha", testa os limites entre documentário e ficção ao trazer para a tela o transformista João Carlos Castanha. O que realmente é encenação? O que é "verdade"? É nesse jogo que o filme se revela. Exibido em diversos festivais, foi premiado em Buenos Aires, Paulínia, Rio de Janeiro e Las Palmas. Com pouco mais de 50 anos, Castanha trabalha como transformista em clubes gays de Porto Alegre e mora sozinho com a mãe, dona Celina. Vemos o ator tanto no palco como em sua casa, com problemas e questões do dia a dia, a mais complicada delas, a presença eventual de um sobrinho, viciado em crack e de comportamento agressivo. Mas em quais momentos Castanha está realmente atuando? Em quais momentos é realmente ele? Há de se lembrar também que há uma câmera ligada e o quanto isso influencia o comportamento tanto dele, quanto da mãe, de várias formas. Pretto foi buscar inspiração nos "filmes de ator" de cineastas como John Cassavetes, em que a figura domina a cena e dita a trama. Aqui, é o cotidiano, é o tecido da vida comum que encontra uma elevação no glamour deslocado de seu trabalho. Soma-se a esse jogo de cena a própria “incapacidade” do personagem do filme, Castanha (não o ator), embaralhar sua própria realidade com sonhos --ou seriam delírios?-- que nos confundem. Seus dias são lentos, meio vazios beirando o tédio, em contraposição às noites, em que está no centro dos palcos, com os holofotes voltados para si. O que emerge desse retrato de vidas é a cumplicidade entre o diretor e o “biografado”, que se entrega e aceita jogar o jogo de máscaras e espelhos proposto por Pretto --e se nem sempre esse funciona, o que o valida é sua inquietação de simplesmente existir. “Castanha” não é um filme de respostas. É um trabalho que traz para tela hesitações existenciais, estéticas, cinematográficas, em que convergem as dúvidas de dois artistas: o diretor e o próprio Castanha. O filme embaralha os dois ofícios e nessa intersecção encontra sua razão de ser. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

O longa de estreia do gaúcho Davi Pretto, "Castanha", testa os limites entre documentário e ficção ao trazer para a tela o transformista João Carlos Castanha. O que realmente é encenação? O que é "verdade"? É nesse jogo que o filme se revela. Exibido em diversos festivais, foi premiado em Buenos Aires, Paulínia, Rio de Janeiro e Las Palmas. Com pouco mais de 50 anos, Castanha trabalha como transformista em clubes gays de Porto Alegre e mora sozinho com a mãe, dona Celina. Vemos o ator tanto no palco como em sua casa, com problemas e questões do dia a dia, a mais complicada delas, a presença eventual de um sobrinho, viciado em crack e de comportamento agressivo. Mas em quais momentos Castanha está realmente atuando? Em quais momentos é realmente ele? Há de se lembrar também que há uma câmera ligada e o quanto isso influencia o comportamento tanto dele, quanto da mãe, de várias formas. Pretto foi buscar inspiração nos "filmes de ator" de cineastas como John Cassavetes, em que a figura domina a cena e dita a trama. Aqui, é o cotidiano, é o tecido da vida comum que encontra uma elevação no glamour deslocado de seu trabalho. Soma-se a esse jogo de cena a própria “incapacidade” do personagem do filme, Castanha (não o ator), embaralhar sua própria realidade com sonhos --ou seriam delírios?-- que nos confundem. Seus dias são lentos, meio vazios beirando o tédio, em contraposição às noites, em que está no centro dos palcos, com os holofotes voltados para si. O que emerge desse retrato de vidas é a cumplicidade entre o diretor e o “biografado”, que se entrega e aceita jogar o jogo de máscaras e espelhos proposto por Pretto --e se nem sempre esse funciona, o que o valida é sua inquietação de simplesmente existir. “Castanha” não é um filme de respostas. É um trabalho que traz para tela hesitações existenciais, estéticas, cinematográficas, em que convergem as dúvidas de dois artistas: o diretor e o próprio Castanha. O filme embaralha os dois ofícios e nessa intersecção encontra sua razão de ser. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

O longa de estreia do gaúcho Davi Pretto, "Castanha", testa os limites entre documentário e ficção ao trazer para a tela o transformista João Carlos Castanha. O que realmente é encenação? O que é "verdade"? É nesse jogo que o filme se revela. Exibido em diversos festivais, foi premiado em Buenos Aires, Paulínia, Rio de Janeiro e Las Palmas. Com pouco mais de 50 anos, Castanha trabalha como transformista em clubes gays de Porto Alegre e mora sozinho com a mãe, dona Celina. Vemos o ator tanto no palco como em sua casa, com problemas e questões do dia a dia, a mais complicada delas, a presença eventual de um sobrinho, viciado em crack e de comportamento agressivo. Mas em quais momentos Castanha está realmente atuando? Em quais momentos é realmente ele? Há de se lembrar também que há uma câmera ligada e o quanto isso influencia o comportamento tanto dele, quanto da mãe, de várias formas. Pretto foi buscar inspiração nos "filmes de ator" de cineastas como John Cassavetes, em que a figura domina a cena e dita a trama. Aqui, é o cotidiano, é o tecido da vida comum que encontra uma elevação no glamour deslocado de seu trabalho. Soma-se a esse jogo de cena a própria “incapacidade” do personagem do filme, Castanha (não o ator), embaralhar sua própria realidade com sonhos --ou seriam delírios?-- que nos confundem. Seus dias são lentos, meio vazios beirando o tédio, em contraposição às noites, em que está no centro dos palcos, com os holofotes voltados para si. O que emerge desse retrato de vidas é a cumplicidade entre o diretor e o “biografado”, que se entrega e aceita jogar o jogo de máscaras e espelhos proposto por Pretto --e se nem sempre esse funciona, o que o valida é sua inquietação de simplesmente existir. “Castanha” não é um filme de respostas. É um trabalho que traz para tela hesitações existenciais, estéticas, cinematográficas, em que convergem as dúvidas de dois artistas: o diretor e o próprio Castanha. O filme embaralha os dois ofícios e nessa intersecção encontra sua razão de ser. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

O longa de estreia do gaúcho Davi Pretto, "Castanha", testa os limites entre documentário e ficção ao trazer para a tela o transformista João Carlos Castanha. O que realmente é encenação? O que é "verdade"? É nesse jogo que o filme se revela. Exibido em diversos festivais, foi premiado em Buenos Aires, Paulínia, Rio de Janeiro e Las Palmas. Com pouco mais de 50 anos, Castanha trabalha como transformista em clubes gays de Porto Alegre e mora sozinho com a mãe, dona Celina. Vemos o ator tanto no palco como em sua casa, com problemas e questões do dia a dia, a mais complicada delas, a presença eventual de um sobrinho, viciado em crack e de comportamento agressivo. Mas em quais momentos Castanha está realmente atuando? Em quais momentos é realmente ele? Há de se lembrar também que há uma câmera ligada e o quanto isso influencia o comportamento tanto dele, quanto da mãe, de várias formas. Pretto foi buscar inspiração nos "filmes de ator" de cineastas como John Cassavetes, em que a figura domina a cena e dita a trama. Aqui, é o cotidiano, é o tecido da vida comum que encontra uma elevação no glamour deslocado de seu trabalho. Soma-se a esse jogo de cena a própria “incapacidade” do personagem do filme, Castanha (não o ator), embaralhar sua própria realidade com sonhos --ou seriam delírios?-- que nos confundem. Seus dias são lentos, meio vazios beirando o tédio, em contraposição às noites, em que está no centro dos palcos, com os holofotes voltados para si. O que emerge desse retrato de vidas é a cumplicidade entre o diretor e o “biografado”, que se entrega e aceita jogar o jogo de máscaras e espelhos proposto por Pretto --e se nem sempre esse funciona, o que o valida é sua inquietação de simplesmente existir. “Castanha” não é um filme de respostas. É um trabalho que traz para tela hesitações existenciais, estéticas, cinematográficas, em que convergem as dúvidas de dois artistas: o diretor e o próprio Castanha. O filme embaralha os dois ofícios e nessa intersecção encontra sua razão de ser. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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