Um juiz instruiu na segunda, 30, os advogados que representam o espólio e os herdeiros de Robin Williams a trabalharem por oito semanas na resolução de disputas entre os três filhos adultos e a viúva do ator, que discordam sobre a divisão de propriedades e dinheiro.
Susan Schneider Williams busca reaver itens como o smoking usado por seu marido no casamento deles em 2011, assim como obras de arte e móveis da casa do casal em Tiburon, na Califórnia, onde Williams se suicidou. As partes também se desentendem sobre as provisões mensais necessárias para manter a propriedade, ainda habitada pela viúva.
O advogado da viúva, James Wagstaffe, pediu ao juiz Andrew Y.S. Cheng, do Tribunal Superior de São Francisco, para adiar a disposição do testamento de Williams por pelo menos dois meses, enquanto um inventariante e um advogado dos filhos lamentaram que o testamento tenha ido parar em uma vara de sucessões.
“Estamos amigáveis e ninguém está elevando a voz”, disse Wagstaffe ao juiz. “Só que existem mais de 1.200 itens em uma longa planilha, cuja forma final tivemos acesso somente na semana passada.”
A audiência deliberou sobre uma petição protocolada em dezembro por Schneider Williams, a terceira mulher do comediante, na qual ela alega que objetos foram retirados da casa sem o seu consentimento.
“Robin Williams não queria que a casa fosse revirada, os móveis removidos e a arte retirada das paredes”, garantiu Wagstaffe à Reuters.
Mas um dos inventariantes responsáveis pelo imóvel, o advogado Andrew A. Bassak, disse ao juiz que Robin Williams havia decidido sobre o que caberia a cada herdeiro e nunca quis que uma lista de posses fosse discutida em público.
A advogada dos filhos de Williams - Zachary, Zelda e Cody Williams - concordou com o inventariante. “Isso se arrasta há tanto tempo”, lamentou Meredith Bushnell ao juiz. “São oito longos meses desde o falecimento. Gostaríamos de ver isto resolvido o mais rapidamente possível.”