' 'Irmã Dulce' desafiou convenções', diz atriz Regina Braga


Atriz interpreta a religiosa em seus últimos dias

Por Luiz Carlos Merten

Regina Braga se reveza com Bianca Comparatto no papel da protagonista de Irmã Dulce, que está sendo rodado na Bahia. Bianca faz a jovem religiosa até os 45 anos. Regina a interpreta dos 45 anos 70 e poucos. Irmã Dulce era pequenininha e no fim da vida, com apenas 30% da capacidade pulmonar, mal conseguia respirar. Era encurvada. Como se interpreta uma personagem assim? "Ainda estou aprendendo. É um aprendizado físico e emocional diário. Fiz pouco cinema, e até isso estou aprendendo. Vicente Amorim, o diretor, está sendo ótimo conosco. Estou muito feliz de poder contar essa história. O Brasil, mais do que nunca, precisa do exemplo de Irmã Dulce e seu partido da pobreza, como ela dizia."

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Como você se preparou para fazer Irmã Dulce?Não vamos colocar no passado, porque é uma preparação diária. Fiz pouco cinema na minha vida. Sou atriz de TV. Acho que foi fundamental termos vindo para Salvador mais de um mês antes. Fizemos leituras, sentimos o ambiente, nos deixamos impregnar pela Irmã Dulce, porque ela continua muito viva nos lugares e relatos das pessoas. Pensava - como foi dar conta dessa mulher, tão pequena e tão grande? No primeiro dia de filmagem, entrei em pânico. Achei que não ia dar conta da personagem. Felizmente, temos um diretor como o Vicente (Amorim). Ele me tranqüiliza, sabe o que quer, comunica o que espera de mim. A preparação é uma coisa diária. Todo dia chego ao hotel exausta. É a preparação física, emocional. Sempre trabalhei muito com a emoção, mas nunca nessa intensidade. Só que, agora, com toda a pressão, estou adorando.

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O fato de serem duas atrizes fazendo o papel complica?Temos estado muito juntas no set, Bianca (Comparatto) e eu. Às vezes alguém me diz - a Bianca está trabalhando bem o nariz. Irmã Dulce tinha restrição pulmonar, respirava com dificuldade. E aí eu tenho de ver como ela (Bianca) está trabalhando. Em outras coisas, é ela quem me observa. Temos de servir, as duas, à mesma personagem, e não é uma qualquer.

Justamente, quem é essa mulher? O que você já descobriu sobre ela?O que descobri não cessa de me encantar e me dá a certeza de que estamos fazendo um filme necessário para o Brasil atual. Irmã Dulce atravessou a ditadura, negociou com quem foi preciso. Criou um complexo hospitalar a partir de um galinheiro. Seu partido, ela dizia, era o da Pobreza. Garota, ela teve uma epifania. Sua mãe morrera e a tia a confrontou com a miséria. Aquilo foi uma revelação para a garota bem nascida, e sensível. A religiosidade e o apostolado, o sentido de missão, vieram daí. Irmã Dulce desafiou convenções ao sair pela noite, uma religiosa, para recolher e amparar os necessitados. Ela dizia uma coisa muito bonita. Eu sou a última parada dessas pessoas que ninguém quer. Não vou voltar as costas a tanta dignidade ferida.

O filme tem muitas externas. Qual é a disciplina?É draconiana. Justamente por termos tantas externas, é preciso aproveitar a luz. Às 5 da manhã é dia claro, às 5 da tarde anoitece. É preciso acordar às 4h30, enfrentar o calor. À noite, estou morta, mas aproveito para fazer exercícios físicos que vão servir no dia seguinte. Nem me canso mais. A personagem me possui. É maior que eu.

Regina Braga se reveza com Bianca Comparatto no papel da protagonista de Irmã Dulce, que está sendo rodado na Bahia. Bianca faz a jovem religiosa até os 45 anos. Regina a interpreta dos 45 anos 70 e poucos. Irmã Dulce era pequenininha e no fim da vida, com apenas 30% da capacidade pulmonar, mal conseguia respirar. Era encurvada. Como se interpreta uma personagem assim? "Ainda estou aprendendo. É um aprendizado físico e emocional diário. Fiz pouco cinema, e até isso estou aprendendo. Vicente Amorim, o diretor, está sendo ótimo conosco. Estou muito feliz de poder contar essa história. O Brasil, mais do que nunca, precisa do exemplo de Irmã Dulce e seu partido da pobreza, como ela dizia."

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Como você se preparou para fazer Irmã Dulce?Não vamos colocar no passado, porque é uma preparação diária. Fiz pouco cinema na minha vida. Sou atriz de TV. Acho que foi fundamental termos vindo para Salvador mais de um mês antes. Fizemos leituras, sentimos o ambiente, nos deixamos impregnar pela Irmã Dulce, porque ela continua muito viva nos lugares e relatos das pessoas. Pensava - como foi dar conta dessa mulher, tão pequena e tão grande? No primeiro dia de filmagem, entrei em pânico. Achei que não ia dar conta da personagem. Felizmente, temos um diretor como o Vicente (Amorim). Ele me tranqüiliza, sabe o que quer, comunica o que espera de mim. A preparação é uma coisa diária. Todo dia chego ao hotel exausta. É a preparação física, emocional. Sempre trabalhei muito com a emoção, mas nunca nessa intensidade. Só que, agora, com toda a pressão, estou adorando.

O fato de serem duas atrizes fazendo o papel complica?Temos estado muito juntas no set, Bianca (Comparatto) e eu. Às vezes alguém me diz - a Bianca está trabalhando bem o nariz. Irmã Dulce tinha restrição pulmonar, respirava com dificuldade. E aí eu tenho de ver como ela (Bianca) está trabalhando. Em outras coisas, é ela quem me observa. Temos de servir, as duas, à mesma personagem, e não é uma qualquer.

Justamente, quem é essa mulher? O que você já descobriu sobre ela?O que descobri não cessa de me encantar e me dá a certeza de que estamos fazendo um filme necessário para o Brasil atual. Irmã Dulce atravessou a ditadura, negociou com quem foi preciso. Criou um complexo hospitalar a partir de um galinheiro. Seu partido, ela dizia, era o da Pobreza. Garota, ela teve uma epifania. Sua mãe morrera e a tia a confrontou com a miséria. Aquilo foi uma revelação para a garota bem nascida, e sensível. A religiosidade e o apostolado, o sentido de missão, vieram daí. Irmã Dulce desafiou convenções ao sair pela noite, uma religiosa, para recolher e amparar os necessitados. Ela dizia uma coisa muito bonita. Eu sou a última parada dessas pessoas que ninguém quer. Não vou voltar as costas a tanta dignidade ferida.

O filme tem muitas externas. Qual é a disciplina?É draconiana. Justamente por termos tantas externas, é preciso aproveitar a luz. Às 5 da manhã é dia claro, às 5 da tarde anoitece. É preciso acordar às 4h30, enfrentar o calor. À noite, estou morta, mas aproveito para fazer exercícios físicos que vão servir no dia seguinte. Nem me canso mais. A personagem me possui. É maior que eu.

Regina Braga se reveza com Bianca Comparatto no papel da protagonista de Irmã Dulce, que está sendo rodado na Bahia. Bianca faz a jovem religiosa até os 45 anos. Regina a interpreta dos 45 anos 70 e poucos. Irmã Dulce era pequenininha e no fim da vida, com apenas 30% da capacidade pulmonar, mal conseguia respirar. Era encurvada. Como se interpreta uma personagem assim? "Ainda estou aprendendo. É um aprendizado físico e emocional diário. Fiz pouco cinema, e até isso estou aprendendo. Vicente Amorim, o diretor, está sendo ótimo conosco. Estou muito feliz de poder contar essa história. O Brasil, mais do que nunca, precisa do exemplo de Irmã Dulce e seu partido da pobreza, como ela dizia."

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Como você se preparou para fazer Irmã Dulce?Não vamos colocar no passado, porque é uma preparação diária. Fiz pouco cinema na minha vida. Sou atriz de TV. Acho que foi fundamental termos vindo para Salvador mais de um mês antes. Fizemos leituras, sentimos o ambiente, nos deixamos impregnar pela Irmã Dulce, porque ela continua muito viva nos lugares e relatos das pessoas. Pensava - como foi dar conta dessa mulher, tão pequena e tão grande? No primeiro dia de filmagem, entrei em pânico. Achei que não ia dar conta da personagem. Felizmente, temos um diretor como o Vicente (Amorim). Ele me tranqüiliza, sabe o que quer, comunica o que espera de mim. A preparação é uma coisa diária. Todo dia chego ao hotel exausta. É a preparação física, emocional. Sempre trabalhei muito com a emoção, mas nunca nessa intensidade. Só que, agora, com toda a pressão, estou adorando.

O fato de serem duas atrizes fazendo o papel complica?Temos estado muito juntas no set, Bianca (Comparatto) e eu. Às vezes alguém me diz - a Bianca está trabalhando bem o nariz. Irmã Dulce tinha restrição pulmonar, respirava com dificuldade. E aí eu tenho de ver como ela (Bianca) está trabalhando. Em outras coisas, é ela quem me observa. Temos de servir, as duas, à mesma personagem, e não é uma qualquer.

Justamente, quem é essa mulher? O que você já descobriu sobre ela?O que descobri não cessa de me encantar e me dá a certeza de que estamos fazendo um filme necessário para o Brasil atual. Irmã Dulce atravessou a ditadura, negociou com quem foi preciso. Criou um complexo hospitalar a partir de um galinheiro. Seu partido, ela dizia, era o da Pobreza. Garota, ela teve uma epifania. Sua mãe morrera e a tia a confrontou com a miséria. Aquilo foi uma revelação para a garota bem nascida, e sensível. A religiosidade e o apostolado, o sentido de missão, vieram daí. Irmã Dulce desafiou convenções ao sair pela noite, uma religiosa, para recolher e amparar os necessitados. Ela dizia uma coisa muito bonita. Eu sou a última parada dessas pessoas que ninguém quer. Não vou voltar as costas a tanta dignidade ferida.

O filme tem muitas externas. Qual é a disciplina?É draconiana. Justamente por termos tantas externas, é preciso aproveitar a luz. Às 5 da manhã é dia claro, às 5 da tarde anoitece. É preciso acordar às 4h30, enfrentar o calor. À noite, estou morta, mas aproveito para fazer exercícios físicos que vão servir no dia seguinte. Nem me canso mais. A personagem me possui. É maior que eu.

Regina Braga se reveza com Bianca Comparatto no papel da protagonista de Irmã Dulce, que está sendo rodado na Bahia. Bianca faz a jovem religiosa até os 45 anos. Regina a interpreta dos 45 anos 70 e poucos. Irmã Dulce era pequenininha e no fim da vida, com apenas 30% da capacidade pulmonar, mal conseguia respirar. Era encurvada. Como se interpreta uma personagem assim? "Ainda estou aprendendo. É um aprendizado físico e emocional diário. Fiz pouco cinema, e até isso estou aprendendo. Vicente Amorim, o diretor, está sendo ótimo conosco. Estou muito feliz de poder contar essa história. O Brasil, mais do que nunca, precisa do exemplo de Irmã Dulce e seu partido da pobreza, como ela dizia."

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Como você se preparou para fazer Irmã Dulce?Não vamos colocar no passado, porque é uma preparação diária. Fiz pouco cinema na minha vida. Sou atriz de TV. Acho que foi fundamental termos vindo para Salvador mais de um mês antes. Fizemos leituras, sentimos o ambiente, nos deixamos impregnar pela Irmã Dulce, porque ela continua muito viva nos lugares e relatos das pessoas. Pensava - como foi dar conta dessa mulher, tão pequena e tão grande? No primeiro dia de filmagem, entrei em pânico. Achei que não ia dar conta da personagem. Felizmente, temos um diretor como o Vicente (Amorim). Ele me tranqüiliza, sabe o que quer, comunica o que espera de mim. A preparação é uma coisa diária. Todo dia chego ao hotel exausta. É a preparação física, emocional. Sempre trabalhei muito com a emoção, mas nunca nessa intensidade. Só que, agora, com toda a pressão, estou adorando.

O fato de serem duas atrizes fazendo o papel complica?Temos estado muito juntas no set, Bianca (Comparatto) e eu. Às vezes alguém me diz - a Bianca está trabalhando bem o nariz. Irmã Dulce tinha restrição pulmonar, respirava com dificuldade. E aí eu tenho de ver como ela (Bianca) está trabalhando. Em outras coisas, é ela quem me observa. Temos de servir, as duas, à mesma personagem, e não é uma qualquer.

Justamente, quem é essa mulher? O que você já descobriu sobre ela?O que descobri não cessa de me encantar e me dá a certeza de que estamos fazendo um filme necessário para o Brasil atual. Irmã Dulce atravessou a ditadura, negociou com quem foi preciso. Criou um complexo hospitalar a partir de um galinheiro. Seu partido, ela dizia, era o da Pobreza. Garota, ela teve uma epifania. Sua mãe morrera e a tia a confrontou com a miséria. Aquilo foi uma revelação para a garota bem nascida, e sensível. A religiosidade e o apostolado, o sentido de missão, vieram daí. Irmã Dulce desafiou convenções ao sair pela noite, uma religiosa, para recolher e amparar os necessitados. Ela dizia uma coisa muito bonita. Eu sou a última parada dessas pessoas que ninguém quer. Não vou voltar as costas a tanta dignidade ferida.

O filme tem muitas externas. Qual é a disciplina?É draconiana. Justamente por termos tantas externas, é preciso aproveitar a luz. Às 5 da manhã é dia claro, às 5 da tarde anoitece. É preciso acordar às 4h30, enfrentar o calor. À noite, estou morta, mas aproveito para fazer exercícios físicos que vão servir no dia seguinte. Nem me canso mais. A personagem me possui. É maior que eu.

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