Mostra é chance para ver o cinema de Kiju Yoshida


Yoshida fez uma revolução no cinema japonês em 1969, com Eros + Massacre. Ele está em SP como jurado da mostra e, de quebra, apresenta uma retrospectiva de seus filmes

Por Agencia Estado

Yoshishige Yoshida, também chamado de Kiju Yoshida, não se considera um diretor da nouvelle vague japonesa. O termo, ele diz, foi criado pela imprensa para designar um grupo de cineastas japoneses criativos nos anos 60, cujo trabalho não tinha nada a ver com a escola francesa. Ele chegou no sábado de manhã para participar da Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema. Uma tripla participação: Yoshida integra o júri que vai atribuir o Prêmio Bandeira Paulista para o melhor diretor estreante ou que esteja no segundo filme; até por conta de sua presença na cidade, será homenageado com uma retrospectiva de suas obras mais importantes (incluindo a exibição do mais recente, Mulheres no Espelho) e também vai lançar aqui seu livro O Anticinema de Yasujiro Ozu, sobre o mestre japonês que morreu em 1963. Ele assistiu à sessão de sábado de Mulheres no Espelho, no Unibanco Arteplex, e participou de um debate com o público. Ontem, Yoshida conversou com a reportagem do Estado no Hotel Crowne Plaza, onde está hospedado. É um lorde, um gentilhomme, é melhor defini-lo assim, porque sua formação foi francesa. As mãos de Yoshida são pequenas e delicadas, o porte é aristocrático, a fala, mansa. Nada do que poderia ser associado ao diretor que fez uma revolução, em 1969, com Eros + Massacre. Yoshida reconhece que mudou. Está mais sereno, talvez. Acha que tem a ver com idade, mas não é só isso. Yoshida tinha 12 anos quando os americanos lançaram a bomba atômica em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e sobre Nagasaqui, três dias mais tarde. "É uma ferida que não cicatrizou e sobre a qual nossa sociedade (a japonesa) prefere calar, como se o fato não tivesse existido. Ao fazê-lo, transfere a dor dessa tragédia de uma geração a outra." Foi assim que surgiu a história das três mulheres - a mãe, interpretada por Mariko Okada, a outra mulher, na qual ela tenta identificar a filha que desapareceu, e a neta. Três gerações de mulheres unidas em torno de um fato, a bomba. Três mulheres que representam um país que ainda busca resolver seu problema de identidade. No dia 24, terá encontro com o público, para discutir não só Mulheres no Espelho, mas seus outros filmes na programação: Eros + Massacre, Golpe de Estado, História Escrita em Água e O Morro dos Ventos Uivantes, baseado em Emily Bronte. Mulheres no Espelho - (Kagami no Onnatachi). Direção de Kiju Yoshida. Japão/França/ 2002. Duração: 129 minutos. Amanhã, às 19h30, Cineclube DirecTV 1 (R. Augusta, 2.530, tel. 3085-7684)

Yoshishige Yoshida, também chamado de Kiju Yoshida, não se considera um diretor da nouvelle vague japonesa. O termo, ele diz, foi criado pela imprensa para designar um grupo de cineastas japoneses criativos nos anos 60, cujo trabalho não tinha nada a ver com a escola francesa. Ele chegou no sábado de manhã para participar da Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema. Uma tripla participação: Yoshida integra o júri que vai atribuir o Prêmio Bandeira Paulista para o melhor diretor estreante ou que esteja no segundo filme; até por conta de sua presença na cidade, será homenageado com uma retrospectiva de suas obras mais importantes (incluindo a exibição do mais recente, Mulheres no Espelho) e também vai lançar aqui seu livro O Anticinema de Yasujiro Ozu, sobre o mestre japonês que morreu em 1963. Ele assistiu à sessão de sábado de Mulheres no Espelho, no Unibanco Arteplex, e participou de um debate com o público. Ontem, Yoshida conversou com a reportagem do Estado no Hotel Crowne Plaza, onde está hospedado. É um lorde, um gentilhomme, é melhor defini-lo assim, porque sua formação foi francesa. As mãos de Yoshida são pequenas e delicadas, o porte é aristocrático, a fala, mansa. Nada do que poderia ser associado ao diretor que fez uma revolução, em 1969, com Eros + Massacre. Yoshida reconhece que mudou. Está mais sereno, talvez. Acha que tem a ver com idade, mas não é só isso. Yoshida tinha 12 anos quando os americanos lançaram a bomba atômica em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e sobre Nagasaqui, três dias mais tarde. "É uma ferida que não cicatrizou e sobre a qual nossa sociedade (a japonesa) prefere calar, como se o fato não tivesse existido. Ao fazê-lo, transfere a dor dessa tragédia de uma geração a outra." Foi assim que surgiu a história das três mulheres - a mãe, interpretada por Mariko Okada, a outra mulher, na qual ela tenta identificar a filha que desapareceu, e a neta. Três gerações de mulheres unidas em torno de um fato, a bomba. Três mulheres que representam um país que ainda busca resolver seu problema de identidade. No dia 24, terá encontro com o público, para discutir não só Mulheres no Espelho, mas seus outros filmes na programação: Eros + Massacre, Golpe de Estado, História Escrita em Água e O Morro dos Ventos Uivantes, baseado em Emily Bronte. Mulheres no Espelho - (Kagami no Onnatachi). Direção de Kiju Yoshida. Japão/França/ 2002. Duração: 129 minutos. Amanhã, às 19h30, Cineclube DirecTV 1 (R. Augusta, 2.530, tel. 3085-7684)

Yoshishige Yoshida, também chamado de Kiju Yoshida, não se considera um diretor da nouvelle vague japonesa. O termo, ele diz, foi criado pela imprensa para designar um grupo de cineastas japoneses criativos nos anos 60, cujo trabalho não tinha nada a ver com a escola francesa. Ele chegou no sábado de manhã para participar da Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema. Uma tripla participação: Yoshida integra o júri que vai atribuir o Prêmio Bandeira Paulista para o melhor diretor estreante ou que esteja no segundo filme; até por conta de sua presença na cidade, será homenageado com uma retrospectiva de suas obras mais importantes (incluindo a exibição do mais recente, Mulheres no Espelho) e também vai lançar aqui seu livro O Anticinema de Yasujiro Ozu, sobre o mestre japonês que morreu em 1963. Ele assistiu à sessão de sábado de Mulheres no Espelho, no Unibanco Arteplex, e participou de um debate com o público. Ontem, Yoshida conversou com a reportagem do Estado no Hotel Crowne Plaza, onde está hospedado. É um lorde, um gentilhomme, é melhor defini-lo assim, porque sua formação foi francesa. As mãos de Yoshida são pequenas e delicadas, o porte é aristocrático, a fala, mansa. Nada do que poderia ser associado ao diretor que fez uma revolução, em 1969, com Eros + Massacre. Yoshida reconhece que mudou. Está mais sereno, talvez. Acha que tem a ver com idade, mas não é só isso. Yoshida tinha 12 anos quando os americanos lançaram a bomba atômica em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e sobre Nagasaqui, três dias mais tarde. "É uma ferida que não cicatrizou e sobre a qual nossa sociedade (a japonesa) prefere calar, como se o fato não tivesse existido. Ao fazê-lo, transfere a dor dessa tragédia de uma geração a outra." Foi assim que surgiu a história das três mulheres - a mãe, interpretada por Mariko Okada, a outra mulher, na qual ela tenta identificar a filha que desapareceu, e a neta. Três gerações de mulheres unidas em torno de um fato, a bomba. Três mulheres que representam um país que ainda busca resolver seu problema de identidade. No dia 24, terá encontro com o público, para discutir não só Mulheres no Espelho, mas seus outros filmes na programação: Eros + Massacre, Golpe de Estado, História Escrita em Água e O Morro dos Ventos Uivantes, baseado em Emily Bronte. Mulheres no Espelho - (Kagami no Onnatachi). Direção de Kiju Yoshida. Japão/França/ 2002. Duração: 129 minutos. Amanhã, às 19h30, Cineclube DirecTV 1 (R. Augusta, 2.530, tel. 3085-7684)

Yoshishige Yoshida, também chamado de Kiju Yoshida, não se considera um diretor da nouvelle vague japonesa. O termo, ele diz, foi criado pela imprensa para designar um grupo de cineastas japoneses criativos nos anos 60, cujo trabalho não tinha nada a ver com a escola francesa. Ele chegou no sábado de manhã para participar da Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema. Uma tripla participação: Yoshida integra o júri que vai atribuir o Prêmio Bandeira Paulista para o melhor diretor estreante ou que esteja no segundo filme; até por conta de sua presença na cidade, será homenageado com uma retrospectiva de suas obras mais importantes (incluindo a exibição do mais recente, Mulheres no Espelho) e também vai lançar aqui seu livro O Anticinema de Yasujiro Ozu, sobre o mestre japonês que morreu em 1963. Ele assistiu à sessão de sábado de Mulheres no Espelho, no Unibanco Arteplex, e participou de um debate com o público. Ontem, Yoshida conversou com a reportagem do Estado no Hotel Crowne Plaza, onde está hospedado. É um lorde, um gentilhomme, é melhor defini-lo assim, porque sua formação foi francesa. As mãos de Yoshida são pequenas e delicadas, o porte é aristocrático, a fala, mansa. Nada do que poderia ser associado ao diretor que fez uma revolução, em 1969, com Eros + Massacre. Yoshida reconhece que mudou. Está mais sereno, talvez. Acha que tem a ver com idade, mas não é só isso. Yoshida tinha 12 anos quando os americanos lançaram a bomba atômica em Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e sobre Nagasaqui, três dias mais tarde. "É uma ferida que não cicatrizou e sobre a qual nossa sociedade (a japonesa) prefere calar, como se o fato não tivesse existido. Ao fazê-lo, transfere a dor dessa tragédia de uma geração a outra." Foi assim que surgiu a história das três mulheres - a mãe, interpretada por Mariko Okada, a outra mulher, na qual ela tenta identificar a filha que desapareceu, e a neta. Três gerações de mulheres unidas em torno de um fato, a bomba. Três mulheres que representam um país que ainda busca resolver seu problema de identidade. No dia 24, terá encontro com o público, para discutir não só Mulheres no Espelho, mas seus outros filmes na programação: Eros + Massacre, Golpe de Estado, História Escrita em Água e O Morro dos Ventos Uivantes, baseado em Emily Bronte. Mulheres no Espelho - (Kagami no Onnatachi). Direção de Kiju Yoshida. Japão/França/ 2002. Duração: 129 minutos. Amanhã, às 19h30, Cineclube DirecTV 1 (R. Augusta, 2.530, tel. 3085-7684)

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