O mundo está louco e 'Pets - A Vida Secreta dos Bichos' reflete a loucura de forma simples e direta


Antes de analisar o filme, no entanto, é preciso resgatar a história da própria animação

Por Luiz Carlos Merten

Para falar sobre Pets - A Vida Secreta dos Bichos é bom começar pela própria animação. Poucos segmentos evoluíram tanto. Antigamente, com a Disney, ela era coisa de criança. Eventualmente, surgiam o que os críticos chamavam de desenhos 'adultos' - o mítico O Submarino Amarelo, de George Dunning, com os Beatles, representação da utopia de Maio de 68, e bem antes, a experimental Fantasia, a versão de 1940. Essa paisagem começou a mudar com a Pixar e a japonesa Ghibli. Títulos como A Viagem de Chihiro e Toy Story fizeram o crossover. A própria Disney foi se renovando - A Bela e a Fera, O Rei Leão. Antes, os pais levavam as crianças. Hoje os adultos veem duas ou três vezes animações que comportam 'camadas'.

reference

As preferidas do autor do texto são Procurando Nemo e, a melhor de todas, Ratatouille. Mas as possibilidades são múltiplas. A associação com a Pixar revolucionou a Disney como potência econômica. E hoje as possibilidades oferecidas pela técnica - computação gráfica, digital -, são infinitas. A imaginação é o limite. Que o diga Zootopia, um marco do desenho gráfico com sua visão do futuro. Nesse quadro, um estúdio como DreamWorks tem investido nas franquias a perder de vista - Shrek, Kung Fu Panda, Madagascar. Como na velha Hollywood, em que havia as Majors e pipocaram estúdios pequenos (Republic, Monogogram etc), a animação também criou nichos. Existem as animações de massinhas, quadro a quadro. Existe o brasileiro Carlos Saldanha, que foi brigar em Hollywood e fez de Rio um fenômeno global. E existe a Illumination.

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É um estúdio pequeno que estourou com Meu Malvado Preferido. Os Minions, amarelinhos bizarros que nasceram para servir vilões, ganharam o público. Na Illumination, a técnica não é rebuscada como na Pixar. A pegada é outra, e isso fica claro de cara em Pets. Quando o cachorrinho Max entra em cena, e isso ocorre imediatamente, adultos e crianças reagem do mesmo jeito - 'Ops!' Max poderia ser um dos filhotes da Dama e do Vagabundo. É peralta. As crianças devem se identificar com ele, os adultos devem se lembrar que já foram crianças. O filme parte de um princípio simples - o que fazem os bichos domésticos longe do olhar dos donos? Max é o caõzinho sapeca. Domina seu território até que chega o cãozarrão Duque, a ameaçar sua hegemonia. A velha batalha entre esperteza e força. A luta ganha a rua com acréscimos inesperados. Gangues de animais abandonados pelos donos (e revoltados). A liderá-los, um coelho neurórico. O mundo está louco e a animação de Chris Rennaud reflete a loucura de forma simples e direta.

Claro que tudo tem conserto. Amor, respeito à diferença. Mas isso, na Illumination, só vem com muita incorreção. Afinal, em que o outro estúdio o malvado e o favarito e os lacaios de vilões, os minions, são os heróis? Algo tem esse Pets para calçar fundo no público. O longa já é uma das grandes bilheterias do ano, animação ou não.

Para falar sobre Pets - A Vida Secreta dos Bichos é bom começar pela própria animação. Poucos segmentos evoluíram tanto. Antigamente, com a Disney, ela era coisa de criança. Eventualmente, surgiam o que os críticos chamavam de desenhos 'adultos' - o mítico O Submarino Amarelo, de George Dunning, com os Beatles, representação da utopia de Maio de 68, e bem antes, a experimental Fantasia, a versão de 1940. Essa paisagem começou a mudar com a Pixar e a japonesa Ghibli. Títulos como A Viagem de Chihiro e Toy Story fizeram o crossover. A própria Disney foi se renovando - A Bela e a Fera, O Rei Leão. Antes, os pais levavam as crianças. Hoje os adultos veem duas ou três vezes animações que comportam 'camadas'.

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As preferidas do autor do texto são Procurando Nemo e, a melhor de todas, Ratatouille. Mas as possibilidades são múltiplas. A associação com a Pixar revolucionou a Disney como potência econômica. E hoje as possibilidades oferecidas pela técnica - computação gráfica, digital -, são infinitas. A imaginação é o limite. Que o diga Zootopia, um marco do desenho gráfico com sua visão do futuro. Nesse quadro, um estúdio como DreamWorks tem investido nas franquias a perder de vista - Shrek, Kung Fu Panda, Madagascar. Como na velha Hollywood, em que havia as Majors e pipocaram estúdios pequenos (Republic, Monogogram etc), a animação também criou nichos. Existem as animações de massinhas, quadro a quadro. Existe o brasileiro Carlos Saldanha, que foi brigar em Hollywood e fez de Rio um fenômeno global. E existe a Illumination.

É um estúdio pequeno que estourou com Meu Malvado Preferido. Os Minions, amarelinhos bizarros que nasceram para servir vilões, ganharam o público. Na Illumination, a técnica não é rebuscada como na Pixar. A pegada é outra, e isso fica claro de cara em Pets. Quando o cachorrinho Max entra em cena, e isso ocorre imediatamente, adultos e crianças reagem do mesmo jeito - 'Ops!' Max poderia ser um dos filhotes da Dama e do Vagabundo. É peralta. As crianças devem se identificar com ele, os adultos devem se lembrar que já foram crianças. O filme parte de um princípio simples - o que fazem os bichos domésticos longe do olhar dos donos? Max é o caõzinho sapeca. Domina seu território até que chega o cãozarrão Duque, a ameaçar sua hegemonia. A velha batalha entre esperteza e força. A luta ganha a rua com acréscimos inesperados. Gangues de animais abandonados pelos donos (e revoltados). A liderá-los, um coelho neurórico. O mundo está louco e a animação de Chris Rennaud reflete a loucura de forma simples e direta.

Claro que tudo tem conserto. Amor, respeito à diferença. Mas isso, na Illumination, só vem com muita incorreção. Afinal, em que o outro estúdio o malvado e o favarito e os lacaios de vilões, os minions, são os heróis? Algo tem esse Pets para calçar fundo no público. O longa já é uma das grandes bilheterias do ano, animação ou não.

Para falar sobre Pets - A Vida Secreta dos Bichos é bom começar pela própria animação. Poucos segmentos evoluíram tanto. Antigamente, com a Disney, ela era coisa de criança. Eventualmente, surgiam o que os críticos chamavam de desenhos 'adultos' - o mítico O Submarino Amarelo, de George Dunning, com os Beatles, representação da utopia de Maio de 68, e bem antes, a experimental Fantasia, a versão de 1940. Essa paisagem começou a mudar com a Pixar e a japonesa Ghibli. Títulos como A Viagem de Chihiro e Toy Story fizeram o crossover. A própria Disney foi se renovando - A Bela e a Fera, O Rei Leão. Antes, os pais levavam as crianças. Hoje os adultos veem duas ou três vezes animações que comportam 'camadas'.

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As preferidas do autor do texto são Procurando Nemo e, a melhor de todas, Ratatouille. Mas as possibilidades são múltiplas. A associação com a Pixar revolucionou a Disney como potência econômica. E hoje as possibilidades oferecidas pela técnica - computação gráfica, digital -, são infinitas. A imaginação é o limite. Que o diga Zootopia, um marco do desenho gráfico com sua visão do futuro. Nesse quadro, um estúdio como DreamWorks tem investido nas franquias a perder de vista - Shrek, Kung Fu Panda, Madagascar. Como na velha Hollywood, em que havia as Majors e pipocaram estúdios pequenos (Republic, Monogogram etc), a animação também criou nichos. Existem as animações de massinhas, quadro a quadro. Existe o brasileiro Carlos Saldanha, que foi brigar em Hollywood e fez de Rio um fenômeno global. E existe a Illumination.

É um estúdio pequeno que estourou com Meu Malvado Preferido. Os Minions, amarelinhos bizarros que nasceram para servir vilões, ganharam o público. Na Illumination, a técnica não é rebuscada como na Pixar. A pegada é outra, e isso fica claro de cara em Pets. Quando o cachorrinho Max entra em cena, e isso ocorre imediatamente, adultos e crianças reagem do mesmo jeito - 'Ops!' Max poderia ser um dos filhotes da Dama e do Vagabundo. É peralta. As crianças devem se identificar com ele, os adultos devem se lembrar que já foram crianças. O filme parte de um princípio simples - o que fazem os bichos domésticos longe do olhar dos donos? Max é o caõzinho sapeca. Domina seu território até que chega o cãozarrão Duque, a ameaçar sua hegemonia. A velha batalha entre esperteza e força. A luta ganha a rua com acréscimos inesperados. Gangues de animais abandonados pelos donos (e revoltados). A liderá-los, um coelho neurórico. O mundo está louco e a animação de Chris Rennaud reflete a loucura de forma simples e direta.

Claro que tudo tem conserto. Amor, respeito à diferença. Mas isso, na Illumination, só vem com muita incorreção. Afinal, em que o outro estúdio o malvado e o favarito e os lacaios de vilões, os minions, são os heróis? Algo tem esse Pets para calçar fundo no público. O longa já é uma das grandes bilheterias do ano, animação ou não.

Para falar sobre Pets - A Vida Secreta dos Bichos é bom começar pela própria animação. Poucos segmentos evoluíram tanto. Antigamente, com a Disney, ela era coisa de criança. Eventualmente, surgiam o que os críticos chamavam de desenhos 'adultos' - o mítico O Submarino Amarelo, de George Dunning, com os Beatles, representação da utopia de Maio de 68, e bem antes, a experimental Fantasia, a versão de 1940. Essa paisagem começou a mudar com a Pixar e a japonesa Ghibli. Títulos como A Viagem de Chihiro e Toy Story fizeram o crossover. A própria Disney foi se renovando - A Bela e a Fera, O Rei Leão. Antes, os pais levavam as crianças. Hoje os adultos veem duas ou três vezes animações que comportam 'camadas'.

reference

As preferidas do autor do texto são Procurando Nemo e, a melhor de todas, Ratatouille. Mas as possibilidades são múltiplas. A associação com a Pixar revolucionou a Disney como potência econômica. E hoje as possibilidades oferecidas pela técnica - computação gráfica, digital -, são infinitas. A imaginação é o limite. Que o diga Zootopia, um marco do desenho gráfico com sua visão do futuro. Nesse quadro, um estúdio como DreamWorks tem investido nas franquias a perder de vista - Shrek, Kung Fu Panda, Madagascar. Como na velha Hollywood, em que havia as Majors e pipocaram estúdios pequenos (Republic, Monogogram etc), a animação também criou nichos. Existem as animações de massinhas, quadro a quadro. Existe o brasileiro Carlos Saldanha, que foi brigar em Hollywood e fez de Rio um fenômeno global. E existe a Illumination.

É um estúdio pequeno que estourou com Meu Malvado Preferido. Os Minions, amarelinhos bizarros que nasceram para servir vilões, ganharam o público. Na Illumination, a técnica não é rebuscada como na Pixar. A pegada é outra, e isso fica claro de cara em Pets. Quando o cachorrinho Max entra em cena, e isso ocorre imediatamente, adultos e crianças reagem do mesmo jeito - 'Ops!' Max poderia ser um dos filhotes da Dama e do Vagabundo. É peralta. As crianças devem se identificar com ele, os adultos devem se lembrar que já foram crianças. O filme parte de um princípio simples - o que fazem os bichos domésticos longe do olhar dos donos? Max é o caõzinho sapeca. Domina seu território até que chega o cãozarrão Duque, a ameaçar sua hegemonia. A velha batalha entre esperteza e força. A luta ganha a rua com acréscimos inesperados. Gangues de animais abandonados pelos donos (e revoltados). A liderá-los, um coelho neurórico. O mundo está louco e a animação de Chris Rennaud reflete a loucura de forma simples e direta.

Claro que tudo tem conserto. Amor, respeito à diferença. Mas isso, na Illumination, só vem com muita incorreção. Afinal, em que o outro estúdio o malvado e o favarito e os lacaios de vilões, os minions, são os heróis? Algo tem esse Pets para calçar fundo no público. O longa já é uma das grandes bilheterias do ano, animação ou não.

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