Paul Thomas Anderson fala sobre cobiça em 'Sangue Negro'


Filme conta a história de Daniel Plainview, um homem disposto a tudo para se tornar um magnata do petróleo

Por Luiz Carlos Merten

Para criar seu personagem de Sangue Negro, que estréia nesta quinta-feira, 14, nos cinemas brasileiros, muita gente pode pensar que Daniel Day-Lewis tomou como referência para o manipulador e destruitivo Daniel Plainview ninguém menos do que o lendário Charles Foster Kane, criado por Orson Welles em seu clássico Cidadão Kane. O próprio Daniel descarta essa possibilidade: "Em geral, toda a informação de que necessito está sempre no próprio roteiro, e o de Sangue Negro era particularmente bem escrito" (pelo diretor Paul Thomas Anderson). A surpresa está em que, mesmo assim, o ator admite haver-se inspirado, ligeiramente, na voz de John Huston. Veja também: Trailer de 'Sangue Negro'  "Não é que eu tenha querido falar como ele. Simplesmente parti do princípio de que sua voz seria interessante para um personagem como o meu Daniel. John tinha essa voz muito particular e, ao mesmo tempo, tinha uma relação de curiosidade com a língua. Procurei criar o personagem por inteiro, usando sua voz, mas sem dissociá-la do conjunto, no qual a voz é tão importante quanto o corpo." Daniel Day-Lewis fez essas revelações - confissões - num encontro com jornalistas do Regente Hotel, em Berlim, no fim de semana. Virada a página dos Rolling Stones no 58º Festival de Berlim, Sangue Negro foi um dos primeiros filmes da competição a ser exibidos para a imprensa e o público. Houve a grande coletiva e, depois, o que seriam pequenos grupos viraram duas mini-coletivas. Felizmente, não havia tanta gente e o tempo do encontro foi bem razoável - uma hora de conversa com o diretor Anderson e os atores Day-Lewis e Paul Dano. Daniel, por sua persona, concentrou o maior número de perguntas. Ele faz o gênero rebelde, de quem não curte o circo do cinemão. Mas há qualquer coisa de posado na sua rebeldia. Daniel não gosta do jogo. Aceita-o, mas tenta jogar do seu jeito. "Quem trabalha neste negócio sabe que o set é uma coisa sagrada, muito diferente dessa agitação mundana." O filme conta a história desse homem que, dos anos 1820 aos 1900, dedica-se a procurar o ouro negro, disposto a tudo para se tornar um magnata do petróleo. Sangue Negro conta a a ascensão de Daniel Plainview, que também é um pouco sua descida ao inferno. Possuído pela ambição, pela raiva e pelo ódio de si mesmo, Daniel Plainview vai renegar o próprio filho e se destruir no processo insano de destruir os outros. "Assim que Paul (o diretor Anderson) me mostrou o roteiro, fiquei atraído pela história e pelo personagem. É um universo que me parecia estranho e a obsessão de Daniel (Plainview) me pareceu um mistério que gostaria de decifrar como ator." Quando ele fala em decifrar o mistério, você pode pensar que Daniel Day-Lewis aplica todo seu racionalismo à arte de interpretar. "Tenho cada vez menos interesse em falar sobre o meu método, mas a verdade é que quando uma filmagem se desenrola bem - e esta desenrolou-se maravilhosamente bem -, o trabalho vira um processo coletivo no qual todo mundo está em sintonia. Você pode se soltar e ser o personagem." Foi o que ele fez. O esforço já foi recompensado com um Globo de Ouro e com a indicação para o Oscar de melhor ator, uma das oito que Sangue Negro obteve, incluindo também melhor filme e diretor.

Para criar seu personagem de Sangue Negro, que estréia nesta quinta-feira, 14, nos cinemas brasileiros, muita gente pode pensar que Daniel Day-Lewis tomou como referência para o manipulador e destruitivo Daniel Plainview ninguém menos do que o lendário Charles Foster Kane, criado por Orson Welles em seu clássico Cidadão Kane. O próprio Daniel descarta essa possibilidade: "Em geral, toda a informação de que necessito está sempre no próprio roteiro, e o de Sangue Negro era particularmente bem escrito" (pelo diretor Paul Thomas Anderson). A surpresa está em que, mesmo assim, o ator admite haver-se inspirado, ligeiramente, na voz de John Huston. Veja também: Trailer de 'Sangue Negro'  "Não é que eu tenha querido falar como ele. Simplesmente parti do princípio de que sua voz seria interessante para um personagem como o meu Daniel. John tinha essa voz muito particular e, ao mesmo tempo, tinha uma relação de curiosidade com a língua. Procurei criar o personagem por inteiro, usando sua voz, mas sem dissociá-la do conjunto, no qual a voz é tão importante quanto o corpo." Daniel Day-Lewis fez essas revelações - confissões - num encontro com jornalistas do Regente Hotel, em Berlim, no fim de semana. Virada a página dos Rolling Stones no 58º Festival de Berlim, Sangue Negro foi um dos primeiros filmes da competição a ser exibidos para a imprensa e o público. Houve a grande coletiva e, depois, o que seriam pequenos grupos viraram duas mini-coletivas. Felizmente, não havia tanta gente e o tempo do encontro foi bem razoável - uma hora de conversa com o diretor Anderson e os atores Day-Lewis e Paul Dano. Daniel, por sua persona, concentrou o maior número de perguntas. Ele faz o gênero rebelde, de quem não curte o circo do cinemão. Mas há qualquer coisa de posado na sua rebeldia. Daniel não gosta do jogo. Aceita-o, mas tenta jogar do seu jeito. "Quem trabalha neste negócio sabe que o set é uma coisa sagrada, muito diferente dessa agitação mundana." O filme conta a história desse homem que, dos anos 1820 aos 1900, dedica-se a procurar o ouro negro, disposto a tudo para se tornar um magnata do petróleo. Sangue Negro conta a a ascensão de Daniel Plainview, que também é um pouco sua descida ao inferno. Possuído pela ambição, pela raiva e pelo ódio de si mesmo, Daniel Plainview vai renegar o próprio filho e se destruir no processo insano de destruir os outros. "Assim que Paul (o diretor Anderson) me mostrou o roteiro, fiquei atraído pela história e pelo personagem. É um universo que me parecia estranho e a obsessão de Daniel (Plainview) me pareceu um mistério que gostaria de decifrar como ator." Quando ele fala em decifrar o mistério, você pode pensar que Daniel Day-Lewis aplica todo seu racionalismo à arte de interpretar. "Tenho cada vez menos interesse em falar sobre o meu método, mas a verdade é que quando uma filmagem se desenrola bem - e esta desenrolou-se maravilhosamente bem -, o trabalho vira um processo coletivo no qual todo mundo está em sintonia. Você pode se soltar e ser o personagem." Foi o que ele fez. O esforço já foi recompensado com um Globo de Ouro e com a indicação para o Oscar de melhor ator, uma das oito que Sangue Negro obteve, incluindo também melhor filme e diretor.

Para criar seu personagem de Sangue Negro, que estréia nesta quinta-feira, 14, nos cinemas brasileiros, muita gente pode pensar que Daniel Day-Lewis tomou como referência para o manipulador e destruitivo Daniel Plainview ninguém menos do que o lendário Charles Foster Kane, criado por Orson Welles em seu clássico Cidadão Kane. O próprio Daniel descarta essa possibilidade: "Em geral, toda a informação de que necessito está sempre no próprio roteiro, e o de Sangue Negro era particularmente bem escrito" (pelo diretor Paul Thomas Anderson). A surpresa está em que, mesmo assim, o ator admite haver-se inspirado, ligeiramente, na voz de John Huston. Veja também: Trailer de 'Sangue Negro'  "Não é que eu tenha querido falar como ele. Simplesmente parti do princípio de que sua voz seria interessante para um personagem como o meu Daniel. John tinha essa voz muito particular e, ao mesmo tempo, tinha uma relação de curiosidade com a língua. Procurei criar o personagem por inteiro, usando sua voz, mas sem dissociá-la do conjunto, no qual a voz é tão importante quanto o corpo." Daniel Day-Lewis fez essas revelações - confissões - num encontro com jornalistas do Regente Hotel, em Berlim, no fim de semana. Virada a página dos Rolling Stones no 58º Festival de Berlim, Sangue Negro foi um dos primeiros filmes da competição a ser exibidos para a imprensa e o público. Houve a grande coletiva e, depois, o que seriam pequenos grupos viraram duas mini-coletivas. Felizmente, não havia tanta gente e o tempo do encontro foi bem razoável - uma hora de conversa com o diretor Anderson e os atores Day-Lewis e Paul Dano. Daniel, por sua persona, concentrou o maior número de perguntas. Ele faz o gênero rebelde, de quem não curte o circo do cinemão. Mas há qualquer coisa de posado na sua rebeldia. Daniel não gosta do jogo. Aceita-o, mas tenta jogar do seu jeito. "Quem trabalha neste negócio sabe que o set é uma coisa sagrada, muito diferente dessa agitação mundana." O filme conta a história desse homem que, dos anos 1820 aos 1900, dedica-se a procurar o ouro negro, disposto a tudo para se tornar um magnata do petróleo. Sangue Negro conta a a ascensão de Daniel Plainview, que também é um pouco sua descida ao inferno. Possuído pela ambição, pela raiva e pelo ódio de si mesmo, Daniel Plainview vai renegar o próprio filho e se destruir no processo insano de destruir os outros. "Assim que Paul (o diretor Anderson) me mostrou o roteiro, fiquei atraído pela história e pelo personagem. É um universo que me parecia estranho e a obsessão de Daniel (Plainview) me pareceu um mistério que gostaria de decifrar como ator." Quando ele fala em decifrar o mistério, você pode pensar que Daniel Day-Lewis aplica todo seu racionalismo à arte de interpretar. "Tenho cada vez menos interesse em falar sobre o meu método, mas a verdade é que quando uma filmagem se desenrola bem - e esta desenrolou-se maravilhosamente bem -, o trabalho vira um processo coletivo no qual todo mundo está em sintonia. Você pode se soltar e ser o personagem." Foi o que ele fez. O esforço já foi recompensado com um Globo de Ouro e com a indicação para o Oscar de melhor ator, uma das oito que Sangue Negro obteve, incluindo também melhor filme e diretor.

Para criar seu personagem de Sangue Negro, que estréia nesta quinta-feira, 14, nos cinemas brasileiros, muita gente pode pensar que Daniel Day-Lewis tomou como referência para o manipulador e destruitivo Daniel Plainview ninguém menos do que o lendário Charles Foster Kane, criado por Orson Welles em seu clássico Cidadão Kane. O próprio Daniel descarta essa possibilidade: "Em geral, toda a informação de que necessito está sempre no próprio roteiro, e o de Sangue Negro era particularmente bem escrito" (pelo diretor Paul Thomas Anderson). A surpresa está em que, mesmo assim, o ator admite haver-se inspirado, ligeiramente, na voz de John Huston. Veja também: Trailer de 'Sangue Negro'  "Não é que eu tenha querido falar como ele. Simplesmente parti do princípio de que sua voz seria interessante para um personagem como o meu Daniel. John tinha essa voz muito particular e, ao mesmo tempo, tinha uma relação de curiosidade com a língua. Procurei criar o personagem por inteiro, usando sua voz, mas sem dissociá-la do conjunto, no qual a voz é tão importante quanto o corpo." Daniel Day-Lewis fez essas revelações - confissões - num encontro com jornalistas do Regente Hotel, em Berlim, no fim de semana. Virada a página dos Rolling Stones no 58º Festival de Berlim, Sangue Negro foi um dos primeiros filmes da competição a ser exibidos para a imprensa e o público. Houve a grande coletiva e, depois, o que seriam pequenos grupos viraram duas mini-coletivas. Felizmente, não havia tanta gente e o tempo do encontro foi bem razoável - uma hora de conversa com o diretor Anderson e os atores Day-Lewis e Paul Dano. Daniel, por sua persona, concentrou o maior número de perguntas. Ele faz o gênero rebelde, de quem não curte o circo do cinemão. Mas há qualquer coisa de posado na sua rebeldia. Daniel não gosta do jogo. Aceita-o, mas tenta jogar do seu jeito. "Quem trabalha neste negócio sabe que o set é uma coisa sagrada, muito diferente dessa agitação mundana." O filme conta a história desse homem que, dos anos 1820 aos 1900, dedica-se a procurar o ouro negro, disposto a tudo para se tornar um magnata do petróleo. Sangue Negro conta a a ascensão de Daniel Plainview, que também é um pouco sua descida ao inferno. Possuído pela ambição, pela raiva e pelo ódio de si mesmo, Daniel Plainview vai renegar o próprio filho e se destruir no processo insano de destruir os outros. "Assim que Paul (o diretor Anderson) me mostrou o roteiro, fiquei atraído pela história e pelo personagem. É um universo que me parecia estranho e a obsessão de Daniel (Plainview) me pareceu um mistério que gostaria de decifrar como ator." Quando ele fala em decifrar o mistério, você pode pensar que Daniel Day-Lewis aplica todo seu racionalismo à arte de interpretar. "Tenho cada vez menos interesse em falar sobre o meu método, mas a verdade é que quando uma filmagem se desenrola bem - e esta desenrolou-se maravilhosamente bem -, o trabalho vira um processo coletivo no qual todo mundo está em sintonia. Você pode se soltar e ser o personagem." Foi o que ele fez. O esforço já foi recompensado com um Globo de Ouro e com a indicação para o Oscar de melhor ator, uma das oito que Sangue Negro obteve, incluindo também melhor filme e diretor.

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