Presidentes são 'perseguidos' pelo cinema


Roteiros usam o filão do poder das mais diversas formas, do protesto ao filme de ação

Por Luiz Carlos Merten

Caetano Veloso, que vem de formular duras críticas ao presidente Lula, já disse que vai ver O Filho do Brasil e poderá até chorar, porque é sentimental, mas isso não muda sua avaliação do político. O grande medo da oposição é que Lula, favorecido por um índice de aprovação sem precedentes - quase 80% -, consiga fazer sua sucessora, a partir do filme. É apostar cegamente no cinema.

 

Representações presidenciais se constituem em casos muitas vezes curiosos. Em 1939, John Ford fez A Mocidade de Lincoln, usando o político quando jovem para sugerir a construção do mito e, na verdade, mostrá-lo como idealização das melhores virtudes da nação. Ford, por certo, estava fazendo política, mas ninguém o acusou de ser partidário. Seu projeto era mais amplo - a própria construção da identidade nacional.

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Depois disso, Hollywood volta e meia usou a figura do presidente como abstração, para configurar o herói - fosse Bill Pullman em Independence Day, de Roland Emmerich, ou Harrison Ford em Força Aérea Um, de Wolfgang Petersen. Zelito Viana foi mais elegante. O Juscelino de JK - Bela Noite para Voar, um recente (e interessante) caso brasileiro, transforma o ex-presidente num aventureiro sedutor em plena crise para derrubar seu governo. Tudo bem - trata-se de uma fantasia assumida. Críticos, Michael Moore, em Fahrenheit 11 de Setembro, e Oliver Stone, em W, investiram, cada um à sua maneira, contra o presidente George W. Bush, a quem acusavam de trair o ideário que Lincoln construíra na realidade e o cinema celebrara na ficção.

 

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No Festival de Brasília, o diretor Fábio Barreto disse que seu filme é um melodrama e não um filme político como o de Oliver Stone. Seu enfoque é tão assumidamente melodramático que a relação principal do ‘herói’ é com a mãe, Você sabe que mães sofredoras formam a base de melodramas clássicos, bastando citar Stella Dallas, a mãe redentora de King Vidor. Na fase ‘retirante’ da família de Lula, O Filho do Brasil incorpora Graciliano Ramos - Vidas Secas, com um cachorro quase tão importante quanto Baleia. É a homenagem de Fábio ao pai, Luiz Carlos Barreto, que fez o clássico de Nelson Pereira dos Santos.

 

O filme é chapa branca? Essa acusação foi feita ao Robert Guédiguian de Le Promeneur du Champs de Mars, sobre o François Mittérrand final. O filme de 2005 valeu a Michel Bouquet o prêmio de melhor ator em Berlim. Se o objetivo de Guédiguian, socialista assumido, era favorecer a candidatura de Segolene Royal à presidência da França, não deu certo. Nicolas Sarkozy ganhou.

Caetano Veloso, que vem de formular duras críticas ao presidente Lula, já disse que vai ver O Filho do Brasil e poderá até chorar, porque é sentimental, mas isso não muda sua avaliação do político. O grande medo da oposição é que Lula, favorecido por um índice de aprovação sem precedentes - quase 80% -, consiga fazer sua sucessora, a partir do filme. É apostar cegamente no cinema.

 

Representações presidenciais se constituem em casos muitas vezes curiosos. Em 1939, John Ford fez A Mocidade de Lincoln, usando o político quando jovem para sugerir a construção do mito e, na verdade, mostrá-lo como idealização das melhores virtudes da nação. Ford, por certo, estava fazendo política, mas ninguém o acusou de ser partidário. Seu projeto era mais amplo - a própria construção da identidade nacional.

 

Depois disso, Hollywood volta e meia usou a figura do presidente como abstração, para configurar o herói - fosse Bill Pullman em Independence Day, de Roland Emmerich, ou Harrison Ford em Força Aérea Um, de Wolfgang Petersen. Zelito Viana foi mais elegante. O Juscelino de JK - Bela Noite para Voar, um recente (e interessante) caso brasileiro, transforma o ex-presidente num aventureiro sedutor em plena crise para derrubar seu governo. Tudo bem - trata-se de uma fantasia assumida. Críticos, Michael Moore, em Fahrenheit 11 de Setembro, e Oliver Stone, em W, investiram, cada um à sua maneira, contra o presidente George W. Bush, a quem acusavam de trair o ideário que Lincoln construíra na realidade e o cinema celebrara na ficção.

 

No Festival de Brasília, o diretor Fábio Barreto disse que seu filme é um melodrama e não um filme político como o de Oliver Stone. Seu enfoque é tão assumidamente melodramático que a relação principal do ‘herói’ é com a mãe, Você sabe que mães sofredoras formam a base de melodramas clássicos, bastando citar Stella Dallas, a mãe redentora de King Vidor. Na fase ‘retirante’ da família de Lula, O Filho do Brasil incorpora Graciliano Ramos - Vidas Secas, com um cachorro quase tão importante quanto Baleia. É a homenagem de Fábio ao pai, Luiz Carlos Barreto, que fez o clássico de Nelson Pereira dos Santos.

 

O filme é chapa branca? Essa acusação foi feita ao Robert Guédiguian de Le Promeneur du Champs de Mars, sobre o François Mittérrand final. O filme de 2005 valeu a Michel Bouquet o prêmio de melhor ator em Berlim. Se o objetivo de Guédiguian, socialista assumido, era favorecer a candidatura de Segolene Royal à presidência da França, não deu certo. Nicolas Sarkozy ganhou.

Caetano Veloso, que vem de formular duras críticas ao presidente Lula, já disse que vai ver O Filho do Brasil e poderá até chorar, porque é sentimental, mas isso não muda sua avaliação do político. O grande medo da oposição é que Lula, favorecido por um índice de aprovação sem precedentes - quase 80% -, consiga fazer sua sucessora, a partir do filme. É apostar cegamente no cinema.

 

Representações presidenciais se constituem em casos muitas vezes curiosos. Em 1939, John Ford fez A Mocidade de Lincoln, usando o político quando jovem para sugerir a construção do mito e, na verdade, mostrá-lo como idealização das melhores virtudes da nação. Ford, por certo, estava fazendo política, mas ninguém o acusou de ser partidário. Seu projeto era mais amplo - a própria construção da identidade nacional.

 

Depois disso, Hollywood volta e meia usou a figura do presidente como abstração, para configurar o herói - fosse Bill Pullman em Independence Day, de Roland Emmerich, ou Harrison Ford em Força Aérea Um, de Wolfgang Petersen. Zelito Viana foi mais elegante. O Juscelino de JK - Bela Noite para Voar, um recente (e interessante) caso brasileiro, transforma o ex-presidente num aventureiro sedutor em plena crise para derrubar seu governo. Tudo bem - trata-se de uma fantasia assumida. Críticos, Michael Moore, em Fahrenheit 11 de Setembro, e Oliver Stone, em W, investiram, cada um à sua maneira, contra o presidente George W. Bush, a quem acusavam de trair o ideário que Lincoln construíra na realidade e o cinema celebrara na ficção.

 

No Festival de Brasília, o diretor Fábio Barreto disse que seu filme é um melodrama e não um filme político como o de Oliver Stone. Seu enfoque é tão assumidamente melodramático que a relação principal do ‘herói’ é com a mãe, Você sabe que mães sofredoras formam a base de melodramas clássicos, bastando citar Stella Dallas, a mãe redentora de King Vidor. Na fase ‘retirante’ da família de Lula, O Filho do Brasil incorpora Graciliano Ramos - Vidas Secas, com um cachorro quase tão importante quanto Baleia. É a homenagem de Fábio ao pai, Luiz Carlos Barreto, que fez o clássico de Nelson Pereira dos Santos.

 

O filme é chapa branca? Essa acusação foi feita ao Robert Guédiguian de Le Promeneur du Champs de Mars, sobre o François Mittérrand final. O filme de 2005 valeu a Michel Bouquet o prêmio de melhor ator em Berlim. Se o objetivo de Guédiguian, socialista assumido, era favorecer a candidatura de Segolene Royal à presidência da França, não deu certo. Nicolas Sarkozy ganhou.

Caetano Veloso, que vem de formular duras críticas ao presidente Lula, já disse que vai ver O Filho do Brasil e poderá até chorar, porque é sentimental, mas isso não muda sua avaliação do político. O grande medo da oposição é que Lula, favorecido por um índice de aprovação sem precedentes - quase 80% -, consiga fazer sua sucessora, a partir do filme. É apostar cegamente no cinema.

 

Representações presidenciais se constituem em casos muitas vezes curiosos. Em 1939, John Ford fez A Mocidade de Lincoln, usando o político quando jovem para sugerir a construção do mito e, na verdade, mostrá-lo como idealização das melhores virtudes da nação. Ford, por certo, estava fazendo política, mas ninguém o acusou de ser partidário. Seu projeto era mais amplo - a própria construção da identidade nacional.

 

Depois disso, Hollywood volta e meia usou a figura do presidente como abstração, para configurar o herói - fosse Bill Pullman em Independence Day, de Roland Emmerich, ou Harrison Ford em Força Aérea Um, de Wolfgang Petersen. Zelito Viana foi mais elegante. O Juscelino de JK - Bela Noite para Voar, um recente (e interessante) caso brasileiro, transforma o ex-presidente num aventureiro sedutor em plena crise para derrubar seu governo. Tudo bem - trata-se de uma fantasia assumida. Críticos, Michael Moore, em Fahrenheit 11 de Setembro, e Oliver Stone, em W, investiram, cada um à sua maneira, contra o presidente George W. Bush, a quem acusavam de trair o ideário que Lincoln construíra na realidade e o cinema celebrara na ficção.

 

No Festival de Brasília, o diretor Fábio Barreto disse que seu filme é um melodrama e não um filme político como o de Oliver Stone. Seu enfoque é tão assumidamente melodramático que a relação principal do ‘herói’ é com a mãe, Você sabe que mães sofredoras formam a base de melodramas clássicos, bastando citar Stella Dallas, a mãe redentora de King Vidor. Na fase ‘retirante’ da família de Lula, O Filho do Brasil incorpora Graciliano Ramos - Vidas Secas, com um cachorro quase tão importante quanto Baleia. É a homenagem de Fábio ao pai, Luiz Carlos Barreto, que fez o clássico de Nelson Pereira dos Santos.

 

O filme é chapa branca? Essa acusação foi feita ao Robert Guédiguian de Le Promeneur du Champs de Mars, sobre o François Mittérrand final. O filme de 2005 valeu a Michel Bouquet o prêmio de melhor ator em Berlim. Se o objetivo de Guédiguian, socialista assumido, era favorecer a candidatura de Segolene Royal à presidência da França, não deu certo. Nicolas Sarkozy ganhou.

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