A comédia "Quase Irmãos...", que estréia em todo o país na sexta-feira, chega com um lastro: a assinatura de Judd Apatow como produtor. Nos últimos anos, ele redefiniu o gênero, com filmes que combinam humor muitas vezes no limite do vulgar e uma certa ternura, como "Virgem de 40 Anos" e "Superbad". Não é diferente nesta nova empreitada, dirigida por Adam McKay ("O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy"), que traz nos papéis principais Will Ferrell ("Mais Estranho que a Ficção") e John C. Reilly ("A última noite"). Eles são Brennan Huff e Dale Doback, respectivamente, dois sujeitos preguiçosos e imaturos que ainda moram com seus pais. O problema começa quando o pai de Dale (Richard Jenkins, da série "A Sete Palmos") se apaixona e casa com a mãe de Brennan (Mary Steenburgen, de "Um Duende em Nova York"). Os dois quarentões desempregados são obrigados a conviver quando seus pais se casam. Dale abandonou a faculdade para cuidar dos negócios da família - embora seu pai insista que ele precisa ser um médico para poder fazer o serviço. Quando passam a morar na mesma casa, acabam obrigados até a dividir o mesmo quarto. Os dois vivem brigando até que entra em cena o irmão de Brennan, Derek (Adam Scott, de "Ligeiramente Grávidos") - um sujeito todo perfeitinho que é odiado pelos outros dois rapazes. O ódio, aliás, é a única coisa que possuem em comum. Além disso, como eles estã constantemente brigando, o casamento dos pais não anda muito bem. Quando Dale e Brennan percebem, resolvem unir forças para que essa nova 'família' não acabe. Como nos outros filmes da grife de Apatow, em "Quase Irmãos..." há poucas personagens femininas. Aqui, toda a trama é centrada na figura de homens adultos se comportando com adolescentes. Parece ser uma espécie de fenômeno social contemporâneo. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
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