Ele definitivamente entrou para o hall da fama de Hollywood com o Gladiador, que lhe rendeu um Oscar em 2001, mas desde meados Los Angeles: Cidade Proibida, de 1997, Russell Crowe vinha atraindo a atenção de todo o mundo. Mas para realmente provar que merecia papeis que iam além do típico cara fortão e invocado, o ator que completa 50 anos nesta segunda-feira ainda teria de fazer mais um grande filme, O Informante, de 1999, no qual desbancou outros astros mais cerebrais, em que interpreta um ex-cientista da indústria de tabaco que decide revelar todos os segredos sujos deste universo.
referenceO sucesso foi tamanho que Crowe ofuscou até mesmo Al Pacino, com quem contracena no longa de Michael Mann, e foi indicado ao Oscar de melhor ator. Mas era o ano de Beleza Americana e Kevin Spacey levou a melhor. Gladiador viria, então, na sequência de O Informante e elevaria o neozelandês ao status de estrela. Ridley Scott enxergou em Crowe o ator ideal para viver o general romano Maximus. E acertou. O longa levou vários Oscar e deu a Crowe, além do prêmio de melhor atuação, a chance de ganhar papeis mais versáteis. O ator ganhou também a fama de mau-humorado e briguento. Nos anos seguintes, o ator protagonizaria diversas cenas em que dava respostas duras e ríspidas a jornalistas e entrava em questões polêmicas com companheiros de set.
Em 2002, seria escolhido por Ron Howard para viver o matemático John Forbes Nash em Uma Mente Brilhante. O papel lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor atuação masculina em drama e mais uma indicação ao Oscar. Só que dessa vez o prêmio foi Denzel Washington por Dia de Treinamento.
Mais recentemente, Crowe estrelou o polêmico Noé. O longa dirigido por Darren Aronofskym, revisita o épico bíblico da Arca de Noé e enfrentou duras críticas tanto da comunidade cristã quando da imprensa especializada.Com orçamento de US$ 130 milhões, o longa também foi banido em alguns países islâmicos. Mas o sucesso de público foi tamanho que Noé bateu recordes em seu primeiro fim de semana em cartaz nos EUA, onde arrecadou US$ 47 milhões em apenas dois dias.
Crowe, que veio ao Brasil para o lançamento do filme, declarou que “o debate religioso é essencial no filme. Ajudaria muito a eliminar o abismo entre religiões se as pessoas, pelo menos, tivessem noção daquilo em que os outros creem, ou veneram.”
Em breve, Crowe estará em cartaz em Fathers and Daughters (Pais e Filhas), do italiano Gabriele Muccino, e The Water Diviner, longa que marca a estreia do ator na direção.