Sai em vídeo "Perfume de Mulher" original


Filme de Dino Risi pertence a uma das melhores fases do cinema italiano, com Vittorio Gassman num de seus mais marcantes papéis. Chega às locadoras dia 11

Por Agencia Estado

Quando esteve no Brasil, na semana passada, Sophia Loren teve de responder a perguntas sobre o cinema italiano atual. "Antes era melhor", disse. E é verdade. Basta lembrar da grande fase de Luchino Visconti, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni, ou então do tempo em que Dino Risi e Luigi Comencini excediam com suas comédias populares. Um exemplo dessa grande fase do cinema italiano está sendo resgatado pelo vídeo. Você não pode deixar de ver Perfume de Mulher. O filme de Dino Risi chega às locadoras no dia 11. É maravilhoso. Já foi lançado pela Central Vídeo, mas numa cópia precária, riscada. O vídeo que sai agora pela Paris foi feito do internegativo original, com qualidade técnica superior, embora imagem e sons perfeitos só mesmo quando sair em DVD. Você é capaz de dizer - já vi esse filme. Pode até ter visto, mas é mais provável que esteja pensando no remake produzido por Hollywood e que valeu a Al Pacino o Oscar de melhor ator. É um grande papel - e tanto que Vittorio Gassman, o grande ator italiano que morreu este ano, interpretando o original, foi melhor ator no Festival de Cannes e ainda ganhou o Globo de Ouro da crítica estrangeira, em Los Angeles. Grande Vittorio Gassman - interpretou o que, com esse filme, talvez seja a outra-prima de Risi, Aquele Que Sabe Viver (Il Sorpasso), do começo dos anos 60. Nos dois, Risi põe tragédia no humor, mistura comédia e tragédia com efeitos surpreendentes. É a história de um cego autoritário, um militar que tem um prazer todo especial em impor-se ao seu jovem e submisso ordenança (Alessandro Momo). Ambos percorrem um longo caminho, tanto no plano físico, do deslocamento geográfico, quanto no dos sentimentos. A história começa em Turim, torna-se grotesca em Gênova, engraçada em Roma e romântica em Nápoles. O homem orgulhoso que procura a morte para se compensar da perda da visão passa do donjuanismo cínico ao sentimento cheio de gratidão, expresso nos dois movimentos do filme. Por ser cego, o herói aguçou o sentido do olfato. Começa o filme referindo-se ao cheiro de fêmea, o "odore di femina", e termina descobrindo o "profumo di donna", perfume de mulher. Descobre o amor e rende-se a uma mulher tão especial que é interpretada por Agostina Belli, uma morena de olhos azuis que é uma deusa. No desfecho, mesmo cego, o personagem de Gassman ensina o de Momo a ver melhor o mundo. É um belíssimo filme, melhor do que a versão americana. Gassman também é melhor do que Pacino, embora esse último e o filme homônimo de Martin Brest também sejam bons. A grandeza vem da direção inspirada de Risi, dessa maneira de pôr densidade, humanidade, no humor. A narrativa evolui de forma a romper a coerência que parece destinar o personagem de Gassman à morte. Ele se aceita como inválido e carente de amor. Gassman foi um ator de grandes papéis, mas, se tivesse de ser lembrado por um, que fosse esse. Perfume de Mulher (Profumo di Donna) - Itália, 1974. Direção de Dino Risi. Grupo Paris. Colorido, 103 min. Dia 11.

Quando esteve no Brasil, na semana passada, Sophia Loren teve de responder a perguntas sobre o cinema italiano atual. "Antes era melhor", disse. E é verdade. Basta lembrar da grande fase de Luchino Visconti, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni, ou então do tempo em que Dino Risi e Luigi Comencini excediam com suas comédias populares. Um exemplo dessa grande fase do cinema italiano está sendo resgatado pelo vídeo. Você não pode deixar de ver Perfume de Mulher. O filme de Dino Risi chega às locadoras no dia 11. É maravilhoso. Já foi lançado pela Central Vídeo, mas numa cópia precária, riscada. O vídeo que sai agora pela Paris foi feito do internegativo original, com qualidade técnica superior, embora imagem e sons perfeitos só mesmo quando sair em DVD. Você é capaz de dizer - já vi esse filme. Pode até ter visto, mas é mais provável que esteja pensando no remake produzido por Hollywood e que valeu a Al Pacino o Oscar de melhor ator. É um grande papel - e tanto que Vittorio Gassman, o grande ator italiano que morreu este ano, interpretando o original, foi melhor ator no Festival de Cannes e ainda ganhou o Globo de Ouro da crítica estrangeira, em Los Angeles. Grande Vittorio Gassman - interpretou o que, com esse filme, talvez seja a outra-prima de Risi, Aquele Que Sabe Viver (Il Sorpasso), do começo dos anos 60. Nos dois, Risi põe tragédia no humor, mistura comédia e tragédia com efeitos surpreendentes. É a história de um cego autoritário, um militar que tem um prazer todo especial em impor-se ao seu jovem e submisso ordenança (Alessandro Momo). Ambos percorrem um longo caminho, tanto no plano físico, do deslocamento geográfico, quanto no dos sentimentos. A história começa em Turim, torna-se grotesca em Gênova, engraçada em Roma e romântica em Nápoles. O homem orgulhoso que procura a morte para se compensar da perda da visão passa do donjuanismo cínico ao sentimento cheio de gratidão, expresso nos dois movimentos do filme. Por ser cego, o herói aguçou o sentido do olfato. Começa o filme referindo-se ao cheiro de fêmea, o "odore di femina", e termina descobrindo o "profumo di donna", perfume de mulher. Descobre o amor e rende-se a uma mulher tão especial que é interpretada por Agostina Belli, uma morena de olhos azuis que é uma deusa. No desfecho, mesmo cego, o personagem de Gassman ensina o de Momo a ver melhor o mundo. É um belíssimo filme, melhor do que a versão americana. Gassman também é melhor do que Pacino, embora esse último e o filme homônimo de Martin Brest também sejam bons. A grandeza vem da direção inspirada de Risi, dessa maneira de pôr densidade, humanidade, no humor. A narrativa evolui de forma a romper a coerência que parece destinar o personagem de Gassman à morte. Ele se aceita como inválido e carente de amor. Gassman foi um ator de grandes papéis, mas, se tivesse de ser lembrado por um, que fosse esse. Perfume de Mulher (Profumo di Donna) - Itália, 1974. Direção de Dino Risi. Grupo Paris. Colorido, 103 min. Dia 11.

Quando esteve no Brasil, na semana passada, Sophia Loren teve de responder a perguntas sobre o cinema italiano atual. "Antes era melhor", disse. E é verdade. Basta lembrar da grande fase de Luchino Visconti, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni, ou então do tempo em que Dino Risi e Luigi Comencini excediam com suas comédias populares. Um exemplo dessa grande fase do cinema italiano está sendo resgatado pelo vídeo. Você não pode deixar de ver Perfume de Mulher. O filme de Dino Risi chega às locadoras no dia 11. É maravilhoso. Já foi lançado pela Central Vídeo, mas numa cópia precária, riscada. O vídeo que sai agora pela Paris foi feito do internegativo original, com qualidade técnica superior, embora imagem e sons perfeitos só mesmo quando sair em DVD. Você é capaz de dizer - já vi esse filme. Pode até ter visto, mas é mais provável que esteja pensando no remake produzido por Hollywood e que valeu a Al Pacino o Oscar de melhor ator. É um grande papel - e tanto que Vittorio Gassman, o grande ator italiano que morreu este ano, interpretando o original, foi melhor ator no Festival de Cannes e ainda ganhou o Globo de Ouro da crítica estrangeira, em Los Angeles. Grande Vittorio Gassman - interpretou o que, com esse filme, talvez seja a outra-prima de Risi, Aquele Que Sabe Viver (Il Sorpasso), do começo dos anos 60. Nos dois, Risi põe tragédia no humor, mistura comédia e tragédia com efeitos surpreendentes. É a história de um cego autoritário, um militar que tem um prazer todo especial em impor-se ao seu jovem e submisso ordenança (Alessandro Momo). Ambos percorrem um longo caminho, tanto no plano físico, do deslocamento geográfico, quanto no dos sentimentos. A história começa em Turim, torna-se grotesca em Gênova, engraçada em Roma e romântica em Nápoles. O homem orgulhoso que procura a morte para se compensar da perda da visão passa do donjuanismo cínico ao sentimento cheio de gratidão, expresso nos dois movimentos do filme. Por ser cego, o herói aguçou o sentido do olfato. Começa o filme referindo-se ao cheiro de fêmea, o "odore di femina", e termina descobrindo o "profumo di donna", perfume de mulher. Descobre o amor e rende-se a uma mulher tão especial que é interpretada por Agostina Belli, uma morena de olhos azuis que é uma deusa. No desfecho, mesmo cego, o personagem de Gassman ensina o de Momo a ver melhor o mundo. É um belíssimo filme, melhor do que a versão americana. Gassman também é melhor do que Pacino, embora esse último e o filme homônimo de Martin Brest também sejam bons. A grandeza vem da direção inspirada de Risi, dessa maneira de pôr densidade, humanidade, no humor. A narrativa evolui de forma a romper a coerência que parece destinar o personagem de Gassman à morte. Ele se aceita como inválido e carente de amor. Gassman foi um ator de grandes papéis, mas, se tivesse de ser lembrado por um, que fosse esse. Perfume de Mulher (Profumo di Donna) - Itália, 1974. Direção de Dino Risi. Grupo Paris. Colorido, 103 min. Dia 11.

Quando esteve no Brasil, na semana passada, Sophia Loren teve de responder a perguntas sobre o cinema italiano atual. "Antes era melhor", disse. E é verdade. Basta lembrar da grande fase de Luchino Visconti, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni, ou então do tempo em que Dino Risi e Luigi Comencini excediam com suas comédias populares. Um exemplo dessa grande fase do cinema italiano está sendo resgatado pelo vídeo. Você não pode deixar de ver Perfume de Mulher. O filme de Dino Risi chega às locadoras no dia 11. É maravilhoso. Já foi lançado pela Central Vídeo, mas numa cópia precária, riscada. O vídeo que sai agora pela Paris foi feito do internegativo original, com qualidade técnica superior, embora imagem e sons perfeitos só mesmo quando sair em DVD. Você é capaz de dizer - já vi esse filme. Pode até ter visto, mas é mais provável que esteja pensando no remake produzido por Hollywood e que valeu a Al Pacino o Oscar de melhor ator. É um grande papel - e tanto que Vittorio Gassman, o grande ator italiano que morreu este ano, interpretando o original, foi melhor ator no Festival de Cannes e ainda ganhou o Globo de Ouro da crítica estrangeira, em Los Angeles. Grande Vittorio Gassman - interpretou o que, com esse filme, talvez seja a outra-prima de Risi, Aquele Que Sabe Viver (Il Sorpasso), do começo dos anos 60. Nos dois, Risi põe tragédia no humor, mistura comédia e tragédia com efeitos surpreendentes. É a história de um cego autoritário, um militar que tem um prazer todo especial em impor-se ao seu jovem e submisso ordenança (Alessandro Momo). Ambos percorrem um longo caminho, tanto no plano físico, do deslocamento geográfico, quanto no dos sentimentos. A história começa em Turim, torna-se grotesca em Gênova, engraçada em Roma e romântica em Nápoles. O homem orgulhoso que procura a morte para se compensar da perda da visão passa do donjuanismo cínico ao sentimento cheio de gratidão, expresso nos dois movimentos do filme. Por ser cego, o herói aguçou o sentido do olfato. Começa o filme referindo-se ao cheiro de fêmea, o "odore di femina", e termina descobrindo o "profumo di donna", perfume de mulher. Descobre o amor e rende-se a uma mulher tão especial que é interpretada por Agostina Belli, uma morena de olhos azuis que é uma deusa. No desfecho, mesmo cego, o personagem de Gassman ensina o de Momo a ver melhor o mundo. É um belíssimo filme, melhor do que a versão americana. Gassman também é melhor do que Pacino, embora esse último e o filme homônimo de Martin Brest também sejam bons. A grandeza vem da direção inspirada de Risi, dessa maneira de pôr densidade, humanidade, no humor. A narrativa evolui de forma a romper a coerência que parece destinar o personagem de Gassman à morte. Ele se aceita como inválido e carente de amor. Gassman foi um ator de grandes papéis, mas, se tivesse de ser lembrado por um, que fosse esse. Perfume de Mulher (Profumo di Donna) - Itália, 1974. Direção de Dino Risi. Grupo Paris. Colorido, 103 min. Dia 11.

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