'Vagando no meio do Nada' lança olhar sobre a juventude vietnamita


Ao retratar a saga de uma garota disposta a abortar, a diretora Nguyên Hoàng Ðiêp revela o melhor do jovem cinema de seu país

Por Flavia Guerra

 Melhor filme da Semana da Crítica do Festival de Veneza 2014, Vagando no Meio do Nada (hoje, às 19h, na ECA; domingo, às 21h, no Cinemark St. Cruz) é o melhor no novo cinema vietnamita. Distante das visões estereotipadas que o cinema americano transmitiu ao longo das décadas, o Vietnã retratado por seus jovens cineastas é pulsante, urbano e complexo. 

Cena de "Vagando no Meio do Nada" Foto: Divulgação

A jovem Nguyên Hoàng Ðiêp, que, aos 32 anos, já produziu documentários, curtas e longas (como Bi, Não Tenha Medo, de 2010), faz com Vagando sua estreia na direção de longas. E o faz com conhecimento de causa ao retratar a garota Huyen que, ao ficar grávida aos 17 anos, decide abortar, mas encontra diversos obstáculos, como a ausência de companheirismo de seu namorado, a falta de dinheiro e as dúvidas. 

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Mais do que discutir questões morais, Ðiêp está interessada em falar ao mundo de um assunto que é, ao mesmo tempo, íntimo e global: a liberdade da mulher em um Vietnã que vaga entre o espartano modo de vida rural e a fervilhante vida urbana na capital Hanói. “É um filme sobre escolhas, e sobre o poder de bancar estas escolhas”, declara a diretora, que, para produzir seu filme, contou com fundos de incentivo da França, Alemanha e Noruega.

Mesmo que em uma narrativa muito particular e pessoal, que explora o universo interior dos personagens, Ðiêp atualiza a sociedade vietnamita que o cinema vê. 

Se, em 1993, O Cheiro de Papaya Verde (de Tran Anh Hung, que dá consultoria afetiva ao projeto de Ðiêp) mostrava ao mundo um Vietnã dos anos 1960 ainda às voltas com a guerra contra os americanos, Vagando faz um retrato da geração que herdou um país já em paz, em que a grande batalha seja talvez contra o niilismo. 

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A jovem criada de uma tradicional família de Papaia Verde hoje seria uma garota que migrou do campo para a cidade para tentar cursar uma universidade e curtir a vida noturna de uma das mais interessantes cidades da Ásia. 

Assim como grandes metrópoles do mundo, a cidade abriga jovens que sonham em dar passos mais largos na vida, mas vagam a esmo. Em vez de arranjar um emprego, contar com os pais, Huyen se prostitui. Mas seu melhor – e único – cliente é obcecado por grávidas. E, ao mesmo tempo em que ele a afasta de seu plano de abortar, também a faz feliz. Diante do impasse, o que fazer? É este voo rasante da entrada na vida adulta que Ðiêp retrata com um olhar tão sensorial quanto analítico. 

 Melhor filme da Semana da Crítica do Festival de Veneza 2014, Vagando no Meio do Nada (hoje, às 19h, na ECA; domingo, às 21h, no Cinemark St. Cruz) é o melhor no novo cinema vietnamita. Distante das visões estereotipadas que o cinema americano transmitiu ao longo das décadas, o Vietnã retratado por seus jovens cineastas é pulsante, urbano e complexo. 

Cena de "Vagando no Meio do Nada" Foto: Divulgação

A jovem Nguyên Hoàng Ðiêp, que, aos 32 anos, já produziu documentários, curtas e longas (como Bi, Não Tenha Medo, de 2010), faz com Vagando sua estreia na direção de longas. E o faz com conhecimento de causa ao retratar a garota Huyen que, ao ficar grávida aos 17 anos, decide abortar, mas encontra diversos obstáculos, como a ausência de companheirismo de seu namorado, a falta de dinheiro e as dúvidas. 

Mais do que discutir questões morais, Ðiêp está interessada em falar ao mundo de um assunto que é, ao mesmo tempo, íntimo e global: a liberdade da mulher em um Vietnã que vaga entre o espartano modo de vida rural e a fervilhante vida urbana na capital Hanói. “É um filme sobre escolhas, e sobre o poder de bancar estas escolhas”, declara a diretora, que, para produzir seu filme, contou com fundos de incentivo da França, Alemanha e Noruega.

Mesmo que em uma narrativa muito particular e pessoal, que explora o universo interior dos personagens, Ðiêp atualiza a sociedade vietnamita que o cinema vê. 

Se, em 1993, O Cheiro de Papaya Verde (de Tran Anh Hung, que dá consultoria afetiva ao projeto de Ðiêp) mostrava ao mundo um Vietnã dos anos 1960 ainda às voltas com a guerra contra os americanos, Vagando faz um retrato da geração que herdou um país já em paz, em que a grande batalha seja talvez contra o niilismo. 

A jovem criada de uma tradicional família de Papaia Verde hoje seria uma garota que migrou do campo para a cidade para tentar cursar uma universidade e curtir a vida noturna de uma das mais interessantes cidades da Ásia. 

Assim como grandes metrópoles do mundo, a cidade abriga jovens que sonham em dar passos mais largos na vida, mas vagam a esmo. Em vez de arranjar um emprego, contar com os pais, Huyen se prostitui. Mas seu melhor – e único – cliente é obcecado por grávidas. E, ao mesmo tempo em que ele a afasta de seu plano de abortar, também a faz feliz. Diante do impasse, o que fazer? É este voo rasante da entrada na vida adulta que Ðiêp retrata com um olhar tão sensorial quanto analítico. 

 Melhor filme da Semana da Crítica do Festival de Veneza 2014, Vagando no Meio do Nada (hoje, às 19h, na ECA; domingo, às 21h, no Cinemark St. Cruz) é o melhor no novo cinema vietnamita. Distante das visões estereotipadas que o cinema americano transmitiu ao longo das décadas, o Vietnã retratado por seus jovens cineastas é pulsante, urbano e complexo. 

Cena de "Vagando no Meio do Nada" Foto: Divulgação

A jovem Nguyên Hoàng Ðiêp, que, aos 32 anos, já produziu documentários, curtas e longas (como Bi, Não Tenha Medo, de 2010), faz com Vagando sua estreia na direção de longas. E o faz com conhecimento de causa ao retratar a garota Huyen que, ao ficar grávida aos 17 anos, decide abortar, mas encontra diversos obstáculos, como a ausência de companheirismo de seu namorado, a falta de dinheiro e as dúvidas. 

Mais do que discutir questões morais, Ðiêp está interessada em falar ao mundo de um assunto que é, ao mesmo tempo, íntimo e global: a liberdade da mulher em um Vietnã que vaga entre o espartano modo de vida rural e a fervilhante vida urbana na capital Hanói. “É um filme sobre escolhas, e sobre o poder de bancar estas escolhas”, declara a diretora, que, para produzir seu filme, contou com fundos de incentivo da França, Alemanha e Noruega.

Mesmo que em uma narrativa muito particular e pessoal, que explora o universo interior dos personagens, Ðiêp atualiza a sociedade vietnamita que o cinema vê. 

Se, em 1993, O Cheiro de Papaya Verde (de Tran Anh Hung, que dá consultoria afetiva ao projeto de Ðiêp) mostrava ao mundo um Vietnã dos anos 1960 ainda às voltas com a guerra contra os americanos, Vagando faz um retrato da geração que herdou um país já em paz, em que a grande batalha seja talvez contra o niilismo. 

A jovem criada de uma tradicional família de Papaia Verde hoje seria uma garota que migrou do campo para a cidade para tentar cursar uma universidade e curtir a vida noturna de uma das mais interessantes cidades da Ásia. 

Assim como grandes metrópoles do mundo, a cidade abriga jovens que sonham em dar passos mais largos na vida, mas vagam a esmo. Em vez de arranjar um emprego, contar com os pais, Huyen se prostitui. Mas seu melhor – e único – cliente é obcecado por grávidas. E, ao mesmo tempo em que ele a afasta de seu plano de abortar, também a faz feliz. Diante do impasse, o que fazer? É este voo rasante da entrada na vida adulta que Ðiêp retrata com um olhar tão sensorial quanto analítico. 

 Melhor filme da Semana da Crítica do Festival de Veneza 2014, Vagando no Meio do Nada (hoje, às 19h, na ECA; domingo, às 21h, no Cinemark St. Cruz) é o melhor no novo cinema vietnamita. Distante das visões estereotipadas que o cinema americano transmitiu ao longo das décadas, o Vietnã retratado por seus jovens cineastas é pulsante, urbano e complexo. 

Cena de "Vagando no Meio do Nada" Foto: Divulgação

A jovem Nguyên Hoàng Ðiêp, que, aos 32 anos, já produziu documentários, curtas e longas (como Bi, Não Tenha Medo, de 2010), faz com Vagando sua estreia na direção de longas. E o faz com conhecimento de causa ao retratar a garota Huyen que, ao ficar grávida aos 17 anos, decide abortar, mas encontra diversos obstáculos, como a ausência de companheirismo de seu namorado, a falta de dinheiro e as dúvidas. 

Mais do que discutir questões morais, Ðiêp está interessada em falar ao mundo de um assunto que é, ao mesmo tempo, íntimo e global: a liberdade da mulher em um Vietnã que vaga entre o espartano modo de vida rural e a fervilhante vida urbana na capital Hanói. “É um filme sobre escolhas, e sobre o poder de bancar estas escolhas”, declara a diretora, que, para produzir seu filme, contou com fundos de incentivo da França, Alemanha e Noruega.

Mesmo que em uma narrativa muito particular e pessoal, que explora o universo interior dos personagens, Ðiêp atualiza a sociedade vietnamita que o cinema vê. 

Se, em 1993, O Cheiro de Papaya Verde (de Tran Anh Hung, que dá consultoria afetiva ao projeto de Ðiêp) mostrava ao mundo um Vietnã dos anos 1960 ainda às voltas com a guerra contra os americanos, Vagando faz um retrato da geração que herdou um país já em paz, em que a grande batalha seja talvez contra o niilismo. 

A jovem criada de uma tradicional família de Papaia Verde hoje seria uma garota que migrou do campo para a cidade para tentar cursar uma universidade e curtir a vida noturna de uma das mais interessantes cidades da Ásia. 

Assim como grandes metrópoles do mundo, a cidade abriga jovens que sonham em dar passos mais largos na vida, mas vagam a esmo. Em vez de arranjar um emprego, contar com os pais, Huyen se prostitui. Mas seu melhor – e único – cliente é obcecado por grávidas. E, ao mesmo tempo em que ele a afasta de seu plano de abortar, também a faz feliz. Diante do impasse, o que fazer? É este voo rasante da entrada na vida adulta que Ðiêp retrata com um olhar tão sensorial quanto analítico. 

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