O Camisa de Vênus foi uma banda rebelde por natureza nos anos 80. De longe foi a mais ousada em termos de atitude e anarquia, tanto no visual como nas letras ácidas e repletas de duplo sentido. Musicalmente se destacava por ser mais pesada do que a maioria do rock brasileiro insosso e insípido feito à época, e ganhou destaque justamente pelo caráter contestador.
Aparentemente marginalizada pelas gravadoras e por expressiva parcela do público que achava a banda baiana de Marcelo Nova agressiva demais, teve abreviada sua trajetória nos anos 80 e 90, ensaiando diversas voltas, com vários níveis de fracasso.
Uma nova encarnação surgiu em janeiro do ano passado sem o expressivo vocal de Marcelo Nova - nunca foi um grande cantor, mas, extremamente carismático, criou um estilo inconfundível. Essa formação é que será a atração neste mês no Blackmore Bar, em São Paulo.
Entre os grandes hits oitentistas da banda figuram "Eu Não Matei Joana D'arc", "Meu Primo Zé", "Bete Morreu" e "Silvia". Integram o Camisa de Vênus hoje os guitarristas Karl Franz e Gustavo Müllem, peças-chaves da formação original, o ex-vocalista da banda punk baiana da década de 80 "Gonorréia", Eduardo Scott, Jerry Marlon no baixo e Louis na bateria.
A atual turnê, que já passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, além de diversas cidades na Bahia, é o aquecimento para o grupo começar a apresentar as músicas que estão preparando para a gravação do novo CD a ser lançado ainda este ano. O último álbum da banda foi o "Quem é Você?" lançado em 1996 .
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