Quando o blues salvou os Doors


Roberto Nascimento

Por Redação

Jim Morrison gravou seis discos à frente dos Doors. Do terceiro em diante, enquanto lidava com bebedeiras, alucinógenos e fama desmedida, tentou revigorar o ímpeto criativo que originou os ótimos The Doors e Strange Days, ambos de 67.

Em seguida, sintomas clássicos de decadência rock and roll: Waiting for the Sun, de 68, é morno; Soft Parade, de 69, flerta de maneira constrangedora com o pop açucarado da época; Morrison Hotel, de 70, tenta reformular a psicodelia que catapultou a banda ao sucesso, tal como um carro perdido que volta à Avenida Paulista para se situar.

 Foto: Estadão
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Este último é um disco irregular, mas a semente da redenção dos Doors foi plantada nele, especificamente em Roadhouse Blues, faixa que abre com guitarras ronronantes e tem Morrison despejando com raiva no acetato todo o lodaçal em que havia se metido.

E foi assim que o blues salvou os Doors. Se não da morte (Morrison sucumbiria a uma overdose no ano seguinte), pelo menos da mediocridade. O disco seguinte, L. A. Woman, calcado inteiramente nos afluentes do Mississippi, é um belo exemplo da simplicidade contundente que se alcança quando o gênero é abordado com sinceridade. Não é à toa que virou clássico e está na lista dos 500 melhores de todos os tempos pela Rolling Stone.

No caminho desta retomada encontra-se o registro ao vivo Live in Vancouver 1970, gravado entre os dois últimos discos. O show começa com Morrison entoando de forma lânguida e levemente enevoada a melodia de Roadhouse Blues, como se repousasse sobre a pulsação da banda, encontrando ali alguma paz em meio ao vendaval da fama. A partir daí, a banda navega com leveza por uma série ininterrupta de puro blues.

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 Foto: Estadão

 As guitarras do ótimo Robby Krieger incendeiam o clássico Back Door Man, de Willie Dixon, e dão o peso de Five to One. Morrison acompanha, se desfazendo da postura torpe e uivando endoidecido. Mas o melhor vem quando um inconfundível riff anuncia uma canja do mestre bluesman Albert King.

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A faixa é Little Red Rooster e o demolidor de veludo, como era chamado, resolvera dar uma palavrinha de quatro músicas àqueles meninos perdidos. Parece que deu certo.

Jim Morrison gravou seis discos à frente dos Doors. Do terceiro em diante, enquanto lidava com bebedeiras, alucinógenos e fama desmedida, tentou revigorar o ímpeto criativo que originou os ótimos The Doors e Strange Days, ambos de 67.

Em seguida, sintomas clássicos de decadência rock and roll: Waiting for the Sun, de 68, é morno; Soft Parade, de 69, flerta de maneira constrangedora com o pop açucarado da época; Morrison Hotel, de 70, tenta reformular a psicodelia que catapultou a banda ao sucesso, tal como um carro perdido que volta à Avenida Paulista para se situar.

 Foto: Estadão

Este último é um disco irregular, mas a semente da redenção dos Doors foi plantada nele, especificamente em Roadhouse Blues, faixa que abre com guitarras ronronantes e tem Morrison despejando com raiva no acetato todo o lodaçal em que havia se metido.

E foi assim que o blues salvou os Doors. Se não da morte (Morrison sucumbiria a uma overdose no ano seguinte), pelo menos da mediocridade. O disco seguinte, L. A. Woman, calcado inteiramente nos afluentes do Mississippi, é um belo exemplo da simplicidade contundente que se alcança quando o gênero é abordado com sinceridade. Não é à toa que virou clássico e está na lista dos 500 melhores de todos os tempos pela Rolling Stone.

No caminho desta retomada encontra-se o registro ao vivo Live in Vancouver 1970, gravado entre os dois últimos discos. O show começa com Morrison entoando de forma lânguida e levemente enevoada a melodia de Roadhouse Blues, como se repousasse sobre a pulsação da banda, encontrando ali alguma paz em meio ao vendaval da fama. A partir daí, a banda navega com leveza por uma série ininterrupta de puro blues.

 Foto: Estadão

 As guitarras do ótimo Robby Krieger incendeiam o clássico Back Door Man, de Willie Dixon, e dão o peso de Five to One. Morrison acompanha, se desfazendo da postura torpe e uivando endoidecido. Mas o melhor vem quando um inconfundível riff anuncia uma canja do mestre bluesman Albert King.

A faixa é Little Red Rooster e o demolidor de veludo, como era chamado, resolvera dar uma palavrinha de quatro músicas àqueles meninos perdidos. Parece que deu certo.

Jim Morrison gravou seis discos à frente dos Doors. Do terceiro em diante, enquanto lidava com bebedeiras, alucinógenos e fama desmedida, tentou revigorar o ímpeto criativo que originou os ótimos The Doors e Strange Days, ambos de 67.

Em seguida, sintomas clássicos de decadência rock and roll: Waiting for the Sun, de 68, é morno; Soft Parade, de 69, flerta de maneira constrangedora com o pop açucarado da época; Morrison Hotel, de 70, tenta reformular a psicodelia que catapultou a banda ao sucesso, tal como um carro perdido que volta à Avenida Paulista para se situar.

 Foto: Estadão

Este último é um disco irregular, mas a semente da redenção dos Doors foi plantada nele, especificamente em Roadhouse Blues, faixa que abre com guitarras ronronantes e tem Morrison despejando com raiva no acetato todo o lodaçal em que havia se metido.

E foi assim que o blues salvou os Doors. Se não da morte (Morrison sucumbiria a uma overdose no ano seguinte), pelo menos da mediocridade. O disco seguinte, L. A. Woman, calcado inteiramente nos afluentes do Mississippi, é um belo exemplo da simplicidade contundente que se alcança quando o gênero é abordado com sinceridade. Não é à toa que virou clássico e está na lista dos 500 melhores de todos os tempos pela Rolling Stone.

No caminho desta retomada encontra-se o registro ao vivo Live in Vancouver 1970, gravado entre os dois últimos discos. O show começa com Morrison entoando de forma lânguida e levemente enevoada a melodia de Roadhouse Blues, como se repousasse sobre a pulsação da banda, encontrando ali alguma paz em meio ao vendaval da fama. A partir daí, a banda navega com leveza por uma série ininterrupta de puro blues.

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 As guitarras do ótimo Robby Krieger incendeiam o clássico Back Door Man, de Willie Dixon, e dão o peso de Five to One. Morrison acompanha, se desfazendo da postura torpe e uivando endoidecido. Mas o melhor vem quando um inconfundível riff anuncia uma canja do mestre bluesman Albert King.

A faixa é Little Red Rooster e o demolidor de veludo, como era chamado, resolvera dar uma palavrinha de quatro músicas àqueles meninos perdidos. Parece que deu certo.

Jim Morrison gravou seis discos à frente dos Doors. Do terceiro em diante, enquanto lidava com bebedeiras, alucinógenos e fama desmedida, tentou revigorar o ímpeto criativo que originou os ótimos The Doors e Strange Days, ambos de 67.

Em seguida, sintomas clássicos de decadência rock and roll: Waiting for the Sun, de 68, é morno; Soft Parade, de 69, flerta de maneira constrangedora com o pop açucarado da época; Morrison Hotel, de 70, tenta reformular a psicodelia que catapultou a banda ao sucesso, tal como um carro perdido que volta à Avenida Paulista para se situar.

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Este último é um disco irregular, mas a semente da redenção dos Doors foi plantada nele, especificamente em Roadhouse Blues, faixa que abre com guitarras ronronantes e tem Morrison despejando com raiva no acetato todo o lodaçal em que havia se metido.

E foi assim que o blues salvou os Doors. Se não da morte (Morrison sucumbiria a uma overdose no ano seguinte), pelo menos da mediocridade. O disco seguinte, L. A. Woman, calcado inteiramente nos afluentes do Mississippi, é um belo exemplo da simplicidade contundente que se alcança quando o gênero é abordado com sinceridade. Não é à toa que virou clássico e está na lista dos 500 melhores de todos os tempos pela Rolling Stone.

No caminho desta retomada encontra-se o registro ao vivo Live in Vancouver 1970, gravado entre os dois últimos discos. O show começa com Morrison entoando de forma lânguida e levemente enevoada a melodia de Roadhouse Blues, como se repousasse sobre a pulsação da banda, encontrando ali alguma paz em meio ao vendaval da fama. A partir daí, a banda navega com leveza por uma série ininterrupta de puro blues.

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 As guitarras do ótimo Robby Krieger incendeiam o clássico Back Door Man, de Willie Dixon, e dão o peso de Five to One. Morrison acompanha, se desfazendo da postura torpe e uivando endoidecido. Mas o melhor vem quando um inconfundível riff anuncia uma canja do mestre bluesman Albert King.

A faixa é Little Red Rooster e o demolidor de veludo, como era chamado, resolvera dar uma palavrinha de quatro músicas àqueles meninos perdidos. Parece que deu certo.

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