Curitiba mostra três séculos de arte japonesa


"Eternos Tesouros do Japão" abre as comemorações do centenário da imigração nipônica no Brasil, que culminarão em 2008

Por Agencia Estado

As comemorações do centenário da imigração japonesa, a ser celebrado em 2008, estão começando cedo e, a se deduzir pela mostra "Eternos Tesouros do Japão", que o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba inaugura na noite desta sexta-feira, prometem bastante. Com uma seleção bastante ampla de obras de arte, armaduras, espadas e objetos domésticos, a exposição reúne 119 peças cedidas pelo Museu de Arte Fuji de Tóquio e procura pontuar a força e a diversidade da cultura japonesa. Estão representados oito diferentes períodos da história do Japão, que correspondem aos diferentes comandos políticos à frente do país, mas também sinalizam de maneira clara mudanças no cenário cultural, e portanto artístico. O foco central recai sobre o período Edo (1603-1868), um momento de recuo e fortalecimento da identidade nacional japonesa em relação à pressão colonizadora ocidental. "Uma das características do período é o patrocínio das artes, originando-se dos clãs guerreiros, dirigindo-se para os citadinos e difundindo-se amplamente entre as massas", resumem os curadores no texto de apresentação do catálogo. Em outras palavras, é nesse período que se rompe com a idéia de uma arte feita por aristocratas, para aristocratas. As peças realizadas entre os séculos 17 e 19 - entre as quais se destacam as pinturas e gravuras - correspondem a mais de dois terços da seleção e poderiam seguramente ter constituído a mostra na íntegra, não fosse a opção de mostrar, ao menos pontualmente, um recorte mais amplo da produção japonesa. As gravuras de período final, conhecidas como ukiyo-e (pintura do mundo flutuante, ou seja, a pintura do mundo que muda, da atualidade), e que cativaram de maneira definitiva a arte do Ocidente e os impressionistas em particular, são o grande destaque dessa era de dominação do clã Tokugawa. As gravações em madeira de mestres como Katsushika Hokusai, Kitagawa Utamaro e de Utagawa Hiroshige tiveram grande impacto sobre Van Gogh, por exemplo. Realizadas inicialmente em preto e depois adquirindo uma riqueza cromática impressionante, essas obras teriam sido levadas em grande quantidade ao Ocidente ao longo do século 19 e algumas delas acabaram tornando-se verdadeiros ícones, como a série "Cem Vistas Famosas de Edo" (Edo é o antigo nome da atual capital, Tóquio), de Hiroshige, ou "As Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji", de Hokusai. Dentre os temas mais trabalhados então, além das paisagens urbanas repletas de espontaneidade e movimento, estão as figuras femininas e as imagens ligadas ao kabuki, teatro de raízes mais populares e que se opõe ao refinado e antecessor noh. Mas nem só de exemplares grandiosos da arte gráfica e da pintura é feita a exposição. Há também uma significativa seleção de objetos feitos em laca, trabalhos em caligrafia - uma das várias marcas da influência decisiva da herança chinesa sobre a arte do Japão. E também um grande número de armas e armaduras, entre as quais estão as peças mais antigas da mostra.

As comemorações do centenário da imigração japonesa, a ser celebrado em 2008, estão começando cedo e, a se deduzir pela mostra "Eternos Tesouros do Japão", que o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba inaugura na noite desta sexta-feira, prometem bastante. Com uma seleção bastante ampla de obras de arte, armaduras, espadas e objetos domésticos, a exposição reúne 119 peças cedidas pelo Museu de Arte Fuji de Tóquio e procura pontuar a força e a diversidade da cultura japonesa. Estão representados oito diferentes períodos da história do Japão, que correspondem aos diferentes comandos políticos à frente do país, mas também sinalizam de maneira clara mudanças no cenário cultural, e portanto artístico. O foco central recai sobre o período Edo (1603-1868), um momento de recuo e fortalecimento da identidade nacional japonesa em relação à pressão colonizadora ocidental. "Uma das características do período é o patrocínio das artes, originando-se dos clãs guerreiros, dirigindo-se para os citadinos e difundindo-se amplamente entre as massas", resumem os curadores no texto de apresentação do catálogo. Em outras palavras, é nesse período que se rompe com a idéia de uma arte feita por aristocratas, para aristocratas. As peças realizadas entre os séculos 17 e 19 - entre as quais se destacam as pinturas e gravuras - correspondem a mais de dois terços da seleção e poderiam seguramente ter constituído a mostra na íntegra, não fosse a opção de mostrar, ao menos pontualmente, um recorte mais amplo da produção japonesa. As gravuras de período final, conhecidas como ukiyo-e (pintura do mundo flutuante, ou seja, a pintura do mundo que muda, da atualidade), e que cativaram de maneira definitiva a arte do Ocidente e os impressionistas em particular, são o grande destaque dessa era de dominação do clã Tokugawa. As gravações em madeira de mestres como Katsushika Hokusai, Kitagawa Utamaro e de Utagawa Hiroshige tiveram grande impacto sobre Van Gogh, por exemplo. Realizadas inicialmente em preto e depois adquirindo uma riqueza cromática impressionante, essas obras teriam sido levadas em grande quantidade ao Ocidente ao longo do século 19 e algumas delas acabaram tornando-se verdadeiros ícones, como a série "Cem Vistas Famosas de Edo" (Edo é o antigo nome da atual capital, Tóquio), de Hiroshige, ou "As Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji", de Hokusai. Dentre os temas mais trabalhados então, além das paisagens urbanas repletas de espontaneidade e movimento, estão as figuras femininas e as imagens ligadas ao kabuki, teatro de raízes mais populares e que se opõe ao refinado e antecessor noh. Mas nem só de exemplares grandiosos da arte gráfica e da pintura é feita a exposição. Há também uma significativa seleção de objetos feitos em laca, trabalhos em caligrafia - uma das várias marcas da influência decisiva da herança chinesa sobre a arte do Japão. E também um grande número de armas e armaduras, entre as quais estão as peças mais antigas da mostra.

As comemorações do centenário da imigração japonesa, a ser celebrado em 2008, estão começando cedo e, a se deduzir pela mostra "Eternos Tesouros do Japão", que o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba inaugura na noite desta sexta-feira, prometem bastante. Com uma seleção bastante ampla de obras de arte, armaduras, espadas e objetos domésticos, a exposição reúne 119 peças cedidas pelo Museu de Arte Fuji de Tóquio e procura pontuar a força e a diversidade da cultura japonesa. Estão representados oito diferentes períodos da história do Japão, que correspondem aos diferentes comandos políticos à frente do país, mas também sinalizam de maneira clara mudanças no cenário cultural, e portanto artístico. O foco central recai sobre o período Edo (1603-1868), um momento de recuo e fortalecimento da identidade nacional japonesa em relação à pressão colonizadora ocidental. "Uma das características do período é o patrocínio das artes, originando-se dos clãs guerreiros, dirigindo-se para os citadinos e difundindo-se amplamente entre as massas", resumem os curadores no texto de apresentação do catálogo. Em outras palavras, é nesse período que se rompe com a idéia de uma arte feita por aristocratas, para aristocratas. As peças realizadas entre os séculos 17 e 19 - entre as quais se destacam as pinturas e gravuras - correspondem a mais de dois terços da seleção e poderiam seguramente ter constituído a mostra na íntegra, não fosse a opção de mostrar, ao menos pontualmente, um recorte mais amplo da produção japonesa. As gravuras de período final, conhecidas como ukiyo-e (pintura do mundo flutuante, ou seja, a pintura do mundo que muda, da atualidade), e que cativaram de maneira definitiva a arte do Ocidente e os impressionistas em particular, são o grande destaque dessa era de dominação do clã Tokugawa. As gravações em madeira de mestres como Katsushika Hokusai, Kitagawa Utamaro e de Utagawa Hiroshige tiveram grande impacto sobre Van Gogh, por exemplo. Realizadas inicialmente em preto e depois adquirindo uma riqueza cromática impressionante, essas obras teriam sido levadas em grande quantidade ao Ocidente ao longo do século 19 e algumas delas acabaram tornando-se verdadeiros ícones, como a série "Cem Vistas Famosas de Edo" (Edo é o antigo nome da atual capital, Tóquio), de Hiroshige, ou "As Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji", de Hokusai. Dentre os temas mais trabalhados então, além das paisagens urbanas repletas de espontaneidade e movimento, estão as figuras femininas e as imagens ligadas ao kabuki, teatro de raízes mais populares e que se opõe ao refinado e antecessor noh. Mas nem só de exemplares grandiosos da arte gráfica e da pintura é feita a exposição. Há também uma significativa seleção de objetos feitos em laca, trabalhos em caligrafia - uma das várias marcas da influência decisiva da herança chinesa sobre a arte do Japão. E também um grande número de armas e armaduras, entre as quais estão as peças mais antigas da mostra.

As comemorações do centenário da imigração japonesa, a ser celebrado em 2008, estão começando cedo e, a se deduzir pela mostra "Eternos Tesouros do Japão", que o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba inaugura na noite desta sexta-feira, prometem bastante. Com uma seleção bastante ampla de obras de arte, armaduras, espadas e objetos domésticos, a exposição reúne 119 peças cedidas pelo Museu de Arte Fuji de Tóquio e procura pontuar a força e a diversidade da cultura japonesa. Estão representados oito diferentes períodos da história do Japão, que correspondem aos diferentes comandos políticos à frente do país, mas também sinalizam de maneira clara mudanças no cenário cultural, e portanto artístico. O foco central recai sobre o período Edo (1603-1868), um momento de recuo e fortalecimento da identidade nacional japonesa em relação à pressão colonizadora ocidental. "Uma das características do período é o patrocínio das artes, originando-se dos clãs guerreiros, dirigindo-se para os citadinos e difundindo-se amplamente entre as massas", resumem os curadores no texto de apresentação do catálogo. Em outras palavras, é nesse período que se rompe com a idéia de uma arte feita por aristocratas, para aristocratas. As peças realizadas entre os séculos 17 e 19 - entre as quais se destacam as pinturas e gravuras - correspondem a mais de dois terços da seleção e poderiam seguramente ter constituído a mostra na íntegra, não fosse a opção de mostrar, ao menos pontualmente, um recorte mais amplo da produção japonesa. As gravuras de período final, conhecidas como ukiyo-e (pintura do mundo flutuante, ou seja, a pintura do mundo que muda, da atualidade), e que cativaram de maneira definitiva a arte do Ocidente e os impressionistas em particular, são o grande destaque dessa era de dominação do clã Tokugawa. As gravações em madeira de mestres como Katsushika Hokusai, Kitagawa Utamaro e de Utagawa Hiroshige tiveram grande impacto sobre Van Gogh, por exemplo. Realizadas inicialmente em preto e depois adquirindo uma riqueza cromática impressionante, essas obras teriam sido levadas em grande quantidade ao Ocidente ao longo do século 19 e algumas delas acabaram tornando-se verdadeiros ícones, como a série "Cem Vistas Famosas de Edo" (Edo é o antigo nome da atual capital, Tóquio), de Hiroshige, ou "As Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji", de Hokusai. Dentre os temas mais trabalhados então, além das paisagens urbanas repletas de espontaneidade e movimento, estão as figuras femininas e as imagens ligadas ao kabuki, teatro de raízes mais populares e que se opõe ao refinado e antecessor noh. Mas nem só de exemplares grandiosos da arte gráfica e da pintura é feita a exposição. Há também uma significativa seleção de objetos feitos em laca, trabalhos em caligrafia - uma das várias marcas da influência decisiva da herança chinesa sobre a arte do Japão. E também um grande número de armas e armaduras, entre as quais estão as peças mais antigas da mostra.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.