Curta raro de Sérgio Ricardo inaugura o 19.º CineSul


Evento será realizado no Rio de Janeiro até o dia 1.º de julho com a participação de 12 países

Por LUIZ CARLOS MERTEN - O Estado de S.Paulo

Chico Buarque e Maria Bethânia são seus fãs. Carlos Drummond de Andrade respeitava tanto Sérgio Ricardo que lhe deu seu único cordel, A Estória de João Joana - que Sérgio musicou e apresentou há cerca de um mês em Brasília. Um mês? "Sou ruim de datas, mas foi por aí", ele explica, numa entrevista por telefone. Sérgio Ricardo, nascido João Lutfi, minimiza o fato, diz-se avesso às homenagens, mas hoje, no Rio, na abertura do 19.º CineSul, ele sobe ao palco do CCBB para o aplauso do público do Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo. O CineSul, que começa hoje, vai até 1.º de julho com uma programação que promete. Participam 12 países - Espanha, Argentina, México, Cuba, Venezuela, Portugal, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Porto Rico e Alemanha. As mostras competitivas exibem 68 médias e longas-metragens, sendo 33 brasileiros e 35 estrangeiros. A proposta é oferecer não apenas uma programação diferenciada de filmes - a maioria nem chega ao circuito exibidor do País -, como promover o intercâmbio, a discussão, a reflexão. As mostras temáticas Palcos e Telas, CineSul Ambiental, Arte CineSul, Romance Latino, Foco Espanha, Bossas Musicais e CineSul apresentam títulos garimpados entre os mais de 900 inscritos. O cinema da ibero-americano reluz no Rio e, no centro de toda essa programação, se destaca a homenagem a Sérgio Ricardo. Hoje será exibido o curta Menino da Calça Branca, de 22 minutos. Foi a estreia do diretor, em 1961. A cópia é nova e passou por um trabalho de limpeza pela Cinemateca Brasileira - "Meus filmes estão bem conservados e não necessitam de grandes restaurações", informa. Para muita gente - toda uma geração de espectadores que desconhece o curta de Sérgio Ricardo -, será uma revelação. Ele admite que fez Menino sob o impacto que lhe provocou a descoberta de um filme que virou clássico - O Balão Vermelho, de Albert Lamorisse, de 1956. Havia uma revolução em curso no cinema francês e mundial, na segunda metade dos anos 1950. Lamorisse não era caracteristicamente um autor da nouvelle vague, embora adotasse alguns conceitos da nova onda. Sua câmera era livre, como seriam as de François Truffaut e Jean-Luc Godard, mas a proposta era outra. A combinação de imagem e som, a estrutura audiovisual de Crins Blancs e O Balão Vermelho traduzia-se como poesia pura na tela. Sérgio Ricardo ficou siderado. Ele já era músico. Amava o cinema. E usou o que ganhava na música para financiar o próprio experimento cinematográfico. O Menino da Calça Branca é poético, com as belas imagens fotografadas pelo irmão do diretor - o lendário Dib Lutfi, cuja mão firme foi fundamental na eclosão do Cinema Novo e da máxima glauberiana, 'uma câmera na mão e uma ideia na cabeça'. Belo, poético, mas enraizado no social. Já era assim na música de Sérgio Ricardo e, em plena bossa nova, quando O Pato, na voz de João Gilberto, virava emblema de uma nova expressão musical, ele introduziu o protesto no movimento, com Zelão. "Todo morro entendeu quando Zelão chorou..." - Sérgio Ricardo reivindica a criação da canção de protesto com Zelão. Há algo desse protesto, dessa indignação social, em O Menino da Calça Branca, que também se aparenta ao curta Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade. O menino ganha a calça branca. Tenta mantê-la limpa. Busca o asfalto, mas as circunstâncias o devolvem à favela. "Os dois filmes têm alguma coisa, sim, mas não havia visto o curta do Joaquim. Era um sentimento comum, coisa da época." Na sequência do Menino, vieram Esse Mundo É Meu, Juliana do Amor Perdido e A Noite do Espantalho. Sérgio queria fazer um cinema que não fosse só diversão, mas expressão de um pensamento. Glauber Rocha chamou-o para a trilha de Deus e o Diabo na Terra do Sol. E, agora, é chegada a hora da homenagem. Sérgio Ricardo está completando 80 anos. São Paulo não fica fora do circuito da comemoração. Na sexta, 22, o Sesc Belenzinho abriga o show de aniversário. São 80 anos de vida e 60 de carreira. Sérgio, com mais duas cantoras e um cantor, vai repassar sucessos como Zelão, Nosso Olhar e Poema Azul, além das canções compostas para a trilha sonora de Deus e o Diabo e para a peça Flicts, de Ziraldo. "Te entrega, Corisco/ Eu não me entrego não..." - Sérgio Ricardo atravessou os anos da ditadura exilado no próprio Brasil, fazendo shows de resistência para estudantes. Em 1967, quebrou o violão e o atirou no público que vaiava Beto Bom de Bola, no Festival da Record. O fato marcou. "Não me arrependo de nada." Como ator - começou na TV -, cantor, compositor, diretor, "trilheiro", sua contribuição à cultura do País é valiosa.

Chico Buarque e Maria Bethânia são seus fãs. Carlos Drummond de Andrade respeitava tanto Sérgio Ricardo que lhe deu seu único cordel, A Estória de João Joana - que Sérgio musicou e apresentou há cerca de um mês em Brasília. Um mês? "Sou ruim de datas, mas foi por aí", ele explica, numa entrevista por telefone. Sérgio Ricardo, nascido João Lutfi, minimiza o fato, diz-se avesso às homenagens, mas hoje, no Rio, na abertura do 19.º CineSul, ele sobe ao palco do CCBB para o aplauso do público do Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo. O CineSul, que começa hoje, vai até 1.º de julho com uma programação que promete. Participam 12 países - Espanha, Argentina, México, Cuba, Venezuela, Portugal, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Porto Rico e Alemanha. As mostras competitivas exibem 68 médias e longas-metragens, sendo 33 brasileiros e 35 estrangeiros. A proposta é oferecer não apenas uma programação diferenciada de filmes - a maioria nem chega ao circuito exibidor do País -, como promover o intercâmbio, a discussão, a reflexão. As mostras temáticas Palcos e Telas, CineSul Ambiental, Arte CineSul, Romance Latino, Foco Espanha, Bossas Musicais e CineSul apresentam títulos garimpados entre os mais de 900 inscritos. O cinema da ibero-americano reluz no Rio e, no centro de toda essa programação, se destaca a homenagem a Sérgio Ricardo. Hoje será exibido o curta Menino da Calça Branca, de 22 minutos. Foi a estreia do diretor, em 1961. A cópia é nova e passou por um trabalho de limpeza pela Cinemateca Brasileira - "Meus filmes estão bem conservados e não necessitam de grandes restaurações", informa. Para muita gente - toda uma geração de espectadores que desconhece o curta de Sérgio Ricardo -, será uma revelação. Ele admite que fez Menino sob o impacto que lhe provocou a descoberta de um filme que virou clássico - O Balão Vermelho, de Albert Lamorisse, de 1956. Havia uma revolução em curso no cinema francês e mundial, na segunda metade dos anos 1950. Lamorisse não era caracteristicamente um autor da nouvelle vague, embora adotasse alguns conceitos da nova onda. Sua câmera era livre, como seriam as de François Truffaut e Jean-Luc Godard, mas a proposta era outra. A combinação de imagem e som, a estrutura audiovisual de Crins Blancs e O Balão Vermelho traduzia-se como poesia pura na tela. Sérgio Ricardo ficou siderado. Ele já era músico. Amava o cinema. E usou o que ganhava na música para financiar o próprio experimento cinematográfico. O Menino da Calça Branca é poético, com as belas imagens fotografadas pelo irmão do diretor - o lendário Dib Lutfi, cuja mão firme foi fundamental na eclosão do Cinema Novo e da máxima glauberiana, 'uma câmera na mão e uma ideia na cabeça'. Belo, poético, mas enraizado no social. Já era assim na música de Sérgio Ricardo e, em plena bossa nova, quando O Pato, na voz de João Gilberto, virava emblema de uma nova expressão musical, ele introduziu o protesto no movimento, com Zelão. "Todo morro entendeu quando Zelão chorou..." - Sérgio Ricardo reivindica a criação da canção de protesto com Zelão. Há algo desse protesto, dessa indignação social, em O Menino da Calça Branca, que também se aparenta ao curta Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade. O menino ganha a calça branca. Tenta mantê-la limpa. Busca o asfalto, mas as circunstâncias o devolvem à favela. "Os dois filmes têm alguma coisa, sim, mas não havia visto o curta do Joaquim. Era um sentimento comum, coisa da época." Na sequência do Menino, vieram Esse Mundo É Meu, Juliana do Amor Perdido e A Noite do Espantalho. Sérgio queria fazer um cinema que não fosse só diversão, mas expressão de um pensamento. Glauber Rocha chamou-o para a trilha de Deus e o Diabo na Terra do Sol. E, agora, é chegada a hora da homenagem. Sérgio Ricardo está completando 80 anos. São Paulo não fica fora do circuito da comemoração. Na sexta, 22, o Sesc Belenzinho abriga o show de aniversário. São 80 anos de vida e 60 de carreira. Sérgio, com mais duas cantoras e um cantor, vai repassar sucessos como Zelão, Nosso Olhar e Poema Azul, além das canções compostas para a trilha sonora de Deus e o Diabo e para a peça Flicts, de Ziraldo. "Te entrega, Corisco/ Eu não me entrego não..." - Sérgio Ricardo atravessou os anos da ditadura exilado no próprio Brasil, fazendo shows de resistência para estudantes. Em 1967, quebrou o violão e o atirou no público que vaiava Beto Bom de Bola, no Festival da Record. O fato marcou. "Não me arrependo de nada." Como ator - começou na TV -, cantor, compositor, diretor, "trilheiro", sua contribuição à cultura do País é valiosa.

Chico Buarque e Maria Bethânia são seus fãs. Carlos Drummond de Andrade respeitava tanto Sérgio Ricardo que lhe deu seu único cordel, A Estória de João Joana - que Sérgio musicou e apresentou há cerca de um mês em Brasília. Um mês? "Sou ruim de datas, mas foi por aí", ele explica, numa entrevista por telefone. Sérgio Ricardo, nascido João Lutfi, minimiza o fato, diz-se avesso às homenagens, mas hoje, no Rio, na abertura do 19.º CineSul, ele sobe ao palco do CCBB para o aplauso do público do Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo. O CineSul, que começa hoje, vai até 1.º de julho com uma programação que promete. Participam 12 países - Espanha, Argentina, México, Cuba, Venezuela, Portugal, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Porto Rico e Alemanha. As mostras competitivas exibem 68 médias e longas-metragens, sendo 33 brasileiros e 35 estrangeiros. A proposta é oferecer não apenas uma programação diferenciada de filmes - a maioria nem chega ao circuito exibidor do País -, como promover o intercâmbio, a discussão, a reflexão. As mostras temáticas Palcos e Telas, CineSul Ambiental, Arte CineSul, Romance Latino, Foco Espanha, Bossas Musicais e CineSul apresentam títulos garimpados entre os mais de 900 inscritos. O cinema da ibero-americano reluz no Rio e, no centro de toda essa programação, se destaca a homenagem a Sérgio Ricardo. Hoje será exibido o curta Menino da Calça Branca, de 22 minutos. Foi a estreia do diretor, em 1961. A cópia é nova e passou por um trabalho de limpeza pela Cinemateca Brasileira - "Meus filmes estão bem conservados e não necessitam de grandes restaurações", informa. Para muita gente - toda uma geração de espectadores que desconhece o curta de Sérgio Ricardo -, será uma revelação. Ele admite que fez Menino sob o impacto que lhe provocou a descoberta de um filme que virou clássico - O Balão Vermelho, de Albert Lamorisse, de 1956. Havia uma revolução em curso no cinema francês e mundial, na segunda metade dos anos 1950. Lamorisse não era caracteristicamente um autor da nouvelle vague, embora adotasse alguns conceitos da nova onda. Sua câmera era livre, como seriam as de François Truffaut e Jean-Luc Godard, mas a proposta era outra. A combinação de imagem e som, a estrutura audiovisual de Crins Blancs e O Balão Vermelho traduzia-se como poesia pura na tela. Sérgio Ricardo ficou siderado. Ele já era músico. Amava o cinema. E usou o que ganhava na música para financiar o próprio experimento cinematográfico. O Menino da Calça Branca é poético, com as belas imagens fotografadas pelo irmão do diretor - o lendário Dib Lutfi, cuja mão firme foi fundamental na eclosão do Cinema Novo e da máxima glauberiana, 'uma câmera na mão e uma ideia na cabeça'. Belo, poético, mas enraizado no social. Já era assim na música de Sérgio Ricardo e, em plena bossa nova, quando O Pato, na voz de João Gilberto, virava emblema de uma nova expressão musical, ele introduziu o protesto no movimento, com Zelão. "Todo morro entendeu quando Zelão chorou..." - Sérgio Ricardo reivindica a criação da canção de protesto com Zelão. Há algo desse protesto, dessa indignação social, em O Menino da Calça Branca, que também se aparenta ao curta Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade. O menino ganha a calça branca. Tenta mantê-la limpa. Busca o asfalto, mas as circunstâncias o devolvem à favela. "Os dois filmes têm alguma coisa, sim, mas não havia visto o curta do Joaquim. Era um sentimento comum, coisa da época." Na sequência do Menino, vieram Esse Mundo É Meu, Juliana do Amor Perdido e A Noite do Espantalho. Sérgio queria fazer um cinema que não fosse só diversão, mas expressão de um pensamento. Glauber Rocha chamou-o para a trilha de Deus e o Diabo na Terra do Sol. E, agora, é chegada a hora da homenagem. Sérgio Ricardo está completando 80 anos. São Paulo não fica fora do circuito da comemoração. Na sexta, 22, o Sesc Belenzinho abriga o show de aniversário. São 80 anos de vida e 60 de carreira. Sérgio, com mais duas cantoras e um cantor, vai repassar sucessos como Zelão, Nosso Olhar e Poema Azul, além das canções compostas para a trilha sonora de Deus e o Diabo e para a peça Flicts, de Ziraldo. "Te entrega, Corisco/ Eu não me entrego não..." - Sérgio Ricardo atravessou os anos da ditadura exilado no próprio Brasil, fazendo shows de resistência para estudantes. Em 1967, quebrou o violão e o atirou no público que vaiava Beto Bom de Bola, no Festival da Record. O fato marcou. "Não me arrependo de nada." Como ator - começou na TV -, cantor, compositor, diretor, "trilheiro", sua contribuição à cultura do País é valiosa.

Chico Buarque e Maria Bethânia são seus fãs. Carlos Drummond de Andrade respeitava tanto Sérgio Ricardo que lhe deu seu único cordel, A Estória de João Joana - que Sérgio musicou e apresentou há cerca de um mês em Brasília. Um mês? "Sou ruim de datas, mas foi por aí", ele explica, numa entrevista por telefone. Sérgio Ricardo, nascido João Lutfi, minimiza o fato, diz-se avesso às homenagens, mas hoje, no Rio, na abertura do 19.º CineSul, ele sobe ao palco do CCBB para o aplauso do público do Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo. O CineSul, que começa hoje, vai até 1.º de julho com uma programação que promete. Participam 12 países - Espanha, Argentina, México, Cuba, Venezuela, Portugal, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Porto Rico e Alemanha. As mostras competitivas exibem 68 médias e longas-metragens, sendo 33 brasileiros e 35 estrangeiros. A proposta é oferecer não apenas uma programação diferenciada de filmes - a maioria nem chega ao circuito exibidor do País -, como promover o intercâmbio, a discussão, a reflexão. As mostras temáticas Palcos e Telas, CineSul Ambiental, Arte CineSul, Romance Latino, Foco Espanha, Bossas Musicais e CineSul apresentam títulos garimpados entre os mais de 900 inscritos. O cinema da ibero-americano reluz no Rio e, no centro de toda essa programação, se destaca a homenagem a Sérgio Ricardo. Hoje será exibido o curta Menino da Calça Branca, de 22 minutos. Foi a estreia do diretor, em 1961. A cópia é nova e passou por um trabalho de limpeza pela Cinemateca Brasileira - "Meus filmes estão bem conservados e não necessitam de grandes restaurações", informa. Para muita gente - toda uma geração de espectadores que desconhece o curta de Sérgio Ricardo -, será uma revelação. Ele admite que fez Menino sob o impacto que lhe provocou a descoberta de um filme que virou clássico - O Balão Vermelho, de Albert Lamorisse, de 1956. Havia uma revolução em curso no cinema francês e mundial, na segunda metade dos anos 1950. Lamorisse não era caracteristicamente um autor da nouvelle vague, embora adotasse alguns conceitos da nova onda. Sua câmera era livre, como seriam as de François Truffaut e Jean-Luc Godard, mas a proposta era outra. A combinação de imagem e som, a estrutura audiovisual de Crins Blancs e O Balão Vermelho traduzia-se como poesia pura na tela. Sérgio Ricardo ficou siderado. Ele já era músico. Amava o cinema. E usou o que ganhava na música para financiar o próprio experimento cinematográfico. O Menino da Calça Branca é poético, com as belas imagens fotografadas pelo irmão do diretor - o lendário Dib Lutfi, cuja mão firme foi fundamental na eclosão do Cinema Novo e da máxima glauberiana, 'uma câmera na mão e uma ideia na cabeça'. Belo, poético, mas enraizado no social. Já era assim na música de Sérgio Ricardo e, em plena bossa nova, quando O Pato, na voz de João Gilberto, virava emblema de uma nova expressão musical, ele introduziu o protesto no movimento, com Zelão. "Todo morro entendeu quando Zelão chorou..." - Sérgio Ricardo reivindica a criação da canção de protesto com Zelão. Há algo desse protesto, dessa indignação social, em O Menino da Calça Branca, que também se aparenta ao curta Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade. O menino ganha a calça branca. Tenta mantê-la limpa. Busca o asfalto, mas as circunstâncias o devolvem à favela. "Os dois filmes têm alguma coisa, sim, mas não havia visto o curta do Joaquim. Era um sentimento comum, coisa da época." Na sequência do Menino, vieram Esse Mundo É Meu, Juliana do Amor Perdido e A Noite do Espantalho. Sérgio queria fazer um cinema que não fosse só diversão, mas expressão de um pensamento. Glauber Rocha chamou-o para a trilha de Deus e o Diabo na Terra do Sol. E, agora, é chegada a hora da homenagem. Sérgio Ricardo está completando 80 anos. São Paulo não fica fora do circuito da comemoração. Na sexta, 22, o Sesc Belenzinho abriga o show de aniversário. São 80 anos de vida e 60 de carreira. Sérgio, com mais duas cantoras e um cantor, vai repassar sucessos como Zelão, Nosso Olhar e Poema Azul, além das canções compostas para a trilha sonora de Deus e o Diabo e para a peça Flicts, de Ziraldo. "Te entrega, Corisco/ Eu não me entrego não..." - Sérgio Ricardo atravessou os anos da ditadura exilado no próprio Brasil, fazendo shows de resistência para estudantes. Em 1967, quebrou o violão e o atirou no público que vaiava Beto Bom de Bola, no Festival da Record. O fato marcou. "Não me arrependo de nada." Como ator - começou na TV -, cantor, compositor, diretor, "trilheiro", sua contribuição à cultura do País é valiosa.

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