Era para ser um dia como qualquer outro na vida de Tsanko Petrov (Stefan Denolyubov), protagonista do filme Glory. Mas não foi.
Sob o sol escaldante do verão búlgaro, o funcionário ferroviário fazia a manutenção diária dos trilhos do trem. Foi quando encontrou, em meio à paisagem solitária da estação, uma quantia exorbitante de dinheiro, no canteiro da via.
Humilde, Petrov logo procurou as autoridades para informar o ocorrido. O momento não era propício - o ministro dos Transportes do país enfrentava graves denúncias de corrupção. Mas, aos olhos da assessora de comunicação da pasta, Julia Staykova (Margita Gosheva), o fato parecia uma ótima oportunidade para tirar o foco da crise.
O plano até que funcionou, momentaneamente. Em questão de horas, o trabalhador virou herói nacional. Foi convocado para uma solenidade na sede do governo e, lá, ganhou um relógio de presente. E é aí que a história fica interessante.
No momento em que recebia a premiação, a assessora Julia pediu para que ele retirasse do pulso o relógio que usava - uma relíquia de família. O problema é que ela, descuidada, acaba perdendo o objeto. E Petrov iniciará uma verdadeira saga contra a burocracia governamental para reaver a herança.
Com sensibilidade, os diretores Kristina Grozeva e Petar Valchanov evocam um drama social intenso, que se assemelha bastante aos filmes do inglês Ken Loach, como 'Eu, Daniel Blake'.
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