Divirta-se

Com itens raros, Nirvana e Renato Russo ganham exposições em São Paulo


"É tão estranho, os bons morrem jovens", escreveu Renato Russo na música 'Love in the Afternoon'. Duas exposições - em cartaz na cidade a partir deste mês - mostram como os americanos do Nirvana, grupo liderado por Kurt Cobain, e Renato Russo, vocalista da Legião Urbana, conquistaram seu lugar na história da música em um curto, porém considerável, espaço de tempo.

Por Redação Divirta-se

"Vocês já pararam para perceber que talvez o Kurt Cobain ou aquelas outras pessoas que foram embora cedo demais, às vezes, é por causa de pressão?", disse Renato em 1994, quase confrontando a plateia, antes de tocar 'Pais e Filhos' no extinto 'Programa Livre'. Kurt havia se matado naquele ano. E o brasileiro sucumbiria ao vírus HIV em 1996.

Alguns bons podem ter morrido jovens, mas deixam um legado a ser celebrado pelas gerações futuras. A seguir, você confere detalhes e curiosidades de cada uma dessas exposições. André Carmona e Renato Vieira

 

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NIRVANA

Da esquerda para a direita, Krist Novoselic (baixo), Kurt Cobain (guitarra e vocal) e Dave Grohl (bateria) Foto: Charles Peterson
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Formada na cidade portuária de Aberdeen, nos Estados Unidos, a banda Nirvana tornou-se ícone da cena grunge que surgia no início dos anos 1990. Mais de duas décadas após a morte de seu líder Kurt Cobain, o grupo trajado com camisas xadrezes, de som sujo e postura anárquica ainda gera comoção. Agora, os fãs paulistanos poderão conferir Nirvana: Taking Punk to the Masses - vista por mais de 3 milhões de pessoas no Museum of Pop Culture (MoPOP), em Seattle. A mostra traz à capital mais de 200 peças - entre fotos, instrumentos musicais e objetos pessoais dos integrantes - que contam desde os primórdios do trio, ainda underground, até o sucesso internacional.

ONDE: Lounge Bienal. Pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, Ibirapuera, 5576-7640. QUANDO: Inauguração: 3ª (12). 10h/19h (sáb., dom. e fer., até 20h; fecha 2ª). Até 12/12. QUANTO: R$ 25/R$ 35. Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição do Nirvana

1 | 6

Memórias

Foto: Fabio Motta/Estadão
2 | 6

Arte final

Foto: Acervo Krist Novoselic
3 | 6

Underground

Foto: Acervo Mopop
4 | 6

Sem dó

Foto: Acervo Mopop
5 | 6

Raridade

Foto: Acervo Mopop
6 | 6

Começo de tudo

Foto: Acervo Mopop
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ENTREVISTA: Jacob McMurray O curador da mostra, inédita na capital, falou ao Divirta-se sobre o acervo que será exposto e o legado do Nirvana.

 Foto: André Velozo
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Como foi concebida a exposição em Seattle? A cidade sempre abrigou pequenas mostras sobre a cena local. Por volta de 2008, começamos a pensar em fazer algo maior, em torno do Nirvana. O objetivo era contar a história do grupo, abrangendo também o contexto musical de Seattle no início dos anos 1990.

Como esse acervo foi reunido e quais itens você considera mais importantes? Há mais ou menos 20 colecionadores envolvidos na mostra - integrantes e amigos da banda, assim como muitos fãs. Boa parte do material vem do acervo permanente do MoPOP (Museu da Cultura Pop), de Seattle. Há ótimas peças na exposição, como instrumentos musicais - incluindo guitarras quebradas por Kurt -, roupas da banda, letras escritas à mão e muitas fotos.

Em Seattle, a exposição foi vista por mais de 3 milhões de pessoas. Isso evidencia a relevância da banda para as novas gerações? Eu acho que sim. Nirvana e Kurt Cobain serão sempre lembrados pelas futuras gerações. O apelo da banda é eterno.

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RENATO RUSSO

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Renato Russo, em 1994. Foto: Acervo Renato Russo

O vocalista da Legião Urbana se mantém como um ícone do rock nacional. A exposição que leva seu nome, já em cartaz, é a maior que o Museu da Imagem e do Som já recebeu. Em Renato Russo, o público poderá ver mais de mil itens - entre manuscritos, documentos, cartazes de shows, objetos pessoais e até uma recriação de seu quarto. O material estava preservado em um apartamento no Rio de Janeiro, onde o artista passou seus últimos anos de vida, e foi organizado pela equipe do MIS a pedido de seu filho, Giuliano Manfredini. As seções da mostra dão conta de retratar, inclusive, sentimentos e pensamentos do compositor.

ONDE: MIS. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. QUANDO: 10h/21h (dom. e fer., 9h/19h; fecha 2ª). Até 28/1/2018. QUANTO: R$ 12/R$ 30 (3ª, grátis). Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição de Renato Russo

1 | 6

Brasília, 1978

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 6

Desenhista

Foto: Acervo Renato Russo
3 | 6

Família

Foto: Acervo Renato Russo
4 | 6

Camisetas

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 6

Fanzine

Foto: Acervo Renato Russo
6 | 6

Quarto

Foto: Rafael Arbex

ENTREVISTA: Fabiana Ribeiro A cocuradora da mostra, que visitou o apartamento de Renato Russo, falou ao Divirta-se sobre o acervo deixado pelo artista.

 Foto: Cinthia Bueno

A exposição sobre David Bowie, também no MIS, abriu caminho para focar outros ícones do rock? Sim, especialmente porque o Giuliano (Manfredini, filho de Renato) entrou em contato com o André Sturm (ex-diretor da instituição e atual secretário municipal de Cultura) depois de visitar a exposição do Bowie. Ele gostou do que viu e pensou que o MIS seria um bom lugar para expor o acervo que Renato deixou.

Como esse material estava guardado no apartamento? O apartamento tinha manutenção uma vez por semana. As roupas dele, por exemplo, continuaram a ser lavadas e o material escrito estava guardado em caixas. Tudo limpo e organizado.

Quais materiais devem impressionar os fãs? Acredito que a seção 'Artista Imaginário' deve surpreender, porque estão expostos vários projetos dele que não chegaram a ser divulgados. Entre eles está o conto 'Os Vampiros', que ele escreveu em 1974, e escritos sobre a 42nd St. Band, que era sua banda imaginária.

"Vocês já pararam para perceber que talvez o Kurt Cobain ou aquelas outras pessoas que foram embora cedo demais, às vezes, é por causa de pressão?", disse Renato em 1994, quase confrontando a plateia, antes de tocar 'Pais e Filhos' no extinto 'Programa Livre'. Kurt havia se matado naquele ano. E o brasileiro sucumbiria ao vírus HIV em 1996.

Alguns bons podem ter morrido jovens, mas deixam um legado a ser celebrado pelas gerações futuras. A seguir, você confere detalhes e curiosidades de cada uma dessas exposições. André Carmona e Renato Vieira

 

NIRVANA

Da esquerda para a direita, Krist Novoselic (baixo), Kurt Cobain (guitarra e vocal) e Dave Grohl (bateria) Foto: Charles Peterson

Formada na cidade portuária de Aberdeen, nos Estados Unidos, a banda Nirvana tornou-se ícone da cena grunge que surgia no início dos anos 1990. Mais de duas décadas após a morte de seu líder Kurt Cobain, o grupo trajado com camisas xadrezes, de som sujo e postura anárquica ainda gera comoção. Agora, os fãs paulistanos poderão conferir Nirvana: Taking Punk to the Masses - vista por mais de 3 milhões de pessoas no Museum of Pop Culture (MoPOP), em Seattle. A mostra traz à capital mais de 200 peças - entre fotos, instrumentos musicais e objetos pessoais dos integrantes - que contam desde os primórdios do trio, ainda underground, até o sucesso internacional.

ONDE: Lounge Bienal. Pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, Ibirapuera, 5576-7640. QUANDO: Inauguração: 3ª (12). 10h/19h (sáb., dom. e fer., até 20h; fecha 2ª). Até 12/12. QUANTO: R$ 25/R$ 35. Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição do Nirvana

1 | 6

Memórias

Foto: Fabio Motta/Estadão
2 | 6

Arte final

Foto: Acervo Krist Novoselic
3 | 6

Underground

Foto: Acervo Mopop
4 | 6

Sem dó

Foto: Acervo Mopop
5 | 6

Raridade

Foto: Acervo Mopop
6 | 6

Começo de tudo

Foto: Acervo Mopop

ENTREVISTA: Jacob McMurray O curador da mostra, inédita na capital, falou ao Divirta-se sobre o acervo que será exposto e o legado do Nirvana.

 Foto: André Velozo

Como foi concebida a exposição em Seattle? A cidade sempre abrigou pequenas mostras sobre a cena local. Por volta de 2008, começamos a pensar em fazer algo maior, em torno do Nirvana. O objetivo era contar a história do grupo, abrangendo também o contexto musical de Seattle no início dos anos 1990.

Como esse acervo foi reunido e quais itens você considera mais importantes? Há mais ou menos 20 colecionadores envolvidos na mostra - integrantes e amigos da banda, assim como muitos fãs. Boa parte do material vem do acervo permanente do MoPOP (Museu da Cultura Pop), de Seattle. Há ótimas peças na exposição, como instrumentos musicais - incluindo guitarras quebradas por Kurt -, roupas da banda, letras escritas à mão e muitas fotos.

Em Seattle, a exposição foi vista por mais de 3 milhões de pessoas. Isso evidencia a relevância da banda para as novas gerações? Eu acho que sim. Nirvana e Kurt Cobain serão sempre lembrados pelas futuras gerações. O apelo da banda é eterno.

 

RENATO RUSSO

Renato Russo, em 1994. Foto: Acervo Renato Russo

O vocalista da Legião Urbana se mantém como um ícone do rock nacional. A exposição que leva seu nome, já em cartaz, é a maior que o Museu da Imagem e do Som já recebeu. Em Renato Russo, o público poderá ver mais de mil itens - entre manuscritos, documentos, cartazes de shows, objetos pessoais e até uma recriação de seu quarto. O material estava preservado em um apartamento no Rio de Janeiro, onde o artista passou seus últimos anos de vida, e foi organizado pela equipe do MIS a pedido de seu filho, Giuliano Manfredini. As seções da mostra dão conta de retratar, inclusive, sentimentos e pensamentos do compositor.

ONDE: MIS. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. QUANDO: 10h/21h (dom. e fer., 9h/19h; fecha 2ª). Até 28/1/2018. QUANTO: R$ 12/R$ 30 (3ª, grátis). Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição de Renato Russo

1 | 6

Brasília, 1978

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 6

Desenhista

Foto: Acervo Renato Russo
3 | 6

Família

Foto: Acervo Renato Russo
4 | 6

Camisetas

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 6

Fanzine

Foto: Acervo Renato Russo
6 | 6

Quarto

Foto: Rafael Arbex

ENTREVISTA: Fabiana Ribeiro A cocuradora da mostra, que visitou o apartamento de Renato Russo, falou ao Divirta-se sobre o acervo deixado pelo artista.

 Foto: Cinthia Bueno

A exposição sobre David Bowie, também no MIS, abriu caminho para focar outros ícones do rock? Sim, especialmente porque o Giuliano (Manfredini, filho de Renato) entrou em contato com o André Sturm (ex-diretor da instituição e atual secretário municipal de Cultura) depois de visitar a exposição do Bowie. Ele gostou do que viu e pensou que o MIS seria um bom lugar para expor o acervo que Renato deixou.

Como esse material estava guardado no apartamento? O apartamento tinha manutenção uma vez por semana. As roupas dele, por exemplo, continuaram a ser lavadas e o material escrito estava guardado em caixas. Tudo limpo e organizado.

Quais materiais devem impressionar os fãs? Acredito que a seção 'Artista Imaginário' deve surpreender, porque estão expostos vários projetos dele que não chegaram a ser divulgados. Entre eles está o conto 'Os Vampiros', que ele escreveu em 1974, e escritos sobre a 42nd St. Band, que era sua banda imaginária.

"Vocês já pararam para perceber que talvez o Kurt Cobain ou aquelas outras pessoas que foram embora cedo demais, às vezes, é por causa de pressão?", disse Renato em 1994, quase confrontando a plateia, antes de tocar 'Pais e Filhos' no extinto 'Programa Livre'. Kurt havia se matado naquele ano. E o brasileiro sucumbiria ao vírus HIV em 1996.

Alguns bons podem ter morrido jovens, mas deixam um legado a ser celebrado pelas gerações futuras. A seguir, você confere detalhes e curiosidades de cada uma dessas exposições. André Carmona e Renato Vieira

 

NIRVANA

Da esquerda para a direita, Krist Novoselic (baixo), Kurt Cobain (guitarra e vocal) e Dave Grohl (bateria) Foto: Charles Peterson

Formada na cidade portuária de Aberdeen, nos Estados Unidos, a banda Nirvana tornou-se ícone da cena grunge que surgia no início dos anos 1990. Mais de duas décadas após a morte de seu líder Kurt Cobain, o grupo trajado com camisas xadrezes, de som sujo e postura anárquica ainda gera comoção. Agora, os fãs paulistanos poderão conferir Nirvana: Taking Punk to the Masses - vista por mais de 3 milhões de pessoas no Museum of Pop Culture (MoPOP), em Seattle. A mostra traz à capital mais de 200 peças - entre fotos, instrumentos musicais e objetos pessoais dos integrantes - que contam desde os primórdios do trio, ainda underground, até o sucesso internacional.

ONDE: Lounge Bienal. Pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, Ibirapuera, 5576-7640. QUANDO: Inauguração: 3ª (12). 10h/19h (sáb., dom. e fer., até 20h; fecha 2ª). Até 12/12. QUANTO: R$ 25/R$ 35. Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição do Nirvana

1 | 6

Memórias

Foto: Fabio Motta/Estadão
2 | 6

Arte final

Foto: Acervo Krist Novoselic
3 | 6

Underground

Foto: Acervo Mopop
4 | 6

Sem dó

Foto: Acervo Mopop
5 | 6

Raridade

Foto: Acervo Mopop
6 | 6

Começo de tudo

Foto: Acervo Mopop

ENTREVISTA: Jacob McMurray O curador da mostra, inédita na capital, falou ao Divirta-se sobre o acervo que será exposto e o legado do Nirvana.

 Foto: André Velozo

Como foi concebida a exposição em Seattle? A cidade sempre abrigou pequenas mostras sobre a cena local. Por volta de 2008, começamos a pensar em fazer algo maior, em torno do Nirvana. O objetivo era contar a história do grupo, abrangendo também o contexto musical de Seattle no início dos anos 1990.

Como esse acervo foi reunido e quais itens você considera mais importantes? Há mais ou menos 20 colecionadores envolvidos na mostra - integrantes e amigos da banda, assim como muitos fãs. Boa parte do material vem do acervo permanente do MoPOP (Museu da Cultura Pop), de Seattle. Há ótimas peças na exposição, como instrumentos musicais - incluindo guitarras quebradas por Kurt -, roupas da banda, letras escritas à mão e muitas fotos.

Em Seattle, a exposição foi vista por mais de 3 milhões de pessoas. Isso evidencia a relevância da banda para as novas gerações? Eu acho que sim. Nirvana e Kurt Cobain serão sempre lembrados pelas futuras gerações. O apelo da banda é eterno.

 

RENATO RUSSO

Renato Russo, em 1994. Foto: Acervo Renato Russo

O vocalista da Legião Urbana se mantém como um ícone do rock nacional. A exposição que leva seu nome, já em cartaz, é a maior que o Museu da Imagem e do Som já recebeu. Em Renato Russo, o público poderá ver mais de mil itens - entre manuscritos, documentos, cartazes de shows, objetos pessoais e até uma recriação de seu quarto. O material estava preservado em um apartamento no Rio de Janeiro, onde o artista passou seus últimos anos de vida, e foi organizado pela equipe do MIS a pedido de seu filho, Giuliano Manfredini. As seções da mostra dão conta de retratar, inclusive, sentimentos e pensamentos do compositor.

ONDE: MIS. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. QUANDO: 10h/21h (dom. e fer., 9h/19h; fecha 2ª). Até 28/1/2018. QUANTO: R$ 12/R$ 30 (3ª, grátis). Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição de Renato Russo

1 | 6

Brasília, 1978

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 6

Desenhista

Foto: Acervo Renato Russo
3 | 6

Família

Foto: Acervo Renato Russo
4 | 6

Camisetas

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 6

Fanzine

Foto: Acervo Renato Russo
6 | 6

Quarto

Foto: Rafael Arbex

ENTREVISTA: Fabiana Ribeiro A cocuradora da mostra, que visitou o apartamento de Renato Russo, falou ao Divirta-se sobre o acervo deixado pelo artista.

 Foto: Cinthia Bueno

A exposição sobre David Bowie, também no MIS, abriu caminho para focar outros ícones do rock? Sim, especialmente porque o Giuliano (Manfredini, filho de Renato) entrou em contato com o André Sturm (ex-diretor da instituição e atual secretário municipal de Cultura) depois de visitar a exposição do Bowie. Ele gostou do que viu e pensou que o MIS seria um bom lugar para expor o acervo que Renato deixou.

Como esse material estava guardado no apartamento? O apartamento tinha manutenção uma vez por semana. As roupas dele, por exemplo, continuaram a ser lavadas e o material escrito estava guardado em caixas. Tudo limpo e organizado.

Quais materiais devem impressionar os fãs? Acredito que a seção 'Artista Imaginário' deve surpreender, porque estão expostos vários projetos dele que não chegaram a ser divulgados. Entre eles está o conto 'Os Vampiros', que ele escreveu em 1974, e escritos sobre a 42nd St. Band, que era sua banda imaginária.

"Vocês já pararam para perceber que talvez o Kurt Cobain ou aquelas outras pessoas que foram embora cedo demais, às vezes, é por causa de pressão?", disse Renato em 1994, quase confrontando a plateia, antes de tocar 'Pais e Filhos' no extinto 'Programa Livre'. Kurt havia se matado naquele ano. E o brasileiro sucumbiria ao vírus HIV em 1996.

Alguns bons podem ter morrido jovens, mas deixam um legado a ser celebrado pelas gerações futuras. A seguir, você confere detalhes e curiosidades de cada uma dessas exposições. André Carmona e Renato Vieira

 

NIRVANA

Da esquerda para a direita, Krist Novoselic (baixo), Kurt Cobain (guitarra e vocal) e Dave Grohl (bateria) Foto: Charles Peterson

Formada na cidade portuária de Aberdeen, nos Estados Unidos, a banda Nirvana tornou-se ícone da cena grunge que surgia no início dos anos 1990. Mais de duas décadas após a morte de seu líder Kurt Cobain, o grupo trajado com camisas xadrezes, de som sujo e postura anárquica ainda gera comoção. Agora, os fãs paulistanos poderão conferir Nirvana: Taking Punk to the Masses - vista por mais de 3 milhões de pessoas no Museum of Pop Culture (MoPOP), em Seattle. A mostra traz à capital mais de 200 peças - entre fotos, instrumentos musicais e objetos pessoais dos integrantes - que contam desde os primórdios do trio, ainda underground, até o sucesso internacional.

ONDE: Lounge Bienal. Pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 3, Ibirapuera, 5576-7640. QUANDO: Inauguração: 3ª (12). 10h/19h (sáb., dom. e fer., até 20h; fecha 2ª). Até 12/12. QUANTO: R$ 25/R$ 35. Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição do Nirvana

1 | 6

Memórias

Foto: Fabio Motta/Estadão
2 | 6

Arte final

Foto: Acervo Krist Novoselic
3 | 6

Underground

Foto: Acervo Mopop
4 | 6

Sem dó

Foto: Acervo Mopop
5 | 6

Raridade

Foto: Acervo Mopop
6 | 6

Começo de tudo

Foto: Acervo Mopop

ENTREVISTA: Jacob McMurray O curador da mostra, inédita na capital, falou ao Divirta-se sobre o acervo que será exposto e o legado do Nirvana.

 Foto: André Velozo

Como foi concebida a exposição em Seattle? A cidade sempre abrigou pequenas mostras sobre a cena local. Por volta de 2008, começamos a pensar em fazer algo maior, em torno do Nirvana. O objetivo era contar a história do grupo, abrangendo também o contexto musical de Seattle no início dos anos 1990.

Como esse acervo foi reunido e quais itens você considera mais importantes? Há mais ou menos 20 colecionadores envolvidos na mostra - integrantes e amigos da banda, assim como muitos fãs. Boa parte do material vem do acervo permanente do MoPOP (Museu da Cultura Pop), de Seattle. Há ótimas peças na exposição, como instrumentos musicais - incluindo guitarras quebradas por Kurt -, roupas da banda, letras escritas à mão e muitas fotos.

Em Seattle, a exposição foi vista por mais de 3 milhões de pessoas. Isso evidencia a relevância da banda para as novas gerações? Eu acho que sim. Nirvana e Kurt Cobain serão sempre lembrados pelas futuras gerações. O apelo da banda é eterno.

 

RENATO RUSSO

Renato Russo, em 1994. Foto: Acervo Renato Russo

O vocalista da Legião Urbana se mantém como um ícone do rock nacional. A exposição que leva seu nome, já em cartaz, é a maior que o Museu da Imagem e do Som já recebeu. Em Renato Russo, o público poderá ver mais de mil itens - entre manuscritos, documentos, cartazes de shows, objetos pessoais e até uma recriação de seu quarto. O material estava preservado em um apartamento no Rio de Janeiro, onde o artista passou seus últimos anos de vida, e foi organizado pela equipe do MIS a pedido de seu filho, Giuliano Manfredini. As seções da mostra dão conta de retratar, inclusive, sentimentos e pensamentos do compositor.

ONDE: MIS. Av. Europa, 158, Jd. Europa, 2117-4777. QUANDO: 10h/21h (dom. e fer., 9h/19h; fecha 2ª). Até 28/1/2018. QUANTO: R$ 12/R$ 30 (3ª, grátis). Vendas pelo site: www.ingressorapido.com.br

Por dentro da exposição de Renato Russo

1 | 6

Brasília, 1978

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 6

Desenhista

Foto: Acervo Renato Russo
3 | 6

Família

Foto: Acervo Renato Russo
4 | 6

Camisetas

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 6

Fanzine

Foto: Acervo Renato Russo
6 | 6

Quarto

Foto: Rafael Arbex

ENTREVISTA: Fabiana Ribeiro A cocuradora da mostra, que visitou o apartamento de Renato Russo, falou ao Divirta-se sobre o acervo deixado pelo artista.

 Foto: Cinthia Bueno

A exposição sobre David Bowie, também no MIS, abriu caminho para focar outros ícones do rock? Sim, especialmente porque o Giuliano (Manfredini, filho de Renato) entrou em contato com o André Sturm (ex-diretor da instituição e atual secretário municipal de Cultura) depois de visitar a exposição do Bowie. Ele gostou do que viu e pensou que o MIS seria um bom lugar para expor o acervo que Renato deixou.

Como esse material estava guardado no apartamento? O apartamento tinha manutenção uma vez por semana. As roupas dele, por exemplo, continuaram a ser lavadas e o material escrito estava guardado em caixas. Tudo limpo e organizado.

Quais materiais devem impressionar os fãs? Acredito que a seção 'Artista Imaginário' deve surpreender, porque estão expostos vários projetos dele que não chegaram a ser divulgados. Entre eles está o conto 'Os Vampiros', que ele escreveu em 1974, e escritos sobre a 42nd St. Band, que era sua banda imaginária.

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