Em livro, a estranha família de Ray Bradbury


Chegam ao Brasil as histórias dos Elliot, parentes próximos dos exóticos Adams, que o autor de Fahrenheit 451 levou 55 anos para produzir

Por Agencia Estado

O processo de criação para o escritor americano Ray Bradbury é um mistério - autor de famosos livros de ficção científica, ele levou, por exemplo, nove dias para concluir um de seus principais clássicos, Fahrenheit 451, que chegou ao cinema sob a direção de François Truffaut. Por outro lado, para produzir pequenas histórias infantis da família Elliot (antecessora dos Adams) precisou de 55 anos. O ardoroso trabalho resultou no livro Uma Estranha Família e foi lançado recentemente pela Ediouro. "Tudo depende da paixão imediata", justifica o autor, no posfácio da edição. "A família Elliot começou a viver em minha infância, quando eu tinha 7 anos, nas festas do Dia das Bruxas. Mas, foi apenas com 20 e poucos que comecei a ruminar a idéia dessa família, que era bastante estranha, excêntrica, rococó - que poderia ser, mas não era, de vampiros." Na verdade, os Elliots são seres que estão vivos desde os tempos mais remotos e jamais morrerão. Alguns dormem em camas com tampas, como se fossem caixões. Eles vivem há séculos em uma casa misteriosa, que se formou pela força dos ventos (leia trecho nesta página) e está envolvida por lendas e mistérios, no norte de Illinois. A família também é raramente vista durante o dia: o Pai nasceu da Terra; a Mãe nunca dorme mas sonha; a Mil Vezes Ilustre Grandmère guarda os segredos da dinastia; o Avô mantém a vivacidade da juventude entre as orelhas; e Cecy, a filha mais bonita e especial, dona de uma hipersensibilidade. A única exceção é Timothy, garoto que foi deixado na porta da casa e adotado pela família, transformando-se no único Elliot que um dia vai envelhecer e morrer. É por meio da sua triste trajetória que a história da família é contada, narração, aliás, decidida a ser feita por ele, uma vez que sua presença na Terra não será eterna. Feitas as apresentações, a história se concentra nas festividades do regresso ao lar das diversas ramificações da família, seres capazes de mudar de forma, telepatas e até sonâmbulos. Para isso, a Casa, que tantos anos aguardou a vinda de algum morador, está sendo cuidadosamente preparada. O que a difere a família Elliot das tradicionalmente encontradas nas histórias de suspense é justamente a ausência de características tão marcantes. Ou seja, não há fantasmas, cemitérios, noites altas, estranhos andarilhos e crimes surpreendentes. Ray Bradbury utiliza seus seres diferentes para tratar de assuntos terrenos, como amor e perda, vida e morte, e até a dor da mortalidade. Ele conta que se inspirou nos parentes que perambulavam pela casa da sua avó nas noites de outubro, mês do Dia das Bruxas. Até os nomes dos personagens são os mesmos de primos e tios, como Einar e Cecy, dois dos mais curiosos entre os Elliots, justamente por poderem voar não apenas da maneira tradicional, com asas, mas também por meio de uma força que faz com que sua consciência se confunda com a de qualquer ser vivo, seja de um pássaro ou de uma menina. É inevitável uma comparação dos Elliots com a Família Addams, personagens criados por Charles Addams (1912-1988) que, além do sucesso em tiras de jornal, renderam uma série de televisão e duas versões para o cinema de muito sucesso. Bradbury, no posfácio, não entra na questão de quem influenciou quem, preferindo a alternativa de que ambos foram importantes em seus trabalhos. Addams foi o primeiro ilustrador das histórias dos Elliots no conto A Volta ao Lar, de 1946, mas, ao mesmo tempo, já brilhava com seu traço excêntrico na produção das aventuras dos Addams. "Mais que rivais, pretendíamos trabalhar juntos, pois combinávamos na forma de encarar as histórias de terror", conclui Bradbury. Uma Estranha Família - Lembranças de um Lugar do Passado. De Ray Bradbury, 208 páginas, Ediouro, R$ 23,90.

O processo de criação para o escritor americano Ray Bradbury é um mistério - autor de famosos livros de ficção científica, ele levou, por exemplo, nove dias para concluir um de seus principais clássicos, Fahrenheit 451, que chegou ao cinema sob a direção de François Truffaut. Por outro lado, para produzir pequenas histórias infantis da família Elliot (antecessora dos Adams) precisou de 55 anos. O ardoroso trabalho resultou no livro Uma Estranha Família e foi lançado recentemente pela Ediouro. "Tudo depende da paixão imediata", justifica o autor, no posfácio da edição. "A família Elliot começou a viver em minha infância, quando eu tinha 7 anos, nas festas do Dia das Bruxas. Mas, foi apenas com 20 e poucos que comecei a ruminar a idéia dessa família, que era bastante estranha, excêntrica, rococó - que poderia ser, mas não era, de vampiros." Na verdade, os Elliots são seres que estão vivos desde os tempos mais remotos e jamais morrerão. Alguns dormem em camas com tampas, como se fossem caixões. Eles vivem há séculos em uma casa misteriosa, que se formou pela força dos ventos (leia trecho nesta página) e está envolvida por lendas e mistérios, no norte de Illinois. A família também é raramente vista durante o dia: o Pai nasceu da Terra; a Mãe nunca dorme mas sonha; a Mil Vezes Ilustre Grandmère guarda os segredos da dinastia; o Avô mantém a vivacidade da juventude entre as orelhas; e Cecy, a filha mais bonita e especial, dona de uma hipersensibilidade. A única exceção é Timothy, garoto que foi deixado na porta da casa e adotado pela família, transformando-se no único Elliot que um dia vai envelhecer e morrer. É por meio da sua triste trajetória que a história da família é contada, narração, aliás, decidida a ser feita por ele, uma vez que sua presença na Terra não será eterna. Feitas as apresentações, a história se concentra nas festividades do regresso ao lar das diversas ramificações da família, seres capazes de mudar de forma, telepatas e até sonâmbulos. Para isso, a Casa, que tantos anos aguardou a vinda de algum morador, está sendo cuidadosamente preparada. O que a difere a família Elliot das tradicionalmente encontradas nas histórias de suspense é justamente a ausência de características tão marcantes. Ou seja, não há fantasmas, cemitérios, noites altas, estranhos andarilhos e crimes surpreendentes. Ray Bradbury utiliza seus seres diferentes para tratar de assuntos terrenos, como amor e perda, vida e morte, e até a dor da mortalidade. Ele conta que se inspirou nos parentes que perambulavam pela casa da sua avó nas noites de outubro, mês do Dia das Bruxas. Até os nomes dos personagens são os mesmos de primos e tios, como Einar e Cecy, dois dos mais curiosos entre os Elliots, justamente por poderem voar não apenas da maneira tradicional, com asas, mas também por meio de uma força que faz com que sua consciência se confunda com a de qualquer ser vivo, seja de um pássaro ou de uma menina. É inevitável uma comparação dos Elliots com a Família Addams, personagens criados por Charles Addams (1912-1988) que, além do sucesso em tiras de jornal, renderam uma série de televisão e duas versões para o cinema de muito sucesso. Bradbury, no posfácio, não entra na questão de quem influenciou quem, preferindo a alternativa de que ambos foram importantes em seus trabalhos. Addams foi o primeiro ilustrador das histórias dos Elliots no conto A Volta ao Lar, de 1946, mas, ao mesmo tempo, já brilhava com seu traço excêntrico na produção das aventuras dos Addams. "Mais que rivais, pretendíamos trabalhar juntos, pois combinávamos na forma de encarar as histórias de terror", conclui Bradbury. Uma Estranha Família - Lembranças de um Lugar do Passado. De Ray Bradbury, 208 páginas, Ediouro, R$ 23,90.

O processo de criação para o escritor americano Ray Bradbury é um mistério - autor de famosos livros de ficção científica, ele levou, por exemplo, nove dias para concluir um de seus principais clássicos, Fahrenheit 451, que chegou ao cinema sob a direção de François Truffaut. Por outro lado, para produzir pequenas histórias infantis da família Elliot (antecessora dos Adams) precisou de 55 anos. O ardoroso trabalho resultou no livro Uma Estranha Família e foi lançado recentemente pela Ediouro. "Tudo depende da paixão imediata", justifica o autor, no posfácio da edição. "A família Elliot começou a viver em minha infância, quando eu tinha 7 anos, nas festas do Dia das Bruxas. Mas, foi apenas com 20 e poucos que comecei a ruminar a idéia dessa família, que era bastante estranha, excêntrica, rococó - que poderia ser, mas não era, de vampiros." Na verdade, os Elliots são seres que estão vivos desde os tempos mais remotos e jamais morrerão. Alguns dormem em camas com tampas, como se fossem caixões. Eles vivem há séculos em uma casa misteriosa, que se formou pela força dos ventos (leia trecho nesta página) e está envolvida por lendas e mistérios, no norte de Illinois. A família também é raramente vista durante o dia: o Pai nasceu da Terra; a Mãe nunca dorme mas sonha; a Mil Vezes Ilustre Grandmère guarda os segredos da dinastia; o Avô mantém a vivacidade da juventude entre as orelhas; e Cecy, a filha mais bonita e especial, dona de uma hipersensibilidade. A única exceção é Timothy, garoto que foi deixado na porta da casa e adotado pela família, transformando-se no único Elliot que um dia vai envelhecer e morrer. É por meio da sua triste trajetória que a história da família é contada, narração, aliás, decidida a ser feita por ele, uma vez que sua presença na Terra não será eterna. Feitas as apresentações, a história se concentra nas festividades do regresso ao lar das diversas ramificações da família, seres capazes de mudar de forma, telepatas e até sonâmbulos. Para isso, a Casa, que tantos anos aguardou a vinda de algum morador, está sendo cuidadosamente preparada. O que a difere a família Elliot das tradicionalmente encontradas nas histórias de suspense é justamente a ausência de características tão marcantes. Ou seja, não há fantasmas, cemitérios, noites altas, estranhos andarilhos e crimes surpreendentes. Ray Bradbury utiliza seus seres diferentes para tratar de assuntos terrenos, como amor e perda, vida e morte, e até a dor da mortalidade. Ele conta que se inspirou nos parentes que perambulavam pela casa da sua avó nas noites de outubro, mês do Dia das Bruxas. Até os nomes dos personagens são os mesmos de primos e tios, como Einar e Cecy, dois dos mais curiosos entre os Elliots, justamente por poderem voar não apenas da maneira tradicional, com asas, mas também por meio de uma força que faz com que sua consciência se confunda com a de qualquer ser vivo, seja de um pássaro ou de uma menina. É inevitável uma comparação dos Elliots com a Família Addams, personagens criados por Charles Addams (1912-1988) que, além do sucesso em tiras de jornal, renderam uma série de televisão e duas versões para o cinema de muito sucesso. Bradbury, no posfácio, não entra na questão de quem influenciou quem, preferindo a alternativa de que ambos foram importantes em seus trabalhos. Addams foi o primeiro ilustrador das histórias dos Elliots no conto A Volta ao Lar, de 1946, mas, ao mesmo tempo, já brilhava com seu traço excêntrico na produção das aventuras dos Addams. "Mais que rivais, pretendíamos trabalhar juntos, pois combinávamos na forma de encarar as histórias de terror", conclui Bradbury. Uma Estranha Família - Lembranças de um Lugar do Passado. De Ray Bradbury, 208 páginas, Ediouro, R$ 23,90.

O processo de criação para o escritor americano Ray Bradbury é um mistério - autor de famosos livros de ficção científica, ele levou, por exemplo, nove dias para concluir um de seus principais clássicos, Fahrenheit 451, que chegou ao cinema sob a direção de François Truffaut. Por outro lado, para produzir pequenas histórias infantis da família Elliot (antecessora dos Adams) precisou de 55 anos. O ardoroso trabalho resultou no livro Uma Estranha Família e foi lançado recentemente pela Ediouro. "Tudo depende da paixão imediata", justifica o autor, no posfácio da edição. "A família Elliot começou a viver em minha infância, quando eu tinha 7 anos, nas festas do Dia das Bruxas. Mas, foi apenas com 20 e poucos que comecei a ruminar a idéia dessa família, que era bastante estranha, excêntrica, rococó - que poderia ser, mas não era, de vampiros." Na verdade, os Elliots são seres que estão vivos desde os tempos mais remotos e jamais morrerão. Alguns dormem em camas com tampas, como se fossem caixões. Eles vivem há séculos em uma casa misteriosa, que se formou pela força dos ventos (leia trecho nesta página) e está envolvida por lendas e mistérios, no norte de Illinois. A família também é raramente vista durante o dia: o Pai nasceu da Terra; a Mãe nunca dorme mas sonha; a Mil Vezes Ilustre Grandmère guarda os segredos da dinastia; o Avô mantém a vivacidade da juventude entre as orelhas; e Cecy, a filha mais bonita e especial, dona de uma hipersensibilidade. A única exceção é Timothy, garoto que foi deixado na porta da casa e adotado pela família, transformando-se no único Elliot que um dia vai envelhecer e morrer. É por meio da sua triste trajetória que a história da família é contada, narração, aliás, decidida a ser feita por ele, uma vez que sua presença na Terra não será eterna. Feitas as apresentações, a história se concentra nas festividades do regresso ao lar das diversas ramificações da família, seres capazes de mudar de forma, telepatas e até sonâmbulos. Para isso, a Casa, que tantos anos aguardou a vinda de algum morador, está sendo cuidadosamente preparada. O que a difere a família Elliot das tradicionalmente encontradas nas histórias de suspense é justamente a ausência de características tão marcantes. Ou seja, não há fantasmas, cemitérios, noites altas, estranhos andarilhos e crimes surpreendentes. Ray Bradbury utiliza seus seres diferentes para tratar de assuntos terrenos, como amor e perda, vida e morte, e até a dor da mortalidade. Ele conta que se inspirou nos parentes que perambulavam pela casa da sua avó nas noites de outubro, mês do Dia das Bruxas. Até os nomes dos personagens são os mesmos de primos e tios, como Einar e Cecy, dois dos mais curiosos entre os Elliots, justamente por poderem voar não apenas da maneira tradicional, com asas, mas também por meio de uma força que faz com que sua consciência se confunda com a de qualquer ser vivo, seja de um pássaro ou de uma menina. É inevitável uma comparação dos Elliots com a Família Addams, personagens criados por Charles Addams (1912-1988) que, além do sucesso em tiras de jornal, renderam uma série de televisão e duas versões para o cinema de muito sucesso. Bradbury, no posfácio, não entra na questão de quem influenciou quem, preferindo a alternativa de que ambos foram importantes em seus trabalhos. Addams foi o primeiro ilustrador das histórias dos Elliots no conto A Volta ao Lar, de 1946, mas, ao mesmo tempo, já brilhava com seu traço excêntrico na produção das aventuras dos Addams. "Mais que rivais, pretendíamos trabalhar juntos, pois combinávamos na forma de encarar as histórias de terror", conclui Bradbury. Uma Estranha Família - Lembranças de um Lugar do Passado. De Ray Bradbury, 208 páginas, Ediouro, R$ 23,90.

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