Geometria depois das cinzas


A maior retrospectiva no Brasil do uruguaio Torres García tem 146 obras

Por Antonio Gonçalves Filho

PORTO ALEGREDepois do incêndio que consumiu, em 1978, todas as obras da retrospectiva do pintor uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949) no Museu de Arte Moderna do Rio, familiares do artista e colecionadores estrangeiros, temerosos diante da possibilidade de novos acidentes, passaram a ignorar pedidos para a realização de mostras no Brasil. Felizmente, a maldição terminou. Foi aberta ontem, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a maior retrospectiva brasileira do grande nome da vanguarda uruguaia do século passado. São 146 obras entre pinturas, desenhos, aquarelas, manuscritos e esboços de murais realizados no Palácio da Assembleia de Barcelona, símbolo da autonomia catalã. Além desses trabalhos, datados de 1913 aos anos 1940, a mostra reúne os populares brinquedos com os quais ele buscou sustentar a mulher e os três filhos, montando uma fabriqueta em Nova York.Torres García representou para o construtivismo na pintura o que Mondrian significou para o neoplasticismo e Picasso para o cubismo. Colaborador do arquiteto Antoní Gaudí nas obras da Sagrada Família, entre 1903 e 1904, o uruguaio conviveu com todos os grandes gênios da vanguarda europeia do começo do século passado. Ainda vão descobrir, após a mostra, suas afinidades com o próprio artista que dá nome à fundação que a abriga, o gaúcho Iberê Camargo, especialmente o Iberê da fase dos carretéis, cuja composição formal faz lembrar a de Torres García. A fundação vai, inclusive, reforçar essa série de afinidades eletivas, trazendo ainda este ano uma exposição do mestre de Iberê Camargo, o metafísico italiano Giorgio De Chirico. O nome incontornável e já confirmado para 2012 é nada menos que Giorgio Morandi, com quem a obra do gaúcho dialoga. Os paulistanos não precisam ficar com inveja. Torres García vem para a Pinacoteca do Estado em dezembro. De Chirico demora um pouco mais: só chega em maio do próximo ano, no Masp. Os gaúchos estão vendo antes essas obras graças a uma criteriosa seleção dos bisnetos do pintor uruguaio, o engenheiro industrial e economista Alejandro Dias Lageard e a museóloga Jimena Perera, diretora há 15 anos do Museu Torres García, de Montevidéu. Ambos os curadores riem quando lembram a maldição dos incêndios que perseguiu a carreira do bisavô (além do MAM, os armazéns da Aladdin Toy Company, a fábrica de brinquedos do artista em Nova York, pegaram fogo em 1925). "Não somos supersticiosos e, além disso, examinamos minuciosamente tanto as instalações da Fundação Iberê Camargo como da Pinacoteca do Estado", diz Alejandro.O bisneto do artista garante que todas as fases do artista foram contempladas no processo seletivo. "Queremos que os visitantes saiam da exposição não com a ideia consagrada de Torres García como um pintor construtivista, mas como um homem que acompanhou os principais movimentos de vanguarda sempre em busca de uma arte não realista, mas profundamente interessada na essência das coisas." Por isso, obras raras do período "mediterrâneo", da primeira década do século passado, inspiradas nas formas arcaicas da cultura greco-romana, podem ser vistas na mostra ao lado de telas construtivistas de várias épocas. "A diferença que ele mantinha com Mondrian é que o holandês queria eliminar todos os rastros da realidade em suas telas, enquanto ele fazia questão de valorizar a pincelada, o gesto pictórico." A afinidade entre os dois, no entanto, era clara. "Fizemos questão de incluir manuscritos na mostra, porque Torres García foi também um grande teórico de arte, ainda hoje estudado pelos mais jovens", diz a curadora Jimena Perera. Um dos aspectos pouco conhecidos da personalidade do pintor, segundo o bisneto Alejandro, foi seu interesse pelo ocultismo, despertado por amigos espanhóis pertencentes à maçonaria. Torres García começou a estudar as igrejas medievais, recuando até as culturas arcaicas em busca de um saber que, segundo suas teorias, os artistas perderam por ignorar o passado.Para o bisneto, a obra do bisavô muda mesmo em 1928, quando começa a se relacionar com Van Doesburg e Mondrian e pinta sua primeira tela de tendência construtiva. Seu trabalho, segundo Alejandro, "retoma o sentido arquitetural e deflagra uma dissociação entre desenho e pintura". Os quadros, de fato, passam a ser construídos por planos de cor sobre os quais, observa o curador, "ele joga a linha negra, retomando o grafismo seu valor próprio". Nem por isso eles constituem a maioria entre as 44 pinturas selecionadas para a mostra. Há nela exemplos dos portos e naturezas-mortas, abundantes entre 1926 e 1928, quando o uruguaio morou em Paris, além de obras com figuras inspiradas nas antigas culturas africanas.O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA 8ª BIENAL DO MERCOSUL

PORTO ALEGREDepois do incêndio que consumiu, em 1978, todas as obras da retrospectiva do pintor uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949) no Museu de Arte Moderna do Rio, familiares do artista e colecionadores estrangeiros, temerosos diante da possibilidade de novos acidentes, passaram a ignorar pedidos para a realização de mostras no Brasil. Felizmente, a maldição terminou. Foi aberta ontem, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a maior retrospectiva brasileira do grande nome da vanguarda uruguaia do século passado. São 146 obras entre pinturas, desenhos, aquarelas, manuscritos e esboços de murais realizados no Palácio da Assembleia de Barcelona, símbolo da autonomia catalã. Além desses trabalhos, datados de 1913 aos anos 1940, a mostra reúne os populares brinquedos com os quais ele buscou sustentar a mulher e os três filhos, montando uma fabriqueta em Nova York.Torres García representou para o construtivismo na pintura o que Mondrian significou para o neoplasticismo e Picasso para o cubismo. Colaborador do arquiteto Antoní Gaudí nas obras da Sagrada Família, entre 1903 e 1904, o uruguaio conviveu com todos os grandes gênios da vanguarda europeia do começo do século passado. Ainda vão descobrir, após a mostra, suas afinidades com o próprio artista que dá nome à fundação que a abriga, o gaúcho Iberê Camargo, especialmente o Iberê da fase dos carretéis, cuja composição formal faz lembrar a de Torres García. A fundação vai, inclusive, reforçar essa série de afinidades eletivas, trazendo ainda este ano uma exposição do mestre de Iberê Camargo, o metafísico italiano Giorgio De Chirico. O nome incontornável e já confirmado para 2012 é nada menos que Giorgio Morandi, com quem a obra do gaúcho dialoga. Os paulistanos não precisam ficar com inveja. Torres García vem para a Pinacoteca do Estado em dezembro. De Chirico demora um pouco mais: só chega em maio do próximo ano, no Masp. Os gaúchos estão vendo antes essas obras graças a uma criteriosa seleção dos bisnetos do pintor uruguaio, o engenheiro industrial e economista Alejandro Dias Lageard e a museóloga Jimena Perera, diretora há 15 anos do Museu Torres García, de Montevidéu. Ambos os curadores riem quando lembram a maldição dos incêndios que perseguiu a carreira do bisavô (além do MAM, os armazéns da Aladdin Toy Company, a fábrica de brinquedos do artista em Nova York, pegaram fogo em 1925). "Não somos supersticiosos e, além disso, examinamos minuciosamente tanto as instalações da Fundação Iberê Camargo como da Pinacoteca do Estado", diz Alejandro.O bisneto do artista garante que todas as fases do artista foram contempladas no processo seletivo. "Queremos que os visitantes saiam da exposição não com a ideia consagrada de Torres García como um pintor construtivista, mas como um homem que acompanhou os principais movimentos de vanguarda sempre em busca de uma arte não realista, mas profundamente interessada na essência das coisas." Por isso, obras raras do período "mediterrâneo", da primeira década do século passado, inspiradas nas formas arcaicas da cultura greco-romana, podem ser vistas na mostra ao lado de telas construtivistas de várias épocas. "A diferença que ele mantinha com Mondrian é que o holandês queria eliminar todos os rastros da realidade em suas telas, enquanto ele fazia questão de valorizar a pincelada, o gesto pictórico." A afinidade entre os dois, no entanto, era clara. "Fizemos questão de incluir manuscritos na mostra, porque Torres García foi também um grande teórico de arte, ainda hoje estudado pelos mais jovens", diz a curadora Jimena Perera. Um dos aspectos pouco conhecidos da personalidade do pintor, segundo o bisneto Alejandro, foi seu interesse pelo ocultismo, despertado por amigos espanhóis pertencentes à maçonaria. Torres García começou a estudar as igrejas medievais, recuando até as culturas arcaicas em busca de um saber que, segundo suas teorias, os artistas perderam por ignorar o passado.Para o bisneto, a obra do bisavô muda mesmo em 1928, quando começa a se relacionar com Van Doesburg e Mondrian e pinta sua primeira tela de tendência construtiva. Seu trabalho, segundo Alejandro, "retoma o sentido arquitetural e deflagra uma dissociação entre desenho e pintura". Os quadros, de fato, passam a ser construídos por planos de cor sobre os quais, observa o curador, "ele joga a linha negra, retomando o grafismo seu valor próprio". Nem por isso eles constituem a maioria entre as 44 pinturas selecionadas para a mostra. Há nela exemplos dos portos e naturezas-mortas, abundantes entre 1926 e 1928, quando o uruguaio morou em Paris, além de obras com figuras inspiradas nas antigas culturas africanas.O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA 8ª BIENAL DO MERCOSUL

PORTO ALEGREDepois do incêndio que consumiu, em 1978, todas as obras da retrospectiva do pintor uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949) no Museu de Arte Moderna do Rio, familiares do artista e colecionadores estrangeiros, temerosos diante da possibilidade de novos acidentes, passaram a ignorar pedidos para a realização de mostras no Brasil. Felizmente, a maldição terminou. Foi aberta ontem, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a maior retrospectiva brasileira do grande nome da vanguarda uruguaia do século passado. São 146 obras entre pinturas, desenhos, aquarelas, manuscritos e esboços de murais realizados no Palácio da Assembleia de Barcelona, símbolo da autonomia catalã. Além desses trabalhos, datados de 1913 aos anos 1940, a mostra reúne os populares brinquedos com os quais ele buscou sustentar a mulher e os três filhos, montando uma fabriqueta em Nova York.Torres García representou para o construtivismo na pintura o que Mondrian significou para o neoplasticismo e Picasso para o cubismo. Colaborador do arquiteto Antoní Gaudí nas obras da Sagrada Família, entre 1903 e 1904, o uruguaio conviveu com todos os grandes gênios da vanguarda europeia do começo do século passado. Ainda vão descobrir, após a mostra, suas afinidades com o próprio artista que dá nome à fundação que a abriga, o gaúcho Iberê Camargo, especialmente o Iberê da fase dos carretéis, cuja composição formal faz lembrar a de Torres García. A fundação vai, inclusive, reforçar essa série de afinidades eletivas, trazendo ainda este ano uma exposição do mestre de Iberê Camargo, o metafísico italiano Giorgio De Chirico. O nome incontornável e já confirmado para 2012 é nada menos que Giorgio Morandi, com quem a obra do gaúcho dialoga. Os paulistanos não precisam ficar com inveja. Torres García vem para a Pinacoteca do Estado em dezembro. De Chirico demora um pouco mais: só chega em maio do próximo ano, no Masp. Os gaúchos estão vendo antes essas obras graças a uma criteriosa seleção dos bisnetos do pintor uruguaio, o engenheiro industrial e economista Alejandro Dias Lageard e a museóloga Jimena Perera, diretora há 15 anos do Museu Torres García, de Montevidéu. Ambos os curadores riem quando lembram a maldição dos incêndios que perseguiu a carreira do bisavô (além do MAM, os armazéns da Aladdin Toy Company, a fábrica de brinquedos do artista em Nova York, pegaram fogo em 1925). "Não somos supersticiosos e, além disso, examinamos minuciosamente tanto as instalações da Fundação Iberê Camargo como da Pinacoteca do Estado", diz Alejandro.O bisneto do artista garante que todas as fases do artista foram contempladas no processo seletivo. "Queremos que os visitantes saiam da exposição não com a ideia consagrada de Torres García como um pintor construtivista, mas como um homem que acompanhou os principais movimentos de vanguarda sempre em busca de uma arte não realista, mas profundamente interessada na essência das coisas." Por isso, obras raras do período "mediterrâneo", da primeira década do século passado, inspiradas nas formas arcaicas da cultura greco-romana, podem ser vistas na mostra ao lado de telas construtivistas de várias épocas. "A diferença que ele mantinha com Mondrian é que o holandês queria eliminar todos os rastros da realidade em suas telas, enquanto ele fazia questão de valorizar a pincelada, o gesto pictórico." A afinidade entre os dois, no entanto, era clara. "Fizemos questão de incluir manuscritos na mostra, porque Torres García foi também um grande teórico de arte, ainda hoje estudado pelos mais jovens", diz a curadora Jimena Perera. Um dos aspectos pouco conhecidos da personalidade do pintor, segundo o bisneto Alejandro, foi seu interesse pelo ocultismo, despertado por amigos espanhóis pertencentes à maçonaria. Torres García começou a estudar as igrejas medievais, recuando até as culturas arcaicas em busca de um saber que, segundo suas teorias, os artistas perderam por ignorar o passado.Para o bisneto, a obra do bisavô muda mesmo em 1928, quando começa a se relacionar com Van Doesburg e Mondrian e pinta sua primeira tela de tendência construtiva. Seu trabalho, segundo Alejandro, "retoma o sentido arquitetural e deflagra uma dissociação entre desenho e pintura". Os quadros, de fato, passam a ser construídos por planos de cor sobre os quais, observa o curador, "ele joga a linha negra, retomando o grafismo seu valor próprio". Nem por isso eles constituem a maioria entre as 44 pinturas selecionadas para a mostra. Há nela exemplos dos portos e naturezas-mortas, abundantes entre 1926 e 1928, quando o uruguaio morou em Paris, além de obras com figuras inspiradas nas antigas culturas africanas.O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA 8ª BIENAL DO MERCOSUL

PORTO ALEGREDepois do incêndio que consumiu, em 1978, todas as obras da retrospectiva do pintor uruguaio Joaquin Torres García (1874-1949) no Museu de Arte Moderna do Rio, familiares do artista e colecionadores estrangeiros, temerosos diante da possibilidade de novos acidentes, passaram a ignorar pedidos para a realização de mostras no Brasil. Felizmente, a maldição terminou. Foi aberta ontem, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, a maior retrospectiva brasileira do grande nome da vanguarda uruguaia do século passado. São 146 obras entre pinturas, desenhos, aquarelas, manuscritos e esboços de murais realizados no Palácio da Assembleia de Barcelona, símbolo da autonomia catalã. Além desses trabalhos, datados de 1913 aos anos 1940, a mostra reúne os populares brinquedos com os quais ele buscou sustentar a mulher e os três filhos, montando uma fabriqueta em Nova York.Torres García representou para o construtivismo na pintura o que Mondrian significou para o neoplasticismo e Picasso para o cubismo. Colaborador do arquiteto Antoní Gaudí nas obras da Sagrada Família, entre 1903 e 1904, o uruguaio conviveu com todos os grandes gênios da vanguarda europeia do começo do século passado. Ainda vão descobrir, após a mostra, suas afinidades com o próprio artista que dá nome à fundação que a abriga, o gaúcho Iberê Camargo, especialmente o Iberê da fase dos carretéis, cuja composição formal faz lembrar a de Torres García. A fundação vai, inclusive, reforçar essa série de afinidades eletivas, trazendo ainda este ano uma exposição do mestre de Iberê Camargo, o metafísico italiano Giorgio De Chirico. O nome incontornável e já confirmado para 2012 é nada menos que Giorgio Morandi, com quem a obra do gaúcho dialoga. Os paulistanos não precisam ficar com inveja. Torres García vem para a Pinacoteca do Estado em dezembro. De Chirico demora um pouco mais: só chega em maio do próximo ano, no Masp. Os gaúchos estão vendo antes essas obras graças a uma criteriosa seleção dos bisnetos do pintor uruguaio, o engenheiro industrial e economista Alejandro Dias Lageard e a museóloga Jimena Perera, diretora há 15 anos do Museu Torres García, de Montevidéu. Ambos os curadores riem quando lembram a maldição dos incêndios que perseguiu a carreira do bisavô (além do MAM, os armazéns da Aladdin Toy Company, a fábrica de brinquedos do artista em Nova York, pegaram fogo em 1925). "Não somos supersticiosos e, além disso, examinamos minuciosamente tanto as instalações da Fundação Iberê Camargo como da Pinacoteca do Estado", diz Alejandro.O bisneto do artista garante que todas as fases do artista foram contempladas no processo seletivo. "Queremos que os visitantes saiam da exposição não com a ideia consagrada de Torres García como um pintor construtivista, mas como um homem que acompanhou os principais movimentos de vanguarda sempre em busca de uma arte não realista, mas profundamente interessada na essência das coisas." Por isso, obras raras do período "mediterrâneo", da primeira década do século passado, inspiradas nas formas arcaicas da cultura greco-romana, podem ser vistas na mostra ao lado de telas construtivistas de várias épocas. "A diferença que ele mantinha com Mondrian é que o holandês queria eliminar todos os rastros da realidade em suas telas, enquanto ele fazia questão de valorizar a pincelada, o gesto pictórico." A afinidade entre os dois, no entanto, era clara. "Fizemos questão de incluir manuscritos na mostra, porque Torres García foi também um grande teórico de arte, ainda hoje estudado pelos mais jovens", diz a curadora Jimena Perera. Um dos aspectos pouco conhecidos da personalidade do pintor, segundo o bisneto Alejandro, foi seu interesse pelo ocultismo, despertado por amigos espanhóis pertencentes à maçonaria. Torres García começou a estudar as igrejas medievais, recuando até as culturas arcaicas em busca de um saber que, segundo suas teorias, os artistas perderam por ignorar o passado.Para o bisneto, a obra do bisavô muda mesmo em 1928, quando começa a se relacionar com Van Doesburg e Mondrian e pinta sua primeira tela de tendência construtiva. Seu trabalho, segundo Alejandro, "retoma o sentido arquitetural e deflagra uma dissociação entre desenho e pintura". Os quadros, de fato, passam a ser construídos por planos de cor sobre os quais, observa o curador, "ele joga a linha negra, retomando o grafismo seu valor próprio". Nem por isso eles constituem a maioria entre as 44 pinturas selecionadas para a mostra. Há nela exemplos dos portos e naturezas-mortas, abundantes entre 1926 e 1928, quando o uruguaio morou em Paris, além de obras com figuras inspiradas nas antigas culturas africanas.O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA 8ª BIENAL DO MERCOSUL

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