Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

‘Você nunca vai encontrar uma novela negacionista’, diz Zezé Polessa


Atriz, que completa 50 anos de carreira, fala sobre sua relação com a televisão e muito mais

Por Gilberto Amendola

Aos 50 anos de carreira, Zezé Polessa lembra dos tempos do curso de medicina e de seus primeiros passos na carreira de atriz. “Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né” (risos). Nesta entrevista, ela fala sobre o seu gosto por televisão (“eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público”) e conta em quem ela pensa quando está fazendo novela. A atriz também adianta sobre o que será o seu próximo trabalho no teatro – um recital sobre a vida e obra de Nara Leão. Leia um pouco da nossa conversa a seguir:

50 anos de carreira de Zezé Polessa Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira já dá pra dizer que valeu a pena largar a medicina?

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Eu não conseguia fazer teatro na medicina. Lá, as pessoas tinham que estudar 12 horas por dia. Ninguém queria fazer teatro. Eu soube que tinha na Aliança Francesa de Copacabana um grupo de teatro começando a montar umas coisas e tal. Aí eu acabei encontrando esse grupo e fui convidada para fazer uma substituição. Fiz vários trabalhos com eles durante a faculdade. Fiz muito teatro de rua também – que foi uma experiência muito bacana.

E desistiu da medicina?

Já pelo terceiro ou quarto ano, eu queria mesmo largar tudo e fazer teatro. Na época, eu fui convidada a me retirar de alguns grupos de teatro – porque já existia a necessidade de uma dedicação. Eu lembro de um grupo que falou assim: ‘A gente adora você, mas não confiamos em você’. Eu entendi, era muito difícil conciliar. Ainda tinha a expectativa da minha família.

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A família não lidou bem com a sua decisão?

Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né... Quando a Nísia assumiu o Ministério da Saúde lembrei dessas coisas que meu pai falava (Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde).

E como começou sua relação com a televisão?

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Durante 10 anos eu trabalhava, mas sei lá como que eu me sustentava... Mas quando olhei para a televisão também não foi uma coisa só sobre dinheiro. Quando eu estava amamentando, e ficava em casa muitas horas paradinha, eu comecei a ver umas coisas na TV Manchete. Então, comecei a olhar para televisão e ver como ela estava sendo boa comigo naquele momento.

Aí você pensa nessas pessoas que estão em casa quando faz TV...

Eu penso sempre. Nesse horário que eu tô fazendo (novela das seis), eu penso nas crianças que chegaram da escola de manhã, que já fizeram o dever de casa e vão assistir uma novela que tem uma criança protagonista. E aí penso nas pessoas mais velhas, penso nas pessoas que estão acamadas, que estão impossibilitadas de sair para ir ao teatro. Eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público.

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Talvez esse seja o segredo da empatia que você transmite em seus trabalhos. Até quando faz uma vilã é difícil torcer contra você. É de caso pensado?

Se eu penso nisso para criar essa empatia? Não, pensar eu não penso, mas acho que está dentro de mim essa, vamos dizer, consideração. Eu faço muita novela e estou muito satisfeita com a televisão – porque eu acho que ela trata de assuntos pertinentes. Você nunca vai encontrar uma novela negacionista, uma novela de ultradireita... Sempre fiz personagens ótimas (Em Amor Perfeito, Zezé faz a primeira dama Cândida – inspirada na história de Alzira Soriano, considerada a primeira mulher eleita a se tornar prefeita no Brasil - em uma cidade do interior do Rio Grande do Norte, em 1928).

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Qual o próximo projeto?

Já estou no meio de um trabalho de voz porque eu vou montar um espetáculo sobre Nara Leão. Não é um musical, é um recital. Ele vai passar pela história da Nara e pelo repertório dela. Será um solo, escrito e dirigido pelo Miguel Falabella.

Tem acompanhado a greve de atores e roteiristas em Hollywood? Acha que algo parecido poderia acontecer por aqui?

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Estamos na luta pelo direito autoral. Existe uma lei que é de 1998, antes das redes sociais e dos canais de streaming. A gente está falando de novelas que você fez há 30 anos e que reprisam hoje em dia. Receber por coisas que a gente gravou atende muitos atores que estão em dificuldade. Então, o cara fez uma novela 20 anos atrás, fez um personagem legal, fez sucesso e hoje não trabalha. Esse cara não vai receber por uma novela que vai vender assinaturas da Globoplay? A gente tá nessa campanha agora, mas a gente não tem um sindicato bacana que nos una.

Zezé Polessa prepara recital sobre Nara Leão Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira, Zezé Polessa lembra dos tempos do curso de medicina e de seus primeiros passos na carreira de atriz. “Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né” (risos). Nesta entrevista, ela fala sobre o seu gosto por televisão (“eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público”) e conta em quem ela pensa quando está fazendo novela. A atriz também adianta sobre o que será o seu próximo trabalho no teatro – um recital sobre a vida e obra de Nara Leão. Leia um pouco da nossa conversa a seguir:

50 anos de carreira de Zezé Polessa Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira já dá pra dizer que valeu a pena largar a medicina?

Eu não conseguia fazer teatro na medicina. Lá, as pessoas tinham que estudar 12 horas por dia. Ninguém queria fazer teatro. Eu soube que tinha na Aliança Francesa de Copacabana um grupo de teatro começando a montar umas coisas e tal. Aí eu acabei encontrando esse grupo e fui convidada para fazer uma substituição. Fiz vários trabalhos com eles durante a faculdade. Fiz muito teatro de rua também – que foi uma experiência muito bacana.

E desistiu da medicina?

Já pelo terceiro ou quarto ano, eu queria mesmo largar tudo e fazer teatro. Na época, eu fui convidada a me retirar de alguns grupos de teatro – porque já existia a necessidade de uma dedicação. Eu lembro de um grupo que falou assim: ‘A gente adora você, mas não confiamos em você’. Eu entendi, era muito difícil conciliar. Ainda tinha a expectativa da minha família.

A família não lidou bem com a sua decisão?

Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né... Quando a Nísia assumiu o Ministério da Saúde lembrei dessas coisas que meu pai falava (Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde).

E como começou sua relação com a televisão?

Durante 10 anos eu trabalhava, mas sei lá como que eu me sustentava... Mas quando olhei para a televisão também não foi uma coisa só sobre dinheiro. Quando eu estava amamentando, e ficava em casa muitas horas paradinha, eu comecei a ver umas coisas na TV Manchete. Então, comecei a olhar para televisão e ver como ela estava sendo boa comigo naquele momento.

Aí você pensa nessas pessoas que estão em casa quando faz TV...

Eu penso sempre. Nesse horário que eu tô fazendo (novela das seis), eu penso nas crianças que chegaram da escola de manhã, que já fizeram o dever de casa e vão assistir uma novela que tem uma criança protagonista. E aí penso nas pessoas mais velhas, penso nas pessoas que estão acamadas, que estão impossibilitadas de sair para ir ao teatro. Eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público.

Talvez esse seja o segredo da empatia que você transmite em seus trabalhos. Até quando faz uma vilã é difícil torcer contra você. É de caso pensado?

Se eu penso nisso para criar essa empatia? Não, pensar eu não penso, mas acho que está dentro de mim essa, vamos dizer, consideração. Eu faço muita novela e estou muito satisfeita com a televisão – porque eu acho que ela trata de assuntos pertinentes. Você nunca vai encontrar uma novela negacionista, uma novela de ultradireita... Sempre fiz personagens ótimas (Em Amor Perfeito, Zezé faz a primeira dama Cândida – inspirada na história de Alzira Soriano, considerada a primeira mulher eleita a se tornar prefeita no Brasil - em uma cidade do interior do Rio Grande do Norte, em 1928).

Qual o próximo projeto?

Já estou no meio de um trabalho de voz porque eu vou montar um espetáculo sobre Nara Leão. Não é um musical, é um recital. Ele vai passar pela história da Nara e pelo repertório dela. Será um solo, escrito e dirigido pelo Miguel Falabella.

Tem acompanhado a greve de atores e roteiristas em Hollywood? Acha que algo parecido poderia acontecer por aqui?

Estamos na luta pelo direito autoral. Existe uma lei que é de 1998, antes das redes sociais e dos canais de streaming. A gente está falando de novelas que você fez há 30 anos e que reprisam hoje em dia. Receber por coisas que a gente gravou atende muitos atores que estão em dificuldade. Então, o cara fez uma novela 20 anos atrás, fez um personagem legal, fez sucesso e hoje não trabalha. Esse cara não vai receber por uma novela que vai vender assinaturas da Globoplay? A gente tá nessa campanha agora, mas a gente não tem um sindicato bacana que nos una.

Zezé Polessa prepara recital sobre Nara Leão Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira, Zezé Polessa lembra dos tempos do curso de medicina e de seus primeiros passos na carreira de atriz. “Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né” (risos). Nesta entrevista, ela fala sobre o seu gosto por televisão (“eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público”) e conta em quem ela pensa quando está fazendo novela. A atriz também adianta sobre o que será o seu próximo trabalho no teatro – um recital sobre a vida e obra de Nara Leão. Leia um pouco da nossa conversa a seguir:

50 anos de carreira de Zezé Polessa Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira já dá pra dizer que valeu a pena largar a medicina?

Eu não conseguia fazer teatro na medicina. Lá, as pessoas tinham que estudar 12 horas por dia. Ninguém queria fazer teatro. Eu soube que tinha na Aliança Francesa de Copacabana um grupo de teatro começando a montar umas coisas e tal. Aí eu acabei encontrando esse grupo e fui convidada para fazer uma substituição. Fiz vários trabalhos com eles durante a faculdade. Fiz muito teatro de rua também – que foi uma experiência muito bacana.

E desistiu da medicina?

Já pelo terceiro ou quarto ano, eu queria mesmo largar tudo e fazer teatro. Na época, eu fui convidada a me retirar de alguns grupos de teatro – porque já existia a necessidade de uma dedicação. Eu lembro de um grupo que falou assim: ‘A gente adora você, mas não confiamos em você’. Eu entendi, era muito difícil conciliar. Ainda tinha a expectativa da minha família.

A família não lidou bem com a sua decisão?

Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né... Quando a Nísia assumiu o Ministério da Saúde lembrei dessas coisas que meu pai falava (Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde).

E como começou sua relação com a televisão?

Durante 10 anos eu trabalhava, mas sei lá como que eu me sustentava... Mas quando olhei para a televisão também não foi uma coisa só sobre dinheiro. Quando eu estava amamentando, e ficava em casa muitas horas paradinha, eu comecei a ver umas coisas na TV Manchete. Então, comecei a olhar para televisão e ver como ela estava sendo boa comigo naquele momento.

Aí você pensa nessas pessoas que estão em casa quando faz TV...

Eu penso sempre. Nesse horário que eu tô fazendo (novela das seis), eu penso nas crianças que chegaram da escola de manhã, que já fizeram o dever de casa e vão assistir uma novela que tem uma criança protagonista. E aí penso nas pessoas mais velhas, penso nas pessoas que estão acamadas, que estão impossibilitadas de sair para ir ao teatro. Eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público.

Talvez esse seja o segredo da empatia que você transmite em seus trabalhos. Até quando faz uma vilã é difícil torcer contra você. É de caso pensado?

Se eu penso nisso para criar essa empatia? Não, pensar eu não penso, mas acho que está dentro de mim essa, vamos dizer, consideração. Eu faço muita novela e estou muito satisfeita com a televisão – porque eu acho que ela trata de assuntos pertinentes. Você nunca vai encontrar uma novela negacionista, uma novela de ultradireita... Sempre fiz personagens ótimas (Em Amor Perfeito, Zezé faz a primeira dama Cândida – inspirada na história de Alzira Soriano, considerada a primeira mulher eleita a se tornar prefeita no Brasil - em uma cidade do interior do Rio Grande do Norte, em 1928).

Qual o próximo projeto?

Já estou no meio de um trabalho de voz porque eu vou montar um espetáculo sobre Nara Leão. Não é um musical, é um recital. Ele vai passar pela história da Nara e pelo repertório dela. Será um solo, escrito e dirigido pelo Miguel Falabella.

Tem acompanhado a greve de atores e roteiristas em Hollywood? Acha que algo parecido poderia acontecer por aqui?

Estamos na luta pelo direito autoral. Existe uma lei que é de 1998, antes das redes sociais e dos canais de streaming. A gente está falando de novelas que você fez há 30 anos e que reprisam hoje em dia. Receber por coisas que a gente gravou atende muitos atores que estão em dificuldade. Então, o cara fez uma novela 20 anos atrás, fez um personagem legal, fez sucesso e hoje não trabalha. Esse cara não vai receber por uma novela que vai vender assinaturas da Globoplay? A gente tá nessa campanha agora, mas a gente não tem um sindicato bacana que nos una.

Zezé Polessa prepara recital sobre Nara Leão Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira, Zezé Polessa lembra dos tempos do curso de medicina e de seus primeiros passos na carreira de atriz. “Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né” (risos). Nesta entrevista, ela fala sobre o seu gosto por televisão (“eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público”) e conta em quem ela pensa quando está fazendo novela. A atriz também adianta sobre o que será o seu próximo trabalho no teatro – um recital sobre a vida e obra de Nara Leão. Leia um pouco da nossa conversa a seguir:

50 anos de carreira de Zezé Polessa Foto: Duharte Fotografia

Aos 50 anos de carreira já dá pra dizer que valeu a pena largar a medicina?

Eu não conseguia fazer teatro na medicina. Lá, as pessoas tinham que estudar 12 horas por dia. Ninguém queria fazer teatro. Eu soube que tinha na Aliança Francesa de Copacabana um grupo de teatro começando a montar umas coisas e tal. Aí eu acabei encontrando esse grupo e fui convidada para fazer uma substituição. Fiz vários trabalhos com eles durante a faculdade. Fiz muito teatro de rua também – que foi uma experiência muito bacana.

E desistiu da medicina?

Já pelo terceiro ou quarto ano, eu queria mesmo largar tudo e fazer teatro. Na época, eu fui convidada a me retirar de alguns grupos de teatro – porque já existia a necessidade de uma dedicação. Eu lembro de um grupo que falou assim: ‘A gente adora você, mas não confiamos em você’. Eu entendi, era muito difícil conciliar. Ainda tinha a expectativa da minha família.

A família não lidou bem com a sua decisão?

Meu pai tinha muita expectativa. Ele me dizia que com minha inteligência, caráter e generosidade eu poderia ser ministra da saúde, coisa de pai, né... Quando a Nísia assumiu o Ministério da Saúde lembrei dessas coisas que meu pai falava (Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde).

E como começou sua relação com a televisão?

Durante 10 anos eu trabalhava, mas sei lá como que eu me sustentava... Mas quando olhei para a televisão também não foi uma coisa só sobre dinheiro. Quando eu estava amamentando, e ficava em casa muitas horas paradinha, eu comecei a ver umas coisas na TV Manchete. Então, comecei a olhar para televisão e ver como ela estava sendo boa comigo naquele momento.

Aí você pensa nessas pessoas que estão em casa quando faz TV...

Eu penso sempre. Nesse horário que eu tô fazendo (novela das seis), eu penso nas crianças que chegaram da escola de manhã, que já fizeram o dever de casa e vão assistir uma novela que tem uma criança protagonista. E aí penso nas pessoas mais velhas, penso nas pessoas que estão acamadas, que estão impossibilitadas de sair para ir ao teatro. Eu penso que a televisão é muito boa para uma parte do público.

Talvez esse seja o segredo da empatia que você transmite em seus trabalhos. Até quando faz uma vilã é difícil torcer contra você. É de caso pensado?

Se eu penso nisso para criar essa empatia? Não, pensar eu não penso, mas acho que está dentro de mim essa, vamos dizer, consideração. Eu faço muita novela e estou muito satisfeita com a televisão – porque eu acho que ela trata de assuntos pertinentes. Você nunca vai encontrar uma novela negacionista, uma novela de ultradireita... Sempre fiz personagens ótimas (Em Amor Perfeito, Zezé faz a primeira dama Cândida – inspirada na história de Alzira Soriano, considerada a primeira mulher eleita a se tornar prefeita no Brasil - em uma cidade do interior do Rio Grande do Norte, em 1928).

Qual o próximo projeto?

Já estou no meio de um trabalho de voz porque eu vou montar um espetáculo sobre Nara Leão. Não é um musical, é um recital. Ele vai passar pela história da Nara e pelo repertório dela. Será um solo, escrito e dirigido pelo Miguel Falabella.

Tem acompanhado a greve de atores e roteiristas em Hollywood? Acha que algo parecido poderia acontecer por aqui?

Estamos na luta pelo direito autoral. Existe uma lei que é de 1998, antes das redes sociais e dos canais de streaming. A gente está falando de novelas que você fez há 30 anos e que reprisam hoje em dia. Receber por coisas que a gente gravou atende muitos atores que estão em dificuldade. Então, o cara fez uma novela 20 anos atrás, fez um personagem legal, fez sucesso e hoje não trabalha. Esse cara não vai receber por uma novela que vai vender assinaturas da Globoplay? A gente tá nessa campanha agora, mas a gente não tem um sindicato bacana que nos una.

Zezé Polessa prepara recital sobre Nara Leão Foto: Duharte Fotografia
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