Globo veta piadas sobre ataque terrorista


Por Agencia Estado

Fazer piada sobre os ataques terroristas do dia 11 nos EUA está proibido na Globo, pelo menos até segunda ordem. Bem que a turma do Casseta & Planeta tentou fazer graça com o episódio, mas o quadro, já gravado, foi censurado pelo diretor-artístico e da Central Globo de Controle de Qualidade, Mário Lúcio Vaz. "Ficamos frustrados com isso por vício profissional", afirma Cláudio Besserman, o Bussunda. "Mas, como cidadãos, concordamos com a decisão." Segundo ele, o diretor da Globo informou ao grupo que a posição da emissora era a de evitar brincadeiras com o assunto "até como forma de proteger" os humoristas. "Ele alegou que as imagens das torres em chamas marcou as pessoas e ficou na cabeça de todo mundo." No quadro vetado, que seria exibido no programa Casseta & Planeta: Urgente!, de terça-feira passada, Bussunda é flagrado por "sua mulher", na cama, com outra. Para disfarçar, ele dizia que quem estava escondido sob o lençol era o terrorista Osama Bin Laden. Quando a mulher olhava debaixo da coberta e perguntava "que charuto é esse?", a resposta era: "É Fidel (Castro), que veio negociar." No roteiro, havia uma segunda piada que nem chegou a ser gravada: mostrava um mapa mundi, onde a capital do Afeganistão, Cabul, aparecia grafada como "Cabum". Auto-censura - O próprio grupo teve dúvidas sobre a pertinência de piadas baseadas no assunto. A conclusão a que chegaram é que seria possível fazer graça se o alvo não fosse a tragédia em si, mas os terroristas. Até porque, o grupo já fez piada com o próprio Bin Laden. Foi na época das últimas eleições presidenciais brasileiras, quando um homem fantasiado como o terrorista saudita falava rapidamente seu nome, em alusão ao candidato Enéas. Para o grupo, não houve censura. O casseta Reinaldo classifica o episódio como "decisão editorial". "Preparamos o material para reavaliar depois e a Globo achou que o problema não merecia ser tratado em um programa de humor", diz Reinaldo. "O humorista não se controla, vive no mundo das piadas. Mas não valeria a pena arriscarmos tanto. Não vejo como censura." Bussunda endossa, argumentando que o caso não desagradou ao grupo porque "tudo foi conversado e não houve desacordo". "Foi bem diferente da história da Sandy, quando a Globo foi longe ao vetar o quadro", afirma. O humorista refere-se ao episódio em que a direção da emissora acatou um pedido da cantora, então protagonista da novela Estrela Guia, para impedir que o grupo fizesse caricatura sobre sua virgindade. Agora, a orientação para evitar piadas sobre os atentados não é eterna. Até sexta-feira, não estava descartada a possibilidade de a tragédia servir de mote para os programas seguintes. Mas nem Reinaldo nem Bussunda confirmam menção nenhuma já no programa de amanhã à noite. O Casseta & Planeta: Urgente! vai ao ar às 22h20. "Até daria tempo para fazer, mas é melhor deixar a poeira, sem piadas, baixar", diz Reinaldo. A exceção foi o site do grupo, que desde a semana passada traz textos cômicos inspirados nos ataques. "É outro tipo de veículo, ali o impacto não iria cair tão mal." Comoção - Reinaldo reforça que, apesar de o grupo ser até favorável ao humor negro, os ataques foram cometidos há muito pouco tempo. "A comoção foi grande. A (revista norte-americana) ´New Yorker´ saiu sem cartoon e com a capa preta." Bussunda concorda: "Para nós, continua a ser um problema esquecer o noticiário", diz. "Achamos que é possível fazer piada com tragédias, mas não enquanto durar a comoção. Quando acharmos que é possível, voltaremos ao assunto." Segundo eles, a intervenção não ameaça a autonomia do Casseta & Planeta - integrado ainda por Hubert, Claudio Manoel, Hélio de La Peña, Marcelo Madureira e Beto Silva - dentro da Globo. "Temos bastante diálogo, já levamos ao ar coisas que ninguém imaginaria. Mas, cada caso é um caso e esse foi muito chocante", diz Reinaldo. "Às vezes, passamos uma imagem de irresponsáveis, mas nossa loucura tem um método, é o nosso trabalho", continua. O humorista concorda que tamanha cautela se deve ao fato de o incidente ter ocorrido nos EUA. "O que acontece lá repercute mais do que o que acontece na Itália ou no Peru, é óbvio. Dez mil africanos morrendo de fome por mês têm outro impacto." O diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger afirma que a decisão não foi unilateral. "Veto pode até acontecer por questões de horário, qualidade e conteúdo, mas tudo foi acertado em reunião entre a direção artística e eles." Outros programas de humor, como o Zorra Total, não estão na mira da Globo, segundo Erlanger. "O humor das outras atrações não passa por aí." No Casseta & Planeta, o cuidado se estende à paródia da próxima novela das 8, O Clone, que estréia na segunda-feira. Ao menos por enquanto, conta Bussunda, todas as piadas serão sobre clonagem - nada sobre os muçulmanos presentes na trama. No programa de amanhã, serão mostradas "chamadas" da estréia da novela sob o título de Siliclonada, em alusão à atriz Vera Fischer.

Fazer piada sobre os ataques terroristas do dia 11 nos EUA está proibido na Globo, pelo menos até segunda ordem. Bem que a turma do Casseta & Planeta tentou fazer graça com o episódio, mas o quadro, já gravado, foi censurado pelo diretor-artístico e da Central Globo de Controle de Qualidade, Mário Lúcio Vaz. "Ficamos frustrados com isso por vício profissional", afirma Cláudio Besserman, o Bussunda. "Mas, como cidadãos, concordamos com a decisão." Segundo ele, o diretor da Globo informou ao grupo que a posição da emissora era a de evitar brincadeiras com o assunto "até como forma de proteger" os humoristas. "Ele alegou que as imagens das torres em chamas marcou as pessoas e ficou na cabeça de todo mundo." No quadro vetado, que seria exibido no programa Casseta & Planeta: Urgente!, de terça-feira passada, Bussunda é flagrado por "sua mulher", na cama, com outra. Para disfarçar, ele dizia que quem estava escondido sob o lençol era o terrorista Osama Bin Laden. Quando a mulher olhava debaixo da coberta e perguntava "que charuto é esse?", a resposta era: "É Fidel (Castro), que veio negociar." No roteiro, havia uma segunda piada que nem chegou a ser gravada: mostrava um mapa mundi, onde a capital do Afeganistão, Cabul, aparecia grafada como "Cabum". Auto-censura - O próprio grupo teve dúvidas sobre a pertinência de piadas baseadas no assunto. A conclusão a que chegaram é que seria possível fazer graça se o alvo não fosse a tragédia em si, mas os terroristas. Até porque, o grupo já fez piada com o próprio Bin Laden. Foi na época das últimas eleições presidenciais brasileiras, quando um homem fantasiado como o terrorista saudita falava rapidamente seu nome, em alusão ao candidato Enéas. Para o grupo, não houve censura. O casseta Reinaldo classifica o episódio como "decisão editorial". "Preparamos o material para reavaliar depois e a Globo achou que o problema não merecia ser tratado em um programa de humor", diz Reinaldo. "O humorista não se controla, vive no mundo das piadas. Mas não valeria a pena arriscarmos tanto. Não vejo como censura." Bussunda endossa, argumentando que o caso não desagradou ao grupo porque "tudo foi conversado e não houve desacordo". "Foi bem diferente da história da Sandy, quando a Globo foi longe ao vetar o quadro", afirma. O humorista refere-se ao episódio em que a direção da emissora acatou um pedido da cantora, então protagonista da novela Estrela Guia, para impedir que o grupo fizesse caricatura sobre sua virgindade. Agora, a orientação para evitar piadas sobre os atentados não é eterna. Até sexta-feira, não estava descartada a possibilidade de a tragédia servir de mote para os programas seguintes. Mas nem Reinaldo nem Bussunda confirmam menção nenhuma já no programa de amanhã à noite. O Casseta & Planeta: Urgente! vai ao ar às 22h20. "Até daria tempo para fazer, mas é melhor deixar a poeira, sem piadas, baixar", diz Reinaldo. A exceção foi o site do grupo, que desde a semana passada traz textos cômicos inspirados nos ataques. "É outro tipo de veículo, ali o impacto não iria cair tão mal." Comoção - Reinaldo reforça que, apesar de o grupo ser até favorável ao humor negro, os ataques foram cometidos há muito pouco tempo. "A comoção foi grande. A (revista norte-americana) ´New Yorker´ saiu sem cartoon e com a capa preta." Bussunda concorda: "Para nós, continua a ser um problema esquecer o noticiário", diz. "Achamos que é possível fazer piada com tragédias, mas não enquanto durar a comoção. Quando acharmos que é possível, voltaremos ao assunto." Segundo eles, a intervenção não ameaça a autonomia do Casseta & Planeta - integrado ainda por Hubert, Claudio Manoel, Hélio de La Peña, Marcelo Madureira e Beto Silva - dentro da Globo. "Temos bastante diálogo, já levamos ao ar coisas que ninguém imaginaria. Mas, cada caso é um caso e esse foi muito chocante", diz Reinaldo. "Às vezes, passamos uma imagem de irresponsáveis, mas nossa loucura tem um método, é o nosso trabalho", continua. O humorista concorda que tamanha cautela se deve ao fato de o incidente ter ocorrido nos EUA. "O que acontece lá repercute mais do que o que acontece na Itália ou no Peru, é óbvio. Dez mil africanos morrendo de fome por mês têm outro impacto." O diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger afirma que a decisão não foi unilateral. "Veto pode até acontecer por questões de horário, qualidade e conteúdo, mas tudo foi acertado em reunião entre a direção artística e eles." Outros programas de humor, como o Zorra Total, não estão na mira da Globo, segundo Erlanger. "O humor das outras atrações não passa por aí." No Casseta & Planeta, o cuidado se estende à paródia da próxima novela das 8, O Clone, que estréia na segunda-feira. Ao menos por enquanto, conta Bussunda, todas as piadas serão sobre clonagem - nada sobre os muçulmanos presentes na trama. No programa de amanhã, serão mostradas "chamadas" da estréia da novela sob o título de Siliclonada, em alusão à atriz Vera Fischer.

Fazer piada sobre os ataques terroristas do dia 11 nos EUA está proibido na Globo, pelo menos até segunda ordem. Bem que a turma do Casseta & Planeta tentou fazer graça com o episódio, mas o quadro, já gravado, foi censurado pelo diretor-artístico e da Central Globo de Controle de Qualidade, Mário Lúcio Vaz. "Ficamos frustrados com isso por vício profissional", afirma Cláudio Besserman, o Bussunda. "Mas, como cidadãos, concordamos com a decisão." Segundo ele, o diretor da Globo informou ao grupo que a posição da emissora era a de evitar brincadeiras com o assunto "até como forma de proteger" os humoristas. "Ele alegou que as imagens das torres em chamas marcou as pessoas e ficou na cabeça de todo mundo." No quadro vetado, que seria exibido no programa Casseta & Planeta: Urgente!, de terça-feira passada, Bussunda é flagrado por "sua mulher", na cama, com outra. Para disfarçar, ele dizia que quem estava escondido sob o lençol era o terrorista Osama Bin Laden. Quando a mulher olhava debaixo da coberta e perguntava "que charuto é esse?", a resposta era: "É Fidel (Castro), que veio negociar." No roteiro, havia uma segunda piada que nem chegou a ser gravada: mostrava um mapa mundi, onde a capital do Afeganistão, Cabul, aparecia grafada como "Cabum". Auto-censura - O próprio grupo teve dúvidas sobre a pertinência de piadas baseadas no assunto. A conclusão a que chegaram é que seria possível fazer graça se o alvo não fosse a tragédia em si, mas os terroristas. Até porque, o grupo já fez piada com o próprio Bin Laden. Foi na época das últimas eleições presidenciais brasileiras, quando um homem fantasiado como o terrorista saudita falava rapidamente seu nome, em alusão ao candidato Enéas. Para o grupo, não houve censura. O casseta Reinaldo classifica o episódio como "decisão editorial". "Preparamos o material para reavaliar depois e a Globo achou que o problema não merecia ser tratado em um programa de humor", diz Reinaldo. "O humorista não se controla, vive no mundo das piadas. Mas não valeria a pena arriscarmos tanto. Não vejo como censura." Bussunda endossa, argumentando que o caso não desagradou ao grupo porque "tudo foi conversado e não houve desacordo". "Foi bem diferente da história da Sandy, quando a Globo foi longe ao vetar o quadro", afirma. O humorista refere-se ao episódio em que a direção da emissora acatou um pedido da cantora, então protagonista da novela Estrela Guia, para impedir que o grupo fizesse caricatura sobre sua virgindade. Agora, a orientação para evitar piadas sobre os atentados não é eterna. Até sexta-feira, não estava descartada a possibilidade de a tragédia servir de mote para os programas seguintes. Mas nem Reinaldo nem Bussunda confirmam menção nenhuma já no programa de amanhã à noite. O Casseta & Planeta: Urgente! vai ao ar às 22h20. "Até daria tempo para fazer, mas é melhor deixar a poeira, sem piadas, baixar", diz Reinaldo. A exceção foi o site do grupo, que desde a semana passada traz textos cômicos inspirados nos ataques. "É outro tipo de veículo, ali o impacto não iria cair tão mal." Comoção - Reinaldo reforça que, apesar de o grupo ser até favorável ao humor negro, os ataques foram cometidos há muito pouco tempo. "A comoção foi grande. A (revista norte-americana) ´New Yorker´ saiu sem cartoon e com a capa preta." Bussunda concorda: "Para nós, continua a ser um problema esquecer o noticiário", diz. "Achamos que é possível fazer piada com tragédias, mas não enquanto durar a comoção. Quando acharmos que é possível, voltaremos ao assunto." Segundo eles, a intervenção não ameaça a autonomia do Casseta & Planeta - integrado ainda por Hubert, Claudio Manoel, Hélio de La Peña, Marcelo Madureira e Beto Silva - dentro da Globo. "Temos bastante diálogo, já levamos ao ar coisas que ninguém imaginaria. Mas, cada caso é um caso e esse foi muito chocante", diz Reinaldo. "Às vezes, passamos uma imagem de irresponsáveis, mas nossa loucura tem um método, é o nosso trabalho", continua. O humorista concorda que tamanha cautela se deve ao fato de o incidente ter ocorrido nos EUA. "O que acontece lá repercute mais do que o que acontece na Itália ou no Peru, é óbvio. Dez mil africanos morrendo de fome por mês têm outro impacto." O diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger afirma que a decisão não foi unilateral. "Veto pode até acontecer por questões de horário, qualidade e conteúdo, mas tudo foi acertado em reunião entre a direção artística e eles." Outros programas de humor, como o Zorra Total, não estão na mira da Globo, segundo Erlanger. "O humor das outras atrações não passa por aí." No Casseta & Planeta, o cuidado se estende à paródia da próxima novela das 8, O Clone, que estréia na segunda-feira. Ao menos por enquanto, conta Bussunda, todas as piadas serão sobre clonagem - nada sobre os muçulmanos presentes na trama. No programa de amanhã, serão mostradas "chamadas" da estréia da novela sob o título de Siliclonada, em alusão à atriz Vera Fischer.

Fazer piada sobre os ataques terroristas do dia 11 nos EUA está proibido na Globo, pelo menos até segunda ordem. Bem que a turma do Casseta & Planeta tentou fazer graça com o episódio, mas o quadro, já gravado, foi censurado pelo diretor-artístico e da Central Globo de Controle de Qualidade, Mário Lúcio Vaz. "Ficamos frustrados com isso por vício profissional", afirma Cláudio Besserman, o Bussunda. "Mas, como cidadãos, concordamos com a decisão." Segundo ele, o diretor da Globo informou ao grupo que a posição da emissora era a de evitar brincadeiras com o assunto "até como forma de proteger" os humoristas. "Ele alegou que as imagens das torres em chamas marcou as pessoas e ficou na cabeça de todo mundo." No quadro vetado, que seria exibido no programa Casseta & Planeta: Urgente!, de terça-feira passada, Bussunda é flagrado por "sua mulher", na cama, com outra. Para disfarçar, ele dizia que quem estava escondido sob o lençol era o terrorista Osama Bin Laden. Quando a mulher olhava debaixo da coberta e perguntava "que charuto é esse?", a resposta era: "É Fidel (Castro), que veio negociar." No roteiro, havia uma segunda piada que nem chegou a ser gravada: mostrava um mapa mundi, onde a capital do Afeganistão, Cabul, aparecia grafada como "Cabum". Auto-censura - O próprio grupo teve dúvidas sobre a pertinência de piadas baseadas no assunto. A conclusão a que chegaram é que seria possível fazer graça se o alvo não fosse a tragédia em si, mas os terroristas. Até porque, o grupo já fez piada com o próprio Bin Laden. Foi na época das últimas eleições presidenciais brasileiras, quando um homem fantasiado como o terrorista saudita falava rapidamente seu nome, em alusão ao candidato Enéas. Para o grupo, não houve censura. O casseta Reinaldo classifica o episódio como "decisão editorial". "Preparamos o material para reavaliar depois e a Globo achou que o problema não merecia ser tratado em um programa de humor", diz Reinaldo. "O humorista não se controla, vive no mundo das piadas. Mas não valeria a pena arriscarmos tanto. Não vejo como censura." Bussunda endossa, argumentando que o caso não desagradou ao grupo porque "tudo foi conversado e não houve desacordo". "Foi bem diferente da história da Sandy, quando a Globo foi longe ao vetar o quadro", afirma. O humorista refere-se ao episódio em que a direção da emissora acatou um pedido da cantora, então protagonista da novela Estrela Guia, para impedir que o grupo fizesse caricatura sobre sua virgindade. Agora, a orientação para evitar piadas sobre os atentados não é eterna. Até sexta-feira, não estava descartada a possibilidade de a tragédia servir de mote para os programas seguintes. Mas nem Reinaldo nem Bussunda confirmam menção nenhuma já no programa de amanhã à noite. O Casseta & Planeta: Urgente! vai ao ar às 22h20. "Até daria tempo para fazer, mas é melhor deixar a poeira, sem piadas, baixar", diz Reinaldo. A exceção foi o site do grupo, que desde a semana passada traz textos cômicos inspirados nos ataques. "É outro tipo de veículo, ali o impacto não iria cair tão mal." Comoção - Reinaldo reforça que, apesar de o grupo ser até favorável ao humor negro, os ataques foram cometidos há muito pouco tempo. "A comoção foi grande. A (revista norte-americana) ´New Yorker´ saiu sem cartoon e com a capa preta." Bussunda concorda: "Para nós, continua a ser um problema esquecer o noticiário", diz. "Achamos que é possível fazer piada com tragédias, mas não enquanto durar a comoção. Quando acharmos que é possível, voltaremos ao assunto." Segundo eles, a intervenção não ameaça a autonomia do Casseta & Planeta - integrado ainda por Hubert, Claudio Manoel, Hélio de La Peña, Marcelo Madureira e Beto Silva - dentro da Globo. "Temos bastante diálogo, já levamos ao ar coisas que ninguém imaginaria. Mas, cada caso é um caso e esse foi muito chocante", diz Reinaldo. "Às vezes, passamos uma imagem de irresponsáveis, mas nossa loucura tem um método, é o nosso trabalho", continua. O humorista concorda que tamanha cautela se deve ao fato de o incidente ter ocorrido nos EUA. "O que acontece lá repercute mais do que o que acontece na Itália ou no Peru, é óbvio. Dez mil africanos morrendo de fome por mês têm outro impacto." O diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger afirma que a decisão não foi unilateral. "Veto pode até acontecer por questões de horário, qualidade e conteúdo, mas tudo foi acertado em reunião entre a direção artística e eles." Outros programas de humor, como o Zorra Total, não estão na mira da Globo, segundo Erlanger. "O humor das outras atrações não passa por aí." No Casseta & Planeta, o cuidado se estende à paródia da próxima novela das 8, O Clone, que estréia na segunda-feira. Ao menos por enquanto, conta Bussunda, todas as piadas serão sobre clonagem - nada sobre os muçulmanos presentes na trama. No programa de amanhã, serão mostradas "chamadas" da estréia da novela sob o título de Siliclonada, em alusão à atriz Vera Fischer.

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