Grassi quer expandir atuação da Funarte


Novo presidente da entidade quer reativar projetos e articular ações em parceria com estatais, "que têm uma ampla rede no interior do País", diz Grassi

Por Agencia Estado

A Fundação Nacional de Arte (Funarte) vai voltar a ser a propagadora da cultura brasileira em todo o País, como acontecia nos anos 70 e 80. Este é o plano e o sonho de seu novo presidente, o ator Antônio Grassi, que tomou pé da situação na semana passada e já arregaçou as mangas para um trabalho que ele sabe ser árduo. "Nosso maior entrave é o orçamento, de R$ 13 milhões para produções e manutenção dos programas", avisa Grassi. "Temos equipamentos e pessoal qualificado e dedicado, que precisa recuperar a auto-estima. Esta semana estou me reunindo com eles para traçar os planos e ouvir sugestões." Não há novidades com relação ao passado, quando pelo menos dois grandes projetos faziam os produções culturais viajarem pelo Brasil. O Pixinguinha levava duplas de música popular brasileira para todo o País e nele artistas hoje consagrados, como Zizi Possi, Simone, João Bosco, Nana Caymmi conquistaram público do Rio Grande do Sul ao Pará. O Mambembão trazia ao Rio e São Paulo espetáculos de teatro dos outros Estados. Artistas como Paulo Betti e Eliane Giardini viraram nomes nacionais após esse impulso. No Rio, a Sala Funarte Sidney Miller, no Museu Nacional de Belas Artes, se enchia com show de artistas novos que assim chamaram a atenção das grandes internacionais. Elba Ramalho é o exemplo dos anos 70 e Leila Pinheiro, dos 80. Ao mesmo tempo, o Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio, revelava nomes que o mercado só foi descobrir mais tarde, enquanto a história da música popular brasileira e das artes cênicas ia sendo descoberta nos concursos de monografias que viravam livros e discos até hoje indispensáveis na bibliografia de qualquer pesquisador. Desses programas só sobraram os shows da sala, hoje no Palácio Gustavo Capanema, com boa programação e público regular. "Vou fazer o possível para reativar esses projetos ainda este ano, mas esbarro em fatores externos, ou seja, a grana", promete Grassi. "Em compensação, vamos nos articular com estatais que têm uma ampla rede no interior do País e tomaram o lugar da Funarte. Além dos teatros do Rio, São Paulo e Brasília, podemos usar os espaços dos programas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás, até com recurso às leis de incentivo." Cuidar da política cultural da Petrobras, que gere uma verba de cerca de R$ 100 milhões anuais, era a reivindicação de Grassi, que assumiu a Secretaria de Cultura do Estado do Rio, nos nove meses do governo de Benedita da Silva. Ele chegou a ser citado para o Ministério da Cultura, que ficou com Gilberto Gil, mas na divisão de cargos entre os petistas que criaram o programa de cultura do governo, coube-lhe a Funarte. "Eu achava que merecia administrar com dinheiro pelo menos uma vez na vida", brinca o ator, que conta ter assumido a a secretaria com o caixa vazio e um passivo de pelo menos R$ 700 mil, do Prêmio Governo de Estado de Teatro. "Na Funarte, pelo menos, não há dívidas." A primeira medida prática, além das reuniões com os funcionários que primeiro foram mandados para casa no governo Collor e depois sofreram o esvaziamento do órgão na gestão do escritor Márcio de Souza, será instalar o gabinete do presidente em Brasília. É uma forma de aproximar a Funarte, até fisicamente, dos públicos a serem atendidos e dos órgãos de decisão. No entanto, ele pensa em remanejar os 651 funcionários, que concentram no Rio (menos de 40 estão entre Rio e São Paulo). "Vamos atuar com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que tem administrações em todos os Estados", admite Grassi. "O Iphan responde pelo patrimônio físico e imaterial do País e nós somos os propagadores das políticas públicas. Então, temos muito em comum." Grassi lembra ainda que a Funarte preserva boa parte da memória do cinema, teatro e música popular, espalhados por vários prédios do Rio, guardados por funcionários que têm mais amor e conhecimento do tesouro que cuidam do que recompensa salarial ou reconhecimento oficial. Ele pretende também mudar essa política e acha até que é possível voltar à época em que a pesquisa de nossa história cultural era financiada pela Funarte. Hoje, essa atividade é bancada pela Lei Rouanet, com o dinheiro do imposto que as empresas pagariam. "A política cultural fica nas mãos dos diretores de Marketing das empresas, o que não é o ideal", comenta. Mesmo assim a iniciativa privada ainda se mostra tímida no uso desse incentivo (Rouanet e do Audiovisual) como atestam os números do Ministério da Cultura, relativos a 2001. Dos R$ 376 milhões aplicados nos dois dispositivos, 46% (R$ 176 milhões) vieram de estatais e a Petrobrás, com suas subsidiárias, entraram com um terço (R$ 119 milhões). O grupo Pão de Açúcar, que ficou em primeiro lugar entre os privados, entrou com R$ 13 milhões. "Podemos fazer parcerias com todos eles e ainda usar o Fundo Nacional de Cultura ou então levar a todo País a Loteria Cultural, que lançamos no Rio no ano passado", diz Grassi. "O importante é tornar a Funarte propagadora da cultura nacional e não só no eixo Rio/São Paulo/Brasília, como vem acontecendo."

A Fundação Nacional de Arte (Funarte) vai voltar a ser a propagadora da cultura brasileira em todo o País, como acontecia nos anos 70 e 80. Este é o plano e o sonho de seu novo presidente, o ator Antônio Grassi, que tomou pé da situação na semana passada e já arregaçou as mangas para um trabalho que ele sabe ser árduo. "Nosso maior entrave é o orçamento, de R$ 13 milhões para produções e manutenção dos programas", avisa Grassi. "Temos equipamentos e pessoal qualificado e dedicado, que precisa recuperar a auto-estima. Esta semana estou me reunindo com eles para traçar os planos e ouvir sugestões." Não há novidades com relação ao passado, quando pelo menos dois grandes projetos faziam os produções culturais viajarem pelo Brasil. O Pixinguinha levava duplas de música popular brasileira para todo o País e nele artistas hoje consagrados, como Zizi Possi, Simone, João Bosco, Nana Caymmi conquistaram público do Rio Grande do Sul ao Pará. O Mambembão trazia ao Rio e São Paulo espetáculos de teatro dos outros Estados. Artistas como Paulo Betti e Eliane Giardini viraram nomes nacionais após esse impulso. No Rio, a Sala Funarte Sidney Miller, no Museu Nacional de Belas Artes, se enchia com show de artistas novos que assim chamaram a atenção das grandes internacionais. Elba Ramalho é o exemplo dos anos 70 e Leila Pinheiro, dos 80. Ao mesmo tempo, o Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio, revelava nomes que o mercado só foi descobrir mais tarde, enquanto a história da música popular brasileira e das artes cênicas ia sendo descoberta nos concursos de monografias que viravam livros e discos até hoje indispensáveis na bibliografia de qualquer pesquisador. Desses programas só sobraram os shows da sala, hoje no Palácio Gustavo Capanema, com boa programação e público regular. "Vou fazer o possível para reativar esses projetos ainda este ano, mas esbarro em fatores externos, ou seja, a grana", promete Grassi. "Em compensação, vamos nos articular com estatais que têm uma ampla rede no interior do País e tomaram o lugar da Funarte. Além dos teatros do Rio, São Paulo e Brasília, podemos usar os espaços dos programas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás, até com recurso às leis de incentivo." Cuidar da política cultural da Petrobras, que gere uma verba de cerca de R$ 100 milhões anuais, era a reivindicação de Grassi, que assumiu a Secretaria de Cultura do Estado do Rio, nos nove meses do governo de Benedita da Silva. Ele chegou a ser citado para o Ministério da Cultura, que ficou com Gilberto Gil, mas na divisão de cargos entre os petistas que criaram o programa de cultura do governo, coube-lhe a Funarte. "Eu achava que merecia administrar com dinheiro pelo menos uma vez na vida", brinca o ator, que conta ter assumido a a secretaria com o caixa vazio e um passivo de pelo menos R$ 700 mil, do Prêmio Governo de Estado de Teatro. "Na Funarte, pelo menos, não há dívidas." A primeira medida prática, além das reuniões com os funcionários que primeiro foram mandados para casa no governo Collor e depois sofreram o esvaziamento do órgão na gestão do escritor Márcio de Souza, será instalar o gabinete do presidente em Brasília. É uma forma de aproximar a Funarte, até fisicamente, dos públicos a serem atendidos e dos órgãos de decisão. No entanto, ele pensa em remanejar os 651 funcionários, que concentram no Rio (menos de 40 estão entre Rio e São Paulo). "Vamos atuar com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que tem administrações em todos os Estados", admite Grassi. "O Iphan responde pelo patrimônio físico e imaterial do País e nós somos os propagadores das políticas públicas. Então, temos muito em comum." Grassi lembra ainda que a Funarte preserva boa parte da memória do cinema, teatro e música popular, espalhados por vários prédios do Rio, guardados por funcionários que têm mais amor e conhecimento do tesouro que cuidam do que recompensa salarial ou reconhecimento oficial. Ele pretende também mudar essa política e acha até que é possível voltar à época em que a pesquisa de nossa história cultural era financiada pela Funarte. Hoje, essa atividade é bancada pela Lei Rouanet, com o dinheiro do imposto que as empresas pagariam. "A política cultural fica nas mãos dos diretores de Marketing das empresas, o que não é o ideal", comenta. Mesmo assim a iniciativa privada ainda se mostra tímida no uso desse incentivo (Rouanet e do Audiovisual) como atestam os números do Ministério da Cultura, relativos a 2001. Dos R$ 376 milhões aplicados nos dois dispositivos, 46% (R$ 176 milhões) vieram de estatais e a Petrobrás, com suas subsidiárias, entraram com um terço (R$ 119 milhões). O grupo Pão de Açúcar, que ficou em primeiro lugar entre os privados, entrou com R$ 13 milhões. "Podemos fazer parcerias com todos eles e ainda usar o Fundo Nacional de Cultura ou então levar a todo País a Loteria Cultural, que lançamos no Rio no ano passado", diz Grassi. "O importante é tornar a Funarte propagadora da cultura nacional e não só no eixo Rio/São Paulo/Brasília, como vem acontecendo."

A Fundação Nacional de Arte (Funarte) vai voltar a ser a propagadora da cultura brasileira em todo o País, como acontecia nos anos 70 e 80. Este é o plano e o sonho de seu novo presidente, o ator Antônio Grassi, que tomou pé da situação na semana passada e já arregaçou as mangas para um trabalho que ele sabe ser árduo. "Nosso maior entrave é o orçamento, de R$ 13 milhões para produções e manutenção dos programas", avisa Grassi. "Temos equipamentos e pessoal qualificado e dedicado, que precisa recuperar a auto-estima. Esta semana estou me reunindo com eles para traçar os planos e ouvir sugestões." Não há novidades com relação ao passado, quando pelo menos dois grandes projetos faziam os produções culturais viajarem pelo Brasil. O Pixinguinha levava duplas de música popular brasileira para todo o País e nele artistas hoje consagrados, como Zizi Possi, Simone, João Bosco, Nana Caymmi conquistaram público do Rio Grande do Sul ao Pará. O Mambembão trazia ao Rio e São Paulo espetáculos de teatro dos outros Estados. Artistas como Paulo Betti e Eliane Giardini viraram nomes nacionais após esse impulso. No Rio, a Sala Funarte Sidney Miller, no Museu Nacional de Belas Artes, se enchia com show de artistas novos que assim chamaram a atenção das grandes internacionais. Elba Ramalho é o exemplo dos anos 70 e Leila Pinheiro, dos 80. Ao mesmo tempo, o Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio, revelava nomes que o mercado só foi descobrir mais tarde, enquanto a história da música popular brasileira e das artes cênicas ia sendo descoberta nos concursos de monografias que viravam livros e discos até hoje indispensáveis na bibliografia de qualquer pesquisador. Desses programas só sobraram os shows da sala, hoje no Palácio Gustavo Capanema, com boa programação e público regular. "Vou fazer o possível para reativar esses projetos ainda este ano, mas esbarro em fatores externos, ou seja, a grana", promete Grassi. "Em compensação, vamos nos articular com estatais que têm uma ampla rede no interior do País e tomaram o lugar da Funarte. Além dos teatros do Rio, São Paulo e Brasília, podemos usar os espaços dos programas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás, até com recurso às leis de incentivo." Cuidar da política cultural da Petrobras, que gere uma verba de cerca de R$ 100 milhões anuais, era a reivindicação de Grassi, que assumiu a Secretaria de Cultura do Estado do Rio, nos nove meses do governo de Benedita da Silva. Ele chegou a ser citado para o Ministério da Cultura, que ficou com Gilberto Gil, mas na divisão de cargos entre os petistas que criaram o programa de cultura do governo, coube-lhe a Funarte. "Eu achava que merecia administrar com dinheiro pelo menos uma vez na vida", brinca o ator, que conta ter assumido a a secretaria com o caixa vazio e um passivo de pelo menos R$ 700 mil, do Prêmio Governo de Estado de Teatro. "Na Funarte, pelo menos, não há dívidas." A primeira medida prática, além das reuniões com os funcionários que primeiro foram mandados para casa no governo Collor e depois sofreram o esvaziamento do órgão na gestão do escritor Márcio de Souza, será instalar o gabinete do presidente em Brasília. É uma forma de aproximar a Funarte, até fisicamente, dos públicos a serem atendidos e dos órgãos de decisão. No entanto, ele pensa em remanejar os 651 funcionários, que concentram no Rio (menos de 40 estão entre Rio e São Paulo). "Vamos atuar com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que tem administrações em todos os Estados", admite Grassi. "O Iphan responde pelo patrimônio físico e imaterial do País e nós somos os propagadores das políticas públicas. Então, temos muito em comum." Grassi lembra ainda que a Funarte preserva boa parte da memória do cinema, teatro e música popular, espalhados por vários prédios do Rio, guardados por funcionários que têm mais amor e conhecimento do tesouro que cuidam do que recompensa salarial ou reconhecimento oficial. Ele pretende também mudar essa política e acha até que é possível voltar à época em que a pesquisa de nossa história cultural era financiada pela Funarte. Hoje, essa atividade é bancada pela Lei Rouanet, com o dinheiro do imposto que as empresas pagariam. "A política cultural fica nas mãos dos diretores de Marketing das empresas, o que não é o ideal", comenta. Mesmo assim a iniciativa privada ainda se mostra tímida no uso desse incentivo (Rouanet e do Audiovisual) como atestam os números do Ministério da Cultura, relativos a 2001. Dos R$ 376 milhões aplicados nos dois dispositivos, 46% (R$ 176 milhões) vieram de estatais e a Petrobrás, com suas subsidiárias, entraram com um terço (R$ 119 milhões). O grupo Pão de Açúcar, que ficou em primeiro lugar entre os privados, entrou com R$ 13 milhões. "Podemos fazer parcerias com todos eles e ainda usar o Fundo Nacional de Cultura ou então levar a todo País a Loteria Cultural, que lançamos no Rio no ano passado", diz Grassi. "O importante é tornar a Funarte propagadora da cultura nacional e não só no eixo Rio/São Paulo/Brasília, como vem acontecendo."

A Fundação Nacional de Arte (Funarte) vai voltar a ser a propagadora da cultura brasileira em todo o País, como acontecia nos anos 70 e 80. Este é o plano e o sonho de seu novo presidente, o ator Antônio Grassi, que tomou pé da situação na semana passada e já arregaçou as mangas para um trabalho que ele sabe ser árduo. "Nosso maior entrave é o orçamento, de R$ 13 milhões para produções e manutenção dos programas", avisa Grassi. "Temos equipamentos e pessoal qualificado e dedicado, que precisa recuperar a auto-estima. Esta semana estou me reunindo com eles para traçar os planos e ouvir sugestões." Não há novidades com relação ao passado, quando pelo menos dois grandes projetos faziam os produções culturais viajarem pelo Brasil. O Pixinguinha levava duplas de música popular brasileira para todo o País e nele artistas hoje consagrados, como Zizi Possi, Simone, João Bosco, Nana Caymmi conquistaram público do Rio Grande do Sul ao Pará. O Mambembão trazia ao Rio e São Paulo espetáculos de teatro dos outros Estados. Artistas como Paulo Betti e Eliane Giardini viraram nomes nacionais após esse impulso. No Rio, a Sala Funarte Sidney Miller, no Museu Nacional de Belas Artes, se enchia com show de artistas novos que assim chamaram a atenção das grandes internacionais. Elba Ramalho é o exemplo dos anos 70 e Leila Pinheiro, dos 80. Ao mesmo tempo, o Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio, revelava nomes que o mercado só foi descobrir mais tarde, enquanto a história da música popular brasileira e das artes cênicas ia sendo descoberta nos concursos de monografias que viravam livros e discos até hoje indispensáveis na bibliografia de qualquer pesquisador. Desses programas só sobraram os shows da sala, hoje no Palácio Gustavo Capanema, com boa programação e público regular. "Vou fazer o possível para reativar esses projetos ainda este ano, mas esbarro em fatores externos, ou seja, a grana", promete Grassi. "Em compensação, vamos nos articular com estatais que têm uma ampla rede no interior do País e tomaram o lugar da Funarte. Além dos teatros do Rio, São Paulo e Brasília, podemos usar os espaços dos programas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás, até com recurso às leis de incentivo." Cuidar da política cultural da Petrobras, que gere uma verba de cerca de R$ 100 milhões anuais, era a reivindicação de Grassi, que assumiu a Secretaria de Cultura do Estado do Rio, nos nove meses do governo de Benedita da Silva. Ele chegou a ser citado para o Ministério da Cultura, que ficou com Gilberto Gil, mas na divisão de cargos entre os petistas que criaram o programa de cultura do governo, coube-lhe a Funarte. "Eu achava que merecia administrar com dinheiro pelo menos uma vez na vida", brinca o ator, que conta ter assumido a a secretaria com o caixa vazio e um passivo de pelo menos R$ 700 mil, do Prêmio Governo de Estado de Teatro. "Na Funarte, pelo menos, não há dívidas." A primeira medida prática, além das reuniões com os funcionários que primeiro foram mandados para casa no governo Collor e depois sofreram o esvaziamento do órgão na gestão do escritor Márcio de Souza, será instalar o gabinete do presidente em Brasília. É uma forma de aproximar a Funarte, até fisicamente, dos públicos a serem atendidos e dos órgãos de decisão. No entanto, ele pensa em remanejar os 651 funcionários, que concentram no Rio (menos de 40 estão entre Rio e São Paulo). "Vamos atuar com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que tem administrações em todos os Estados", admite Grassi. "O Iphan responde pelo patrimônio físico e imaterial do País e nós somos os propagadores das políticas públicas. Então, temos muito em comum." Grassi lembra ainda que a Funarte preserva boa parte da memória do cinema, teatro e música popular, espalhados por vários prédios do Rio, guardados por funcionários que têm mais amor e conhecimento do tesouro que cuidam do que recompensa salarial ou reconhecimento oficial. Ele pretende também mudar essa política e acha até que é possível voltar à época em que a pesquisa de nossa história cultural era financiada pela Funarte. Hoje, essa atividade é bancada pela Lei Rouanet, com o dinheiro do imposto que as empresas pagariam. "A política cultural fica nas mãos dos diretores de Marketing das empresas, o que não é o ideal", comenta. Mesmo assim a iniciativa privada ainda se mostra tímida no uso desse incentivo (Rouanet e do Audiovisual) como atestam os números do Ministério da Cultura, relativos a 2001. Dos R$ 376 milhões aplicados nos dois dispositivos, 46% (R$ 176 milhões) vieram de estatais e a Petrobrás, com suas subsidiárias, entraram com um terço (R$ 119 milhões). O grupo Pão de Açúcar, que ficou em primeiro lugar entre os privados, entrou com R$ 13 milhões. "Podemos fazer parcerias com todos eles e ainda usar o Fundo Nacional de Cultura ou então levar a todo País a Loteria Cultural, que lançamos no Rio no ano passado", diz Grassi. "O importante é tornar a Funarte propagadora da cultura nacional e não só no eixo Rio/São Paulo/Brasília, como vem acontecendo."

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