Inédito no Brasil, livro narra luta de um casal contra o nazismo


'Morrer Sozinho em Berlim', de Hans Fallada, foi inspirado por uma história verídica

Por Dirce Waltrick do Amarante

Pessoas comuns que não querem se envolver em questões políticas, ainda que afetem suas vidas; outras entusiasmadas com um líder visto como salvador, ainda que continuem vivendo na mais absoluta miséria espiritual e material; notícias falsas e fotos montadas; um juiz sabichão que pede exoneração do cargo para não prejudicar o partido para o qual trabalha; um delegado corrupto que acha um bode expiatório para acusar e assim salvar a sua pele; pessoas solitárias que, com pequenos gestos, procuram resistir e se opor ao regime vigente... Esses e outros temas estão no enredo de Morrer Sozinho em Berlim, escrito em 1947 pelo alemão Hans Fallada (1893-1947), pseudônimo de Rudolf Ditzen, traduzido agora por Claudia Abeling e publicado pela Estação Liberdade. 

Michael Schenk na cinebiografia de Hans Fallada Foto: C-Films

Fallada se dizia apolítico e, na época do nazismo, ao contrário de outros escritores alemães que deixaram o país, permaneceu na Alemanha, apesar de ter sido considerado “autor indesejável”, como afirma Almut Giesecke, no posfácio. O escritor sobreviveu à queima de livros fazendo relatos leves, muitos deles para crianças (sempre um terreno mais “seguro”), e foi por muito tempo considerado um autor menor. 

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A propósito do sobrenome do pseudônimo escolhido pelo autor, Fallada é uma homenagem a um personagem do conto A Moça dos Gansos, dos Irmãos Grimm; um cavalo que, para não revelar a verdade que só ele sabia, é condenado à morte; mesmo morto, contudo, consegue trazer a veracidade dos fatos à tona. Talvez ele se visse como o cavalo, já que seus escritos lhe sobreviveriam e poderiam revelar a “verdadeira” história de sua época ou a história de um outro ponto de vista; e nesse sentido ele era, sim, bastante político. 

Morrer Sozinho em Berlim foi escrito logo após o término da 2.ª Guerra Mundial, quando ele teve acesso aos arquivos da Gestapo e conheceu a história de um casal de trabalhadores berlinenses que, de 1940 a 1942, distribuiu material contra as atividades nazistas. Mas, como alerta Fallada, “os acontecimentos deste livro reproduzem, em linhas gerais, arquivos da Gestapo. Apenas em linhas gerais – um romance tem leis próprias e não pode seguir a realidade no todo”.

No romance, o casal citado nos arquivos da Gestapo, Elise e Otto Hampel, é substituído por Anna e Otto Quangel. Após perderem o filho em combate, decidem agir clandestinamente contra o regime, distribuindo cartões-postais em que denunciavam as atrocidades do Führer e de seu partido.

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Morrer Sozinho em Berlim destaca a cegueira da população em relação ao regime nazista. A respeito do Führer, as pessoas o consideravam um homem cheio de “grandeza” e “boas intenções”, pois ele distribuíra trabalho para todos, ainda que esses trabalhos muitas vezes não tivessem fins nobres. Otto Quangel, por exemplo, confeccionava “caixas específicas, muito pesadas e grandes, as quais, dizia-se, serviam para transportar bombas”. Nesse sentido, Fallada antecipa o que o pensador alemão Theodor Adorno viria discutir uma década mais tarde: a “consciência coisificada”, ou seja, aquela em que o homem se atém aos instrumentos e equipamentos, ou à tecnologia, independentemente de suas funções. 

A respeito das críticas negativas ao Führer, lê-se no romance que elas eram veementemente refutadas, pois “um homem realmente genial não faria uma coisa dessas”. Alegava-se que muito do que acontecia não era culpa dele, mas de seus seguidores e de sua equipe: o “Führer não fazia ideia das sujeiras do seu pessoal nos escalões inferiores”. Acima de tudo, diziam que ele “havia colocado a economia de volta nos eixos”. 

O sistema de justiça corrupto e antiético não fica fora dessa narrativa histórica, que destaca o papel do delegado que escolhe um cidadão inocente para incriminar. Aconselha esse delegado a um novato: “Nada de sentimentalismo. Nossa obrigação só está cumprida quando alcançamos nosso objetivo. O caminho para chegar lá não importa”. Já o juiz, que deveria ser o fiel da balança e agir em prol da sociedade, pede exoneração do cargo a fim de não prejudicar o partido para o qual trabalha. 

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Morrer Sozinho em Berlim é, nos tempos atuais, acima de tudo um alerta para que a história não se repita, embora, como afirma o filósofo italiano Giambattista Vico, ela seja circular e espiral (circular, porque sempre se repete; e espiral, porque nunca de forma igual). Mas há que se romper o círculo: a primeira de todas as exigências para que a história não se repita é, como diz Adorno, a educação; afinal, ela é a única capaz de combater a barbárie.  *Dirce Waltrick do Amarante é tradutora e ensaísta, professora da UFSC 

Pessoas comuns que não querem se envolver em questões políticas, ainda que afetem suas vidas; outras entusiasmadas com um líder visto como salvador, ainda que continuem vivendo na mais absoluta miséria espiritual e material; notícias falsas e fotos montadas; um juiz sabichão que pede exoneração do cargo para não prejudicar o partido para o qual trabalha; um delegado corrupto que acha um bode expiatório para acusar e assim salvar a sua pele; pessoas solitárias que, com pequenos gestos, procuram resistir e se opor ao regime vigente... Esses e outros temas estão no enredo de Morrer Sozinho em Berlim, escrito em 1947 pelo alemão Hans Fallada (1893-1947), pseudônimo de Rudolf Ditzen, traduzido agora por Claudia Abeling e publicado pela Estação Liberdade. 

Michael Schenk na cinebiografia de Hans Fallada Foto: C-Films

Fallada se dizia apolítico e, na época do nazismo, ao contrário de outros escritores alemães que deixaram o país, permaneceu na Alemanha, apesar de ter sido considerado “autor indesejável”, como afirma Almut Giesecke, no posfácio. O escritor sobreviveu à queima de livros fazendo relatos leves, muitos deles para crianças (sempre um terreno mais “seguro”), e foi por muito tempo considerado um autor menor. 

A propósito do sobrenome do pseudônimo escolhido pelo autor, Fallada é uma homenagem a um personagem do conto A Moça dos Gansos, dos Irmãos Grimm; um cavalo que, para não revelar a verdade que só ele sabia, é condenado à morte; mesmo morto, contudo, consegue trazer a veracidade dos fatos à tona. Talvez ele se visse como o cavalo, já que seus escritos lhe sobreviveriam e poderiam revelar a “verdadeira” história de sua época ou a história de um outro ponto de vista; e nesse sentido ele era, sim, bastante político. 

Morrer Sozinho em Berlim foi escrito logo após o término da 2.ª Guerra Mundial, quando ele teve acesso aos arquivos da Gestapo e conheceu a história de um casal de trabalhadores berlinenses que, de 1940 a 1942, distribuiu material contra as atividades nazistas. Mas, como alerta Fallada, “os acontecimentos deste livro reproduzem, em linhas gerais, arquivos da Gestapo. Apenas em linhas gerais – um romance tem leis próprias e não pode seguir a realidade no todo”.

No romance, o casal citado nos arquivos da Gestapo, Elise e Otto Hampel, é substituído por Anna e Otto Quangel. Após perderem o filho em combate, decidem agir clandestinamente contra o regime, distribuindo cartões-postais em que denunciavam as atrocidades do Führer e de seu partido.

Morrer Sozinho em Berlim destaca a cegueira da população em relação ao regime nazista. A respeito do Führer, as pessoas o consideravam um homem cheio de “grandeza” e “boas intenções”, pois ele distribuíra trabalho para todos, ainda que esses trabalhos muitas vezes não tivessem fins nobres. Otto Quangel, por exemplo, confeccionava “caixas específicas, muito pesadas e grandes, as quais, dizia-se, serviam para transportar bombas”. Nesse sentido, Fallada antecipa o que o pensador alemão Theodor Adorno viria discutir uma década mais tarde: a “consciência coisificada”, ou seja, aquela em que o homem se atém aos instrumentos e equipamentos, ou à tecnologia, independentemente de suas funções. 

A respeito das críticas negativas ao Führer, lê-se no romance que elas eram veementemente refutadas, pois “um homem realmente genial não faria uma coisa dessas”. Alegava-se que muito do que acontecia não era culpa dele, mas de seus seguidores e de sua equipe: o “Führer não fazia ideia das sujeiras do seu pessoal nos escalões inferiores”. Acima de tudo, diziam que ele “havia colocado a economia de volta nos eixos”. 

O sistema de justiça corrupto e antiético não fica fora dessa narrativa histórica, que destaca o papel do delegado que escolhe um cidadão inocente para incriminar. Aconselha esse delegado a um novato: “Nada de sentimentalismo. Nossa obrigação só está cumprida quando alcançamos nosso objetivo. O caminho para chegar lá não importa”. Já o juiz, que deveria ser o fiel da balança e agir em prol da sociedade, pede exoneração do cargo a fim de não prejudicar o partido para o qual trabalha. 

Morrer Sozinho em Berlim é, nos tempos atuais, acima de tudo um alerta para que a história não se repita, embora, como afirma o filósofo italiano Giambattista Vico, ela seja circular e espiral (circular, porque sempre se repete; e espiral, porque nunca de forma igual). Mas há que se romper o círculo: a primeira de todas as exigências para que a história não se repita é, como diz Adorno, a educação; afinal, ela é a única capaz de combater a barbárie.  *Dirce Waltrick do Amarante é tradutora e ensaísta, professora da UFSC 

Pessoas comuns que não querem se envolver em questões políticas, ainda que afetem suas vidas; outras entusiasmadas com um líder visto como salvador, ainda que continuem vivendo na mais absoluta miséria espiritual e material; notícias falsas e fotos montadas; um juiz sabichão que pede exoneração do cargo para não prejudicar o partido para o qual trabalha; um delegado corrupto que acha um bode expiatório para acusar e assim salvar a sua pele; pessoas solitárias que, com pequenos gestos, procuram resistir e se opor ao regime vigente... Esses e outros temas estão no enredo de Morrer Sozinho em Berlim, escrito em 1947 pelo alemão Hans Fallada (1893-1947), pseudônimo de Rudolf Ditzen, traduzido agora por Claudia Abeling e publicado pela Estação Liberdade. 

Michael Schenk na cinebiografia de Hans Fallada Foto: C-Films

Fallada se dizia apolítico e, na época do nazismo, ao contrário de outros escritores alemães que deixaram o país, permaneceu na Alemanha, apesar de ter sido considerado “autor indesejável”, como afirma Almut Giesecke, no posfácio. O escritor sobreviveu à queima de livros fazendo relatos leves, muitos deles para crianças (sempre um terreno mais “seguro”), e foi por muito tempo considerado um autor menor. 

A propósito do sobrenome do pseudônimo escolhido pelo autor, Fallada é uma homenagem a um personagem do conto A Moça dos Gansos, dos Irmãos Grimm; um cavalo que, para não revelar a verdade que só ele sabia, é condenado à morte; mesmo morto, contudo, consegue trazer a veracidade dos fatos à tona. Talvez ele se visse como o cavalo, já que seus escritos lhe sobreviveriam e poderiam revelar a “verdadeira” história de sua época ou a história de um outro ponto de vista; e nesse sentido ele era, sim, bastante político. 

Morrer Sozinho em Berlim foi escrito logo após o término da 2.ª Guerra Mundial, quando ele teve acesso aos arquivos da Gestapo e conheceu a história de um casal de trabalhadores berlinenses que, de 1940 a 1942, distribuiu material contra as atividades nazistas. Mas, como alerta Fallada, “os acontecimentos deste livro reproduzem, em linhas gerais, arquivos da Gestapo. Apenas em linhas gerais – um romance tem leis próprias e não pode seguir a realidade no todo”.

No romance, o casal citado nos arquivos da Gestapo, Elise e Otto Hampel, é substituído por Anna e Otto Quangel. Após perderem o filho em combate, decidem agir clandestinamente contra o regime, distribuindo cartões-postais em que denunciavam as atrocidades do Führer e de seu partido.

Morrer Sozinho em Berlim destaca a cegueira da população em relação ao regime nazista. A respeito do Führer, as pessoas o consideravam um homem cheio de “grandeza” e “boas intenções”, pois ele distribuíra trabalho para todos, ainda que esses trabalhos muitas vezes não tivessem fins nobres. Otto Quangel, por exemplo, confeccionava “caixas específicas, muito pesadas e grandes, as quais, dizia-se, serviam para transportar bombas”. Nesse sentido, Fallada antecipa o que o pensador alemão Theodor Adorno viria discutir uma década mais tarde: a “consciência coisificada”, ou seja, aquela em que o homem se atém aos instrumentos e equipamentos, ou à tecnologia, independentemente de suas funções. 

A respeito das críticas negativas ao Führer, lê-se no romance que elas eram veementemente refutadas, pois “um homem realmente genial não faria uma coisa dessas”. Alegava-se que muito do que acontecia não era culpa dele, mas de seus seguidores e de sua equipe: o “Führer não fazia ideia das sujeiras do seu pessoal nos escalões inferiores”. Acima de tudo, diziam que ele “havia colocado a economia de volta nos eixos”. 

O sistema de justiça corrupto e antiético não fica fora dessa narrativa histórica, que destaca o papel do delegado que escolhe um cidadão inocente para incriminar. Aconselha esse delegado a um novato: “Nada de sentimentalismo. Nossa obrigação só está cumprida quando alcançamos nosso objetivo. O caminho para chegar lá não importa”. Já o juiz, que deveria ser o fiel da balança e agir em prol da sociedade, pede exoneração do cargo a fim de não prejudicar o partido para o qual trabalha. 

Morrer Sozinho em Berlim é, nos tempos atuais, acima de tudo um alerta para que a história não se repita, embora, como afirma o filósofo italiano Giambattista Vico, ela seja circular e espiral (circular, porque sempre se repete; e espiral, porque nunca de forma igual). Mas há que se romper o círculo: a primeira de todas as exigências para que a história não se repita é, como diz Adorno, a educação; afinal, ela é a única capaz de combater a barbárie.  *Dirce Waltrick do Amarante é tradutora e ensaísta, professora da UFSC 

Pessoas comuns que não querem se envolver em questões políticas, ainda que afetem suas vidas; outras entusiasmadas com um líder visto como salvador, ainda que continuem vivendo na mais absoluta miséria espiritual e material; notícias falsas e fotos montadas; um juiz sabichão que pede exoneração do cargo para não prejudicar o partido para o qual trabalha; um delegado corrupto que acha um bode expiatório para acusar e assim salvar a sua pele; pessoas solitárias que, com pequenos gestos, procuram resistir e se opor ao regime vigente... Esses e outros temas estão no enredo de Morrer Sozinho em Berlim, escrito em 1947 pelo alemão Hans Fallada (1893-1947), pseudônimo de Rudolf Ditzen, traduzido agora por Claudia Abeling e publicado pela Estação Liberdade. 

Michael Schenk na cinebiografia de Hans Fallada Foto: C-Films

Fallada se dizia apolítico e, na época do nazismo, ao contrário de outros escritores alemães que deixaram o país, permaneceu na Alemanha, apesar de ter sido considerado “autor indesejável”, como afirma Almut Giesecke, no posfácio. O escritor sobreviveu à queima de livros fazendo relatos leves, muitos deles para crianças (sempre um terreno mais “seguro”), e foi por muito tempo considerado um autor menor. 

A propósito do sobrenome do pseudônimo escolhido pelo autor, Fallada é uma homenagem a um personagem do conto A Moça dos Gansos, dos Irmãos Grimm; um cavalo que, para não revelar a verdade que só ele sabia, é condenado à morte; mesmo morto, contudo, consegue trazer a veracidade dos fatos à tona. Talvez ele se visse como o cavalo, já que seus escritos lhe sobreviveriam e poderiam revelar a “verdadeira” história de sua época ou a história de um outro ponto de vista; e nesse sentido ele era, sim, bastante político. 

Morrer Sozinho em Berlim foi escrito logo após o término da 2.ª Guerra Mundial, quando ele teve acesso aos arquivos da Gestapo e conheceu a história de um casal de trabalhadores berlinenses que, de 1940 a 1942, distribuiu material contra as atividades nazistas. Mas, como alerta Fallada, “os acontecimentos deste livro reproduzem, em linhas gerais, arquivos da Gestapo. Apenas em linhas gerais – um romance tem leis próprias e não pode seguir a realidade no todo”.

No romance, o casal citado nos arquivos da Gestapo, Elise e Otto Hampel, é substituído por Anna e Otto Quangel. Após perderem o filho em combate, decidem agir clandestinamente contra o regime, distribuindo cartões-postais em que denunciavam as atrocidades do Führer e de seu partido.

Morrer Sozinho em Berlim destaca a cegueira da população em relação ao regime nazista. A respeito do Führer, as pessoas o consideravam um homem cheio de “grandeza” e “boas intenções”, pois ele distribuíra trabalho para todos, ainda que esses trabalhos muitas vezes não tivessem fins nobres. Otto Quangel, por exemplo, confeccionava “caixas específicas, muito pesadas e grandes, as quais, dizia-se, serviam para transportar bombas”. Nesse sentido, Fallada antecipa o que o pensador alemão Theodor Adorno viria discutir uma década mais tarde: a “consciência coisificada”, ou seja, aquela em que o homem se atém aos instrumentos e equipamentos, ou à tecnologia, independentemente de suas funções. 

A respeito das críticas negativas ao Führer, lê-se no romance que elas eram veementemente refutadas, pois “um homem realmente genial não faria uma coisa dessas”. Alegava-se que muito do que acontecia não era culpa dele, mas de seus seguidores e de sua equipe: o “Führer não fazia ideia das sujeiras do seu pessoal nos escalões inferiores”. Acima de tudo, diziam que ele “havia colocado a economia de volta nos eixos”. 

O sistema de justiça corrupto e antiético não fica fora dessa narrativa histórica, que destaca o papel do delegado que escolhe um cidadão inocente para incriminar. Aconselha esse delegado a um novato: “Nada de sentimentalismo. Nossa obrigação só está cumprida quando alcançamos nosso objetivo. O caminho para chegar lá não importa”. Já o juiz, que deveria ser o fiel da balança e agir em prol da sociedade, pede exoneração do cargo a fim de não prejudicar o partido para o qual trabalha. 

Morrer Sozinho em Berlim é, nos tempos atuais, acima de tudo um alerta para que a história não se repita, embora, como afirma o filósofo italiano Giambattista Vico, ela seja circular e espiral (circular, porque sempre se repete; e espiral, porque nunca de forma igual). Mas há que se romper o círculo: a primeira de todas as exigências para que a história não se repita é, como diz Adorno, a educação; afinal, ela é a única capaz de combater a barbárie.  *Dirce Waltrick do Amarante é tradutora e ensaísta, professora da UFSC 

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