Letra inédita de Arnaldo Antunes


Planta Colhe

Por Redação

o arroz

que se planta se colhe

o amor

continua após a publicidade

que se planta se colhe

o que vai

volta um dia mais forte

continua após a publicidade

o que fica

escondido explode

o feijão

continua após a publicidade

que se planta se colhe

solidão

que se planta se colhe

continua após a publicidade

se fugir

a estrada te escolhe

e o destino

continua após a publicidade

também não dá mole

ao redor

pra onde quer que se olhe

continua após a publicidade

a saída

é uma porta que encolhe

aflição

que se planta se colhe

algodão

que se planta se colhe

se cair

nessa chuva se molhe

sempre há sede

pra dar mais um gole

toda culpa

se planta e se colhe

na garupa

do tempo que corre

cada grão

que se planta se colhe

furacão

que se planta se colhe

cada um

inaugura sua prole

pedra dura

procura água mole

tudo vem

quando o tempo é propício

todos têm

sua porção precipício

o que sabe

não busca sentido

o que sobe

retorna caído

ilusão

que se planta se colhe

confusão

que se planta se colhe

num segundo

o desejo te engole

só não corre

esse risco quem morre

o arroz

que se planta se colhe

o amor

que se planta se colhe

o que vai

volta um dia mais forte

o que fica

escondido explode

o feijão

que se planta se colhe

solidão

que se planta se colhe

se fugir

a estrada te escolhe

e o destino

também não dá mole

ao redor

pra onde quer que se olhe

a saída

é uma porta que encolhe

aflição

que se planta se colhe

algodão

que se planta se colhe

se cair

nessa chuva se molhe

sempre há sede

pra dar mais um gole

toda culpa

se planta e se colhe

na garupa

do tempo que corre

cada grão

que se planta se colhe

furacão

que se planta se colhe

cada um

inaugura sua prole

pedra dura

procura água mole

tudo vem

quando o tempo é propício

todos têm

sua porção precipício

o que sabe

não busca sentido

o que sobe

retorna caído

ilusão

que se planta se colhe

confusão

que se planta se colhe

num segundo

o desejo te engole

só não corre

esse risco quem morre

o arroz

que se planta se colhe

o amor

que se planta se colhe

o que vai

volta um dia mais forte

o que fica

escondido explode

o feijão

que se planta se colhe

solidão

que se planta se colhe

se fugir

a estrada te escolhe

e o destino

também não dá mole

ao redor

pra onde quer que se olhe

a saída

é uma porta que encolhe

aflição

que se planta se colhe

algodão

que se planta se colhe

se cair

nessa chuva se molhe

sempre há sede

pra dar mais um gole

toda culpa

se planta e se colhe

na garupa

do tempo que corre

cada grão

que se planta se colhe

furacão

que se planta se colhe

cada um

inaugura sua prole

pedra dura

procura água mole

tudo vem

quando o tempo é propício

todos têm

sua porção precipício

o que sabe

não busca sentido

o que sobe

retorna caído

ilusão

que se planta se colhe

confusão

que se planta se colhe

num segundo

o desejo te engole

só não corre

esse risco quem morre

o arroz

que se planta se colhe

o amor

que se planta se colhe

o que vai

volta um dia mais forte

o que fica

escondido explode

o feijão

que se planta se colhe

solidão

que se planta se colhe

se fugir

a estrada te escolhe

e o destino

também não dá mole

ao redor

pra onde quer que se olhe

a saída

é uma porta que encolhe

aflição

que se planta se colhe

algodão

que se planta se colhe

se cair

nessa chuva se molhe

sempre há sede

pra dar mais um gole

toda culpa

se planta e se colhe

na garupa

do tempo que corre

cada grão

que se planta se colhe

furacão

que se planta se colhe

cada um

inaugura sua prole

pedra dura

procura água mole

tudo vem

quando o tempo é propício

todos têm

sua porção precipício

o que sabe

não busca sentido

o que sobe

retorna caído

ilusão

que se planta se colhe

confusão

que se planta se colhe

num segundo

o desejo te engole

só não corre

esse risco quem morre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.