Colson Whitehead e Benjamin Moser estão entre os vencedores do Pulitzer 2020


Os vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 4, em cerimônia realizada online

Por Guilherme Sobota
Atualização:

O escritor americano Colson Whitehead venceu o Prêmio Pulitzer 2020 na categoria ficção, com o romance O Reformatório Nickel. Ele e os outros vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 4, em cerimônia realizada online. O escritor Benjamin Moser (conhecido dos brasileiros por sua biografia de Clarice Lispector, e dos trabalhos de tradução de literatura brasileira no exterior) venceu a categoria biografia com seu livro sobre Susan Sontag.

Whitehead já havia levado o prêmio, um dos mais importantes dos EUA, em 2017, com o livro The Underground Railroad, que está sendo adaptado para uma série de TV pelo diretor Barry Jenkins. O Reformatório Nickel, um romance de ficção publicado no Brasil pela HarperCollins, acompanha a história de Elwood e Turner, dois garotos negros que por motivos diversos vão parar em um reformatório, segregado, na Flórida em 1963 – o local foi inspirado na Florida School For Boys, que existiu de fato até 2011, e onde pesquisadores descobriram restos mortais clandestinos de pelo menos 100 crianças, além de um histórico enorme de abusos, torturas e espancamentos.

Colson Whitehead. Antes do sucesso global, ele lançou livros com boa repercussão nos EUA Foto: Sunny Shokrae/The New York Times
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O prêmio de livro de não-ficção foi para dois títulos: The Undying: Pain, Vulnerability, Mortality, Medicine, Art, Time, Dreams, Data, Exhaustion, Cancer and Care, de Anne Boyer, e The End of the Myth: From the Frontier to the Border Wall in the Mind of America, de Greg Grandin. 

O prêmio de música foi para Anthony Davis, por seu "corajoso trabalho de ópera" The Central Park Five, e o prêmio de teatro foi entregue a Michael R. Jackson, por A Strange Loop, um musical sobre questões de identidade. O prêmio de poesia foi para o autor Jericho Brown, pelo livro The Tradition.

Prêmios de jornalismo (Pulitzer 2020)

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O jornal Anchorage Daily News e a organização ProPublica venceram o Pulitzer de serviço público por revelarem que um terço dos povoados do Estado norte-americano do Alasca não tinham proteção policial, enquanto a equipe de fotografia da Reuters conquistou o prêmio de fotojornalismo por documentar os protestos violentos do ano passado em Hong Kong. 

O Courier-Journal, de Louisville, no Kentucky, levou a premiação de notícias por sua cobertura das centenas de perdões oficiais de último minuto emitidos pelo ex-governador do Estado Matt Bevin. O prêmio de reportagem investigativa foi para Brian Rosenthal, do New York Times, que expôs como centenas de motoristas de táxi de Nova York tiveram suas vidas arruinadas por empréstimos predatórios. 

O Pulitzer, premiação mais importante do jornalismo norte-americano, é distribuído desde 1917, quando o editor jornalístico Joseph Pulitzer os estabeleceu em seu testamento. O anúncio desta segunda-feira havia sido adiado por duas semanas pois alguns jornalistas do conselho da premiação estão cobrindo a pandemia de coronavírus e precisaram de tempo adicional para avaliar os participantes. 

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Em anos normais, os prêmios são anunciados diante de um público na Universidade de Columbia, em Nova York. Nesta segunda-feira, Dana Canedy, que administra o Pulitzer, anunciou os vencedores em sua sala de estar, após 18 membros do conselho escolherem os finalistas e vencedores em “debates virtuais e digitais”. 

“Ironicamente, a primeira vez em que os prêmios foram apresentados foi em junho de 1917 — menos de um ano antes do início da pandemia da gripe espanhola de 1918”, disse. “Durante essa temporada de incerteza sem precedentes, uma coisa que sabemos ao certo é que o jornalismo nunca para”. 

A série de reportagens do The Anchorage Daily News, que incluiu contribuições do site investigativo ProPublica, descobriu abusos sexuais desenfreados em vilas rurais populadas principalmente por povos indígenas, onde a presença policial era efetivamente inexistente. 

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A premiação de serviços públicos é vista como a mais cobiçada do Pulitzer. Os vencedores de 2020 foram divididos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de livros, drama e música. / Com Reuters

O escritor americano Colson Whitehead venceu o Prêmio Pulitzer 2020 na categoria ficção, com o romance O Reformatório Nickel. Ele e os outros vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 4, em cerimônia realizada online. O escritor Benjamin Moser (conhecido dos brasileiros por sua biografia de Clarice Lispector, e dos trabalhos de tradução de literatura brasileira no exterior) venceu a categoria biografia com seu livro sobre Susan Sontag.

Whitehead já havia levado o prêmio, um dos mais importantes dos EUA, em 2017, com o livro The Underground Railroad, que está sendo adaptado para uma série de TV pelo diretor Barry Jenkins. O Reformatório Nickel, um romance de ficção publicado no Brasil pela HarperCollins, acompanha a história de Elwood e Turner, dois garotos negros que por motivos diversos vão parar em um reformatório, segregado, na Flórida em 1963 – o local foi inspirado na Florida School For Boys, que existiu de fato até 2011, e onde pesquisadores descobriram restos mortais clandestinos de pelo menos 100 crianças, além de um histórico enorme de abusos, torturas e espancamentos.

Colson Whitehead. Antes do sucesso global, ele lançou livros com boa repercussão nos EUA Foto: Sunny Shokrae/The New York Times

O prêmio de livro de não-ficção foi para dois títulos: The Undying: Pain, Vulnerability, Mortality, Medicine, Art, Time, Dreams, Data, Exhaustion, Cancer and Care, de Anne Boyer, e The End of the Myth: From the Frontier to the Border Wall in the Mind of America, de Greg Grandin. 

O prêmio de música foi para Anthony Davis, por seu "corajoso trabalho de ópera" The Central Park Five, e o prêmio de teatro foi entregue a Michael R. Jackson, por A Strange Loop, um musical sobre questões de identidade. O prêmio de poesia foi para o autor Jericho Brown, pelo livro The Tradition.

Prêmios de jornalismo (Pulitzer 2020)

O jornal Anchorage Daily News e a organização ProPublica venceram o Pulitzer de serviço público por revelarem que um terço dos povoados do Estado norte-americano do Alasca não tinham proteção policial, enquanto a equipe de fotografia da Reuters conquistou o prêmio de fotojornalismo por documentar os protestos violentos do ano passado em Hong Kong. 

O Courier-Journal, de Louisville, no Kentucky, levou a premiação de notícias por sua cobertura das centenas de perdões oficiais de último minuto emitidos pelo ex-governador do Estado Matt Bevin. O prêmio de reportagem investigativa foi para Brian Rosenthal, do New York Times, que expôs como centenas de motoristas de táxi de Nova York tiveram suas vidas arruinadas por empréstimos predatórios. 

O Pulitzer, premiação mais importante do jornalismo norte-americano, é distribuído desde 1917, quando o editor jornalístico Joseph Pulitzer os estabeleceu em seu testamento. O anúncio desta segunda-feira havia sido adiado por duas semanas pois alguns jornalistas do conselho da premiação estão cobrindo a pandemia de coronavírus e precisaram de tempo adicional para avaliar os participantes. 

Em anos normais, os prêmios são anunciados diante de um público na Universidade de Columbia, em Nova York. Nesta segunda-feira, Dana Canedy, que administra o Pulitzer, anunciou os vencedores em sua sala de estar, após 18 membros do conselho escolherem os finalistas e vencedores em “debates virtuais e digitais”. 

“Ironicamente, a primeira vez em que os prêmios foram apresentados foi em junho de 1917 — menos de um ano antes do início da pandemia da gripe espanhola de 1918”, disse. “Durante essa temporada de incerteza sem precedentes, uma coisa que sabemos ao certo é que o jornalismo nunca para”. 

A série de reportagens do The Anchorage Daily News, que incluiu contribuições do site investigativo ProPublica, descobriu abusos sexuais desenfreados em vilas rurais populadas principalmente por povos indígenas, onde a presença policial era efetivamente inexistente. 

A premiação de serviços públicos é vista como a mais cobiçada do Pulitzer. Os vencedores de 2020 foram divididos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de livros, drama e música. / Com Reuters

O escritor americano Colson Whitehead venceu o Prêmio Pulitzer 2020 na categoria ficção, com o romance O Reformatório Nickel. Ele e os outros vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 4, em cerimônia realizada online. O escritor Benjamin Moser (conhecido dos brasileiros por sua biografia de Clarice Lispector, e dos trabalhos de tradução de literatura brasileira no exterior) venceu a categoria biografia com seu livro sobre Susan Sontag.

Whitehead já havia levado o prêmio, um dos mais importantes dos EUA, em 2017, com o livro The Underground Railroad, que está sendo adaptado para uma série de TV pelo diretor Barry Jenkins. O Reformatório Nickel, um romance de ficção publicado no Brasil pela HarperCollins, acompanha a história de Elwood e Turner, dois garotos negros que por motivos diversos vão parar em um reformatório, segregado, na Flórida em 1963 – o local foi inspirado na Florida School For Boys, que existiu de fato até 2011, e onde pesquisadores descobriram restos mortais clandestinos de pelo menos 100 crianças, além de um histórico enorme de abusos, torturas e espancamentos.

Colson Whitehead. Antes do sucesso global, ele lançou livros com boa repercussão nos EUA Foto: Sunny Shokrae/The New York Times

O prêmio de livro de não-ficção foi para dois títulos: The Undying: Pain, Vulnerability, Mortality, Medicine, Art, Time, Dreams, Data, Exhaustion, Cancer and Care, de Anne Boyer, e The End of the Myth: From the Frontier to the Border Wall in the Mind of America, de Greg Grandin. 

O prêmio de música foi para Anthony Davis, por seu "corajoso trabalho de ópera" The Central Park Five, e o prêmio de teatro foi entregue a Michael R. Jackson, por A Strange Loop, um musical sobre questões de identidade. O prêmio de poesia foi para o autor Jericho Brown, pelo livro The Tradition.

Prêmios de jornalismo (Pulitzer 2020)

O jornal Anchorage Daily News e a organização ProPublica venceram o Pulitzer de serviço público por revelarem que um terço dos povoados do Estado norte-americano do Alasca não tinham proteção policial, enquanto a equipe de fotografia da Reuters conquistou o prêmio de fotojornalismo por documentar os protestos violentos do ano passado em Hong Kong. 

O Courier-Journal, de Louisville, no Kentucky, levou a premiação de notícias por sua cobertura das centenas de perdões oficiais de último minuto emitidos pelo ex-governador do Estado Matt Bevin. O prêmio de reportagem investigativa foi para Brian Rosenthal, do New York Times, que expôs como centenas de motoristas de táxi de Nova York tiveram suas vidas arruinadas por empréstimos predatórios. 

O Pulitzer, premiação mais importante do jornalismo norte-americano, é distribuído desde 1917, quando o editor jornalístico Joseph Pulitzer os estabeleceu em seu testamento. O anúncio desta segunda-feira havia sido adiado por duas semanas pois alguns jornalistas do conselho da premiação estão cobrindo a pandemia de coronavírus e precisaram de tempo adicional para avaliar os participantes. 

Em anos normais, os prêmios são anunciados diante de um público na Universidade de Columbia, em Nova York. Nesta segunda-feira, Dana Canedy, que administra o Pulitzer, anunciou os vencedores em sua sala de estar, após 18 membros do conselho escolherem os finalistas e vencedores em “debates virtuais e digitais”. 

“Ironicamente, a primeira vez em que os prêmios foram apresentados foi em junho de 1917 — menos de um ano antes do início da pandemia da gripe espanhola de 1918”, disse. “Durante essa temporada de incerteza sem precedentes, uma coisa que sabemos ao certo é que o jornalismo nunca para”. 

A série de reportagens do The Anchorage Daily News, que incluiu contribuições do site investigativo ProPublica, descobriu abusos sexuais desenfreados em vilas rurais populadas principalmente por povos indígenas, onde a presença policial era efetivamente inexistente. 

A premiação de serviços públicos é vista como a mais cobiçada do Pulitzer. Os vencedores de 2020 foram divididos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de livros, drama e música. / Com Reuters

O escritor americano Colson Whitehead venceu o Prêmio Pulitzer 2020 na categoria ficção, com o romance O Reformatório Nickel. Ele e os outros vencedores foram anunciados nesta segunda-feira, 4, em cerimônia realizada online. O escritor Benjamin Moser (conhecido dos brasileiros por sua biografia de Clarice Lispector, e dos trabalhos de tradução de literatura brasileira no exterior) venceu a categoria biografia com seu livro sobre Susan Sontag.

Whitehead já havia levado o prêmio, um dos mais importantes dos EUA, em 2017, com o livro The Underground Railroad, que está sendo adaptado para uma série de TV pelo diretor Barry Jenkins. O Reformatório Nickel, um romance de ficção publicado no Brasil pela HarperCollins, acompanha a história de Elwood e Turner, dois garotos negros que por motivos diversos vão parar em um reformatório, segregado, na Flórida em 1963 – o local foi inspirado na Florida School For Boys, que existiu de fato até 2011, e onde pesquisadores descobriram restos mortais clandestinos de pelo menos 100 crianças, além de um histórico enorme de abusos, torturas e espancamentos.

Colson Whitehead. Antes do sucesso global, ele lançou livros com boa repercussão nos EUA Foto: Sunny Shokrae/The New York Times

O prêmio de livro de não-ficção foi para dois títulos: The Undying: Pain, Vulnerability, Mortality, Medicine, Art, Time, Dreams, Data, Exhaustion, Cancer and Care, de Anne Boyer, e The End of the Myth: From the Frontier to the Border Wall in the Mind of America, de Greg Grandin. 

O prêmio de música foi para Anthony Davis, por seu "corajoso trabalho de ópera" The Central Park Five, e o prêmio de teatro foi entregue a Michael R. Jackson, por A Strange Loop, um musical sobre questões de identidade. O prêmio de poesia foi para o autor Jericho Brown, pelo livro The Tradition.

Prêmios de jornalismo (Pulitzer 2020)

O jornal Anchorage Daily News e a organização ProPublica venceram o Pulitzer de serviço público por revelarem que um terço dos povoados do Estado norte-americano do Alasca não tinham proteção policial, enquanto a equipe de fotografia da Reuters conquistou o prêmio de fotojornalismo por documentar os protestos violentos do ano passado em Hong Kong. 

O Courier-Journal, de Louisville, no Kentucky, levou a premiação de notícias por sua cobertura das centenas de perdões oficiais de último minuto emitidos pelo ex-governador do Estado Matt Bevin. O prêmio de reportagem investigativa foi para Brian Rosenthal, do New York Times, que expôs como centenas de motoristas de táxi de Nova York tiveram suas vidas arruinadas por empréstimos predatórios. 

O Pulitzer, premiação mais importante do jornalismo norte-americano, é distribuído desde 1917, quando o editor jornalístico Joseph Pulitzer os estabeleceu em seu testamento. O anúncio desta segunda-feira havia sido adiado por duas semanas pois alguns jornalistas do conselho da premiação estão cobrindo a pandemia de coronavírus e precisaram de tempo adicional para avaliar os participantes. 

Em anos normais, os prêmios são anunciados diante de um público na Universidade de Columbia, em Nova York. Nesta segunda-feira, Dana Canedy, que administra o Pulitzer, anunciou os vencedores em sua sala de estar, após 18 membros do conselho escolherem os finalistas e vencedores em “debates virtuais e digitais”. 

“Ironicamente, a primeira vez em que os prêmios foram apresentados foi em junho de 1917 — menos de um ano antes do início da pandemia da gripe espanhola de 1918”, disse. “Durante essa temporada de incerteza sem precedentes, uma coisa que sabemos ao certo é que o jornalismo nunca para”. 

A série de reportagens do The Anchorage Daily News, que incluiu contribuições do site investigativo ProPublica, descobriu abusos sexuais desenfreados em vilas rurais populadas principalmente por povos indígenas, onde a presença policial era efetivamente inexistente. 

A premiação de serviços públicos é vista como a mais cobiçada do Pulitzer. Os vencedores de 2020 foram divididos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de livros, drama e música. / Com Reuters

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