Mesmo sem venda de ingressos, Bienal do Livro recebe uma multidão


Apesar de filas e aglomerações, autores renomados falam diante de mesas vazias

Por Matheus Lopes Quirino

Os ingressos para o último fim de semana da Bienal Internacional do Livro de São Paulo foram esgotados na sexta-feira, 8. A informação estava exposta numa tarja em frente ao logo do evento no portão principal neste sábado, 9. Com o sucesso de público (100 mil ingressos) é inevitável fazer a comparação com shows de rock and roll e festivais de música – e, falando de livros, é esperançoso, para um país que tem índices de leitura baixos historicamente, ainda que isso tenha melhorado. 

Estandes de saldos atraem o visitante da Bienal do Livro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Chegar para cobrir a Bienal tem sido um desafio. Físico, inclusive, pois, nos fins de semana, principalmente, fica quase impossível se mover de um lugar para o outro. É muita gente. Algo comparável ao fenômeno das vendas pré-Natal da rua 25 de Março, na zona central da cidade. Assim está a Bienal.  Nesse amontoado de cabeças pensantes, alguns intelectuais acabam sobrando, autores renomados têm mesas vazias e pouco público, como a portuguesa Lídia Jorge, uma das escritoras mais respeitadas da literatura lusófona, que falou para um público, digamos, intimista. É frustrante ver essa falta de cuidado da organização. Enquanto isso, celebridades literárias arrebanham um público cativo, que se alonga por filas intermináveis. 

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Veja fotos do primeiro fim de semana da Bienal do Livro de São Paulo 2022

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Bienal do Livro de São Paulo

Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Na tarde deste sábado, 9, por exemplo, a organização pecou ao 'confinar' o escritor e ativista da causa indígena Ailton Krenak e o romancista português Valter Hugo Mãe no diminuto salão de ideias. O público ficou bravo. A lotação de 30 cadeiras permitia que poucas pessoas acompanharem o debate. Houve gritaria e acusações, não dos participantes, mas de quem queria escutar do lado de fora e não podia.  Espaços existem, mas o espírito de improvisação é inevitável em um evento tão grande e que traz tanta gente, inclusive de outros estados, que passeiam pela Bienal com malas adesivadas com a tarja GRU (referente ao Aeroporto Guarulhos).  Na entrada do evento na tarde deste sábado, as filas competiam em tamanho: a fila para entrar, a fila do ônibus, a fila para credenciar... Confusão para entrar no evento, que tem várias entradas e pouca sinalização, embora exista, sim, o pessoal da organização (mas é tanta gente, que parece que todo mundo está pedido). 

Os ingressos para o último fim de semana da Bienal Internacional do Livro de São Paulo foram esgotados na sexta-feira, 8. A informação estava exposta numa tarja em frente ao logo do evento no portão principal neste sábado, 9. Com o sucesso de público (100 mil ingressos) é inevitável fazer a comparação com shows de rock and roll e festivais de música – e, falando de livros, é esperançoso, para um país que tem índices de leitura baixos historicamente, ainda que isso tenha melhorado. 

Estandes de saldos atraem o visitante da Bienal do Livro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Chegar para cobrir a Bienal tem sido um desafio. Físico, inclusive, pois, nos fins de semana, principalmente, fica quase impossível se mover de um lugar para o outro. É muita gente. Algo comparável ao fenômeno das vendas pré-Natal da rua 25 de Março, na zona central da cidade. Assim está a Bienal.  Nesse amontoado de cabeças pensantes, alguns intelectuais acabam sobrando, autores renomados têm mesas vazias e pouco público, como a portuguesa Lídia Jorge, uma das escritoras mais respeitadas da literatura lusófona, que falou para um público, digamos, intimista. É frustrante ver essa falta de cuidado da organização. Enquanto isso, celebridades literárias arrebanham um público cativo, que se alonga por filas intermináveis. 

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Na tarde deste sábado, 9, por exemplo, a organização pecou ao 'confinar' o escritor e ativista da causa indígena Ailton Krenak e o romancista português Valter Hugo Mãe no diminuto salão de ideias. O público ficou bravo. A lotação de 30 cadeiras permitia que poucas pessoas acompanharem o debate. Houve gritaria e acusações, não dos participantes, mas de quem queria escutar do lado de fora e não podia.  Espaços existem, mas o espírito de improvisação é inevitável em um evento tão grande e que traz tanta gente, inclusive de outros estados, que passeiam pela Bienal com malas adesivadas com a tarja GRU (referente ao Aeroporto Guarulhos).  Na entrada do evento na tarde deste sábado, as filas competiam em tamanho: a fila para entrar, a fila do ônibus, a fila para credenciar... Confusão para entrar no evento, que tem várias entradas e pouca sinalização, embora exista, sim, o pessoal da organização (mas é tanta gente, que parece que todo mundo está pedido). 

Os ingressos para o último fim de semana da Bienal Internacional do Livro de São Paulo foram esgotados na sexta-feira, 8. A informação estava exposta numa tarja em frente ao logo do evento no portão principal neste sábado, 9. Com o sucesso de público (100 mil ingressos) é inevitável fazer a comparação com shows de rock and roll e festivais de música – e, falando de livros, é esperançoso, para um país que tem índices de leitura baixos historicamente, ainda que isso tenha melhorado. 

Estandes de saldos atraem o visitante da Bienal do Livro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Chegar para cobrir a Bienal tem sido um desafio. Físico, inclusive, pois, nos fins de semana, principalmente, fica quase impossível se mover de um lugar para o outro. É muita gente. Algo comparável ao fenômeno das vendas pré-Natal da rua 25 de Março, na zona central da cidade. Assim está a Bienal.  Nesse amontoado de cabeças pensantes, alguns intelectuais acabam sobrando, autores renomados têm mesas vazias e pouco público, como a portuguesa Lídia Jorge, uma das escritoras mais respeitadas da literatura lusófona, que falou para um público, digamos, intimista. É frustrante ver essa falta de cuidado da organização. Enquanto isso, celebridades literárias arrebanham um público cativo, que se alonga por filas intermináveis. 

Veja fotos do primeiro fim de semana da Bienal do Livro de São Paulo 2022

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Na tarde deste sábado, 9, por exemplo, a organização pecou ao 'confinar' o escritor e ativista da causa indígena Ailton Krenak e o romancista português Valter Hugo Mãe no diminuto salão de ideias. O público ficou bravo. A lotação de 30 cadeiras permitia que poucas pessoas acompanharem o debate. Houve gritaria e acusações, não dos participantes, mas de quem queria escutar do lado de fora e não podia.  Espaços existem, mas o espírito de improvisação é inevitável em um evento tão grande e que traz tanta gente, inclusive de outros estados, que passeiam pela Bienal com malas adesivadas com a tarja GRU (referente ao Aeroporto Guarulhos).  Na entrada do evento na tarde deste sábado, as filas competiam em tamanho: a fila para entrar, a fila do ônibus, a fila para credenciar... Confusão para entrar no evento, que tem várias entradas e pouca sinalização, embora exista, sim, o pessoal da organização (mas é tanta gente, que parece que todo mundo está pedido). 

Os ingressos para o último fim de semana da Bienal Internacional do Livro de São Paulo foram esgotados na sexta-feira, 8. A informação estava exposta numa tarja em frente ao logo do evento no portão principal neste sábado, 9. Com o sucesso de público (100 mil ingressos) é inevitável fazer a comparação com shows de rock and roll e festivais de música – e, falando de livros, é esperançoso, para um país que tem índices de leitura baixos historicamente, ainda que isso tenha melhorado. 

Estandes de saldos atraem o visitante da Bienal do Livro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Chegar para cobrir a Bienal tem sido um desafio. Físico, inclusive, pois, nos fins de semana, principalmente, fica quase impossível se mover de um lugar para o outro. É muita gente. Algo comparável ao fenômeno das vendas pré-Natal da rua 25 de Março, na zona central da cidade. Assim está a Bienal.  Nesse amontoado de cabeças pensantes, alguns intelectuais acabam sobrando, autores renomados têm mesas vazias e pouco público, como a portuguesa Lídia Jorge, uma das escritoras mais respeitadas da literatura lusófona, que falou para um público, digamos, intimista. É frustrante ver essa falta de cuidado da organização. Enquanto isso, celebridades literárias arrebanham um público cativo, que se alonga por filas intermináveis. 

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Na tarde deste sábado, 9, por exemplo, a organização pecou ao 'confinar' o escritor e ativista da causa indígena Ailton Krenak e o romancista português Valter Hugo Mãe no diminuto salão de ideias. O público ficou bravo. A lotação de 30 cadeiras permitia que poucas pessoas acompanharem o debate. Houve gritaria e acusações, não dos participantes, mas de quem queria escutar do lado de fora e não podia.  Espaços existem, mas o espírito de improvisação é inevitável em um evento tão grande e que traz tanta gente, inclusive de outros estados, que passeiam pela Bienal com malas adesivadas com a tarja GRU (referente ao Aeroporto Guarulhos).  Na entrada do evento na tarde deste sábado, as filas competiam em tamanho: a fila para entrar, a fila do ônibus, a fila para credenciar... Confusão para entrar no evento, que tem várias entradas e pouca sinalização, embora exista, sim, o pessoal da organização (mas é tanta gente, que parece que todo mundo está pedido). 

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