Os novos rumos da antiga edição do autor


A autopublicação digital tem revelado autores como Hugh Howey e FML Pepper, cobiçados por editoras tradicionais

Por Maria Fernanda Rodrigues

O americano Hugh Howey queria vender cinco mil exemplares de seus livros ao longo da vida. Ele se dedicaria à literatura por 10 anos até que começasse a contabilizar o resultado. A meta acabou se revelando modesta. Nos dois primeiros anos, foram cerca de 4 mil exemplares. E então publicou Wool, o primeiro da série digital Silo. “Vendi mil cópias num mês, 3 mil no seguinte, 10 mil no terceiro mês”, disse durante sua passagem pela Bienal do Livro de São Paulo.

Autor optou pela autopublicação, chamou a atenção de editoras tradicionais e já vendeu mais de 2 milhões de exemplares Foto: Alexandre Moreira/Divulgação

Ele administra bem a expectativa. “Faço isso dizendo a mim mesmo que amanhã nunca será como hoje. Mas publico há três anos, e só melhora”, brinca o autor de ficção científica cuja estreia foi por uma editora pequena. No entanto, ele logo percebeu que seria mais feliz cuidando das edições do começo ao fim. 

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Howey rasgou o contrato do segundo livro e partiu para a autopublicação, e credita o sucesso a dois fatores: o boca a boca e a produção intensa. “Não tem propaganda melhor do que fazer o próximo livro, e o seguinte, e mais um. E com a autopublicação posso dispor o livro uma semana após ter terminado o trabalho e não esperar um ano para sair por uma editora tradicional. Não quero que o leitor tenha de esperar.” Logo, os direitos foram vendidos para o cinema e os agentes literários apareceram, querendo negociar a obra, disponível em e-book na Amazon - ele publica pela KDP, plataforma da gigante americana - e para impressão sob demanda. A Intrínseca foi a primeira editora a comprar os direitos de Silo - hoje, o livro está em 32 países e contabiliza cerca de 2,5 milhões de exemplares vendidos em e-book e papel. 

O exemplo de Howey não é o único e é cada dia mais comum ver autores independentes chamando a atenção das editoras. Alguns se rendem mediante um bom adiantamento. Outros fazem contratos híbrido: ficam com os direitos digitais e vendem os do livro físico. Aqui, a moda também está começando a pegar. FML Pepper, dentista de Niterói, que também participou da Bienal, tem dois e-books pela KDP - Não Pare!, Não Olhe! (ontem, o 17.º e-book mais vendido da Amazon), vai lançar Não Fuja! e acaba de vender os direitos para a Valentina, que os lançará em papel em 2015. Sua história é curiosa: rejeitada por editoras, ela foi aprender nos EUA. “Todos os casos de sucesso na autopublicação vinham de lá e queria me tornar um deles. Fui a conferências, estudei, corri atrás”, conta. 

“Um bom sinal de que a autopublicação está funcionando é que entre os top 100 da Amazon sempre há alguns da KDP”, comenta Alex Szapiro, diretor da empresa. Além dela, há várias outras (Clube de Autores, PerSe, Publique-se, e-galáxia, Kobo, etc.), com diferentes características. Publicar um livro nunca foi tão fácil e barato. A garantia do sucesso é que são outros quinhentos.

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Dicas dos autores para quem tem um livro na gaveta ou quer escrever um:Hugh Howey, autor de Silo “Não importa como você publica seu livro, mas você tem que ter um grande livro na mão. Não basta só mandar o rascunho para um agente porque ele vai recusá-lo. Não se apresse em fazer nada. Faça parte de um grupo de autores ou contrate um editor. Peça para as pessoas lerem seu livro e sugerirem mudança. Não importa o que faça ou como publique, mas tudo tem que estar perfeito. E quando tudo está perfeito, leva apenas um dia para aprender como funciona a autopuplicação e como fazer o upload do livro. No dia seguinte o livro está disponível. É muito fácil e às vezes não custa nada. E, claro, escrever todos os dias e ler muito.”

FML Pepper, autora de Não Pare! e Não Olhe!“Não tenha medo de errar. Se cair, levante-se, sacuda a poeira e veja que pode ir até mais longe do que imaginava. Mas, a principal dica que daria para quem está iniciando é o meu mantra de sempre: a distância entre o sonho e o sucesso depende apenas do caminho que decidir tomar. Foque nos seus objetivos e não desista dos seus sonhos porque se você não lutar com paixão serão os seus sonhos que desistirão de você.”

O americano Hugh Howey queria vender cinco mil exemplares de seus livros ao longo da vida. Ele se dedicaria à literatura por 10 anos até que começasse a contabilizar o resultado. A meta acabou se revelando modesta. Nos dois primeiros anos, foram cerca de 4 mil exemplares. E então publicou Wool, o primeiro da série digital Silo. “Vendi mil cópias num mês, 3 mil no seguinte, 10 mil no terceiro mês”, disse durante sua passagem pela Bienal do Livro de São Paulo.

Autor optou pela autopublicação, chamou a atenção de editoras tradicionais e já vendeu mais de 2 milhões de exemplares Foto: Alexandre Moreira/Divulgação

Ele administra bem a expectativa. “Faço isso dizendo a mim mesmo que amanhã nunca será como hoje. Mas publico há três anos, e só melhora”, brinca o autor de ficção científica cuja estreia foi por uma editora pequena. No entanto, ele logo percebeu que seria mais feliz cuidando das edições do começo ao fim. 

Howey rasgou o contrato do segundo livro e partiu para a autopublicação, e credita o sucesso a dois fatores: o boca a boca e a produção intensa. “Não tem propaganda melhor do que fazer o próximo livro, e o seguinte, e mais um. E com a autopublicação posso dispor o livro uma semana após ter terminado o trabalho e não esperar um ano para sair por uma editora tradicional. Não quero que o leitor tenha de esperar.” Logo, os direitos foram vendidos para o cinema e os agentes literários apareceram, querendo negociar a obra, disponível em e-book na Amazon - ele publica pela KDP, plataforma da gigante americana - e para impressão sob demanda. A Intrínseca foi a primeira editora a comprar os direitos de Silo - hoje, o livro está em 32 países e contabiliza cerca de 2,5 milhões de exemplares vendidos em e-book e papel. 

O exemplo de Howey não é o único e é cada dia mais comum ver autores independentes chamando a atenção das editoras. Alguns se rendem mediante um bom adiantamento. Outros fazem contratos híbrido: ficam com os direitos digitais e vendem os do livro físico. Aqui, a moda também está começando a pegar. FML Pepper, dentista de Niterói, que também participou da Bienal, tem dois e-books pela KDP - Não Pare!, Não Olhe! (ontem, o 17.º e-book mais vendido da Amazon), vai lançar Não Fuja! e acaba de vender os direitos para a Valentina, que os lançará em papel em 2015. Sua história é curiosa: rejeitada por editoras, ela foi aprender nos EUA. “Todos os casos de sucesso na autopublicação vinham de lá e queria me tornar um deles. Fui a conferências, estudei, corri atrás”, conta. 

“Um bom sinal de que a autopublicação está funcionando é que entre os top 100 da Amazon sempre há alguns da KDP”, comenta Alex Szapiro, diretor da empresa. Além dela, há várias outras (Clube de Autores, PerSe, Publique-se, e-galáxia, Kobo, etc.), com diferentes características. Publicar um livro nunca foi tão fácil e barato. A garantia do sucesso é que são outros quinhentos.

Dicas dos autores para quem tem um livro na gaveta ou quer escrever um:Hugh Howey, autor de Silo “Não importa como você publica seu livro, mas você tem que ter um grande livro na mão. Não basta só mandar o rascunho para um agente porque ele vai recusá-lo. Não se apresse em fazer nada. Faça parte de um grupo de autores ou contrate um editor. Peça para as pessoas lerem seu livro e sugerirem mudança. Não importa o que faça ou como publique, mas tudo tem que estar perfeito. E quando tudo está perfeito, leva apenas um dia para aprender como funciona a autopuplicação e como fazer o upload do livro. No dia seguinte o livro está disponível. É muito fácil e às vezes não custa nada. E, claro, escrever todos os dias e ler muito.”

FML Pepper, autora de Não Pare! e Não Olhe!“Não tenha medo de errar. Se cair, levante-se, sacuda a poeira e veja que pode ir até mais longe do que imaginava. Mas, a principal dica que daria para quem está iniciando é o meu mantra de sempre: a distância entre o sonho e o sucesso depende apenas do caminho que decidir tomar. Foque nos seus objetivos e não desista dos seus sonhos porque se você não lutar com paixão serão os seus sonhos que desistirão de você.”

O americano Hugh Howey queria vender cinco mil exemplares de seus livros ao longo da vida. Ele se dedicaria à literatura por 10 anos até que começasse a contabilizar o resultado. A meta acabou se revelando modesta. Nos dois primeiros anos, foram cerca de 4 mil exemplares. E então publicou Wool, o primeiro da série digital Silo. “Vendi mil cópias num mês, 3 mil no seguinte, 10 mil no terceiro mês”, disse durante sua passagem pela Bienal do Livro de São Paulo.

Autor optou pela autopublicação, chamou a atenção de editoras tradicionais e já vendeu mais de 2 milhões de exemplares Foto: Alexandre Moreira/Divulgação

Ele administra bem a expectativa. “Faço isso dizendo a mim mesmo que amanhã nunca será como hoje. Mas publico há três anos, e só melhora”, brinca o autor de ficção científica cuja estreia foi por uma editora pequena. No entanto, ele logo percebeu que seria mais feliz cuidando das edições do começo ao fim. 

Howey rasgou o contrato do segundo livro e partiu para a autopublicação, e credita o sucesso a dois fatores: o boca a boca e a produção intensa. “Não tem propaganda melhor do que fazer o próximo livro, e o seguinte, e mais um. E com a autopublicação posso dispor o livro uma semana após ter terminado o trabalho e não esperar um ano para sair por uma editora tradicional. Não quero que o leitor tenha de esperar.” Logo, os direitos foram vendidos para o cinema e os agentes literários apareceram, querendo negociar a obra, disponível em e-book na Amazon - ele publica pela KDP, plataforma da gigante americana - e para impressão sob demanda. A Intrínseca foi a primeira editora a comprar os direitos de Silo - hoje, o livro está em 32 países e contabiliza cerca de 2,5 milhões de exemplares vendidos em e-book e papel. 

O exemplo de Howey não é o único e é cada dia mais comum ver autores independentes chamando a atenção das editoras. Alguns se rendem mediante um bom adiantamento. Outros fazem contratos híbrido: ficam com os direitos digitais e vendem os do livro físico. Aqui, a moda também está começando a pegar. FML Pepper, dentista de Niterói, que também participou da Bienal, tem dois e-books pela KDP - Não Pare!, Não Olhe! (ontem, o 17.º e-book mais vendido da Amazon), vai lançar Não Fuja! e acaba de vender os direitos para a Valentina, que os lançará em papel em 2015. Sua história é curiosa: rejeitada por editoras, ela foi aprender nos EUA. “Todos os casos de sucesso na autopublicação vinham de lá e queria me tornar um deles. Fui a conferências, estudei, corri atrás”, conta. 

“Um bom sinal de que a autopublicação está funcionando é que entre os top 100 da Amazon sempre há alguns da KDP”, comenta Alex Szapiro, diretor da empresa. Além dela, há várias outras (Clube de Autores, PerSe, Publique-se, e-galáxia, Kobo, etc.), com diferentes características. Publicar um livro nunca foi tão fácil e barato. A garantia do sucesso é que são outros quinhentos.

Dicas dos autores para quem tem um livro na gaveta ou quer escrever um:Hugh Howey, autor de Silo “Não importa como você publica seu livro, mas você tem que ter um grande livro na mão. Não basta só mandar o rascunho para um agente porque ele vai recusá-lo. Não se apresse em fazer nada. Faça parte de um grupo de autores ou contrate um editor. Peça para as pessoas lerem seu livro e sugerirem mudança. Não importa o que faça ou como publique, mas tudo tem que estar perfeito. E quando tudo está perfeito, leva apenas um dia para aprender como funciona a autopuplicação e como fazer o upload do livro. No dia seguinte o livro está disponível. É muito fácil e às vezes não custa nada. E, claro, escrever todos os dias e ler muito.”

FML Pepper, autora de Não Pare! e Não Olhe!“Não tenha medo de errar. Se cair, levante-se, sacuda a poeira e veja que pode ir até mais longe do que imaginava. Mas, a principal dica que daria para quem está iniciando é o meu mantra de sempre: a distância entre o sonho e o sucesso depende apenas do caminho que decidir tomar. Foque nos seus objetivos e não desista dos seus sonhos porque se você não lutar com paixão serão os seus sonhos que desistirão de você.”

O americano Hugh Howey queria vender cinco mil exemplares de seus livros ao longo da vida. Ele se dedicaria à literatura por 10 anos até que começasse a contabilizar o resultado. A meta acabou se revelando modesta. Nos dois primeiros anos, foram cerca de 4 mil exemplares. E então publicou Wool, o primeiro da série digital Silo. “Vendi mil cópias num mês, 3 mil no seguinte, 10 mil no terceiro mês”, disse durante sua passagem pela Bienal do Livro de São Paulo.

Autor optou pela autopublicação, chamou a atenção de editoras tradicionais e já vendeu mais de 2 milhões de exemplares Foto: Alexandre Moreira/Divulgação

Ele administra bem a expectativa. “Faço isso dizendo a mim mesmo que amanhã nunca será como hoje. Mas publico há três anos, e só melhora”, brinca o autor de ficção científica cuja estreia foi por uma editora pequena. No entanto, ele logo percebeu que seria mais feliz cuidando das edições do começo ao fim. 

Howey rasgou o contrato do segundo livro e partiu para a autopublicação, e credita o sucesso a dois fatores: o boca a boca e a produção intensa. “Não tem propaganda melhor do que fazer o próximo livro, e o seguinte, e mais um. E com a autopublicação posso dispor o livro uma semana após ter terminado o trabalho e não esperar um ano para sair por uma editora tradicional. Não quero que o leitor tenha de esperar.” Logo, os direitos foram vendidos para o cinema e os agentes literários apareceram, querendo negociar a obra, disponível em e-book na Amazon - ele publica pela KDP, plataforma da gigante americana - e para impressão sob demanda. A Intrínseca foi a primeira editora a comprar os direitos de Silo - hoje, o livro está em 32 países e contabiliza cerca de 2,5 milhões de exemplares vendidos em e-book e papel. 

O exemplo de Howey não é o único e é cada dia mais comum ver autores independentes chamando a atenção das editoras. Alguns se rendem mediante um bom adiantamento. Outros fazem contratos híbrido: ficam com os direitos digitais e vendem os do livro físico. Aqui, a moda também está começando a pegar. FML Pepper, dentista de Niterói, que também participou da Bienal, tem dois e-books pela KDP - Não Pare!, Não Olhe! (ontem, o 17.º e-book mais vendido da Amazon), vai lançar Não Fuja! e acaba de vender os direitos para a Valentina, que os lançará em papel em 2015. Sua história é curiosa: rejeitada por editoras, ela foi aprender nos EUA. “Todos os casos de sucesso na autopublicação vinham de lá e queria me tornar um deles. Fui a conferências, estudei, corri atrás”, conta. 

“Um bom sinal de que a autopublicação está funcionando é que entre os top 100 da Amazon sempre há alguns da KDP”, comenta Alex Szapiro, diretor da empresa. Além dela, há várias outras (Clube de Autores, PerSe, Publique-se, e-galáxia, Kobo, etc.), com diferentes características. Publicar um livro nunca foi tão fácil e barato. A garantia do sucesso é que são outros quinhentos.

Dicas dos autores para quem tem um livro na gaveta ou quer escrever um:Hugh Howey, autor de Silo “Não importa como você publica seu livro, mas você tem que ter um grande livro na mão. Não basta só mandar o rascunho para um agente porque ele vai recusá-lo. Não se apresse em fazer nada. Faça parte de um grupo de autores ou contrate um editor. Peça para as pessoas lerem seu livro e sugerirem mudança. Não importa o que faça ou como publique, mas tudo tem que estar perfeito. E quando tudo está perfeito, leva apenas um dia para aprender como funciona a autopuplicação e como fazer o upload do livro. No dia seguinte o livro está disponível. É muito fácil e às vezes não custa nada. E, claro, escrever todos os dias e ler muito.”

FML Pepper, autora de Não Pare! e Não Olhe!“Não tenha medo de errar. Se cair, levante-se, sacuda a poeira e veja que pode ir até mais longe do que imaginava. Mas, a principal dica que daria para quem está iniciando é o meu mantra de sempre: a distância entre o sonho e o sucesso depende apenas do caminho que decidir tomar. Foque nos seus objetivos e não desista dos seus sonhos porque se você não lutar com paixão serão os seus sonhos que desistirão de você.”

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