PJ Maia lança ficção que faz viagem no tempo


Livro 'Espírito Perdido' retrata uma civilização da Idade da Pedra

Por Matheus Mans

Após uma temporada de quatro anos estudando nos Estados Unidos, o sul-mato-grossense Paulo José Maia sentiu um “chamado” para voltar às origens. De mala e cuia, encerrou suas atividades como produtor audiovisual na terra do Tio Sam e partiu de volta ao Brasil com o objetivo de se reconectar e rever família e amigos. No entanto, o processo não foi tão fácil quanto ele esperava. O sentimento era de que tinha se tornado um estrangeiro em sua terra e não estava encontrando um caminho para seguir. Até que escutou um conselho da melhor amiga.

PJ Maia Foto: LUCAS POSSIEDEE

“Ela sugeriu que eu escrevesse algo, colocasse minhas angústias no papel. Com o tempo, fui além e comecei a criar uma história, personagens, narrativas. Acabei fazendo uma outra viagem e, desta vez, para 200 mil anos atrás”, diz o escritor em entrevista ao Estado. O livro que resultou desse exercício é Espírito Perdido, que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Labrador. Nele, Paulo conta a história de uma civilização de deuses, em plena Idade da Pedra. Só que a jovem Keana, de 15 anos, não consegue encontrar seu lugar em meio aos imortais.

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“Gosto muito de fantasia, mas eu não queria contar uma narrativa espada e dragão”, diz o autor. “Por isso, resolvi visitar o início da humanidade para contar a história dessa nação de deuses na Terra que tenta manter a sua força e entender uma profecia de que eles podem não existir no futuro. Keana, enquanto isso, fica dividida por conta de sua história pessoal”.

Obviamente, não é tão simples recriar os aspectos sociais, antropológicos e geográficos da Idade da Pedra. Como é um período conhecido apenas por meio da arqueologia e de estudos científicos, Paulo precisou de ajuda. Convocou a pesquisadora e geógrafa Luna Chino para descobrir detalhes dessa época e aumentar a precisão da jornada de Keana. Dentre outras coisas, eles descobriram que não podiam usar armas de metais e que França e Inglaterra estavam unidas por gelo. “Tive que consultar interpretações de leituras rupestres, ler artigos complexos sobre a época”, conta Chino. “Pode ser uma fantasia, mas precisa ter precisão científica.”

Dessa maneira, a época está realmente presente nas páginas dos livros de Maia, com boas referências geográficas, incluindo um mapa; interessantes observações sobre alimentação; e até mesmo formas de relacionamento. No entanto, apesar de ser original e revigorante, a história aproveita um filão que tem crescido para além dos Estados Unidos: fantasia juvenil histórica. Com aspectos precisos de ciência e mitologia, esse subgênero fez história com a saga Percy Jackson, de Rick Riordan, e agora amplia o escopo (ver mais no box ao lado). “É um jeito de levar história e ciência para os jovens”, afirma o autor. “Fico feliz de plantar a sementinha”.

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Apesar de Paulo ser natural de Campo Grande, Espírito Perdido não ganhou sua primeira versão em português. O autor resolveu internacionalizar a obra, aproveitando esse período que ficou fora do Brasil e a boa experiência com o inglês, e a escreveu inteiramente em inglês. A tradução para sua língua materna só veio tempos depois, quando The Missing Spirit já tinha se tornado sucesso em inglês. Paulo, que assinou o livro como P. J. Maia, até recebeu comentários positivos de indianos e de países que nem pensava em passar com o livro.

Segundo ele, após essa boa trajetória, a angústia inicial de se sentir um estrangeiro em sua própria terra passou. A história, mesmo acontecendo há 200 mil anos, o ajudou na conexão com si mesmo. “Os personagens foram me ajudando a entender que essa vontade de me pertencer é algo muito humano, muito universal. Compartilhei minhas angústias com eles e me acalmei, houve um processo de normalização”, conclui o autor. “Hoje, o livro se chama Espírito Perdido. Mas eu tenho certeza de que o meu espírito está muito bem encontrado”.

Após uma temporada de quatro anos estudando nos Estados Unidos, o sul-mato-grossense Paulo José Maia sentiu um “chamado” para voltar às origens. De mala e cuia, encerrou suas atividades como produtor audiovisual na terra do Tio Sam e partiu de volta ao Brasil com o objetivo de se reconectar e rever família e amigos. No entanto, o processo não foi tão fácil quanto ele esperava. O sentimento era de que tinha se tornado um estrangeiro em sua terra e não estava encontrando um caminho para seguir. Até que escutou um conselho da melhor amiga.

PJ Maia Foto: LUCAS POSSIEDEE

“Ela sugeriu que eu escrevesse algo, colocasse minhas angústias no papel. Com o tempo, fui além e comecei a criar uma história, personagens, narrativas. Acabei fazendo uma outra viagem e, desta vez, para 200 mil anos atrás”, diz o escritor em entrevista ao Estado. O livro que resultou desse exercício é Espírito Perdido, que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Labrador. Nele, Paulo conta a história de uma civilização de deuses, em plena Idade da Pedra. Só que a jovem Keana, de 15 anos, não consegue encontrar seu lugar em meio aos imortais.

“Gosto muito de fantasia, mas eu não queria contar uma narrativa espada e dragão”, diz o autor. “Por isso, resolvi visitar o início da humanidade para contar a história dessa nação de deuses na Terra que tenta manter a sua força e entender uma profecia de que eles podem não existir no futuro. Keana, enquanto isso, fica dividida por conta de sua história pessoal”.

Obviamente, não é tão simples recriar os aspectos sociais, antropológicos e geográficos da Idade da Pedra. Como é um período conhecido apenas por meio da arqueologia e de estudos científicos, Paulo precisou de ajuda. Convocou a pesquisadora e geógrafa Luna Chino para descobrir detalhes dessa época e aumentar a precisão da jornada de Keana. Dentre outras coisas, eles descobriram que não podiam usar armas de metais e que França e Inglaterra estavam unidas por gelo. “Tive que consultar interpretações de leituras rupestres, ler artigos complexos sobre a época”, conta Chino. “Pode ser uma fantasia, mas precisa ter precisão científica.”

Dessa maneira, a época está realmente presente nas páginas dos livros de Maia, com boas referências geográficas, incluindo um mapa; interessantes observações sobre alimentação; e até mesmo formas de relacionamento. No entanto, apesar de ser original e revigorante, a história aproveita um filão que tem crescido para além dos Estados Unidos: fantasia juvenil histórica. Com aspectos precisos de ciência e mitologia, esse subgênero fez história com a saga Percy Jackson, de Rick Riordan, e agora amplia o escopo (ver mais no box ao lado). “É um jeito de levar história e ciência para os jovens”, afirma o autor. “Fico feliz de plantar a sementinha”.

Apesar de Paulo ser natural de Campo Grande, Espírito Perdido não ganhou sua primeira versão em português. O autor resolveu internacionalizar a obra, aproveitando esse período que ficou fora do Brasil e a boa experiência com o inglês, e a escreveu inteiramente em inglês. A tradução para sua língua materna só veio tempos depois, quando The Missing Spirit já tinha se tornado sucesso em inglês. Paulo, que assinou o livro como P. J. Maia, até recebeu comentários positivos de indianos e de países que nem pensava em passar com o livro.

Segundo ele, após essa boa trajetória, a angústia inicial de se sentir um estrangeiro em sua própria terra passou. A história, mesmo acontecendo há 200 mil anos, o ajudou na conexão com si mesmo. “Os personagens foram me ajudando a entender que essa vontade de me pertencer é algo muito humano, muito universal. Compartilhei minhas angústias com eles e me acalmei, houve um processo de normalização”, conclui o autor. “Hoje, o livro se chama Espírito Perdido. Mas eu tenho certeza de que o meu espírito está muito bem encontrado”.

Após uma temporada de quatro anos estudando nos Estados Unidos, o sul-mato-grossense Paulo José Maia sentiu um “chamado” para voltar às origens. De mala e cuia, encerrou suas atividades como produtor audiovisual na terra do Tio Sam e partiu de volta ao Brasil com o objetivo de se reconectar e rever família e amigos. No entanto, o processo não foi tão fácil quanto ele esperava. O sentimento era de que tinha se tornado um estrangeiro em sua terra e não estava encontrando um caminho para seguir. Até que escutou um conselho da melhor amiga.

PJ Maia Foto: LUCAS POSSIEDEE

“Ela sugeriu que eu escrevesse algo, colocasse minhas angústias no papel. Com o tempo, fui além e comecei a criar uma história, personagens, narrativas. Acabei fazendo uma outra viagem e, desta vez, para 200 mil anos atrás”, diz o escritor em entrevista ao Estado. O livro que resultou desse exercício é Espírito Perdido, que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Labrador. Nele, Paulo conta a história de uma civilização de deuses, em plena Idade da Pedra. Só que a jovem Keana, de 15 anos, não consegue encontrar seu lugar em meio aos imortais.

“Gosto muito de fantasia, mas eu não queria contar uma narrativa espada e dragão”, diz o autor. “Por isso, resolvi visitar o início da humanidade para contar a história dessa nação de deuses na Terra que tenta manter a sua força e entender uma profecia de que eles podem não existir no futuro. Keana, enquanto isso, fica dividida por conta de sua história pessoal”.

Obviamente, não é tão simples recriar os aspectos sociais, antropológicos e geográficos da Idade da Pedra. Como é um período conhecido apenas por meio da arqueologia e de estudos científicos, Paulo precisou de ajuda. Convocou a pesquisadora e geógrafa Luna Chino para descobrir detalhes dessa época e aumentar a precisão da jornada de Keana. Dentre outras coisas, eles descobriram que não podiam usar armas de metais e que França e Inglaterra estavam unidas por gelo. “Tive que consultar interpretações de leituras rupestres, ler artigos complexos sobre a época”, conta Chino. “Pode ser uma fantasia, mas precisa ter precisão científica.”

Dessa maneira, a época está realmente presente nas páginas dos livros de Maia, com boas referências geográficas, incluindo um mapa; interessantes observações sobre alimentação; e até mesmo formas de relacionamento. No entanto, apesar de ser original e revigorante, a história aproveita um filão que tem crescido para além dos Estados Unidos: fantasia juvenil histórica. Com aspectos precisos de ciência e mitologia, esse subgênero fez história com a saga Percy Jackson, de Rick Riordan, e agora amplia o escopo (ver mais no box ao lado). “É um jeito de levar história e ciência para os jovens”, afirma o autor. “Fico feliz de plantar a sementinha”.

Apesar de Paulo ser natural de Campo Grande, Espírito Perdido não ganhou sua primeira versão em português. O autor resolveu internacionalizar a obra, aproveitando esse período que ficou fora do Brasil e a boa experiência com o inglês, e a escreveu inteiramente em inglês. A tradução para sua língua materna só veio tempos depois, quando The Missing Spirit já tinha se tornado sucesso em inglês. Paulo, que assinou o livro como P. J. Maia, até recebeu comentários positivos de indianos e de países que nem pensava em passar com o livro.

Segundo ele, após essa boa trajetória, a angústia inicial de se sentir um estrangeiro em sua própria terra passou. A história, mesmo acontecendo há 200 mil anos, o ajudou na conexão com si mesmo. “Os personagens foram me ajudando a entender que essa vontade de me pertencer é algo muito humano, muito universal. Compartilhei minhas angústias com eles e me acalmei, houve um processo de normalização”, conclui o autor. “Hoje, o livro se chama Espírito Perdido. Mas eu tenho certeza de que o meu espírito está muito bem encontrado”.

Após uma temporada de quatro anos estudando nos Estados Unidos, o sul-mato-grossense Paulo José Maia sentiu um “chamado” para voltar às origens. De mala e cuia, encerrou suas atividades como produtor audiovisual na terra do Tio Sam e partiu de volta ao Brasil com o objetivo de se reconectar e rever família e amigos. No entanto, o processo não foi tão fácil quanto ele esperava. O sentimento era de que tinha se tornado um estrangeiro em sua terra e não estava encontrando um caminho para seguir. Até que escutou um conselho da melhor amiga.

PJ Maia Foto: LUCAS POSSIEDEE

“Ela sugeriu que eu escrevesse algo, colocasse minhas angústias no papel. Com o tempo, fui além e comecei a criar uma história, personagens, narrativas. Acabei fazendo uma outra viagem e, desta vez, para 200 mil anos atrás”, diz o escritor em entrevista ao Estado. O livro que resultou desse exercício é Espírito Perdido, que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Labrador. Nele, Paulo conta a história de uma civilização de deuses, em plena Idade da Pedra. Só que a jovem Keana, de 15 anos, não consegue encontrar seu lugar em meio aos imortais.

“Gosto muito de fantasia, mas eu não queria contar uma narrativa espada e dragão”, diz o autor. “Por isso, resolvi visitar o início da humanidade para contar a história dessa nação de deuses na Terra que tenta manter a sua força e entender uma profecia de que eles podem não existir no futuro. Keana, enquanto isso, fica dividida por conta de sua história pessoal”.

Obviamente, não é tão simples recriar os aspectos sociais, antropológicos e geográficos da Idade da Pedra. Como é um período conhecido apenas por meio da arqueologia e de estudos científicos, Paulo precisou de ajuda. Convocou a pesquisadora e geógrafa Luna Chino para descobrir detalhes dessa época e aumentar a precisão da jornada de Keana. Dentre outras coisas, eles descobriram que não podiam usar armas de metais e que França e Inglaterra estavam unidas por gelo. “Tive que consultar interpretações de leituras rupestres, ler artigos complexos sobre a época”, conta Chino. “Pode ser uma fantasia, mas precisa ter precisão científica.”

Dessa maneira, a época está realmente presente nas páginas dos livros de Maia, com boas referências geográficas, incluindo um mapa; interessantes observações sobre alimentação; e até mesmo formas de relacionamento. No entanto, apesar de ser original e revigorante, a história aproveita um filão que tem crescido para além dos Estados Unidos: fantasia juvenil histórica. Com aspectos precisos de ciência e mitologia, esse subgênero fez história com a saga Percy Jackson, de Rick Riordan, e agora amplia o escopo (ver mais no box ao lado). “É um jeito de levar história e ciência para os jovens”, afirma o autor. “Fico feliz de plantar a sementinha”.

Apesar de Paulo ser natural de Campo Grande, Espírito Perdido não ganhou sua primeira versão em português. O autor resolveu internacionalizar a obra, aproveitando esse período que ficou fora do Brasil e a boa experiência com o inglês, e a escreveu inteiramente em inglês. A tradução para sua língua materna só veio tempos depois, quando The Missing Spirit já tinha se tornado sucesso em inglês. Paulo, que assinou o livro como P. J. Maia, até recebeu comentários positivos de indianos e de países que nem pensava em passar com o livro.

Segundo ele, após essa boa trajetória, a angústia inicial de se sentir um estrangeiro em sua própria terra passou. A história, mesmo acontecendo há 200 mil anos, o ajudou na conexão com si mesmo. “Os personagens foram me ajudando a entender que essa vontade de me pertencer é algo muito humano, muito universal. Compartilhei minhas angústias com eles e me acalmei, houve um processo de normalização”, conclui o autor. “Hoje, o livro se chama Espírito Perdido. Mas eu tenho certeza de que o meu espírito está muito bem encontrado”.

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