Uma geléia geral a partir do cinema

A segunda chance de Abel Ferrara


Por Luiz Carlos Merten

CANNES - Havia me programado para rever Onde Começa o Inferno (Rio Bravo), de Howard Hawks, que o festival exibiu às 22 horas (é mais de meia-noite aqui), ainda como homenagem ao centenário de Jolhn Wayne, mas na hora achei que era bobagem ficar vendo de novo um filme que conheço tanto a ponto de conseguir recitar seus diálogos. Foi uma sábia decisão. Tendo de escolher entre dois ou três programas, resolvi arriscar o Abel Ferrara. Gostei de Mary e acho que o filme deu uma renovada na carreira do diretor, que andava por baixo. Go Go Tales passou fora de concurso, à meia-noite, no Palais. A reprise desta noite foi na sala do 60º aniversário, onde amanhã à tarde (sábado) espero ver Jane Fonda apresentar Doze Homens e Um Segredo, na homenagem a seu pai, o velho Henry. Gostei muito de Go Go Tales. Ferrara está de volta, e com força. Seu novo filme é A Morte de Um Bookmaker Chinês, sem a morte do título no filme de John Cassavetes que ainda está passando (espero) em São Paulo. Willem Dafoe faz o dono de uma boate de dançarinas de strip-tease. A casa está quebrada, ele deve para todo mundo, as garotas estão ameaçando se rebelar, porque não recebem salário, mas a boate não é só um negócio para Dafoe. É sua vida. Os personagens ali dentro compõem sua família. O filme vai mostrando toda essa gente unida por um detalhe inesperado - Dafoe jogou, e ganhou, na loteria, mas agora não acha o bilhete que poderá lhe valer US$ 18 milhões e a solução de todos os seus problemas). Dafoe, Bob Hoskins e Matthew Modine estão todos ótimos, mas as mulheres é que fazem a festa. Ferrara é, como se diz, 'espada'. Seus homens são cafajestes e ele filma toda aquela mulherada nua, ou seminua. São gostosas, mas não são só objetos. Cada uma tem direito a uma história. Ferrara consegue o impossível. Azia Argento, eterna Scarlet Diva - como se chama o filme cult que ela própria realizou -, está muito ruim no filme de Catherine Breillat La Vieille Maitresse, onde faz a amante velha do título. É verdade que lá é o próprio filme que afunda a atriz. Ferrara dá um papel de decaída contemporânea para Azia, que ela tira de letra. Ela é inseparável de seu cão, um daqueles assassinos, cachorrão feio mesmo. Leva-o para o palco e, no momento culminante de sua performance, lambe o cachorro, que retribui suas carícias. Não sei se alguém comprou Go Go Tales para o Brasil, mas recomendo. E, se você gostou de Mary, acho que poderá gostar mais ainda do novo Ferrara. Eu achei sensacional.

CANNES - Havia me programado para rever Onde Começa o Inferno (Rio Bravo), de Howard Hawks, que o festival exibiu às 22 horas (é mais de meia-noite aqui), ainda como homenagem ao centenário de Jolhn Wayne, mas na hora achei que era bobagem ficar vendo de novo um filme que conheço tanto a ponto de conseguir recitar seus diálogos. Foi uma sábia decisão. Tendo de escolher entre dois ou três programas, resolvi arriscar o Abel Ferrara. Gostei de Mary e acho que o filme deu uma renovada na carreira do diretor, que andava por baixo. Go Go Tales passou fora de concurso, à meia-noite, no Palais. A reprise desta noite foi na sala do 60º aniversário, onde amanhã à tarde (sábado) espero ver Jane Fonda apresentar Doze Homens e Um Segredo, na homenagem a seu pai, o velho Henry. Gostei muito de Go Go Tales. Ferrara está de volta, e com força. Seu novo filme é A Morte de Um Bookmaker Chinês, sem a morte do título no filme de John Cassavetes que ainda está passando (espero) em São Paulo. Willem Dafoe faz o dono de uma boate de dançarinas de strip-tease. A casa está quebrada, ele deve para todo mundo, as garotas estão ameaçando se rebelar, porque não recebem salário, mas a boate não é só um negócio para Dafoe. É sua vida. Os personagens ali dentro compõem sua família. O filme vai mostrando toda essa gente unida por um detalhe inesperado - Dafoe jogou, e ganhou, na loteria, mas agora não acha o bilhete que poderá lhe valer US$ 18 milhões e a solução de todos os seus problemas). Dafoe, Bob Hoskins e Matthew Modine estão todos ótimos, mas as mulheres é que fazem a festa. Ferrara é, como se diz, 'espada'. Seus homens são cafajestes e ele filma toda aquela mulherada nua, ou seminua. São gostosas, mas não são só objetos. Cada uma tem direito a uma história. Ferrara consegue o impossível. Azia Argento, eterna Scarlet Diva - como se chama o filme cult que ela própria realizou -, está muito ruim no filme de Catherine Breillat La Vieille Maitresse, onde faz a amante velha do título. É verdade que lá é o próprio filme que afunda a atriz. Ferrara dá um papel de decaída contemporânea para Azia, que ela tira de letra. Ela é inseparável de seu cão, um daqueles assassinos, cachorrão feio mesmo. Leva-o para o palco e, no momento culminante de sua performance, lambe o cachorro, que retribui suas carícias. Não sei se alguém comprou Go Go Tales para o Brasil, mas recomendo. E, se você gostou de Mary, acho que poderá gostar mais ainda do novo Ferrara. Eu achei sensacional.

CANNES - Havia me programado para rever Onde Começa o Inferno (Rio Bravo), de Howard Hawks, que o festival exibiu às 22 horas (é mais de meia-noite aqui), ainda como homenagem ao centenário de Jolhn Wayne, mas na hora achei que era bobagem ficar vendo de novo um filme que conheço tanto a ponto de conseguir recitar seus diálogos. Foi uma sábia decisão. Tendo de escolher entre dois ou três programas, resolvi arriscar o Abel Ferrara. Gostei de Mary e acho que o filme deu uma renovada na carreira do diretor, que andava por baixo. Go Go Tales passou fora de concurso, à meia-noite, no Palais. A reprise desta noite foi na sala do 60º aniversário, onde amanhã à tarde (sábado) espero ver Jane Fonda apresentar Doze Homens e Um Segredo, na homenagem a seu pai, o velho Henry. Gostei muito de Go Go Tales. Ferrara está de volta, e com força. Seu novo filme é A Morte de Um Bookmaker Chinês, sem a morte do título no filme de John Cassavetes que ainda está passando (espero) em São Paulo. Willem Dafoe faz o dono de uma boate de dançarinas de strip-tease. A casa está quebrada, ele deve para todo mundo, as garotas estão ameaçando se rebelar, porque não recebem salário, mas a boate não é só um negócio para Dafoe. É sua vida. Os personagens ali dentro compõem sua família. O filme vai mostrando toda essa gente unida por um detalhe inesperado - Dafoe jogou, e ganhou, na loteria, mas agora não acha o bilhete que poderá lhe valer US$ 18 milhões e a solução de todos os seus problemas). Dafoe, Bob Hoskins e Matthew Modine estão todos ótimos, mas as mulheres é que fazem a festa. Ferrara é, como se diz, 'espada'. Seus homens são cafajestes e ele filma toda aquela mulherada nua, ou seminua. São gostosas, mas não são só objetos. Cada uma tem direito a uma história. Ferrara consegue o impossível. Azia Argento, eterna Scarlet Diva - como se chama o filme cult que ela própria realizou -, está muito ruim no filme de Catherine Breillat La Vieille Maitresse, onde faz a amante velha do título. É verdade que lá é o próprio filme que afunda a atriz. Ferrara dá um papel de decaída contemporânea para Azia, que ela tira de letra. Ela é inseparável de seu cão, um daqueles assassinos, cachorrão feio mesmo. Leva-o para o palco e, no momento culminante de sua performance, lambe o cachorro, que retribui suas carícias. Não sei se alguém comprou Go Go Tales para o Brasil, mas recomendo. E, se você gostou de Mary, acho que poderá gostar mais ainda do novo Ferrara. Eu achei sensacional.

CANNES - Havia me programado para rever Onde Começa o Inferno (Rio Bravo), de Howard Hawks, que o festival exibiu às 22 horas (é mais de meia-noite aqui), ainda como homenagem ao centenário de Jolhn Wayne, mas na hora achei que era bobagem ficar vendo de novo um filme que conheço tanto a ponto de conseguir recitar seus diálogos. Foi uma sábia decisão. Tendo de escolher entre dois ou três programas, resolvi arriscar o Abel Ferrara. Gostei de Mary e acho que o filme deu uma renovada na carreira do diretor, que andava por baixo. Go Go Tales passou fora de concurso, à meia-noite, no Palais. A reprise desta noite foi na sala do 60º aniversário, onde amanhã à tarde (sábado) espero ver Jane Fonda apresentar Doze Homens e Um Segredo, na homenagem a seu pai, o velho Henry. Gostei muito de Go Go Tales. Ferrara está de volta, e com força. Seu novo filme é A Morte de Um Bookmaker Chinês, sem a morte do título no filme de John Cassavetes que ainda está passando (espero) em São Paulo. Willem Dafoe faz o dono de uma boate de dançarinas de strip-tease. A casa está quebrada, ele deve para todo mundo, as garotas estão ameaçando se rebelar, porque não recebem salário, mas a boate não é só um negócio para Dafoe. É sua vida. Os personagens ali dentro compõem sua família. O filme vai mostrando toda essa gente unida por um detalhe inesperado - Dafoe jogou, e ganhou, na loteria, mas agora não acha o bilhete que poderá lhe valer US$ 18 milhões e a solução de todos os seus problemas). Dafoe, Bob Hoskins e Matthew Modine estão todos ótimos, mas as mulheres é que fazem a festa. Ferrara é, como se diz, 'espada'. Seus homens são cafajestes e ele filma toda aquela mulherada nua, ou seminua. São gostosas, mas não são só objetos. Cada uma tem direito a uma história. Ferrara consegue o impossível. Azia Argento, eterna Scarlet Diva - como se chama o filme cult que ela própria realizou -, está muito ruim no filme de Catherine Breillat La Vieille Maitresse, onde faz a amante velha do título. É verdade que lá é o próprio filme que afunda a atriz. Ferrara dá um papel de decaída contemporânea para Azia, que ela tira de letra. Ela é inseparável de seu cão, um daqueles assassinos, cachorrão feio mesmo. Leva-o para o palco e, no momento culminante de sua performance, lambe o cachorro, que retribui suas carícias. Não sei se alguém comprou Go Go Tales para o Brasil, mas recomendo. E, se você gostou de Mary, acho que poderá gostar mais ainda do novo Ferrara. Eu achei sensacional.

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